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O último ato – Adeus Sorin

December 24th, 2009 por | Categorias: Cruzeiro.

Sorin se despediu oficialmente tem algum tempo e o feito não foi devidamente registrado no Blá blá Gol. A pauta é cruel. Nada que as férias e uma força do Marcus Vinicius não pudessem ajeitar. Publique-se.

Por Marcus Vinicius

Braços cerrados, como devem ser

Braços cerrados, como devem ser

Juan Pablo Sorín (Juanpi), nascido em Bueno Aires no dia 05/05/1976, chegou ao Cruzeiro em 2000 com status de contratação mais cara da história do clube, U$$ 5,1 milhões.

Aposta pessoal do presidente cruzeirense, o jogador demorou alguns meses para se adaptar ao futebol brasileiro, porém, a empatia com o torcedor foi automática. A raça demonstrada nos jogos conquistou todos e Juanpi foi alçado no posto de ídolo.

O grande feito:

Final da Copa Sul Minas de 2002, Mineirão lotado, Cruzeiro e Atlético Paranaense disputam o título da competição. Logo aos 9 minutos de jogo Juanpi tromba com o jogador adversário e sangra no gramado. Vetado pelos médicos o argentino insiste em continuar no jogo e tem a cabeça enfaixada. Como um predestinado, Sorín recebe passe de Rui (Cabeção) e faz o gol que garante a vitória celeste e o título. O jogador é ovacionado por mais de 70 mil cruzeirenses em sua histórica despedida.

Transfere-se para a Lazio, declarando seu amor eterno ao Cruzeiro Esporte Clube e prometendo um dia voltar.

O ídolo celeste ainda teve uma rápida passagem pelo clube em 2004.

Último ato:

Em agosto de 2008, a diretoria celeste anuncia o retorno do ídolo celeste, para o delírio de todos. Infelizmente as contusões que já castigara o jogador nos últimos 2 anos não cessaram e Juanpi pouco atuou nas temporadas 2008/2009.

Em Julho deste ano o atleta anunciou a aposentadoria dos gramados, entristecendo todos os cruzeirenses que aprenderam a respeitar e idolatrar seu ídolo.

O final não poderia ocorrer em outro lugar senão em sua casa eterna. Cruzeiro e Argentinos Jrs. (primeiro clube) disputaram o amistoso de despedida do ídolo; uma grande festa, contando com a apresentação da banda Skank para um Mineirão lotado.

Sorín atuou todo o primeiro tempo com a camisa celeste. Iniciou a segunda etapa com as cores adversárias, mas logo se debandou novamente para o lado azul. Em campo, todos eram figurantes, para dar brilho ao espetáculo do protagonista. Apesar de boas chances a bola teimava em não entrar. Ao final da partida, 2X1 para o Cruzeiro e uma bela homenagem ao maior jogador da história recente azul.

Sorin 2

Considerações:

Complicado falar de Sorín; não foi um jogador brilhante tecnicamente, mas se entregava em campo como ninguém. Não conquistou grandes campeonatos, mas transformou a inexpressiva sul minas de 2002 no símbolo de raça. Grande jogador nos gramados e “cracasso” fora dele, a camisa celeste caiu tão bem que se transformou na segunda pele.

Lateral ou ala esquerda, Sorín jamais guardou sua posição. Apenas na saída de bola estava no seu lugar de ofício. De repente, uma bola cruzada na área, encontrava o centroavante Sorín. No meio campo? Vai também, tinha inteligência pra isso.

Obrigado por tudo que fez pelo Cruzeiro e até breve; acreditamos que essa bonita história não chegou ao final.

Sorín eterno, a nação azul jamais se esquecerá de um ídolo, será para sempre uma página heróica e imortal.

Último título com a camisa celeste (Campeonato Mineiro 2009)

Último título com a camisa celeste (Campeonato Mineiro 2009)

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15 Comentarios Enviar por e-mail Enviar por e-mail

15 Comentários para “O último ato – Adeus Sorin”

  1. Zobaran
    24/12/09 - 8:02

    Jogou muita bola. Dos melhores laterais esquerdos que eu vi.

