Paz nos estádios
July 6th, 2014 por Asimov | Categorias: Copa 2014.
Lembrança aos colegas de torcida que é muito “sem noção” ir a estádio em evento internacional para cultuar clube de futebol.
Lembrança aos colegas de torcida que é muito “sem noção” ir a estádio em evento internacional para cultuar clube de futebol.
Em 98 fui ao meu primeiro jogo de Seleções. Brasil 0x1 Argentina no Maracanã.
Jogo horrível por parte do Brasil que serviu apenas para limar Raí da Copa (Cafú ficou) tendo o ponto alto uma chuva de garrafas de plástico antes do jogo.
Nesse jogo, não notei manifestações clubísticas, com a ressalva que:
1) Fiquei no centro do campo, local onde não ficam organizadas
2) Não tinha preocupações de registrar as situações para avaliação presente e futura
3) Eu pouco enxergava o clubismo em situações gerais
Retornei ano passado de camisa do Brasil e atrás do gol me incomodou a necessidade do estádio ter de vaiar em diversos momentos a minoria que buscava impor um “Meeeengôôô”, como fizera outrora um ginásio de UFC com muito mais vigor, contudo.
Itália x México pela Copa das Confederações a mesma coisa.
Retornando esse ano, meu primeiro jogo foi Argentina x Bósnia onde pegaria lá mesmo no Maracanã o ingresso com amigos. Cheguei lá com uma camisa do time de rugby da Nova Zelândia para a surpresa dos meus amigos:
“- Ué? Apostava que você viria com a camisa do Fluminense.”
Não vou. Talvez eu não fosse naturalmente, mas com a consciência presente que tenho, a camisa do Fluminense é ato ideológico(*), vestindo-a ou não a vestindo. E como entendo dever haver a supressão do clubismo em contextos off-jogo do time, deliberadamente expurgo os símbolos do Fluminense publicamente ainda que saibam di Fluminensismo intrínseco que carrego.
(*)Como disse, é um ato. Um teatro necessário. Eu consigo controlar minha atitude externa ainda que internamente eu torça absurdamente mais quando há jogadores Fluminensistas e torço descaradamente por esses jogadores além do que torço para os demais. O que faço somente é não colocar na ação conjunta a minha causa particular acima do propósito maior do evento.
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Povo que não vê problema em vaiar hino alheio simplesmente não entende isso.
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Vi poucos brasileiros vaiando hino, quando fui. Todos foram devidamente calados.
Agora, o acapella foi vaiado mesmo. “Na minha casa, quem canta mais alto sou eu.”
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Casa ou puteiro?
E desde quando, desde o seu descobrimento, Brasil se preocupa com essa porra?
Viralatismo total.
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“Na minha casa, quem canta mais alto sou eu.”
Desculpa, Matheus. Foi ironia ou manifesto?
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Cara, é a mesma história de tocar um hino de um time no estádio do outro.
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O que obviamente não justifica qualquer tipo de comportamento hostil.
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CANTE MAIS ALTO então. Mas vaiar é coisa de ignorante.
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Comportamento hostil, Gaburah?
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Vaiar o hino de um país CONVIDADO para vir à sua casa não é hostil?
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Tem uma outra linha de raciocinio.
O Brasil não pode vaiar hino nenhum, simplesmente porque brasileiros não temos noção de pátria. Hino pra gente e brasilidade só serve pra esportes.
Então, um hino cantado por um outro povo tem um significado muito diferente para o proprio povo do que um hino brasileiro para um brasileiro.
Aliás, se é que o brasileirinho sabe cantar seu próprio hino inteiro, quiçá compreendê-lo…
Como alguém que compra a própria independência pode vaiar hino alheio?
Matheus, seu exemplo de clubes nao se aplica ao conceito de nação.
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Verdadíssima isso aí, Bona.
Brasileiro se orgulha de cantar hino em jogo de vôlei e futebol e olhe lá. Só no exército é que o cara estuda o significado daquilo ali e tem a noção do que significa.
