O Treinador da Pedra
October 5th, 2011 por Serginho Valente | Categorias: Futebol.Há tempos admiro o trabalho do Hélio dos Anjos. E esta entrevista aumentou minha admiração. Merece outra chance em um time grande.
Não trabalha com bandido, nem com viadagens.
Principais trechos:
” A única coisa que pode ser que crie uma dificuldade (para uma chance em um clube grande) é que, antes de querer acertar comigo, o clube grande vai saber como eu sou. E não agrada a minha maneira de ser. Porque a gente vê aí, em time grande, a diretoria reunida com torcida, e ela quer que o treinador faça reunião com torcida organizada, quer isso, quer aquilo. Eu não vendo minha alma para isso nunca ”
“O Vasco não me traz boas memórias porque até hoje eu não recebi. Já ganhei na Justiça, mas estou naquela fila da Justiça do Trabalho. Mas na parte técnica me trouxe boas coisas – revelou”
“Eu dirijo um grupo de profissionais. Todo mundo viu o que foi o Flamengo de 2009, terminou em quê? Terminou nesse goleiro (Bruno) aí preso. E aquilo ali foi o fim. A partir daquilo ali, a presidente que assumiu bateu o pé e falou “Eu tenho uma entidade de 35 milhões de torcedores por trás de mim. Nós não podemos ficar passando por isso”. Tinha jogador tirando foto com arma, e isso não existe. E quem foi engolido por isso? Um grande profissional. Andrade. Então eu vou me sujeitar a esse tipo de situação? Ou é do meu jeito, ou então vou trabalhar em clubes nos quais tenha condições de trabalhar a minha filosofia, sem imposição, mas com organização. Acho que a dificuldade pode ser essa ”
” Uma hora chega (oportunidade), mas se não chegar, eu estou muito bem. Não sou frustrado, não. Se tem um lugar onde me sinto feliz é em Goiânia. Trabalho em equipes tidas no Brasil como medianas, mas estou sempre muito feliz. É gostoso participar de um programa de alcance nacional (“Arena SporTV”) falando de um futebol em um estado que está no segundo plano do futebol brasileiro. Para mim é legal, mexe tanto como se eu estivesse falando como um treinador do São Paulo, do Flamengo”
” Até dia 31 de dezembro eu sou técnico do Atlético, e falo isso publicamente também. Se tiver que me transferir para outro clube, só depois que definitivamente o Atlético não fechar comigo. Não converso com outra equipe sem o Atlético ter uma posição comigo. Mas no futebol tem muita coisa para acontecer.”
Como ele pode merecer se ele não quer?
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Mijei de rir ao ler hoje que Eurico concorda com você, Serginho.
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Como assim Eurico concorda comigo?
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Peraí, deixa eu ver os meus arquivos aqui…
Ah sim, tá aqui:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2011/10/eurico-o-ocorrido-com-ricardo-foi-ruim-para-ele-mas-bom-para-o-time.html
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Aliás, curti a entrevista. Cara foi sensato.
Mas achei o título da matéria um tanto quanto estranho.
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Eurico é inegavelmente inteligente (principalmente quando está calmo), e entende de futebol.
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O trecho citado pelo Hélio dos Anjos em não fazer reunião com torcidas organizadas, reflete a prosmiscuidade e a politicagem envolvida dentro dos grandes clubes. Não é difícil explicar a ascensão de um Capitão Léo ou mesmo do Andrés Sanchez, são frutos desse esquema asqueroso em ajudar eleger dirigentes em cargos públicos. Dentre eles posso citar: Márcio Braga, Júlio Lopes, a Patrícia Amorim e Eurico Miranda. Eles abastecem um esquema clientelista de farta distribuição de ingressos, financiamento de festas, churrascos, viagens, doações de uniformes…tudo as custas da própria instituição da qual administram e sem importar com os prejuízos. Infelizmente, o Estatuto do Torcedor e dos próprios clubes não criaram mecanismos para evitar esse tipo de coisa.
“O Vasco não me traz boas memórias porque até hoje eu não recebi. Já ganhei na Justiça, mas estou naquela fila da Justiça do Trabalho. Mas na parte técnica me trouxe boas coisas – revelou”
Não me surpreende essa declaração, o Hélio dos Anjos ficou dois meses e percebeu que iria ficar o contrato inteiro sem receber um centavo. Eram tempos de vacas magras e crise dos tempos do Eurico. O próprio malfadado ex-presidente, declarava na maior cara-de-pau que o Vasco não devia a ninguém. Deveria ganhar o prêmio de maior pinóquio do futebol, a realidade era completamente diferente. Quando saiu o resultado da auditoria externa da atual gestão, o clube estava cheio de contas e dívidas a pagar. Sem contar com os adiantamentos de DEZOITO MESES de cotas de tv e um patrocínio simplesmente RIDÍCULO da MRV, uma mixaria se comparada aos outros grandes clubes do eixo Rio/SP.
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Taí uma coisa que eu queria ter notícia. A gestão Dinamite prometeu uma auditoria, contratou uma firma, e NUNCA divulgou nada. Quer dizer, divulgou APENAS para o Saulo.
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Sobre a bandidagem, NENHUM PIO.
(não resisti, desculpem)
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Pois é, exceto Saulo, ninguém teve acesso a qualquer dado dessa auditoria, uma pena e talvez o pior momento da gestão Dinamite, por tudo que isso implica.
Sobre a bandidagem, ele deve achar a posição do Hélio preconceituosa…
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O fato de concordar sobre a posição do Hélio dos Anjos sobre a questão das torcidas organizadas, não significa a mesma coisa em relação ao caso Bruno. A direção do Flamengo foi sensato, afastou o jogador e suspendeu o contrato. Seria atestado de inconpetência demitir um atleta caro sem justa causa. E o Adriano foi recusado pelo Luxemburgo e acatado pela mesma direção.
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Divulgou contas a pagar, receitas comprometidas, despesas particulares em torno de cem mil reais mensais do Eurico Miranda…
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Teve também o clássico “eu não trabalho com viado”
Que este seja um post-mufa e o agoure para domingo.
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#failsotne
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Bem registrado, Serginho.
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Esse cara manda muito bem.
É a antítese do Tite.
Torço sempre pelo sucesso dele
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É um fanfarrão. Mas é um fanfarrão consistente. Mantenha-se dessa forma e terá meu respeito. Mas minha admiração acho muuuuuito difícil.
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http://www.dicio.com.br/admiracao/
Significado de Admiração
s.f. Sentimento de prazer, de respeito, experimentado diante daquilo que é belo e bom.
Espanto.
http://www.dicionarioinformal.com.br/definicao.php?palavra=admira%E7%E3o&id=13372
1. Sentimento de deleite, enlevo, respeito, etc., ante o que se julga nobre, belo ou digno de amor, de consideração.
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O bom de não ser máquina é poder relativizar.
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