Parabéns Otários!
February 6th, 2013 por Serginho Valente | Categorias: Estrutura.Mesmo com todos os recursos de engenharia disponíveis no século XXI, a penúltima reforma do Maracanã para a Copa do Mundo (ainda haverá a das Olimpíadas) terá duração maior que a própria construção do estádio, erguido no fim da década de 1940.
Saudosistas e amantes do concreto, em nome da “preservação da história”, ou de um sentimentalismo estúpido, impediram a demolição total do estádio, aumentando consideravelmente os custos de uma transformação quase completa. Sobrarão apenas a fachada e as rampas monumentais.
Os mesmos idiotas que se mobilizam para gerar um custo eterno ao estado, salvando a inacreditável Aldeia Maracanã, devem estar contentes. Caem num conto, vêem relevância, onde ela não existe. Prejudicam a si próprios, e aos outros. Todos pagamos as contas.
Por pressão de minorias, sustentaremos vagabundos, estacionaremos mais longe, e gastamos fortunas quando poderíamos apenas fazer maquetes e tirar fotos. E depois, culpamos o governo.
Empreitada de Índio
Acho que o Governo é o principal responsável mesmo. Independente de qual seja.
O Brasil ainda é muito Estado. Dilma confia mais no Estado no controle do que no mercado. É a História dela. Acaba reverberando.
Não era muito diferente com o Lula. E nada me faz crer que seria com Serra.
Responda a este comentário
Seginho remete o alto custo da obra uma questão “técnica”, um erro colossal. Os atrasos nas obras são artifícios para dispensar licitações e contratar empreiteiras ao livre gosto do gestor público eleito pelo povo. Não é a toa a Delta e Eike Batista serem os grandes agraciados pelo governador Sérgio Cabral.
Responda a este comentário
Saulos, os custos com atrasos existiriam, de um jeito ou de outro. E isto é um problema endêmico do Brasil. E esse tipo de coisa entra na conta dos governos mesmo.
Agora, os custos exorbitantes da preservação do esqueleto e das rampas do Maracanã, estes foram demandas da sociedade.
Além dos jeitinhos tradicionais de superfaturar uma obra, ainda rolamos a bola para nos roubarem mais um pouco.
Responda a este comentário
Os atrasos são propositais, tudo no jeitinho brasileiro de inventar algum pretexto para alegar urgência e dispensar licitação. Apesar dos governos estaduais estarem cansados de saber a consolidação da escolha da sede da copa. Fica muito fácil superfaturar sem precisar fazer audiências públicas e ter uma prévia fiscalização dos órgãos competentes.
Responda a este comentário
Concordo com Saulo, plenamente. Abraço.
Responda a este comentário
Tem como discordar do Governador? Pior é o MP Federal achar que sim.
Responda a este comentário
Tanto na preservação das rampas do Maracanã, quanto no caso dos escombros dos “índios” a sociedade fez pressão. Pelo Estado, os caminhos seriam outros.
Responda a este comentário
http://oglobo.globo.com/rio/sergio-cabral-desiste-de-demolir-museu-do-indio-7414296
Quem é IPHAN?
Resposta: o Governo
Quisesse mesmo, Cabral demoliria.
Responda a este comentário
Governo Nacional.
Responda a este comentário
É, Bender, como disse o Matheus, o Iphan faz parte da administração indireta do Governo Federal, é autarquia federal.
Cabral queria demolir sim, o negócio é que o MPF e a Defensoria Pública da União entraram no meio. Inclusive, o Defensor do caso é um ex-professor meu, acompanho os posts dele no Facebook, ele realmente acredita estar salvando toda uma cultura indígena. Interessante acompanhar os pontos de vista diametralmente opostos, e realmente é difícil discordar do Governador nessa.
Responda a este comentário
Existem milhares desses seus professores.
Porém Paes = Cabral = Dilma. Basta uma ligação.
