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O touro vermelho mostra os chifres no deserto

May 24th, 2012 por | Categorias: Fórmula-1 2012.

Largada do GP do Bahrein

Chifrinhos no Kimi

“Eu vim para confundir, não para explicar”. A frase do saudoso Chacrinha poderia ser muito bem empregada por Sebastian Vettel, que encontrou o caminho mais limpo entre a areia do deserto e a farofa dos pneus Pirelli para chegar à vitória com direito a pole e melhor volta. Até agora são quatro corridas com quatro vencedores de quatro equipes diferentes – e Mark Webber em quarto nas quatro. Logo a Red Bull, que tinha problemas na traseira, no escapamento, no sei lá mais o quê… Sim, a concorrência evoluiu bastante, porém é muito longe da realidade tirar um bicampão do mundo do páreo. O time das latinhas prateadas pode não ter o domínio dos anos anteriores, mas de sopetão pôs seus pilotos em primeiro e terceiro na tabela do mundial.

O equilíbrio continua a tônica da temporada. Se em Xangai os três primeiros eram empurrados por motores Mercedes, em Sakhir veio a resposta da Renault.: os quatro primeiros usavam os propulsores franceses.
Quatro times que começaram o ano em alta não tiveram vida fácil nos atormentados e empoeirados ares do Bahrein: McLaren, Mercedes, Williams e Sauber. No time de Woking, problemas nos pits de Lewis Hamilton (9º) e um pneu furado para Jenson Button deixaram os dois longe do pódio. O abandono de Button possibilitou a entrada de Michael Schumacher beliscar o seu pontinho após largar em 22º por causa de problemas na asa móvel durante o Q2 e mais uma punição por troca de câmbio. Excelente escalada.  Nico Rosberg (5º) foi discretíssimo, a despeito do favoritismo que lhe foi atribuído após a vitória em Xangai, só aparecendo mesmo nos momentos em que jogou Hamilton (8º) e Fernando Alonso fora da pista. Apesar das manobras terem sido bastante duras, os fiscais não encontraram artigo para enquadrá-las em seus livrinhos de regras, e o alemão saiu sem punição. E olha que até o Schumi já levou um pito sério por algo bem parecido em disputa com Rubens Barrichello na Hungria em 2010. Vamos ver se esse será o padrão de conduta – perigoso, diga-se de passagem – ou se outros pesos terão outras medidas no futuro. Já Williams e Sauber simplesmente não obtiveram bons acertos, apesar dos esforços dos seus pilotos.

No Blablagol, Paul di Resta e Force India aparecem bem na fita

Pelas bandas de Maranello a ladainha continua a mesma. Desta vez não saiu nenhum coelho da cartola de Fernando Alonso (7º), e para Felipe Massa (9º) ficou o consolo de pelo menos ter andado próximo do espanhol – sua melhor volta foi melhor do que a do companheiro – e a conquista de seus dois primeiros pontos no ano. Pacheco iludido sem-noção otimista como sempre, Galvão queria que o então líder do campeonato ouvisse um Felipe Is Faster Than You no rádio quando o brasileiro se aproximou do espanhol. No comments.

 

Kimi voltou com tudo

E a Lotus-Genii? Essa merece um comentário à parte… A equipe dos carros pretos e dourados pode, se contar com um pouquinho de sorte, ser a quinta equipe a ganhar uma corrida em 2012, especialmente com Kimi Räikkönen. Ele ficou muito perto de superar Vettel no último trecho da corrida. O finlandês não lembra em nada o sonolento piloto demitido pela Ferrari em 2008, tampouco aparenta ter ficado 3 anos afastado da categoria. Faz lembrar mesmo é o Kimi dos tempos de McLaren, quando dava mais show inclusive do que na Ferrari onde foi campeão. Em pouquíssimo tempo ele já mostrou que sua volta foi um excelente negócio para a equipe e para a F1.Passado o nervosismo da reestreia, Romain Grosjean começa a ganhar consistência. Ao subir no pódio pela primeira vez na F1, o franco-suíço fez hastear a bandeira da révolution, que não aparecia desde 1998,  na Bélgica, com Jean Alesi. O jejum de vitórias segue firme. A última foi de Olivier Panis, meio que por acaso, no longínquo GP de  Mônaco ’96. (Nota maliciosa: pelo jeito que a coisa anda, o Brasil e principalmente a Itália podem estar encaminhando para algo parecido…) A ironia é que, justamente quando um francês voltou ao pódio, a bebida não era o tradicional champagne G.H. MUMM, e sim Waard, uma bagaça feita de água de rosas com romã. E o Galvão ainda queria que o iceman sorrisse…
O prêmio freespirit vai para a Force India, e em especial para Paul di Resta. O ridículo boicote que o  time indiano sofreu depois de ter passado pelo episódio do coquetel molotov teve uma reposta à altura com o escocês, que fez uma corrida bárbara, chegou a liderar por alguns instantes por conta da difícil estratégia de duas paradas e completou a prova em sexto, melhor resultado dos indianos em 2012. Como pudemos notar, opinião própria não é algo muito bem quisto na F1. É óbvio que o turbilhão político que acontece no Bahrein não passou, mas infelizmente não adianta querer cobrar da Fórmula 1 – uma instituição COM fins MUITO lucrativos – uma posição que nem mesmo os organismos internacionais como a ONU e a Liga Árabe são reticentes. We live in a material world. E se desejamos fazer algo pelo nosso mundo seja menos lamentável do que certas coisas que somos obrigados a assistir diariamente, melhor começarmos a partir de nós mesmos.

