Rodada abençoada!
October 5th, 2009 por Gaburah | Categorias: Botafogo, Campeonato Brasileiro 2009, Futebol, Goiás.Fiz questão de ainda não ler nada na imprensa pra não influenciar o post.
Vestindo a carapuça de sem-vergonha, sentei pra assistir Goiás X Botafogo em casa, declinando inclusive do convite de dois amigos palmeirenses pra ir até um bar temático acompanhar as duas partidas simultaneamente – uma em cada telão. Na véspera até troquei uma ideia com o garçom local (também botafoguense) que, em cumplicidade, me ouvia pedir que a partida fosse exibida em uma TV de 14″ e de preferência em preto-e-branco. Pra não chamar muita atenção, sabe?
A preocupação vinha da véspera, depois de me apavorar com matérias do Globoesporte.com e do Lancenet, que diziam mais ou menos a mesma coisa: Botafogo chega a Goiânia com cansaço estampado no rosto. Ora, inevitável o calafrio na espinha: se descansado o Botafogo fez o que fez contra o Emelec, fiquei imaginando o tamanho da hecatombe que se abateria sobre um alvinegro declaradamente exausto física e emocionalmente. “8 X 0” – palpitei amargurado, tendo recebido de volta um olhar de quem não duvidava por parte do garçom companheiro de cores.
Domingo 16h encaro a TV, sonolento. O primeiro tempo modorrento só colaborava para a minha batida de cabeça e as piscadas mais demoradas. Nada que se salvasse, mas mesmo quase dormindo já imaginava: “Duvido que o Botafogo termine esse jogo com 11 em campo”, farta que era a distribuição de amarelos pelo sr. Juiz. O Goiás pressionava, o Botafogo corria atabalhoadamente pra se segurar e aí veio o fato que mudou a história do jogo em delay: o juiz me expulsa (justamente, indiscutível) um defensor do Goiás. Hélio do Anjos bufou mas não deu tanta bola assim. Pudera, pois mesmo com 10 em campo sua equipe ainda dava trabalho ao Botafogo. O meio-campo inoperante e sem graça do Botafogo não conseguia tirar qualquer proveito da vantagem numérica. E nesse escopo crescia a importância do primeiro destaque deste jogo: Jefferson. Partidaça: seguro, ágil, presente, soberano na área. Como é bom ter um goleiro de verdade afinal. Desculpa, Castillo, mas tenho que dar o braço enfim a torcer. Sua fase não ajuda, e a do Jefferson é magnífica. Melhor sorte pra você na Celeste.
Intervalo. Melhores momentos, Blá Blá Gol e um chá pra tentar acordar e prestar um pouco mais de atenção pra poder escrever qualquer coisa mais tarde.
Segundo tempo. Goiás mais ofensivo, Jefferson ainda brilhava fazendo defesas belíssimas. E lá pros 25′ se não me engano, Estevam me saca Jobson do banco para o lugar do inoperante Reinaldo. “Xi, é o cachaça do Brasiliense”, pensei. “Falta de opção é uma merda…”. Fui para mais um chá e ouvi “GOL!”. Corri para a TV e vi Jobson comemorando, depois de um belo passe do André Lima. O Botafogo parecia não acreditar, e espantava seu sono ao mesmo tempo que eu espantava o meu. Jobson infernizava – não sei se por orientação do Estevam ou não (prefiro crer que sim) – e o Fogão inteligentemente alternava ataques pela esquerda e pela direita, ora com Jobson apoiando, ora com André Lima. E de outra bela jogada do camisa 18, Victor Simões fez o dele, de primeira, um belo e difícil gol. Logo em seguida, Victor Simões novamente livrinho-da-silva perde outro, ridículo de tão fácil.
Faltava o do André Lima, que fazia uma boa partida principalmente no segundo tempo, etapa em que ainda não tinha ido ao chão nenhuma vez sequer. Mas não demorou muito e guardou o dele. Lindo, por sinal, coroando o segundo tempo impecável que me fez matar a saudade do artilheiro que foi pra Alemanha. 3X0 que pareciam pouco. E vem um pênalti! Caraca, não acreditei – o Goiás muito menos. O Botafogo menos ainda. Lúcio Flávio bate nitidamente tenso e perde, o que teria acontecido mesmo que a bola entrasse graças à invasão do André Lima.