Brasileirinho (termo que até os brasileirinhos adoram pra denegrir seus iguais) é ignorante. E não se pode mesmo repreender o ignorante por não respeitar algo que ele não sabe o que é.
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O que vos fala serviu ao exército, por isso a distância absurda do hino para com a PALHAÇADA de usá-lo nesses eventos cheiso de SUA MAE.
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Tá tudo errado, cara. Mas ninguém aqui pode ser culpado por uma educação patriótica (off-Copa do Mundo) que não recebeu.
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seu exemplo de clubes nao se aplica ao conceito de nação.
De jeito nenhum. Nem de longe, e olha que mesmo em relação a clubes já é uma palhaçada. Essa tolerância equivocada é que alimenta animosidade.
E a animosidade leva à violência.
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Violência.
E olha que nem os chilenos reclamaram.
Aliás, vários vaiaram também.
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Matheus, eles precisam reclamar?
Talvez tenham ignorado… é o melhor a fazer.
“não dê pérolas aos porcos” JC e sua banda.
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Teu pensamento invalida ainda mais a síndrome de politicamente correto do brasileiro. Reitero: não vaiei em momento algum, mas se fosse o hino em si, acharia errado.
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Na verdade, estamos falando de coisas diferentes.
Qdo eu digo “o brasileiro” eu me incluo, já que tive esse azar (veja o meu sentimento patriota!).
Se vc vaiou ou não tanto, faz, mas não acho que essa atitute gere qualquer efeito dentro do campo de jogo. Vira uma agressão gratuita. Talvez eu, envolvido com a parada, até vaiasse também, considerando que, como já disse, tive o azar de nascer nessa porra.
Mas acho que a sua avaliação tá muito mais no sentido do esporte ali jogado, do que do conceito de nação. Certamente. No conceito de nação, não há motivos para vaiar ninguém concorda? No conceito raso da disputa a iniciar, tudo bem.
Vaiar uma entrada violenta, por exemplo, é uma vaia a um ato. Mas vaiar uma torcida cantando hino do seu país? bem, sei lá. Acho desnecessário.
Pois é. Só que nós não sabemos da relação do povo com seu hino concorda? Como a nossa é frágil… a gente usa essa régua.
EM TEMPO: HISTORY CHANNEL provando agora cientificamente que Iniesta é mais foda que Neymar… Vai lá…
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Posso enxergar duas razões pra não terem reclamado, Matheus: atitude superior ou consciência de minoria.
Posto que o hino chileno foi tocado posteriormente, nem vou achar escroto alguns terem vaiado, como você disse.
Como eu disse, animosidade leva à animosidade. E à violência. O fato é que se brasileirinho fosse um povo minimamente educado, a gente nem precisava estar aqui discutindo uma coisa tão primária.
E não é questão de ser politicamente correto, coisa que quem me conhece de outros carnavais tá kareka de saber que não sou. A questão é querer que tudo e todos mudem, mas não dar nem o ensaio de primeiro passo pra isso.
Na minha casa quem canta mais alto sou eu. É guerra essa porra?
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Extremamente infeliz. Posto que você não pode generalizar. O próprio blog só tem exemplo do contrário. Pessoas que estão muito mais preocupadas com o Brasil, em todo sentido, do que qualquer coisa.
Simplesmente não dá pra generalizar, até porque você não sabe como se dá a relação do chileno com o hino deles, por exemplo. Do jeito que tu fala, parece que o brasileiro é o pior dos povos.
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Eu generalizo no sentido da característica global. Que não é comum a todos. Mas se sobressai no coletivo.
Sim. mas isso nao nos faz a regra.
Certamente. E por isso acho a vaia errada.
Não. Mas não me vem a mente agora um povo que possa ser mais escroto. O que não impede de ter pessoas brilhantes, com nós :)
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Uma briga após flamengos se reconhecerem com seus gritos.
E os outros os encaminharem ao VTNC.
Na frente do meu pai.
Levantei e ajudei a expulsar um dos torcedores fajutos.
Vergonha que não tem legado que resolva.
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