Perdidinho da Silva (Gênio)
February 18th, 2008 por Victor | Categorias: Futebol, Libertadores 2008.Se alguém falar que sabe o que esperar da estréia do Fluminense na Libertadores contra a LDU em Quito (quase 3.000 metros) estará mentindo.
O clássico contra o Botafogo é a evidência que nem mesmo Renato faz idéia do que esperar de seu time, que aliás, com uma escalação de dois atacantes com Dodô no banco voltou à estaca zero.
Aliás, dizer que voltou à estaca zero é bondade. Conseguiu com este jogo, a proeza de retroceder à incertezas anteriores ao início do trabalho.
Desde que começou o ano, o Fluminense treinou e jogou com os três atacantes. Foi assim até entrar com um time reserva sem nenhum atacante para o amistoso com o Flamengo.
Planejamento é uma palavra bem bonita para ser dita para mídia, ou mesmo em reuniões com o “grupo”, mas fica por aí mesmo, pois a ação não é onde ela aparece.
Se o Flamengo jogaria no meio da semana uma partida pela Libertadores após seu jogo sem grandes importância contra o Fluminense, o Tricolor não. O clube das Laranjeiras descansaria no meio da semana para encarar o Botafogo.
Então, “sabendo” que jogaria a semi-final com uma formação não testada, Renato coloca um time sem atacantes para enfrentar o Flamengo, um jogo sem responsabilidade, mas que deveria ser um teste decente.
E então, este time sem atacantes, mete um Créu no Flamengo. Mas de forma algum foi o que entrou para jogar contra o Botafogo. Renato levou para decidir com o Alvinegro uma formação até convencional, defendida pelos críticos desde o início, mas nunca testada ou treinada.
E agora, para jogar quarta-feira contra a LDU, Renato faz novo mistério sobre a escalação, mas com grandes possibilidades de entrar novamente com dois atacantes, a única formação que perdeu, e perdeu sem ver a cor da bola, dentre as testadas.
Faz um mistério como se o LDU que nas últimas Libertadores sempre entrou com times fortes (sendo um adversário duro tanto em Quito quando na casa do adversário), soubesse alguma coisa sobre o Fluminense que nas últimas Libertadores sempre … bem … Sofá para o Tricolor nas últimas Libertadores.
Eu já me manifestei por aqui à respeito dessas “espertezas” que os treinadores utilizam para “confundir” o adversário. Não sei se os doutores pararam para pensar que correm imenso risco dos seus jogadores não entenderem e alcançarem sua “genialidade”. Até onde eu sei, boas execuções de esquemas e ordens dependem de treinamento exaustivo e repetitivo, e não de lampejos coletivos geniais explicados no quadro-negro.
E o que pelo visto foi treinado e testado repetitivamente foi o esquema com três atacantes, que pelo visto, na ótica de Renato, era para ser uma espécie de plano B para momentos em que se necessitasse pressionar um adversário.
Parabéns Renato. Treinou tanto o emergencial em detrimento ao usual, que terá inúmeras oportunidades de utilizar a formação do abafa. Gênio.
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Contra os sparrings, Cícero entrava muito bem (não vi os jogos contra Boa Vista e América). Mas agora esquenta banco do banco Conca.
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Arouca marca e joga. Mauricio marca e joga. O titular é Ygor que não joga e marca… marca penalty.
Acho o seguinte.
Treinou com três atacantes para jogar, vai na fé e sobe o morro com três atacantes.
Temerário para mim é colocar em campo formação que não treinou.
Para treinar uma equipe e depois contar que os jogadores se viram no convencional não precisa de técnico.
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Recordar é viver:
Gaburah
Jan 28th, 2008 at 10:16
O Vasco é tão favorito quanto Botafogo, Framengo e Fluminense. O campeonato está só no início e tem tempo de sobra:
1. Pro time da colina engrenar e Edmundo e Romário começarem a se estranhar;
2. Pro Renato chegar a conclusão que três atacantes não dá e que vai ter mesmo que colocar o Dodô no banco;
3. Pro Joel chegar a conclusão que o time está bom do jeito que está, que em time que está ganhando não se mexe e pro Léo Lima cair de produção;
4. Pro Cuca começar a inventar, e assim que acontecerem as primeiras contusões de titulares vai ter que começar a improvisar tipo Renato Silva na lateral-esquerda;
e 5. Pra algum time dito pequeno se enquadrar, ganhar moral e começar a dar dor-de-cabeça.