“Compramos o prédio por 60 milhões do governo federal” …
“cabe recurso”
Cabral deixou pra lá. Não comprou a briga. Quando quer consegue até patrocínio de Empresa Mista pro Vasco.
Responda a este comentário
1) O Maracanã vai custar mais caro, a obra terá duração maior que o previsto e etc. não por suposta “preservação da história”. É simplesmente pq assim se ganha mais dinheiro.
TODOS atores do processo ganham seu quinhão — do empreiteiro aos Tribunais de Contas.
2) É importante tentar diferenciar “pressão da sociedade” de “pressão da imprensa”. Hoje, mais que nunca, são coisas geralmente diferentes.
Responda a este comentário
Sim Marco. Porém, a pressão para não derrubarem tudo no Maracanã, e para preservarem o “treco” dos índios, partiu da sociedade. De uma minoria de Saulos. A maioria, que assiste tudo calada, não deu a mínima. E o resultado é mais gasto do do dinheiro público. E mais roubalheira.
Responda a este comentário
Nenhum obra do Pan serve para as Olimpíadas!
Responda a este comentário
Esse é o discurso dos representantes das empreiteiras e do mercado da especulação imobiliária. Eduardo Paes e Cabral são bastantes agradecidos pelas generosas contribuições de campanha.
Responda a este comentário
Já fizeram para não prestar.
Responda a este comentário
Não era isso que o Eduardo Paes dizia antes das eleições. Se estelionato fosse crime, já teria sido cassado.
Responda a este comentário
Teriam que cassar o César Maia, não é? Não foi ele quem fez as obras do Pan?
Responda a este comentário
Bom, daí tenho que ser justo e informar que neste caso, Cesar Maia não teve tanta culpa, afinal o Rio de Janeiro foi anunciado como sede do Pan em 2002. As instalações foram construídas pensando no Pan de 2007. Até a data onde o Rio foi escolhido como sede do Pan, não havia a menor ideia de que o Rio ganharia a oportunidade de sediar uma Olimpíada. A cidade foi escolhida como postulante logo após o término do Pan.
Então, para o Pan e posteriores competições atléticas (que não uma Olimpíada), as instalações serviam sem problemas.
Agora, imaginem a seguinte situação: O antigo prefeito vai e manda construir instalações já adaptadas a uma olimpíada e a cidade depois não é escolhida. O cara ia ser crucificado da mesma forma.
Responda a este comentário
Alexandre, posso estar enganado, mas o discurso sempre foi de que as obras do Pan serviriam para as Olimpíadas, que inclusive era um projeto do César Maia.
Responda a este comentário
Bom, isto foi no início de tudo. Porém, houve um fator que acabou interferindo no projeto: A falta de patrocínio da inciativa privada (e mesmo do Governo Federal – este por pura politicagem).
Pode-se dizer que 70% dos recursos gastos no Pan foram todos da própria Prefeitura (tanto é que a cidade ficou um lixo durante o período de construção das instalações para o Pan).
E sem o dinheiro, todo o projeto acabou mudando. O Governo Federal só foi começar a ajudar faltando pouco mais de um ano pro Pan começar.
Responda a este comentário
O que demonstra o erro em fazer o Pan, as Olimpíadas e a Copa. Isso é só para fomentar corrupção.
Responda a este comentário
Mas disto ninguém duvida.
Responda a este comentário
Aliás, teve dinheiro do Estado do Rio, no mínimo. Afinal, reformaram todo o Maracanã.
Responda a este comentário
Sim, mas só pro Maracanã.
Responda a este comentário
Teve dinheiro da Prefeitura, do Estado do Rio e da União.
Paes = Cabral = Dilma [2]. Ou similares desses.
Responda a este comentário
Não, você se equivocou. O ordem correta é: Maia Cabral = Lula. E isto fez uma diferença considerável.
