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Recolhendo-nos à nossa insignificância

September 14th, 2010 por | Categorias: Fórmula-1, Fórmula-1 2010.

Cara de palhaço, pinta de palhaço, foi esse o meu amargo fim...

Caros,

O que segue é muito mais um desabafo pessoal do que propriamente uma coluna sobre corridas.

O circo (na acepção real da palavra) a que assistimos em Hockenheim e no julgamento do Conselho Mundial apenas confirmou o que já sabíamos: nossa opinião ou nossos valores não significam absolutamente nada no que tange à Fórmula 1.

A categoria é na verdade um clube para poucos. O poder de decisão está em mãos de astutos homens de negócios que pouco ou nada têm a ver com a velocidade. As figurinhas – que por sinal nunca foram nada dentro da pista – têm uma mania feia de querer aparecer mais do que os pilotos, aqueles que no final das contas, são os maiores responsáveis por dar o show. De escândalo em escândalo, a F1 perde o crédito com o público, e fica cada vez mais claro que os pilotos representam para os mandatários nada mais do que os chimpanzés para o dono do circo. O real interesse deles é encher a burra de dinheiro. De preferência, fazendo com que os resultados coincidam com seus próprios caprichos.

Com toda certeza, se nomes que têm a velocidade no sangue e no DNA como Jackie Stewart, Niki Lauda, Gil de Ferran, até mesmo o clã Andretti (muitos lembram apenas na Indy e o fiasco do Michael, mas o patriarca Mario foi campeão de F1 em 1978 pela Lotus), todos com sucesso nas pistas e com experiência em gestão de equipes, tais coisas não acnteceriam. Homens do esporte é que deveriam gerir o esporte. Alguma esperança surgiu quando Max Mosley deixou a cabeça da FIA e surgiu a candidatura de Ari Vatanen, grande campeão de ralis, porém o finlandês foi preterido em benefício de Jean Todt. Conclusão: quem decidiria em última instância sobre o caso Hockenheim é o protagonista do análogo de 2002 além de ter ligações viscerais com Maranello.

O engraçado é que, “eticamente”, o senhor Todt abriu mão de seu voto no julgamento. E ele nem precisaria votar, pois o Conselho foi unânime na opção pela pizza à la Place de la Concorde. O ocorrido em Hockenheim – bizarro flashback de A1-ring 2002 – não mereceu nem sequer grandes explicações além de uma totalmente falsa declaração de Felipe Massa dizendo que ele tomou a iniciativa de abrir mão da vitória em prol da equipe, como se a equipe não vencesse da mesma forma caso ele chegasse em primeiro. Pelo contrário: a equipe italiana, o todo-poderoso Bernie Ecclestone e o próprio Conselho acharam tudo muito normal. Vai ver que foi mesmo. O resto do mundo é que está equivocado, somos pessoas de inteligência limitada e simplesmente não entendemos o jogo deles. Demonstrou a empáfia e a onipotência dos mandantes da F1, seguindo à risca a filosofia da vaca. É dessa forma, como gado, que eles enxergam pessoas como eu e vocês, que dão audiência às corridas e somos inconscientemente induzidos pela publicidade nada subliminar a comprar o que nos é anunciado e a viver como nos é comandado.

Mansell e Piquet

Somos todos idiotas. Nós espectadores, as equipes que, ao longo dos 60 anos da história da categoria, valorizaram – e ainda valorizam – a competição, deixaram seus próprios pilotos decidirem quem era o melhor e que, eventualmente, deixaram escapar o título. Somos tolos, ingênuos, por pensar que as coisas da pista são resolvidas somente dentro da pista. Não faltam exemplos disso, e todas as vezes que essa disputa ocorreu, quem ganhou foi o esporte. Ganhando o esporte, ganhamos todos nós, que podemos desfrutar do prazer e do entretenimento que uma boa corrida nos proporciona.

