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O vermelho na moda de novo

September 3rd, 2009 por | Categorias: Fórmula-1.

 

De tanto correr atrás, Fisichella alcançou o carro vermelho

De tanto correr atrás, Fisichella alcançou o carro vermelho

 

Kimi Räikkönen confirmou o favoritismo – coisa que a Ferrari está desacostumada este ano – e venceu o GP da Bélgica pela quarta vez na sua carreira. Em Spa-Francorchamps, o finlandês relembrou seus melhores momentos e não foi sem suar que conseguiu esse triunfo. Ele foi duramente pressionado por ninguém menos do que Giancarlo Fisichella ao volante de uma improvável Force India que estava especialmente competitiva no fim de semana, com direito a pole-position e tudo. Apesar de não ter resistido ao ataque de Räikkönen após a relargada, o italiano foi um carrapato para o vencedor, grudado na caixa de câmbio da Ferrari até nas paradas nos boxes e até a bandeirada final. A atuação do romano rendeu elogios de todos os lados e o melhor: ele irá assumirá o volante da Ferrari número 3 a partir justamente do GP da Itália. Nem Alonso, nem Kubica. Ele foi liberado por seu agora ex-patrão Vijay Mallya – que reconheceu os serviços prestados pelo romano à Force India – e substituirá seu conterrâneo Luca Badoer (coitado do Badoer…). Também, quem mandou chegar em último (de novo) com o mesmo carro que venceu a corrida? 

O vermelho lhe cai bem?

Como pinto no lixo... o vermelho lhe cai bem?

Quando Fisichella desembarcou na equipe indiana e começou a comer poeira de Adrian Sutil, sua imagem era de um ex-piloto em atividade. Mas a sua experiência o permitiu uma grande recuperação e o resultado de Spa comprova isso. Será um senhor prêmio para um piloto muito próximo de encerrar a carreira nas corridas, mas que ainda permanecerá em Maranello em 2010 como piloto de testes. Bom negócio para as duas partes, pois ele se despedirá dos holofotes com chave de ouro e a Ferrari conta com um piloto mais capaz de pontuar, ajudando assim a superar a McLaren na disputa pelo terceiro lugar entre os construtores. Depois dessa e da vitória de Barrichello em Valência, pode-se dizer que os vovôs da F1 estão com tudo.

Falando no brasileiro, Rubens Barrichello não teve a mesma sorte de uma semana atrás. Sofreu pela terceira vez com um erro problema na largada e simplesmente caiu para último. Menos mal que ele fez uma agressiva corrida de recuperação, conseguiu várias ultrapassagens soltou fumaça nas últimas voltas e chegou em sétimo com o motor em chamas. Descontou mais um pouquinho a vantagem de Jenson Button, que também não teve o melhor GP de sua vida. O líder do campeonato abandonou em um esparrame ainda na primeira volta – que deixou a pé também Lewis Hamilton e Jaime Alguersuari – tendo sido abalroado pela Renault de Romain Grosjean. O francês ensaiou de cantar de galo, tentando jogar a culpa para cima do piloto da Brawn. O Nelsinho Piquet pelo menos batia sozinho. E não era tão marrento.

Falando no nome do Piquet mais barbeiro, ele foi lembrado por uma causa nada louvável. Jogaram no ventilador que a Renault, mais precisamente o queimadíssimo Flavio Briatore, teria ordenado a batida do brasileiro no GP de Cingapura do ano passado. Para lembrar, o acidente forçou a entrada do safety car e favoreceu de maneira definitiva ao espanhol  Fernando Alonso, vencedor daquela corrida. A investigação está rolando. Está fedendo. Mas é tão absurda a ideia de que um piloto acertaria o muro arriscando a própria vida porque o chefe mandou. Ordenar a um piloto que ceda uma posição já é muito feio, mas bater… parece coisa de ficção. Opiniões à parte, caso haja confirmação da história, ao Briatore restará passear em seu iate maravilhoso e ao Nelsinho, pedir emprestado o do pai. Na F1, nunca mais.

Alonso mais uma vez teve problemas na troca de pneus. Abandonou na volta seguinte do seu primeiro pit, mas dessa vez, chegou com todas as rodas. Realmente ele fora atingido na confusão da primeira volta e uma calota amassada tirou dele um pódio muito possível, já que era terceiro quando parou para trocar os pneus.

A etapa belga marcou a volta de Sebastien Vettel ao pódio. Com o terceiro lugar, ele ultrapassou seu companheiro de equipe Mark Webber na tabela e agora ocupa a mesma posição no mundial. Webber mais uma vez enfrentou uma punição “daquelas” – foi liberado pelos mecânicos no pit em cima do carro de Adrian Sutil, que ficou espremido no pitlane – e com um drive-through, não pode ir alêm de um nono lugar. Assim como na Brawn, a briga interna na Red Bull também pega fogo.