Responda a este comentário
Esse é o bode da sala. Essas coisas começaram a ser possíveis somente após a eleição de alguém cujo nome não irei citar, mas que não se encontra mais na presidência da república…
Responda a este comentário
O Estado do Rio de Janeiro vai gastar um bilhão na reforma do Maracanã e quer vender o estádio por menos de 20% do valor das obras. Não seria uma privatização, na prática é um financiamento de um bem público em prol interesses privados. Um investimento ser risco e injustificado. E até a derrubada do Célio de Barros e do Júlio Delamare contradiz com o conceito de mobilidade urbana, previlegiar o transporte individual em detrimento do uso dos coletivos.
Responda a este comentário
“- Eu podia ter construído um ginásio, mas construí uma arena da NBA porque o Comitê Olímpico Brasileiro diz que se o Rio de Janeiro fizer Jogos Pan-Americanos de nível olímpico, incluindo os equipamentos, será uma cidade fortemente competitiva para 2016”
“Não acho que seja um valor grande para quem quer se utilizar disso para em 2009 ser escolhida a sede da Olimpíada de 2016. Se fosse exclusivamente para a realização dos Jogos Pan-Americanos, eu diria que certamente não precisava dessa sofisticação toda, como eu pude ver em Santo Domingo”
http://oglobo.globo.com/esportes/cesar-maia-alega-olimpiada-como-motivo-para-gastos-no-pan-4181353
Responda a este comentário
E a arena é foda mesmo, mas…
…mas os dois times cariocas que jogam a NBB utilizam a quadra do Tijuca Tenis Clube. Um deles é o Tijuca, e até aí tudo bem. Mas o outro é o que arrasta multidões e joga sempre em rodada dupla com o Tijuca (fica mais fácil notar depois da 7ª rodada).
Resultado que quem gosta de basquete viu no Pan e depois só voltou ali para ver Eric Clapton ou UFC.
Responda a este comentário
Uma obra! Façamos justiça, pois. Há UMA obra que pode ser reaproveitada como está.
Ironicamente, nunca me lembro da Arena…
Responda a este comentário
O lance é que o discurso do César era de que várias outras obras tinham padrão olímpico, o que não era verdade.
Responda a este comentário
Eu lembro. O Pan foi justificado porque o Rio queria as Olímpiadas; serviria de preparação.
Preparou nada. Se gastará tudo de novo.
Uma vergonha. Principalmente se lembrarmos da candidatura de Tóquio. O Rio tinha organizado um Pan-Americano em 2007 (!) e tinha que fazer tudo de novo. O projeto dos japoneses previa apenas a construção de um estádio, porque as instalações usadas em 1964 (!!!) poderiam ser reaproveitadas sem problemas.
Responda a este comentário
http://en.wikipedia.org/wiki/Tokyo_bid_for_the_2016_Summer_Olympics
Responda a este comentário
A única obra do Pan aproveitada foi o Engenhão, mesmo assim a prefeitura precisou fazer uma concorrência e apenas o Botafogo ficou interessado. Gastou-se 400 milhões dos cofres públicos e recebe apenas uma ninharia mensal de arrendamento durante vinte anos.
Responda a este comentário
Realmente vergonhoso. E o pior é que ninguém vai preso, e ainda são reeleitos.
Responda a este comentário
Eles são reeleitos porque compram votos e são financiados pelas empreiteiras e empresas de ônibus. A questão a ser votada no congresso nunca é colocada em votação: o financiamento público e a proibição de qualquer contribuição privada em campanhas eleitorais.
Responda a este comentário
A segurança foi pro brejo: http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2013/02/08/tcu-identifica-atraso-em-projetos-de-telecomunicacoes-e-ve-risco-para-copa-das-confederacoes.htm
Responda a este comentário
Cuiabá já mostrou o caminho antes mesmo da conclusão: http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2013/02/08/devendo-r-543-mi-construtora-da-arena-pantanal-beira-falencia-e-atrasa-estadio.htm
Responda a este comentário
Copa terminando, entorno do Maracanã perdendo importância, hora de pagar a conta (e gerar uma favelinha com um predomíniozinho etnico só para gerar mais um mafuázinho, né?)
Responda a este comentário