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51 Comentários para “O touro vermelho mostra os chifres no deserto”

  1. Andre Bona
    24/04/12 - 18:11

    Foi isso mesmo aí que eu vi. Exatamente igual. Sem coca e sorvete dessa vez.

    Perfect again, Mr. Robinson,
    Jesus loves you more then you will know… ow ow ow…

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  2. Alexandre
    25/04/12 - 1:27

    tinha mais gente trabalhando na pista do q espectadores na arquibancada:
    https://p.twimg.com/ArFJUiYCAAAEG2f.jpg
    #f1asco

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  3. Alexandre
    25/04/12 - 1:57

    e discordo e cobro da f1.
    fica a pergunta (respondam se quiserem): se a ditadura do bahrein fosse aqui, hj, e com toda TI atual (fotos, videos, blogs, tweets, facecracks, info 24/7), vc aceitaria ela no teu país?

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    Andre Bona

    Proteste contra a Copa e contra as Olimpíadas, porque rola a roubalheira MASTER e vc não se incomoda.

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    alexandre

    bona, meu pequeno paduwan: me acompanhe mais por aqui e tire menos conclusoes descabidas.
    <3

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    Robinson

    Infelizmente, essa discussão é um poço sem fundo. É escandaloso, sim, se fosse no Brasil eu ficaria puto da vida sim, mas se eu ou você não dispuséssemos de meios para atingir os cabeças da F1, eles viriam aqui e fariam a corrida do mesmo jeito.

    No final das contas, o episódio dos mecânicos da Force India serão comparados à tentativa de assalto a Button em São Paulo alguns anos atrás.

    Repito: a F1 não vai tomar atitudes contra o que mesmo os organismos internacionais – o foro legítimo para tal discussão, onde se tem a responsabilidade de defender os direitos dos cidadãos quando o seu Estado não os respeita – não apresentam uma posição definida. A F1 roda o mundo para fazer corridas e ganhar dinheiro, foi isso que fizeram no Bahrein e é isso que eles continuarão a fazer. Essa é a ‘ética’ deles.

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    alexandre

    mas nao eh pq nao temos meios para atingir os cabeças da f1 q iriamos ficar calados. como disse o meu paduwan acima… copa e olmpiadas vem ai…
    de resto, excelente post, robinson.
    parabéns!

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    Serginho Valente

    Se não me engano, ditaduras são normais no Oriente Médio. Existe algum país democrático por lá?

    Outra coisa interessante seria ver o que os xiitas farão com a minoria sunita, logo após derrubarem a monarquia…

    Enfim, cada povo tem o governo que merece, inclusive o Brasil.

    Interessante também foi ver os intensos protestos sobre as Olimpíadas na super-democrática China…E olha que no caso ainda rola os tais ideais olímpicos…

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    alexandre

    Israel, por decreto dos ingleses e da ONU.
    Iraque por bombas gringas.
    Supostamente o Afeganistao idem.
    Tunísia, por revolucao secular (e dentro do q cabe ao universo da primavera arabe e MENA)
    E Egito, cuja revolucao (tb secular), segue adiante em Tahrir, uma vez q o SCAF, mantido pelos gringos (e o maior recebidor de $$ pra seu excercito, atras apenas de Israel), segura as rédeas.

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    alexandre

    Serginho, as revolucoes da primavera arabes sao seculares.
    Nao tratam de vinganca, e sim, de igualdade e democracia.