Muita água passa de baixo da ponte até abril. Ou maio, sei lá quando o estadual acaba.
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Onde se leu Léo Lima, leia-se Leo Moura – obviamente.
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Victor, Libertadores é assim mesmo. Uma caixinha de surpresas. Mas sofá com relação à Libertadores para os brasileiros é normal, menos para o SP nos últimos anos.
Foda é ser sofá no Estadual e Copa do Brasil.
Gaburah Mãe Dinah?
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Se o Fluminense tem esse mesmo elenco e o Luxemburgo como treinador, não tenho a menor dúvida de que o percurso na Libertadores seria muito melhor (e maior).
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Uma coisa imprevisível mesmo é quem chega à final da Libertadores.
Não é ficar em cima do muro mão, mas … até o Fluminense pode chegar.
Dependendo do caminho que se pegue, a Libertadores é um campeonatinho muito meia-bomba. Joga-se, joga-se, joga-se para ter dois adversários decentes para derrubar apenas.
Mas Luxemburgo é um cara que não foi muito feliz neste tipo de competição (Libertadores e Champions League) mesmo com timaços nas mãos (caso de Palmeiras que tomava ferro do São Paulo de Telê)
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É verdade, não dá pra saber quem vai chegar. Mas se olharmos o retrospecto dos últimos anos, o Boca tá sempre nas cabeças. Por outro lado, o São Paulo, grande favorito, caiu para o Grêmio, um time muito esforçado.
Nesse ano o River já começou levando uma porrada de 2×0 para um time estreante em Libertadores. Vamos ter que esperar mesmo…
Bem lembrada essa história do Luxemburgo. Eu achava que ele tinha sido vice mundial. Mas na verdade foi o Felipão. Bem, de qualquer forma, acho que o Renato e uma grande leva de “professores” pode engraxar o laptop dele.
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Eu também acho Luxemburgo foda. Mas quis resslatar seu histórico nestas competições. Luxemburgo é na minha opinião muito superior a Renato.
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Zarga, tem uma coisa que eu acho a rspeito do Boca, que é esse caminho mais fácil. Eu acho que o Boca é favorecido por essa regra maluca de times do mesmo País não fazerem a final.
Acaba que o País com times mais fortes em quantidade, que é o Brasil, acaba se enfrentando pelo caminho, enquanto o Boca vai seguindo contra o resto, encarando apenas em final.
Sei lá, mas nos dois anos em que essa regra não valeu, foram só brasileiros na final.
Essa história do Grêmio contra o São Paulo é emblemática mesmo, pois dificulta o caminho de um time brasileiro que seja o melhor, pois acaba encarando “clássicos” onde o adversário cresce.
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Em tempo, ressalto que o Boca é foda. Não digo, em hipótese alguma, que ele não seria favorito de qualquer forma. Só acho que ele chegaria menos às finais, e consequentemente, ganharia menos títulos, pois teriam competições que teria de encarar mais brasileiros pelo caminho (como os daqui tem de fazer. O Grêmio eliminou São Paulo e Santos ano passado).
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Renato deveria mesmo abrir mão de um atacante porque vai enfrentar a altitude de Quito e precisa povoar o meio campo para cadenciar o jogo.O erro contra o Botafogo foi escalar três volantes e deixar Thiago Neves sobrecarregado na armação.Poderia escalar Conca no lugar do Igor para aproveitar a jogada de bola parada em condições que o ar rarefeito diminuiu o atrito e favorece a velocidade da bola.É bom lembrar na final da Copa América em La Paz Roberto Carlos bateu uma falta e o goleiro boliviano rebateu a bola resultando no rebote para o primeiro gol do Brasil.Um exemplo ruim foi o Felipão quando escalou na seleção três volantes e teve muitos chutões.Com isso,o desgaste físico era maior porque teria que correr atrás da correria dos bolivianos para retomar a bola.Não adianta ter apenas fôlego,precisa de inteligência.
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Com esse regulamento às vezes ainda pinta um Oncecaldas da vida…
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E difícil os fenômenos Once Caldas e Cúcuta repetirem.A perda de jogadores na Colômbia é mais avassaladora em relação ao Brasil.Países como Argentina,Chile e o próprio Brasil são trampolim para o marcado europeu para os colombianos.O êxodo dos brasileiros com muita rapidez força os clubes daqui a reforçarem com jogadores dos centros menores da América do Sul.
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