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Por que notamos a Copinha?

January 9th, 2008 por | Categorias: Estrutura.

Lendo o comentário de Rafael sobre a Copa São Paulo de Futebol Júnior fiquei pensando que realmente ninguém se vangloria por títulos da Copinha, mas ela é percebida pelos torcedores quando está ocorrendo, e não raro, os jogadores que se destacam no futuro e jogaram em times que foram bem são lembrados, como o caso recente de Vagner Love.

Vai longe o tempo em que eu lembro de jogadores da Copa. Talvez pelos times do Rio estranhamente não conseguirem ter bom desempenho há um bom tempo.

Em 1989 o Fluminense ganhou seu 5º título da Copa (nada de penta) com Silvio, Franklin e vários outros jogadores que montaram o time do Bragantino entre 1989 e 1992.

Mais um ano para acompanhar foi em 1990 com o Flamengo campeão. Provavelmente a última geração decente formada na Gávea, aquela geração de marginais que ganhou o Brasileiro de 1992 com Djalminha, Marcelinho Carioca, Marquinhos, Paulo Nunes, Junior Baiano, Rogério (aquele zagueiro que batia faltas bem e que jogou no Cruzeiro também), Nélio e se pesquisar pelo Google acaba achando mais um ou dois nomes conhecidos mas que a memória trai.

Claro que esse geração acabou sendo perdida pelo Flamengo, mas essa é outra história e voltarei ao assunto da visibilidade da Copinha em si.

Em 2007 eu parei para ver a final entre Cruzeiro e São Paulo, mas para ser sincero, só lembrei do jogo, pedindo ajuda à minha memória virtual.

De qualquer forma, eu quis ver esse jogo, assim como todos os dias em Janeiro de todos os anos eu acabo vendo uma enxurrada de gols nos programas esportivos da TV mesmo que não esteja nem um pouco interessado no que acontece (normalmente quando os times do Rio são eliminados).

Também durante o ano, ouvimos dizer que tal time ganhou uma Copa em Belo Horizonte que é da mesma importância que a de São Paulo, ou até mesmo que outro time brasileiro ganhou o Campeonato Mundial sub-não sei o que lá. Mas esses aí é que ninguém tem idéia mesmo.

Então, por que diabos a Copinha chama a atenção?

Bem, creio eu, pelo simples motivo de acontecer em Janeiro.

A Copinha simplesmente não concorre com nenhum outro assunto, tendo em vista que as únicas coisas que aparecem no noticiário esportivo em Janeiro são que time Betão vai jogar, o cabelo de Romário vai cair, Leão x Petroni, blá blá blá.

Gol que é bom, só por ali. E acaba que é visto. Pensem só, em quantos adolescentes de férias que almoçam (ou mesmo) acordam com o Globo Esporte ligado e ficam vendo os gols da Copinha. Bem ou mal, é informação que vai sendo transmitida.

Mas e daí?

E daí que não é raro ouvir, principalmente em anos de Olimpíadas ou de Pan, os defensores dos demais esportes choramingando da proporção do espaço na mídia que é dado ao futebol em detrimento aos demais esportes.

Só que ninguém pensa em planejar-se de forma que as finais das ligas nacionais destes esportes aconteçam em Janeiro em busca de maior visibilidade.

O negócio é competir com o futebol e começar a ladainha: “90% do espaço de mídia dedicado ao esporte no Brasil é para o futebol e blá blá (gol?)”.

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13 Comentários para “Por que notamos a Copinha?”

  1. Serginho Valente
    10/01/08 - 1:03

    O interessante da “Copinha” é a fórmula de disputa a lá Brasileirão anos 80, com 80 times. Tem, inclusive, um time de Roraima onde nenhum jogador jamais pisou em Roraima.

    O aspecto negativo era (sinceramente não sei como está agora) a roubalheira generalizada, e não-disfarçada, a favor de clubes paulistas. O que já levou até a alguns clubes não participarem do torneio.

    E ainda, a legislação atual faz com que os clubes, que querem manter suas promessas, “escondam” os jogadores. O Inter, por exemplo, jamais levaria o Pato pra jogar lá.

    Rafael é um fanfarrão, uma hora diz que comemora até cuspe a distância, em outra menospreza um campeonato.

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  2. Saulo
    10/01/08 - 9:19

    Realmente é verdade que a copa São Paulo chama mais atenção por causa do recesso dos profissionais.Mas é bom levar em conta que a mudança ano passado do regulamento fez a competição ficar mais equilibrada e manter o objetivo de revelar jogadores.Desde 2007 apenas atletas até 18 anos podem participar.Por isso,não se vê quase atletas integrados ao elenco dos profissionais dos seus clubes.

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  3. Rafael B.
    10/01/08 - 9:34

    É difícil, muito difícil… às vezes até cansa.

    Vamos ao meu comentário tão “irresponsável”:

    “Alguém um dia já comemorou Taça SP Jr. a não ser os próprios jogadores?”

    Apenas isso. Esse comentário surgiu dado que um dos botafoguenses “chorou” pelo seu time não estar na Copinha.