Senna e Prost

Infelizmente é isso aí mesmo. Nós podemos assistir ao “espetáculo” que esses caras querem oferecer. Eles decidem as regras  e quando elas serão quebradas. Além de deixarem a Ferrari escapar ilesa (a multa de 100.000 dólares foi um décimo da conta pela mesma “contravenção” em 2002), já acenam para a revisão da regra de proibição do jogo de equipe. E mesmo que nós nos juntemos em uma grande revolta a partir do nosso sofá, que ninguém mais compre um ingresso para uma corrida de F1, que a imprensa e o papa condenem, nada vai mudar. Ou melhor: eles mudam sim, de mala e cuia e sem qualquer remorso, para a China, para a Índia, para Cingapura, para a Coreia, para o Oriente Médio, onde ainda há muito mercado e dinheiro para engordar a conta bancária dos mandachuvas. Por essas bandas, eles podem construir seus imensos parques de diversão dos quais milionários assistem, cercados de modelos, champanhe e caviar, aos pilotos-macacos darem voltinhas em pistas cada vez mais insossas.

Mas isso não é de hoje, tampouco de 2002. Olhando para o passado da Ferrari, ao ano de 1982, um GP de Imola com uma dúzia de carros no grid (por conta de um boicote das equipes, que não vem ao caso) quando o time ainda era regido pelo Comendador em pessoa. O famoso aviso para reduzir a velocidade (eternizado pelo Galvão como “tragam as crianças para casa”) foi desrespeitado e colocou em rota de colisão iminente os outrora amigos Didier Pironi e Gilles Villeneuve. A ineficiência desse tipo de gestão transformou a rivalidade entre dois grandes pilotos em uma tragédia.

Didier e Gilles

Voltando um pouco a fita, ao ano de 1979, Enzo Ferrari solicitou a Villeneuve concordasse em dar prioridade ao seu companheiro Jody Scheckter, o qual se sagrou campeão ao fim do ano. A decisão era segura, porque não deixava a Ferrari à mercê do espetacular e estabanado canadense e evitava que ele desperdiçasse a boa fase do time, mas por outro lado, desprezava o melhor início de temporada do canadense e o equilíbrio da performance de ambos. Fiel como um cão labrador ao seu chefe e tutor, Villeneuve acordou, recebendo em troca a promessa de que a Ferrari faria também dele um campeão nos próximos anos. Porém, os carros vermelhos tiveram uma queda de qualidade nos anos seguintes. Até 1982.

Retomando ’82, Gilles se sentiu traído, tanto pela equipe quanto pelo amigo Pironi. Na corrida seguinte, um irado Villeneuve desesperado para superar o seu inimigo de equipe, comete um erro fatal na classificação para o GP da Bélgica, atinge a traseira do March de Jochen Mass. A Ferrari capota diversas vezes, se desintegra e ejeta o corpo já praticamente inerte com assento e tudo. Estava encerrada a história de um dos pilotos mais carismáticos de todos os tempos.

E Felipe Massa? Sim, ele deve alguma gratidão à Ferrari por ter bancado sua continuidade na equipe sem qualquer garantia de que ele se recuperaria do acidente de um ano atrás. Mas daí a colocá-lo na ridícula situação de assumir a iniciativa de ceder a posição? Se ele quisesse mesmo fazer isso, não precisaria ouvir o famoso “Fernando is faster than you”, bastava ceder na primeira investida do espanhol. Tem mais: recordando as lições de tia Teteca Smith, nossa teacher de inglês lá dos idos de antigamente, o verbo to be significa SER ou ESTAR. A dúvida é se Alonso ESTAVA mais rápido ou se ele simplesmente É mais rápido que Felipe, na opinião do time. Eu tenho a minha, e cada um que forme a sua.

Alonso e Hamilton (???)

Por isso tudo, pouco me importou no GP da Itália a vitória de Alonso ou o terceiro lugar de Massa. Foi a justificativa perfeita para os Chamou-me sim a atenção o segundo lugar de Jenson Button, vencedor moral da prova, e o quarto lugar de Sebastian Vettel, que surpreendeu a todos fazendo o pitstop na penúltima volta. Os resultados mantêm os dois na disputa do campeonato (mais uma vez liderado por Mark Webber).

É difícil defender uma ou outra equipe dentro desse ninho de cobras, pois as mesmas prejudicadas de hoje serão protagonistas de falcatruas no futuro. Mas atualmente, quem se encontra na mira do meu ódio irracional é a Ferrari. Seria do meu total desgosto ver um de seus pilotos campeão nesse ano – ou melhor, um deles, o Alonso, porque o Massa não ganha MESMO, só corre para cumprir tabela.

