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Salve a Transição

July 20th, 2010 por | Categorias: Futebol.

Bruno Mazzeo hoje no O Globo, falando da transição da Copa para o Campeonato Brasileiro.

“Saem aqueles tapetes verdes e voltam os campos esburacados. O Maracanã, por exemplo, está tão feio que chego a crer que faz parte do tal do projeto “Asfalto Liso”…

Saem os uniformes lindos e lisos e voltam aqueles outdoors ambulantes. Quem é da minha idade talvez lembre da previsão feita num “Armação Ilimitada”, quando o menino Bacana jogava num time que trazia na camisa “Beba Splash”, “Coma Splesh”, “Fume Splush”. Uma previsão não tão imprevisível sobre o que nos aguardava. Hoje é o patrocinador maior, no ombro, nas costas, na manga, no short, na meia, na bunda, o Corinthians tem uma marca estampada até no sovaco.

Porém…ah, porém…o mais difícil é ter que se readaptar a ver jogos comentados pelo Raul Quadros.

Alguns comentaristas funcionam como um “replay falado”. Imaginem o diálogo: “Rodrigson, preparou, atiroooou…pra fora! E então, Fulano?” “Pois é, Beltrano, Rodrigson ajeitou e chutou com a perna direita, mas bola foi pra fora!” Se sua imaginação não tiver acompanhado, é fácil: liga num jogo transmitido pelo PFC que você vai ver a cena e ouvir com seus próprios ouvidos.

Para fazer a transição aos poucos, pulei o jogo do Vasco do meio de semana, acompanhei só o de sábado contra o Atlético Paranaense. E gostei de ver os moleques da nova geração. Johnattan (ou Jonathan, não sei a grafia que seus pais inventaram) principalmente. Mas também Rômulo e o já mais conhecido Allan. Uma safra muito boa vindo por aí que, se misturados com os experientes Carlos Alberto, Felipe e Zé Roberto, e lançados com carinho e cuidado no momento certo, sem queimações precipitadas, podem dar um bom caldo no futuro. Isso se não forem vendidos precocemente para o exterior. Coisa que, até o Raul Quadros sabe, deve acontecer.

Tenho evitado comentar aqui sobre o “caso Bruno” pois – como bem disse meu amigo e colega de humor e coluna Marcelo Adnet – o assunto não cabe às páginas de esportes, mas às policiais. De cara, um único comentário. Não faz muito tempo, o (ex)goleiro teve uma discussão pública com o então técnico interino Andrade e o humilhou como ele fosse um zé ninguém, um macarrão da vida. Pois bem. Tendo eu um respeito e admiração ímpar pela classe e elegância do craque dentro e fora de campo, passei a ter nojo do Bruno. Dá para se imaginar, então, o que eu sinto por ele agora, certo?

Falando nisso, quem viu a entrevista de Zico no Fantástico? Definitivamente, não se faz mais ídolos como antigamente.

A pergunta que não quer calar nesse pós-Copa. O que vão agora fazer os torcedores com suas vuvuzelas? Ok, não precisa responder.”

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23 Comentarios Enviar por e-mail Enviar por e-mail

23 Comentários para “Salve a Transição”

  1. Gaburah
    20/07/10 - 11:07

    ME salvem da transição!

    Marcelo Adnet – grande botafoguense.

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  2. Alexandre N.
    20/07/10 - 11:25

    Olha, falam muito mal do “replay falado”, mas ele também aconteceu aos borbotões durante a Copa. Os outros quesitos até concordo…

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  3. Alexandre
    20/07/10 - 13:09

    Pessoalmente, eu considero a Vuvuzela uma elegante solução para o problema das torcidas organizadas. Me explico: O som dela abafaria a gritaria dos marginais. Penso ate em criar a Torcida Organizada da Vuvuzela.

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  4. Victor
    20/07/10 - 14:02

    Eu tive logo um tratamento de choque com Flamengo 1×0 Botafogo.
    Além de tudo de ruim que eu via, a câmera até tremia e procurava a bola. Depois disso seria lucro.

    De qualquer forma, não consegui me submeter a overdose. Domingo vi o jogo das 16h e larguei mão de ver o de 18h (que era até o do Flu).

    Eu perderei para o vício, sei disso. Mas ainda não me encontrei com esse herói blablagoliano, e pelo visto de Mazzeo, Raul Quadros. Chorarei quando acontecer.

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  5. Serginho Valente
    20/07/10 - 15:14

    Por enquanto, só assisti a Vasco x Atlético e a Goiás x Vasco.

    Realmente é um choque. Esse choque só corrobora a excelência do evento Copa do Mundo. Assim como também dá pra lamentar ao se comparar o evento “jogo da NBA” com uma partida do Brasileirão.

    Graças a minha surdez, e árduo treinamento pelos anos escutando Bender e Wright, minha “audição” seletiva me permite assistir a jogos na Globo ou no Sportv, e até mesmo na Bandeirantes, sem prestar qualquer atenção ao que estão dizendo.