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  2. Victor
    24/12/09 - 8:12

    No começo, o que me chamou atenção era quando mostravam gols do Cruzeiro, sempre o lateral cabeludinho parecido com Saulo fazia gols aparecendo sozinho dentro da área.

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    Marcus Oliveira

    Pois é, e tinha jornalistas aqui de Minas que o chamavam de peladeiro por causa disso. E estes mesmos idiotas escreveram colunas enaltecendo o jogador na despedida, nossa imprensa é assim.

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  3. Lincoln
    24/12/09 - 9:17

    Ele morreu? Post com clima fúnebre!

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    Marcus Oliveira

    O problema foi encerrar a carreira tão cedo. Todos os cruzeirenses sonhavam com uma Libertadores erguida pelo capitão. Não deu…

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    saulo

    Pela idade, 34 anos, não considerado tão cedo. A questão mesmo são as condições físicas após uma série de lesões no joelho. O fato de estar garantida sua independência financeira, pesou bastante na sua decisão. Jogar com prazer não era mais possível.

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    Marcus Oliveira

    Não foi um encerramento prematuro mas, hojem em dia, a carreira dos jogadores duram cada vez mais. Talvez não desse mais pra ser lateral, mas poderia ir para o meio de campo.

    Muita gente diz que o Sorin encerrou a carreira pela falta de oportunidade com o Adilson Batista, o que não parece verdade. Outros questionaram o técnico por não ter escalado o lateral na final da Libertadores. Simplesmente o cara não jogava desde a partida contra o Palmeiras no turno do campeonato (saiu machucado no ínicio do primeiro tempo).

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  4. Zobaran
    24/12/09 - 9:59

    Estará para sempre nos corações celestes…ao lado de Nonato!

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    Marcus Oliveira

    Comecei a frequentar campo de futebol na época do Nonato. Meu pai gostava de ficar na arquibancada inferior do Mineirão, pouca coisa acima do nível do campo. Lembro até hoje das viradas de bola que o Nonato fazia, lá de baixo parecia mais bonito ainda. Da esquerda no peito do lateral direito, achava muito bacana. Talvez por isso a torcida do cruzeiro deposite tantas esperanças no Diego Renan, são muitas semelhanças com Nonato.

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  5. rafael botafoguense
    24/12/09 - 11:44

    rest in peace.

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  6. Bender
    28/12/09 - 9:45

    O maior título do Sorin com o Cruzeiro foi a Copa Sul-Minas?

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    Matheus

    Não. Foi a Copa do Brasil de 2000.

    Mas ainda assim, ele teve participação histórica no título de 2002.

    Fato é que essa é uma mostra de que títulos conquistados não significam que o cara vai ser ídolo.

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    Bender

    Pois é… na minha cabeça Sorin estava com Alex em 2003 no Cruzeiro.

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    Matheus

    Pô, aí o cara ia ser um deus. Hahahaha

    Alex mesmo eu não consigo colocar nem entre meus 5 maiores ídolos. Eu coloco como um dos 3 caras que eu mais vi jogar com a camisa estrelada. Mas tem diferença.

    Me fica a impressão de que ele foi muito bem pago para jogar daquele jeito. Apesar que, no frigir dos ovos, Sorín também foi. Mas ele virou meu ídolo pulando de cara no pé de atacante pra travar um chute, virando jogo em cima da hora, etc.

    Ah, não vou ficar explicando pra não virar piegas também.

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  7. saulo
    29/12/09 - 16:57

    Sorín ganhou a simpatia dos cruzeirenses por estar fora dos padrões e rótulos do jogador argentino: marrento, pose… era a própria antítese deste preconceito. Assim como existem brasileiros insuportáveis, os argentinos também não fogem à regra. O próprio Guiñazu foge desse padrão. Ele sempre é solícito, simpático e educado com o público. Isso mesmo pude conferir.

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