Button e Hamilton: errados?

A cada episódio desses, a Fórmula 1 morre mais um pouquinho. O mundial em 2010 já é um dos mais disputados da história da Fórmula 1 e não merecia ser maculado pela falta de senso e de sensibilidade da equipe cujo passado se confunde com a própria categoria.  A nós, revoltados e sem qualquer direito a pitaco, cabe levantar no domingo e já começar os preparativos do churrasco mais cedo, sair para passear com o cachorro, curtir a ressaca na cama até mais tarde ou ligar a televisão e ficar torcendo para que nada disso aconteça novamente.

Vettel e Webber: shit happens, mas e daí?

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17 Comentários para “Recolhendo-nos à nossa insignificância”

  1. André Bona
    14/09/10 - 20:06

    So ha um piloto brasileiro com moral pra dizer que nunca foi favorecido por jogo de equipe: Nelson Piquet.

    Nao li todo o seu texto, mas nao acredito que homens do esporte possam conduzir o esporte. Homens do esporte são atletas. E nao gestores. Tecnicamente, acho que homens do esporte, dirigindo o esporte nada mais sao do que trapalhoes potenciais.

    Acho importante também ressaltar que os benefícios, hoje malefícios do esporte, muitas vezes foram favoráveis ao sr. Ayrton Senna. E nenhuma voz brasileira se levantava. Agora que somos nós os “prejudicados”, reclamamos.

    O fato indiscutivel é que Dom Fernando Alonso é INFINITAMENTE superior ao Felipe Massa. E por esse motivo, qualquer pessoa sã, dirigente de uma equipe, colocaria suas fichas nele para a parte final do campeonato. Seria muito burro se nao o fizesse.

    O esporte nao perde com o jogo de equipe. Mas perde com o falso moralismo e com a hipocrisia. Afinal o que vemos nas corridas de bicicletas e maratonas mundo afora? Alguma diferença?

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    Robinson

    Toda a diferença, já que são esportes diferentes. Não vejo aficcionados por ciclismo falando mal do Lance Armstrong por ter feito história utilizando um recurso do esporte, que é a estratégia de equipe. Ele era o principal orque, na hora do sprint final, era ele o cara.

    No atletismo existe o coelho, que dispara na frente para tentar complicar os adversários. Muito legal, também. Mas não é isso que a F1 vende.

    Não acho que os torcedores são necessariamente hipócritas e falsos moralistas. Muito pelo contrário. Os polegares virados para baixo após a bandeirada na Áustria-2002 falam por si só.

    Imagine um cara que apostou uma grana no Massa em uma casa de apostas. Obviamente, um dólar no brasileiro paga muito mais do que a quantia no Alonso. E só por causa da vontade dos Domenicalis e Montezemolos da vida, esse cara não levou a bolada.

    E se o Domenicali e o Montezemolo tivessem, na mesma casa de apostas, colocado uma grana no Alonso? Isso se chama manipulação de resultados.

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    André Bona

    Sobre as apostas: obviamente que o premio pago pelo Massa é superior ao do Alonso. Isso já é precificado. Pois é fato de que Massa só terá condições de vencer Alonso se houver um carro entre eles. Dessa forma, na mesma casa de apostas, onde as probabilidades são estudadas pelos apostadores, isso de alguma forma já estaria precificado.

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  2. Yuri
    14/09/10 - 20:50

    até mesmo o clã Andretti (muitos lembram apenas na Indy e o fiasco do Michael, mas o patriarca Mario foi campeão de F1 em 1978 pela Lotus)

    Também o JOHN ANDRETTI, que pilotou o LENDÁRIO número 43 do MITO RICHARD PETTY, mas não sei dizer o quão bom ele é. Gosto do jovem Marco, tem audácia e quase venceu Indianápolis (foi ultrapassado na reta final).