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    alexandre

    A questao do tibet e a china tb é preocupante. assim como a liberdade de expressao e a prisao domiciliar de Ai-Wei-Wei. Mas mais preocupante ainda eh a mais nova base militar gringa estabelecida no norte da australia.
    http://www.aljazeera.com/indepth/opinion/2012/04/2012423142035880495.html

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    Robinson

    Cara, essas questões que você levanta são totalmente legítimas, mas é uma ilusão acharmos que a F1 sairá pelo mundo defendendo direitos humanos quando a própria ONU não o faz.

    Vamos tentar restringir nossas discussões às corridas em si, porque em relação às outras questões, devemos estar conscientes de que elas existem, mas não seremos nós que acharemos a solução para coisas que as pessoas supostas para discutí-las simplesmente as empurram para baixo do tapete.

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    alexandre

    Nao fui eu q as levantei. Apenas respondi o Serginho. Ele colocou perguntas e dúvidas importantes.
    Discordo d vc. Já ví uma soh pessoa fzr diferença em situações desesperadoras.
    Mas por consideracao a teu pedido, paro por aqui.
    um abraço a vc e a mrs robinson.

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  4. Victor
    25/04/12 - 9:46

    O equilíbrio continua a tônica da temporada. Se em Xangai os três primeiros eram empurrados por motores Mercedes, em Sakhir veio a resposta da Renault.: os quatro primeiros usavam os propulsores franceses.

    Ainda que estejam perdendo as pistas, os europeus mantém o protagonismo.

    Há muito só acompanho a F1 aqui pelo Blá blá Gol e talvez esse distanciamento me deixe um tanto menos nostálgico em relação as pistas “tradicionais” da Europa. Ou então tenha a percepção de que o que me era tradicional na infância ou no auge do fanatismo passou como “o” tradicional (ou o “certo”).
    Tirando as histórias e algumas peculiaridades (muitas, no meu caso, influenciadas pela literatura jornalística), cada GP é um GP e caguei para onde aconteça e em que pista.

    Gosto da inferência em relação ao tipo de pista e rendimento dos carros e/ou pilotos, mas não me importa o mecenas que ceda a pista. Mônaco vale mais para mim por ser um circuito de baixa que por ser em Mônaco.

    Talvez se eu acompanhasse a Fórmula-1 trabalhando in loco com a verba do jornal, eu me queixasse mais de sair da Europa. Mas acompanhando como espectador na TV e leitor no BBG, podem correr em Marte.

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    Robinson

    É fato. No final das contas, é um circo europeu.

    Não sou de qualquer forma contra a mundialização da F1, porém em muitos casos nos últimos tempos, algumas pistas em que se pode assistir a grandes pegas de carros esportivos foram substituídas por pistas sem a menor graça, além do fato de que temos que acordar várias vezes de madrugada para assistí-las. E o critério é um só: grana.

    Eu só faço essa ressalva. Eu não sinto tanta falta de Imola ou de Magny-Cours (pista ruinzinha que abrigava o GP da França), mas também não sentiria a menor falta da Hungria, de Cingapura, de Valência (o circuito de rua), Barcelona, Dubai… entre outras. Eu sinto falta nos anos em que Bélgica ou Canadá ficam de fora, Áustria, até a Turquia, que é recente mas tem uma ótima pista.

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    Alexandre N.

    Pra não deixar faltar uma pista na França, acho que Magny-Cours poderia ser substituída por Paul Ricard. E o circuito de Estoril também faz falta.

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    Yuri

    Argentina dizem que era irado.

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    Alexandre N.

    Sim, é uma boa pista. Mas não sei se agrada a FIA manter duas corridas no continente sulamericano.

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    Yuri

    Com grana, aceitam 2 em qualquer continente. Galera não imaginava acordar de madruga várias vezes…

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    alexandre

    Eu acho q eles deveriam ir correr na Síria. Bashar e esposa agradeceriam.

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    Robinson

    Para vocês, meus queridos, duas boas notícias:

    1) Paul Ricard já está confirmado para abrigar o retorno do GP da França em 2013.

    http://www.portalf1.com/pt/noticias/2012/04/24/ecclestone-confirma-paul-ricard-no-mundial-em-2013/

    Minha única restrição com essa pista é que ela me lembra um trauma de infância, que foi a morte do italiano Elio de Angelis. Eu era criança e isso me marcou muito. Mas vou superar, porque a pista é muito melhor do que Magny-Cours. O circuito, cujo proprietário é Bernie Ecclestone, se revezará com Spa-Francorchamps, ou seja: ano França, ano Bélgica. Aí eu meto o malho. Por que não revezar a Hungria e Valência, Coreia e Malásia, Cingapura e Índia ou Abu Dhabi??