Não havia mais muita coisa para o Goiás fazer. Jogava sua oportunidade de encostar no Palmeiras longe, enquanto o Botafogo ganhava o jogo em pleno Serra Dourada. E aqui se faz toda a diferença: não foi o Goiás que perdeu, foi o Botafogo que ganhou. Ganhou fazendo um bom jogo (na segunda etapa), quando soube usar a inteligência e explorar a facilidade que o time esmeraldino ofereceu ainda no primeiro tempo. Uma apresentação quase digna de Botafogo, e digo quase porque:
- Diego pode ser bem intencionado e tal, mas não há como permanecer quebrando galho na lateral esquerda. Ele que vá pra área tentar barrar um dos Três Patetas (aliás, chama o Teco e tenta junto com ele);
- Reinaldo não consegue fazer mais nada, impressionante;
- Victor Simões;
- Alessandro mantém sua regularidade: faz merda todo jogo. A nova prática do moço é dar chutinhos pra frente que sempre encontram algum adversário livre;
- Léo Silva ou nada é rigorosamente a mesma coisa. Aliás, o nada atrapalha menos;
- Como não pensar em retranca com um meio-campo que tem tanta criatividade quanto roteirista de paródia hollywoodiana?
Três pontos que não poderiam vir em melhor hora e que alimentam minhas esperanças em acontecimentos melhores. E esperança é o que resta, pois crença é coisa ainda bem diferente.
Por forças das circunstâncias, o Botafogo foi beneficiado da expulsão prematura do time do Goiás. Foi justissíma. Apenas desta vez, soube aproveitar a superioridade em campo. A questão agora é saber se consegue jogar bem e vencer no Engenhão o Corinthians. Se trata de uma equipe sem ambições no campeonato. Por causa dessa exdrúxula Copa do Brasil, conseguiu uma vaga na Libertadores com esse fraco torneio em apenas dez jogos. Agora aos outros, fica a tarefa de ganhar a vaga com os melhores equipes do país.
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Quem diria que o Saulo seria o primeiro a ter a santa paciância de encarar esse calhamaço…
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Gaburah, eu já havia até lido, mas não tenho o que comentar. Concordei com tudo.
Agora, o clube deveria aproveitar o momento, fazer uma promoção, e trazer a torcida de fato pro Engenhão. É agora, ou só na 2ª.
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Perfeito, Gaburáh!
E, confesso, que a medida que via os gols saindo na bolinha do PFC, surgia um risinho de lado. Hehehehehe.
Apesar que se o Goiás ganhasse, seria bom também, pelo menos pra mim.
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Que beleza é o cara descobrir qual o seu segundo time!
hUAHUhauhUAHuhauhAUHUAHUhauhUAHUhauhAUHauhuHAUhauhUAAH
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Deve ser o post alvinegro mais azul no ano!
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A imprensa é que deve ter ficado preocupada que o post não saia logo.
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Eu vou roubar meu comentário feito após o jogo, até porque complementa com um pouco de Goiás:
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Gaburah, achei legal esta crônica sobre o jogo. Aliás, assim que eu vencer a inércia, colocarei este blog na lista de indicações:
Melhores momentos da crônica que só poderia sair em um jogo do Botafogo:
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Filho do trabalho.
Cara, se eu disser que pensei em dar esse título ao post vai parecer mentira. Só não o fiz porque vou pegar leve na empolgação com o jogador. Mas que ele fez TODA a diferença quando entrou no jogo, isso sem dúvida fez.
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Gostaria de agradecer o elogio sobre a crônica do jogo do Botafogo contra o esmeraldino (é maneiro escrever esmeraldino. Esmeraldino, esmeraldino).
O BláBláGol é um blog de família e eu acho muito maneiro essas corezinhas que dão um colorido todos especial (Luís Roberto Mode On) no texto de vocês.
Sobre o jogo, o mais curioso é que os flamenguistas chegam e falam “nossa, o Botafogo fez um partidaço ontem, hein”. Eu nem explico o que realmente aconteceu só para deixar os caras com medo(mentira, explico. É só ler o blog).
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Grande Zobaran,
divertidíssimo o seu texto. Dei muita risada.
Bom ver que não viajo tanto assim nas minhas opiniões.
Grande abraço alvinegro!
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Pichação da estátua de Nilton Santos – Nota Oficial do Botafogo:
Simples assim. Perfeito. Sem politicagem, sem jogar para a galera.
Por que não fazer isso com arruaceiros em geral na hora das partidas e deixem que eu beba minha cerveja em paz?
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Não me surpreende essa pichação. O péssimo exemplo vem de cima: os próprio senadores, deputados, membros do executivo… não tem a menor consideração com patrimônio e os gastos públicos. Quem dera a sociedade não fosse reflexo dessas fatos.
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Não seria o contrário?
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Paradoxo do Tostines.
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Viram lá todo paradão e acharam que era o Reinaldo.