    E mesmo que nós nos juntemos em uma grande revolta a partir do nosso sofá, que ninguém mais compre um ingresso para uma corrida de F1, que a imprensa e o papa condenem, nada vai mudar. Ou melhor: eles mudam sim, de mala e cuia e sem qualquer remorso, para a China, para a Índia, para Cingapura, para a Coreia, para o Oriente Médio, onde ainda há muito mercado e dinheiro para engordar a conta bancária dos mandachuvas. Por essas bandas, eles podem construir seus imensos parques de diversão dos quais milionários assistem, cercados de modelos, champanhe e caviar, aos pilotos-macacos darem voltinhas em pistas cada vez mais insossas.

    Admito aqui mesmo: NÃO VI NENHUMA CORRIDA INTEIRA ESSE ANO. Pior acompanhamento de temporada de F-1 desde minha infância. Por culpa minha, mas TAMBÉM por culpa dessas pistas do Caralho, Bahrein, Dubai, PutaQuePariu e etc… acordar 1 vez cedo vai, 2 tolero, mas 4, 5 de madrugada é abusar da minha paciência. Não fiz isso nem todos os jogos de 2002 na Copa. Perdi o fio da meada e não sei PORRA NENHUMA da temporada atual. Sei que acabou a parte europeia (Já!) e voltaremos a ter corridas em lugares insólitos. A única vantagem foi decidir campeonatos no Brasil (sou do tempo que Interlagos era a TERCEIRA corrida, sempre chovendo… hauhauha) e isso é legal. Não que tenha adiantado para o Massa ganhar alguma coisa.

    Não tem como ter LAGUNA SECA na F-1?? Dizem que o circuito da Argentina era fodão, e não sou velho o bastante para ter acompanhado ESTORIL, não sei se era legal.

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    Robinson

    A busca por melhorias na segurança e na infraestrutura dos autódromos da F1 causou a saída do mundial de diversas pistas fabulosas e a consequente entrada de outras nem tanto espetaculares, porém mais modernas. Além da modificação de vários traçados antigos para se adaptarem às novas regras.

    Um exemplo de modernização que detonou uma pista adorada pelos pilotos aconteceu no velho Interlagos.

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  3. Alexandre N.
    14/09/10 - 21:18

    Bom, não dá pra discordar muito do que o André Bona disse. O mundial de F1 só foi focado realmente nos pilotos no seu início (e quando eu digo início, é início MESMO). Depois formaram-se as equipes e a coisa passou a funcionar desta forma. E no fim das contas, as equipes sempre decidiram o desenrolar das coisas entre os seus pilotos durante os campeonatos. Até mesmo equipes que alegam dar as mesmas chances para os seus pilotos não o fazem (bons exemplos pra definir isto foram a McLaren em 2007 e a Red Bull neste ano). O grande problema realmente nesta história toda é que a Ferrari resolveu escrachar esta condição.

    Agora, eu no lugar do Luca de Montezemolo faria a MESMA coisa. Massa já deu todas as provas de que é um piloto fraco, afinal de contas, ele tomou couro de todos os companheiros de equipe dele (só foi melhor quando correu com pilotos que não estavam dispostos a ser competitivos). Só tem essa boa imagem para o público graças ao lobby do Galvão Bueno e pela implicância que grande parte do público tem pelo Barrichello.

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  4. Victor
    14/09/10 - 23:21

    Confesso não ser por questões morais que perdi o fio da meada desta Copa do Mundo, mas a Copa do Mundo foi cruel em minha intenções de acompanhar a temporada.
    Soma-se a isso essa escrotice tiffosi.

    Eu acho importante o entendimento das regras do esporte, tanto do regulamento quanto tácita. Do ponto de vista de observador, vale qualquer comentário à respeito do jogo de equipe fazer parte do jogo e blá blá blá.
    Mas quer saber, foda-se. Tem horas que o pragmatismo fica de lado. Eu gosto é de corrida de pilotos. Se um pega já é complicado, fica mais ainda limitando as possibilidades de confronto entre carros quase semelhantes. Como quem quer se divertir, é um ó. Cago e ando para a rivalidade entre McLaren e Ferrari. Eu torço por piloto e não por carro.
    Pode ser que seja um problema meu, ok. A mim, resta a opção de prolongar meu sono.

    De qualquer forma, ainda dá para brincar das implicações morais. A defesa do jogo de equipe em suas condições mais extremas leva à fraude do Nelsinho Piquet, escória do esporte.