    2) A Argentina está próxima de voltar a receber a F1, não no tradicional autódromo Oscar Alfredo Gálvez, mas acho que em uma pista de rua em Mar del Plata.

    http://br.amigosdavelocidade.yahoo.net/noticias/6520,Argentina_deve_ocupar_a_vaga_do_GP_da_Coreia_segundo_revista.html

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    André Bona

    Jerez, Estoril, Adelaide eram clássicos também… Sem falar do incrível Jacarepaguá…

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    Bender

    Jacarepaguá

    Autódromo Internacional NELSON PIQUET, seu #lover de araque

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    André Bona

    Receio informá-lo, mas antes do tri, o autódromo nao levava esse nome fantástico.

    Será que minha memória me trairá agora? Essa é minha lembrança. A homenagem foi feita no pós-tri.

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    Bender

    Foi extamente isso que eu vi. E não lembro do nome ter trocado depois.

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    André Bona

    E vc acha que o autódromo SEMPRE se chamou Nelson Piquet?

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    Bender

    porra Bona… tem que explicar?
    o nome do autódromo mudou pra Nelson Piquet depois do tri. Lembro disso. Como eu disse, vi isso acontecer.
    Como nao lembro se o nome trocou depois em algum momento, acho que o nome continua sendo esse até hoje. Vc, APENAS, esqueceu. HahuahUAhUAHuhauahuahuHAUhauhUAhua…

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    André Bona

    foi mal… tomei várias agora há pouco… rs…

    então, quando eu vi as corridas, ele se chamava jacarepaguá e não Autodromo Internacional Nelson Piquet. Foi isso que eu quis dizer.

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    Bender

    Saquei.
    Cara, eu fui la em 1988 no treino de classificaçao. Fiquei no camarote do Piquet, da Lotus amarela, numero 1, “Camel” por toda parte.
    Falei com o cara depois do treino. Bolei com a mulé dele, nao lembro quem era, mas acho que foi a loira mais gata que ja tinha visto.

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    André Bona

    Bender mitou!

    A modelo holandesa?

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    André Bona

    Já que falamos do homem, segue uma história do Teo José com ele, que achei maneiríssima:

    GP DO BRASIL DA CART 1997: “Valeu Nelson, esta fico te devendo”

    Nesta semana 50 anos de Piquet vou contar mais uma história que só fez aumentar o meu bom conceito sobre a pessoa do tricampeão. Em 1997, estava no SBT planejando com a direção de esporte, a cobertura do GP do Brasil da CART no Rio de Janeiro. Propus o nome de Nelson Piquet para ser um convidado especial na cabine. Foi aceito com ressalvas: “Será que ele não vai abrir a boca e disparar contra a categoria e os pilotos?”. Disse que em se tratando de Piquet este era um risco, mas que poderia falar com ele e sentir o clima. Ok, sugestão acatada.

    Primeiro seguindo a ética falei com o Lua, seu braço direito. Uma consulta se ele poderia fazer e quanto seria o cachê. O Lua, dias depois, me deu a resposta. “Não” o motivo era porque o Piquet não gostava de falar de coisas que não conhecia profundamente, e neste ano estava bem desligado da categoria. Tentei argumentar e o Lua disse que era difícil, mas iria ainda fazer uma tentativa, sobre valor nada foi tocado.

    Semanas após, a resposta continuava a mesma. Meu diretor na época me cobrava e eu dizia. “Olha, só posso tentar mudar agora lá no Rio conversando pessoalmente com ele, não quero passar por cima do Lua”. E aí sempre o argumento dele era. “Mas aí fica em cima, pode nos complicar”. Resumo, ficou mesmo para o final de semana.

    Na quinta ou na sexta falei com o Piquet e de uma forma bem seca, me disse não e acabou. Passei isto para o meu diretor que aceitou, mas senti que perdi pontos, pois ele acreditava na presença do Nelson, mesmo que fosse por 30 ou 40 minutos. Na sexta à noite o pessoal da TV Tarobá, que estava envolvido na transmissão, resolveu fazer um “bezerro no rolête”, uma comida típica do Sul, e o Pedro Muffato, um dos donos da emissora, convidou o Piquet. Eu estava no fundo meio chateado com ele, pela forma que me disse o não, talvez porque estivesse em um dia meio atravessado, ou mesmo porque não estava a fim e pronto.