A Toyota parecia acordar com a segunda posição no grid de Jarno Trulli, porém na corrida, tanto o italiano como Timo Glock  abandonaram. Os carros da moribunda BMW-Sauber fizeram uma corrida pra lá de descente depois de algum tempo e ficaram em quarto e quinto lugares, com Robert Kubica à frente de Nick Heidfeld. Ao contrário da dupla da ex-Honda, que no ano passado aguardou a decisão sobre o futuro da equipe, os dois pilotos do time bávaro estão tentando mostrar serviço e assim garantir outro cockpit para o ano que vem. Cada um por si, Deus por todos.

Falando Nele, o pequeno troll que pensa ser Deus, Bernie Ecclestone, merece algumas palavras após a corrida em Spa-Francorchamps. A pista é definitivamente uma das melhores não apenas da atualidade, mas de toda a história da Fórmula 1. Mas o imperialismo Ecclestoniano não hesitará em deixar a prova de fora do calendário por aquele$ problema$ de $empre. Ele leva o circo dele para o kartódromo que ele quiser, desde que os organizadores deem o maior lance para ter a prova. A competição, como sempre, ficando para segundo plano.

Como também seria caso (sempre vale a pena lembrar…) do campeonato “por medalhas” estar em vigor. Com o equilíbrio que a temporada adquiriu – seis pilotos de quatro equipes diferentes já venceram corridas – a verdade é que Jenson Button já seria praticamente campeão, apesar da queda absurda no seu desempenho. Do jeito que a coisa anda, só se saberá qual dos quatro protagonistas do campeonato será o vencedor no final mesmo. Como deve ser, e não como tio Bernie acha que deve ser.

No dia 13 vem aí o GP da Itália, em Monza. Sem o Badoer, coitado… mas com muito mais spaghetti na casa da nona Fisichella!!!

Poucas vezes um segundo lugar foi tão comemorado...

Poucas vezes um segundo lugar foi tão comemorado...

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12 Comentarios Enviar por e-mail Enviar por e-mail

12 Comentários para “O vermelho na moda de novo”

  1. Rafael
    4/09/09 - 11:30

    Vermelho na Fórmula 1.

    SEXta

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  2. Robinson
    4/09/09 - 12:07

    Não é o vermelho-ferrari, mas gostei bastante desse tom…

    Aliás, uma especulação é de que o banco Santander deixará a McLaren e está fechado como patrocinador principal da Ferrari a partir do ano que vem, o que poderia significar a ida de Fernando Alonso para a equipe italiana.

    Cada vez mais as coisas se encaminham para esse casamento. Agora, o que farão quando:
    – o Massa voltar;
    – se o Kimi não quiser sair (tem contrato até o fim de 2010);
    – o Schumacher decidir voltar a pilotar à vera (ele não descartou a hipótese depois dos testes, apesar de ter desmaiado dentro do cockpit por conta das dores).

    A cúpula da Ferrari pressiona a FIA para abrir-se a possibilidade das equipes competirem com três carros. Ainda assim, vai faltar lugar…

    Isso ainda vai dar muita briga. O velho Frank é contra. E aí, já viu.

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    Victor

    Hehehehehe
    E há quem acredite em controle de gastos na Fórmula-1…

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    Robinson

    Maior caô do mundo é esse papo de redução de custos. O que as grandes montadoreas querem mesmo é um pedaço maior do bolo que vem da arrecadação com transmissões, bilheterias, marketing…

    A briga toda é por ganhar dinheiro, não economizar. As cifras são astronômicas, e se as montadoras caem dentro desse dinheiro, simplesmente a F1 vira propaganda gratuita, com um custo mínimo para as mesmas; caso contrário, é a dupla sertaneja Bernie & Max cada vez mais podre de rico e rindo sozinho.

    Se ainda fosse meu sogro…

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  3. Victor
    4/09/09 - 12:07

    Esse é um dos anos mais malucos da Fórmula-1.
    Que falta faz ter os melhores pilotos nos melhores carros.
    Jenson Button seria um fracasso completo como campeão.

    ****
    Piquezão continua pagando pelo filho. Falava o diabo que Rubinho se submetia à ordens porque queria, porque era fraco e coisa e tal. Cada semana o filhote vem envergonhando papai.

    ****
    Isso foi exceção. É mais fácil o Fluminense alcançar os tais 70% que Barrichello fazer 3 provas seguidas andando forte e sem errar. Isso é para TOP driver, coisa que nem de longe ele é.

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    Robinson

    Na boa, acho que o UNIMED-Fluminense está muuuuuito na pior…

    Pessoalmente, eu gosto de vários pilotos de várias equipes em condição de vencer. Torna as coisas mais complicadas. Acho mais legal de acompanhar.