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Lamentável a falta de apreço pela história do futebol que muita gente tem, além do desrespeito pelo grande Nilton Santos, de inestimável valor para o futebol brasileiro…nossa…que viagem errada dessa galera…affff..
Quanto a identificar arruaceiros, sempre me perguntei pq a Inglaterra conseguiu identificar os hooligans, que não andam uniformizados, e aqui os caras não conseguem identificar membros das organizadas que andam UNIFORMIZADOS. Não é MUITA falta de capacidade?
Grande abraço meninos!
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FIQUEI MTO PUTO COM ESSA NOTICIA,vão limpar mas ficarão pichando eternamente,tem que colocar um vidro blindado e dois policias armados com fuzis AR-15.
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Se os vândalos forem punidos, Nilton Santos até como estátua contribuirá para o futebol!
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Fato!
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Gostei.
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A pseudo-ousadia do Estevan apenas camufla a falta de elenco e a corda no pescoço pelo questionado trabalho à frente do clube.
Escalar Reinaldo no meio é inócuo, assim como Alessandro e Léo Silva.
Parem de vaidades e orgulho e coloquem um lateral-esquerdo de ofício (volta, Michael) e deem chance do Rodrigo Dantas jogar com o Lúcio Flávio no meio.
Reinaldo e Alessandro têm de timonear a barca ano que vem!
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Reinaldo, Victor Simões, Fahel, Castillo, Eduardo, Juninho, Emerdson, Wellington, Léo Silva. Esses PRECISAM ir embora.
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Se eles forem embora, o Botafogo fica sem time.
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O Botafogo tem time com eles?
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O grande problema do Reinaldo foi a falta sequência de jogos devido suas contusões. No resto, foi relativamente bem. O Estevam teve a péssima idéia de escalar com meia ofensivo contra o Goiás e corrigou no intervalo. Victor Simões tem mais saldo positivo e precisa estar 100% fisicamente para jogar bem. Sua melhora de rendimento é questão de alguns jogos. E o Juninho precisa ficar por falta de opções no banco. Não tem zagueiro de melhor nível no elenco. E o Wellington é bom jogador e precisa de mais tempo. A fase do time não ajuda. Os outros podem montar a barca após o brasileirão.
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Síndrome rubro-negra aplicada ao Botafogo:
SE o Reinaldo não fosse bichado seria muito bom, SE o Victor Simões mantivesse a forma seria ótimo, SE o Wellington puder jogar até fevereiro vai render bem, SE a fase do time ajudasse, SE tivessem mais opções no banco o Juninho poderia sair.
Eu concordo com Gaburah, o clube não tem nada que perder tempo com jogador que já demonstrou que não serve. O negócio é dar oportunidade, para alguém que ainda não teve chance. O clube não tem nada a perder assim.
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Eu não vejo razão pra manter essas peças no time em 2010. Só não dá pra mandar a mulambada toda embora IMEDIATAMENTE porque aí sim o Botafogo fica sem time.
Agora, manter esses jogadores no time para o ano que vem é assinar atestado de incompetência. Recuperando ainda um comentário do Victor, é MUITO melhor o Botafogo começar 2010 mantendo a espinha dorsal de um elenco menos badalado como esse, e não reeditar mais um recomeço como vem acontecendo nos últimos três anos – quando as equipes começaram praticamente do zero.
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Uns dois meses atrás, meu sogro (framenguista) passeava por aqui e sentou pra ver um jogo do Botafogo comigo. Quando me ouvia “lamentar” a ausência do Reinaldo devido ao período de contusões, imediatamente retrucou: “Rapaz, não se engane! Reinaldo é H-O-R-R-Í-V-E-L!!“.
Consegui passar a ênfase que ele deu?
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Boca-de-Aratéia, meu amigo, não vou nem tão longe:
CADÊ O GABRIEL, PORRA?!?!
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Aí eu pergunto: precisa?
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Fica Jônatas
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“Ôooo, o paredão voltô, o paredão voltô….”
Pô, já não sabia mais o que era segurança no gol alvinegro. Jefferson tem tudo para se consolidar e afastar esse espectro que ronda o clube há tempos.
Gaburah, o Gabriel foi vítima do efeito colateral a que se referiu o Serginho no posto acima. Sentiu a pressão da torcida no jogo contra o Emelec e acusou dor no púbis.
Provavelmente só voltará ao time contra o Cardoso Moreira, ano que vem, naqueles insones jogos da Globo pelo Estadual, no Engenhão vazio…
Dos listados acima, só discordo do Welligton. Acho ele bom e com potencial. Não é canhoto e joga pela esquerda, o que dificulta um pouco o combate, principalmente no mano a mano.
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