    Mas às vezes, é claro, acabo escutando uma barbaridade ou outra. No jogo contra o Atlético-PR o Quadros comentou, e não pude deixar de escutar o diálogo entre ele e o narrador (que não sei quem era) metendo o malho no Carpegiani por ele ter tirado o Paulo Baier de campo. Eles não entendiam como um treinador poderia cometer tamanha burrice.

    Claro, como pode um treinador tirar um jogador de 89 anos de campo, com seu time jogando com menos 2 jogadores desde 35 minutos do 1º tempo? Ainda mais sendo ele o Paulo Baier? A inacreditável reclamação durou todo o 2º tempo, pelo que disse meu pai, já que voltei a ignorar a “narração” da partida.

    O cast do Sportv é um escárnio para com o assinante.Falta total de compromisso com a qualidade, que só pode ser fruto da tranqüilidade que o monopólio proporciona.

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    Alexandre N.

    Serginho, o cast de TODAS as emissoras sofrem do mesmo mal que você reclama. Porém, a boa notícia é que não são TODOS os profissionais que são ruins, como em qualquer empresa da vida.

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    Serginho Valente

    Cara, eu não acho. Na Globo, por exemplo, à exceção do Casagrande e do Wright, os caras são bons. Foda no Sportv é que os bons são as exceções. A Band eu corneto injustamente, porque nunca assisto nada por lá, e só acho o Neto ruim de fato.

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    Alexandre N.

    Da Globo, pra mim o único que se salva é o Renato Marsiglia. O Júnior me irrita profundamente com aquele discurso “nada é melhor do que o Flamengo”. O Arnaldo também anda com um discurso meio parecido com o do Wright…

    Quanto ao pessoal da Band, nem tem o quê cornetar. Os caras são assumidamente paulistas.

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    Victor

    Se todos os jogos do Fluminense fossem com Junior e Marsiglia eu nunca mais reclamaria de transmissão.
    O narrador eu tenho facilidade de acostumar, apesar de achar que narrador brasileiro de futebol fala demais durante o jogo, e de menos na hora de gol/defesaça.

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    Victor

    Quanto ao cast, também acho que tem muito comentarista que é necessário um tempo de identificação com o sujeito.
    À primeira vista, qualquer um é chato mesmo.
    Depois, acostuma-se com o jeitão do cara, do que o cara gosta ou implica e vida que segue.
    Mesmo quando não é um supra-sumo do futebol, está lá cumprindo seu papel. O ideal seria colocar alguém que entenda do riscado como um ex-jogador ou treinador, tenha carisma, saiba falar e não fale ou fale pouca merda.
    Mas além disso ser raro, deve ser caro quando encontra e não daria para encher a grade com eles.
    Então, nem reclamo de gente que possa ser sem sal como, sei lá, André Lofredo ou Caio Ribeiro, mas que consiga articular um raciocínio, e que provavelmente tenha outra função na emissora ou jornal.

    Mas… um cara como Raul Quadros que é chato, dá sono, carisma zero, sem opinião e ainda assim conseguir falar merda quando abre a boca… aí caga qualquer boa-vontade que possa existir. Não é possível que não haja outra alternativa de valor compatível no mercado. Mesmo dentro da própria emissora.

    Era igual ao Noronha na TV Globo para o Rio de Janeiro. Aquilo não tinha o menor propósito de ser.

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    Alexandre N.

    O Noronha era mais um que rezava pela cartilha do “nada é superior ao Flamengo”.

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  6. rafael botafoguense
    20/07/10 - 16:54

    maneiro que os humoristas fazem textos mais irados que os jornalistas.

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    Yuri

    Com blog, jornalismo faliu. Agora só serve prá saber de contratações e podres de bastidor. Análise da conjectura do LUDOPÉDIO em vários âmbitos é em BLOG e ponto final.

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    WFazolato

    Caro Yuri,

    Desculpe, mas vou discordar.
    Os blogs e outras fontes são um fenõmeno sem volta. De fato, ainda tem muito lixo e besteira, mas já é possível enxergar sensível melhora em relação ao volume abissal de idiotices que eram publicadas. Gosto dos blogs pela isenção – da maioria – pois são escritos por uma turma sem “rabo-preso” com o jornal A ou B. A interatividade da chamada web 2.0 é um fenômeno fantástico. par quem duvida, o recente fenômeno do “Cala boa Galvão” via twitter incomodou a todo poderosa Globo e até mesmo Galvaão, apesar do seu discurso políticamente correto. Intimamente, ele devia estar p* da vida.
    Da mesma forma, quando a Globo quis fritar o Dunga, ela não esperava, de forma alguma, a reação irada da maioria do público, que ameaçou boicote – consumado, apesar dos desmentidos “oficiais”.
    Acho que a tendência dos blogs é ir melhorando, mas precisam superar o imenso desafio de consolidar os melhores, algo ainda inalcançável, visto a ausência de um ranking dos melhores.
    Devido a essa ausência, somos obrigados a garimpar diamantes no meio do lixo. Mas eles existem.