    Nunca menosprezei nada. Acho que a Copinha deve ser muito importante pros jogadores. A maioria dos que passam por ela não deve chegar a jogar nenhum campeonato mais importante.

    Serginho não deve perceber que qdo digo que comemoro até cuspe a distância é se na final for contra o Vasco. Se o Flamengo ganhar a Copinha na final contra o Vasco, obviamente vou dar uma sacaneada, mas vai ser difícil me ver tirando onda pelas medalhas da Jade.

    Parabéns ao Silvio e Franklin pelo título da Copinha em 89, pena que nada mais ganharam para seu Tricolor. Ao contrário dos “marginais” da Gávea.

    Aliás, pra corroborar seu post Victor cita o título brasileiro de 1992, mas esquece de figuras fundamentais para o título que não disputaram a Copinha de 90, como Júnior, Wilson Gottardo, Uidemar, Zinho, Gaúcho, entre outros.

    Por que a Copinha chama a atenção? Victor já respondeu, é em janeiro.

    Em 1990 eu comemorei a Copa do Brasil. A Taça SP Jr. eu acho que até fiquei sabendo, e provavelmente devo até ter ficado feliz com a conquista, mas meu comentário que originou tanta polêmica continua sem resposta:

    “Alguém já comemorou Taça SP Jr a não ser os próprios jogadores?”

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  4. Victor
    10/01/08 - 9:42

    Aliás, pra corroborar seu post Victor cita o título brasileiro de 1992, mas esquece de figuras fundamentais para o título que não disputaram a Copinha de 90, como Júnior, Wilson Gottardo, Uidemar, Zinho, Gaúcho, entre outros.

    1- O título brasileiro de 1992 não foi citado para corroborar meu texto, e sim para ilustrá-lo.
    2- Não houve esquecimento algum. Só que a intenção do artigo não é discorrer sobre o time do Flamengo de 1992.

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  5. Serginho Valente
    10/01/08 - 9:54

    Respondendo a pergunta do Rafael:

    A família e os empresários dos jogadores. Além do Bender nos primeiros títulos do Fluminense na competição, e em 1990, já como torcedor rubro-negro.

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  6. Wilson Hebert
    10/01/08 - 12:13

    Eu tenho uma visão superpessimista com relação a tudo isso. Acho que no futuro (nem tão distante) os brasileiros darão mais valor ao juniores. Sim, porque é o momento de vermos “nossos craques” já que quando chegam no profissional, jogam meia duzia de jogos e partem pra europa. E com isso, o “profissional” tende a se desvalorizar, porque um dia, ninguém mais vai aguentar, ver os jovens que não foram pra europa os velhos que ficam enrolando e não encerram logo as carreiras aqueles que num time da europa seria a sexta opção para a posição. Esse é o futebol brasileiro, vivendo daquilo que não interessa para os europeus.

    Abraço a todos…………..

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  7. Victor
    10/01/08 - 12:22

    Wilson,
    Eu acho que a “desvalorização do profissional” no futebol brasileiro cessou.
    Tenho para mim que a tendência é manter essa estabilidade de RH que existe hoje até com alguma melhora.
    Não creio mesmo em piora na qualidade do futebol por aqui.
    Não vou me alongar aqui no comentário pois penso em escrever um artigo sobre essa minha idéia.

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  8. Rafael B.
    10/01/08 - 12:50

    “O título brasileiro de 1992 não foi citado para corroborar meu texto, e sim para ilustrá-lo”

    Não percebi essa interpretação.

    “Não houve esquecimento algum. Só que a intenção do artigo não é discorrer sobre o time do Flamengo de 1992”

    Alguém disse que era? Foi vc que citou, NÃO eu. Só disse que vc “esqueceu” os principais personagens daquela época, especificamente, daquele campeonato.

    *****

    Serginho, eu começo a achar que vc não se faz de burro, vc realmente deve ser. Além de não saber que uma criança de 3 anos não tem discernimento para saber o que é futebol, não percebe que qdo digo os jogadores, já subentende-se aqueles os quais são intere$$ados.

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  9. Serginho Valente
    10/01/08 - 15:22

    “Além de não saber que uma criança de 3 anos não tem discernimento para saber o que é futebol, não percebe que qdo digo os jogadores, já subentende-se aqueles os quais são intere$$ados.”

    Não percebi essa interpretação.

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  10. Rafael B.
    10/01/08 - 17:54

    Voltou o gravador?

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  11. Rafael B.
    10/01/08 - 18:01

    Vejo agora no Globo Esporte que o Flamengo ganhou de 11 x 1 de alguém ontem. Não escutei nem 1 grito de gol sequer. E olha que não sou surdo.

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  12. Gaburah
    12/01/08 - 19:26

    O que eu me divirto na Copinha são com as lambanças típicas das peladas do La Salle…

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  13. Saulo
    13/01/08 - 21:04

    É claro que a copinha não atrai atenção como as competições das equipes profissionais.O seu objetivo é revelar jogadores e a tv aproveita o recesso dos clubes para poder preencher essa lacuna.Muitas peladas de fim de ano tem esse mesmo objetivo.

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