    Se o jogo de equipe fosse algo bem quisto pelo público, seria regulamentado e claro, sem necessidade de dissimulações. Algo assim como a profissão de lobbysta no EUA.
    O negócio nem mesmo no circo é às claras, do contrário, para que a punição ainda que simbólica de 100.000 dólares (deve ter mecânico na Ferrari ganhando isso em um ano).

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    André Bona

    Impressionante como com o Massa, a fraude é da Ferrari. Como se ele nao tivesse deixado ocorrer a ultrapassagem. E com a Renault, é fraude de Nelsinho… Tá de sacanagem, só pode… É muito filho de Galvão Bueno assistindo F1… pelo amor de Deus.

    Muitos nao sabem, mas quando Fangio foi penta campeão, na época, era permitido o cara trocar de carro durante a corrida. E mais ainda: era permitido, e Fangio já se beneficiou disso, caso o carro do primeiro piloto estivesse ruim, o segundo piloto da equipe podia sair da corrida para o primeiro piloto assumir seu carro e dar continuidade a sua corrida…

    Então, o jogo de equipe é bem quisto pelo público sim. só que de forma parcial. Pergunte na Espanha o que acharam do jogo de equipe. Ou mesmo, perguntem no Brasil se eles gostavam do jogo de equipe da Mclaren com Senna e Berger.

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    Victor

    Se você fosse neófito no blog eu até perdia meu tempo respondendo com linhk e tudo mais.
    A corrida da Ferrari foi outro dia aí. Clica na categoria de F1 e vê lá o que eu acho ou não do caso.

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    André Bona

    So nao entendi porque se referir ao caso da Renault como Nelsinho.

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    Robinson

    Sim. Quando o Fangio foi campeão usando esse expediente, a troca de carros estava escrita no regulamento. É simples: se vale, escreve e pronto. A partir disso, assiste quem quiser.

    Para os galvanistas, o que existia na McLaren entre Senna e Berger não era jogo de equipe; era “o papel de escudeiro”.

    E só…

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    André Bona

    Vem cá, o que está escrito no regulamento atual? Que pode desde que nao seja descarado? Qual a medida para descaramento? trocar nos boxes pode?

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    Robinson

    Na época do Fangio, a troca de carros era tão dentro do regulamento que o mais interessante era que os pontos eram divididos pelos pilotos…

    O que o regulamento atual diz é: NÃO PODE.

    O problema é que parece haver um regulamento extraoficial que diz, em letras miudinhas: pode, mas bem dixavado…

    Essa é a razão da reclamação geral. E para acabar com isso, essa regra será revisada no futuro próximo. O que vai sair daí, eu não tenho ideia. O Felipe Massa defendeu a mudança (????, para um piloto poder doar livremente uma vitória para o companheiro de equipe????) e o Schumacher ofereceu seus serviços de “acessoria”…

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    Robinson

    Exato. Se a coisa fosse clara, não haveria razão para aplicar uma multa.

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    Alexandre N.

    Olha, acho que clara a situação sempre foi. As multas são dadas pra quem resolve escrachar a situação pro grande público.

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  5. André Bona
    15/09/10 - 7:00

    Ah, Fitipaldi trocou de equipe ao fim de uma temporada por entender que o acordo de primeiro e segundo piloto de sua equipe na época (ele era o primeiro) não foi cumprido. Estamos falando da década de 70.

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    Robinson

    Perfeito. Ano de 1973, estava Jackie Stewart disparado na frente do campeonato e o Emerson tentava acompanhar. No final da temporada, Ronnie Peterson deu uma estilingada na tabela e venceu três das últimas quatro corridas, a primeira no GP da Áustria. Colin Chapman disse a Emerson que no caso dele estar atrás de Peterson lutando pela vitória, o chefe daria a ordem para trocarem de posição. A ordem nunca veio e se foram as (remotíssimas, apenas matemáticas, diga-se de passagem) chances do Emerson para o título.

    Na minha modestíssima opinião, prefiro que tudo tenha acontecido dessa forma. O brasileiro resolveu deixar a Lotus ao fim do ano indo para a McLaren, onde enfim foi bicampeão enquanto nada deu certo para a Lotus em 1974.

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