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Por essa, nem Hugo Chávez esperava…

January 15th, 2012 por | Categorias: Fórmula-1 2012.

Depois do desempenho da Red Bull e Mercedes ao longo do fim de semana e da punição sofrida por Lewis Hamilton, todo o clima em Barcelona parecia conspirar para uma vitória da Lotus-Genii, fosse com Kimi Räikkönen ou Romain Grosjean. Afinal, quem apostaria que Willimas e Ferrari teriam consistência para dominar uma corrida? Pois foi exatamente o que aconteceu. Verdade seja dita: Räikkönen tinha o carro mais rápido no final da corrida, mas ele ficou muito para trás no primeiro trecho da corrida, com tanques cheios. Mas o finlandês colecionou outro pódio com a terceira posição, e a Lotus bastarda continua no encalço de uma vitória. Só não será a quinta equipe a vencer em  2012 porque Pastor Maldonado e a Williams superaram Fernando Alonso – que inclusive estava em um dia inspirado – e surpreenderam o mundo do automobilismo com um triunfo para ser lembrado por muito tempo.

Pensando bem,  o termo “surpresa” deve ser relativizado em 2012, pois o mesmo Maldonado já havia feito uma  corrida para se orgulhar em Melbourne (apesar do desfecho decepcionante), enquanto Sergio Pérez levou o mundo ao delírio na perseguição frenética a Alonso pelo primeiro lugar na Malásia no clima da trilha sonora de “Tubarão”. A temporada é a mais democrática desde 1983, quando cinco pilotos venceram as cinco primeiras corridas com cinco carros diferentes. Se um sexto carro com um sexto piloto vencer em Mônaco será totalmente normal. A F1 atual dá o direito de sonhar a quase todo mundo.

A primeira vitória de um piloto bolivariano na F1 não veio por acaso nem caiu simplesmente no colo dele. Foi uma vitória conquistada com estratégia e velocidade. E nem adianta Alonso, que pulou na frente logo na largada, argumentar que a culpa foi do Charles Pic (o francês foi punido por desrespeitar a bandeira azul, sinalizada para que deixasse o espanhol passar). Maldonado manteve um ritmo forte enquanto estava em segundo, e a Williams deu o pulo do gato ao antecipar o primeiro pit de seu piloto, que reassumiu a ponta para não perder mais.

À primeira vista, entrar na F1 com o rótulo de piloto pagante não é nada bom, mas o filho da Venezuela deu provas de que merece o seu lugar ao sol e já colhe os frutos do investimento que foi feito nele. Não é para qualquer um vencer um grande prêmio em sua segunda temporada, ainda mais estando de fora das equipes dominantes. Um piloto que jamais havia subido ao pódio, foi direto ao topo logo na primeira vez. Mais do que ganhar respeito para ele próprio, o resultado traz de volta à competitividade a Williams, que já sofria comparações com as nanicas e fez com que todos recordassem o seu pedigree vencedor. Foi a maior homenagem que Frank Williams poderia ter na comemoração de seus 70 anos.

Depois de ter andado próximo ao Fodón de las Astúrias no Bahrein, Felipe Massa voltou à sua triste sina. Usou a desculpa do drive through que foi submetido pelo péssimo resultado: novamente, ele chegou na frente apenas de Hispanias, Marussias e Caterhams. Sebastian Vettel sofreu a mesma punição e chegou em sexto. O brasileiro foi 15°. E o pavio em Maranello encurta.

#FAIL

Bruno Senna: no geral não foi bem como nas últimas corridas, e se envolveu na maior polêmica da corrida. Os fiscais utilizaram a máxima dos acidentes de trânsito – quem bate atrás paga o prejuízo – e culparam Michael Schumacher, que perderá cinco posições no próximo GP. Vai aí uma opinião pessoal: Senna, com pneus desgastados, tinha velocidade de retardatário e tentou segurar pilotos mais rápidos recém saídos do box – com pneus novos – apenas com a premissa de ter direito a defender a posição. Ele já tinha tido contato com Grosjean instantes antes. Forçando demais a barra, eu poderia dizer que foi um acidente de corrida. E vá, lá, talvez o Schumacher pudesse ter evitado a batida, porém culpá-lo sem dar no mínimo uma chamada no brasileiro foi um equívoco. (Mas eu não acho nada; só toco aqui meu tamborzinho, e olhe lá…)

Depois do vencedor, a maior figura da corrida foi Lewis Hamilton. O inglês perdeu o direito de largar na frente no sábado, mas sacudiu a poeira e deu a volta por cima para fazer uma senhora corrida. Largou em último e chegou em oitavo, à frente de Jenson Button.

A imagem do pódio diz tudo. Bem-vindo ao clube dos vencedores, Pastor. E até Mônaco, no dia 27.

Nos braços dos campeões

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3 Comentários para “Por essa, nem Hugo Chávez esperava…”

  1. saulo
    15/05/12 - 17:28

    Hugo Chávez Frías ‏ @chavezcandanga
    Te lo dije: ganó nuestro Pastor Maldonado, haciendo historia! Bravo Pastor! Felicitaciones a ti y a todo tu combativo equipo! Venceremos!

    https://twitter.com/#!/chavezcandanga

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    alexandre

    haha… esse Chávez eh mto figura.

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  2. André Bona
    15/05/12 - 19:02

    Concordo com o autor. No caso Bruno x Schummy, foi perceptível a lentidão do primeiro no momento. Ele mesmo, na entrevista ainda na corrida, disse que ele tava indo e teve que frear antes por conta dos pneus desgastados… Pois bem… quando um FDP freia assim na nossa frente na rua, dá uma raiva desgraçada. Schummy chapou o cara! Longe de ter “atropelado” como os defensores do microfone quiseram apresentar…

    De fato, acho que foi um acidente de corrida e Bruno tem que tomar cuidado com essas freadas antecipadas. Pode causar muito mais acidentes.

    No mais, post perfeito, mais uma vez.

    Detalhe de 83 (até então o mais equilibrado!) vencido por quem????

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