    Faltam ainda cinco corridas.

    Barrica tá no páreo. Mas terá que superar a si mesmo e à desconfiança que muitos têm nele. Será que ele vai provar para todo mundo que “ele estava certo e todos errados”?

    Ou será que, mesmo perdendo dignamente, todos vão dizer “eu já sabia que ele ia se foder”??

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    Rafael

    Luciano Burti disse na transmissão do problema do Rubinho na largada. Na boa, ele errou… não deve ter feito alguma coisa, ou simplesmente fez alguma merda e acabou com sua corrida.

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    Robinson

    É de se estranhar que ele não fez nenhuma largada daquelas que a gente classifica de ‘ruim’, perdendo uma, duas ou três posições. Ele largou ‘bem’ várias vezes e ‘horrorosamente terrível e lamentável’ em três corridas, caindo lá para o final mesmo. Isso não é muito comum.

    Ross Brawn declarou em Valência que confiava na habilidade de largar do Barrichello, que sempre foi bem com exceção de ‘quando apresentamos problema’. Ele poderia estar assumindo a culpa do carro ou apenas aliviando a barra do piloto.

    Pode ter sido falha mecânica? Sim. Pode ter sido erro? Pode também. Eu só tenho impressão, não tenho a informação.

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    Victor

    Eu também acho legal vários pilotos de várias equipes em condições de vencer, e de competir.
    Pô… mas o cara ganha várias e é horroroso em outras.
    Isso aí é só uma randomização de resultados e não uma disputa.

    Quando o carro está bom o cara vence, quando está ruim desastre.
    Continuo achando que se for Button, será um campeão sem brilho algum.

    Lembro de um ano, que Senna ganhou váras provas enquanto a Williams falhava no início, de repente, a Williams bombou e foi atrás. Senna mesmo com uma carroça, andava lá na frente, ganhava corrida ou chegava entre os primeiros.

    Button ganhou suas corridas, no mais, não faz mais nada para sustentar o título.

    Bem… se o carro impede que ele ande na frente, também vale dizer que foi o carro quem fez ele ganhar as primeiras provas.

    ****
    Barrichello está no páreo porque nessa roda gigante que está a temporada 2009, ganhará um piloto e um carro com muitos erros na temporada, longe da perfeição.

    Em tempo 1: Como confiar em um piloto que nunca emplacou uma única série de corridaças mesmo tendo grandes equipamentos em mãos?

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    Robinson

    Discordo de uma coisa: o campeão sempre tem brilho. Um exemplo: depois de muito tempo execrando Damon Hill, há de se reconhecer a sua campanha pelo título de 96 com oito vitórias, o dobro do seu companheiro estreante e badaladíssimo Jacques Villeneuve. Após não renovar com a Williams ao fim do ano – vale lembrar que por questões de salário, pois o velho Frank é um dos caras mais zuras do planeta – ele ainda teve boas atuações com Arrows e Jordan, dando ao time irlandês sua primeira vitória antes de se aposentar e ir tocar rock’n’roll. Não dava mais para dizer que ele não era um bom piloto, muito menos que não mereceu ser campeão. Foram 22 vitórias na carreira.

    Mesmo assim, o Senna nunca foi campeão sem ter o melhor carro. Fato. Em 93 ele deu show, venceu corridas, mas contra Alain Prost e aquela Williams, nem falando muito com Deus.

    Variação de desempenho não é algo incomum. Principalmente em uma temporada em que quatro equipes já venceram corridas e pelo menos outras três em alguns momentos estiveram bem próximas do objetivo. O que não poderia seria o Button numa hora dessas estar contando as corridas para ser campeão, bastando que nenhum adversário vença tudo daqui pra frente – o que é muito difícil. Esse seria o quadro daquela regra estúpida de Bernie Ecclestone. Hoje ele ainda coça a cabeça e tem medo de perder o título.

    Justamente, para ser campeão, Barrichello vai ter que superar essa desconfiança. Ele mesmo deve tê-la dentro dele.

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    Victor

    Ora pipocas.
    O Damon Hill com um carraço nas mãos, fez o que se esperava de um campeão com um carraço nas mãos.

    Jenson Button parece um piloto que acha que fez a parte dele e agora entregou nas mãos de Random para ver se a matemática garante.
    Ele poderia ter se aposentado no meio da temporada que não pareceria muito diferente.

    Sorte dele que Vettel apagou, depois Weber e ainda assim ele consegue ser ameaçado por… Barruchello (que tem equipamento semelhante a ele)

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  4. Victor
    5/09/09 - 13:59

    Cara, outra coisa…
    Fisichella já andou de Ferrari na Fórmula-1:

    http://colunistas.ig.com.br/flaviogomes/2009/09/05/no-comments-176/

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