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    Yuri

    Exacto. Eu quis dizer que AGORA QUE TEM BLOG, jornalista só serve prá saber de contratação e bastidores, no que valem muito (pros clubes brasileiros)… agora uma análise legal do futebol brasileiro, encontra-se só em blogs. O resto tá tudo preso, concubinado, levando dinheiro para falar nome de gente no ar (alô, Luciano do Valle), levando grana para enaltecer jogador (alô Band), tendo privilégios na cobertura da seleção brasileira e alienando o povo (alô, Gl*bo) etc.

    Só discordo em relação ao movimento contra o Galvão. Foi uma modinha que não atingiu nem 2% da população brasileira, mas a despeito disso, por ter atingido 100% da horda jornalística (visto que hoje em dia até o ESTAGIÁRIO da redação tem blog) virou capa de revista de alta venda e AÍ SIM, atingiu uma parcela mais considerável da população. Não gostei dessa INVERSÃO, a notícia veio de cima para baixo, como se fosse importante para o Brasil o que uns 100.000 tuiteiros fizeram. Mas o efeito de DESAFIAR e MOSTRAR a decedência da Globo, com vídeos satíricos e tal, foi sensacional. A nova geração já é criada sem o cabresto global que permaneceu durante tantas décadas.

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    Yuri

    “tantas décadas” não, vai… foi nas décadas de 70, 80 e 90, sendo a de 80 a mais aguda e onde o poder global tava realmente bem consolidado, culminando com a famigerada campanha de 1989… mas desse assunto eu pouco sei, hehe. Os mais VELHOS, que passaram pelo CRIVO da Ditadura, podem dizer melhor.

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  7. Bender
    20/07/10 - 17:51

    Talvez pelo fato do “não-comprometimento” esses textos são melhores dos que são feitos pelos colunistas de esportes. Gostei desse. Quando os humoristas (na verdade, qualquer um) se libertam dos seus preconceitos, melhora bastante.

    O campo do Maracanã me assustou mesmo quando vi o último gol do Paulo Sérgio. Mas também o que soltava de grama (e deixava buracos) os tapetes verdes africanos não está no gibi.

    Gostei da camisa da Alemanha e Espanha. É o máximo que consigo dissertar sobre o tema “uniformes da copa”. Para o Brasil, se uma empresa me pagar uma grana para estampar sua marca na minha camisa, eu vou negociar.

    Não faço ideia de quem é Raul Quadros. Nunca vi, nunca ouvi, nunca li. Não sou assinante da SporTV nem PFC. Vejo a Globo e gosto dos comentários do Júnior e, um pouco menos, do Falcão. Caio falou muita bobagem durante a Copa, mas quebra o galho.
    Narrador é padrão na Globo. Galvão, Cléber Machado, Luis Roberto… são todos parecidos.
    Comentarista de arbitragem não é necessário. Tem replay. Não gosto de nenhum.

    Infelizmente não vi a entrevista do Zico. Não vejo Fantástico. Aliás, não vejo TV no domingo.

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  8. Robinson
    20/07/10 - 21:11

    Acho o pior de tudo as câmeras (leia-se: os caras por trás delas…). É gritante a diferença.

    Na Copa, todos os jogos pareciam Canal 100. Aqui no brasileirão, as cenas parecem um cinegrafista amador registrando um terremoto.

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    Serginho Valente

    [2]

    Sem contar às vezes que largam o jogo, com a bola rolando, para mostrar cartazes ou outras coisas sem sentido.

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  9. Gaburah
    21/07/10 - 12:58

    E falando em transição…
    International Board aprova uso de mais dois auxiliares

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    Bender

    Não tem jeito. Um dia terão que abrir as pernas para a tecnologia.
    Seja chip, ponto ou até monitor… alguma mudança ocorrerá. E não demorará muito.

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  10. Julio Cesar, o Xerox
    23/07/10 - 1:18

    Putz! Victor lembrou do Noronha, o Muhn-Ra do jornalismo esportivo!
    No SporTV transmissão só presta narrada pelo Luís Carlos Jr. e/ou Milton leite e comenatados por Noriega e/ou Carmona ( alguns jogos da Copa foram sensacionais quando eles estavam trabalhando ).
    ESPN Brasil também têm bons narradores e comentaristas – via a Copa, basicamente pela ESPN – exceto quando os citados do SporTV estavam na tela.
    Futebol na Globo só com a tecla MUTE ligada. Band, nem pensar!

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  11. Agora é Muricy
    23/07/10 - 12:56

    […] Yuri levantou a bola que toda análise e conjecturas sobre o LUDOPÉDIO ocorria em BLOGUES e que jor…. […]

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