    O Nelson sentiu e fez uma brincadeira comigo, sobre o assunto. Respondi ainda chateado. Aí ele me perguntou: “Vai ser bom para você eu estar na cabine?”. Disse que sempre para mim seria, mas que ele não pensasse desta forma, e sim no lado profissional, que deveria ser. De bate pronto ele emendou. “Neste caso, profissional o cassete, quero saber de você”. Eu disse que sim, e ele só falou o seguinte: “A que horas quer que eu esteja na cabine”. Eu olhei e perguntei: “Pera aí, primeiro precisamos ver o valor para passar para meu diretor”. O tricampeão respondeu: “Não tem valor, estou indo porque você está me pedindo, só me diga o horário e em que local está a cabine”.

    Feliz da vida disse o horário e falei: “Sei que tem compromissos com patrocinadores, meia hora já vai ser legal”. Ele falou ok.

    No dia da corrida estava lá 20 minutos antes do combinado. Fui até ele e pedi para não me ferrar, com o que fosse dizer: “Se você não falar bobagem, tudo bem, eu também não falo”. Ficou quase que a prova toda e, como sempre, deu um show de comentários, só saiu antes porque o lembrei dos compromissos. Na saída da cabine só tive tempo de dizer: “Valeu Nelson, esta fico te devendo”.

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    Bender

    Nao lembro. Tinha 10 anos. Bolei muito com os carros, o barulho dos motores, a velocidade, com a mesa liberada do camarote cheia de coisa pra beber e comer. Mas nesse contexto todo fiquei olhando aquela mulher. Talvez nem seja tao gata para os padroes de beleza de hoje.
    Fica um desafio pro Nardoni lembrar quem era, ou até mesmo achar uma foto dela.

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    Alexandre N.

    Pela época, devia ser a modelo holandesa, que é a mãe do Nelsinho Piquet.

    O nome da moça é Sylvia Tamsma e seguem algumas fotos aqui. Eu digo que o cara estava muito bem na fita. E digo mais: A mulher envelheceu muito bem.

    P.S.: Recomendo uma busca das imagens da irmã do Nelsinho, a Kelly Piquet.

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  5. André Bona
    27/04/12 - 23:00

    Fora do tópico:

    Video que mostra como foi a integração da Autotrac com Google Maps. Maneiro. E dá orgulho de ver o tri-campeão construindo uma empresa desse porte…

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  6. André Bona
    7/05/12 - 20:29

    Urge um post fixo entitulado Família Piquet.

    Hoje, 7 de maio, completamos 20 anos do acidente de Piquet em Indianápolis.

    Flávio Gomes fez um artigo interessante. Impressionante como as histórias de Piquet se multiplicam…

    http://flaviogomes.warmup.com.br/2012/05/piquet-20/comment-page-1/#comment-3652163

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    Robinson

    Bom mesmo o post do Gomes. Eu já postei um link em algum lugar sobre as especulações sobre o possível retorno dele em 1992 pela Ferrari, mas o acidente acabou com a bricadeira.

    Para ser sincero, aquela batida não me saiu da memória por muito tempo, mas mesmo assim, quando vi a morte do Jovy Marcelo, achei até que ficou de bom tamanho…

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    André Bona

    Eu cheguei em casa no dia… Meu pai veio logo de cara: “André, preciso te falar: Piquet sofreu um acidente seríssimo, tá todo quebrado no hospital. Não sei se pode morrer ou não…”

    Eu nem liguei muito. Quis ver o vídeo. Mas não liguei muito, afinal, corrida de carros né… Mas no fundo, acho que eu duvidei completamente da possibilidade de ele morrer daquela forma.

    A história da Ferrari foi aquilo mesmo q vc postou. Eu lembro sim de ter falado sobre isso. Mas realmente, é meio a cara de Piquet sair da F1 daquela forma. Fosse outro, ia ter despedida de gala, com toda a pompa. Piquet? Duvido. Exatamente da forma como foi. Brochante pro torcedor dele. Mas ele é assim mesmo.

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    alexandre

    eu quero um boné da ARISCO

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    Robinson

    Que puta aula de automobilismo…

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    alexandre

    esse filme eh mto bão

    recomendo prs fãs de automobilismo, romance e ultra-violence!

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