O buraco azul (e alguns outros) é mais embaixo
August 18th, 2011 por Matheus | Categorias: Atlético-GO, Atlético-MG, Botafogo, Campeonato Brasileiro 2011, Cruzeiro, Flamengo.Torcedor tem mania de técnico. Fato. Torcedor costuma ser chato. Fato. Torcedor teima em se levar pelas opiniões daqueles que ele julga “entendidos do riscado”. Fato. E, por isso, parte da torcida do Cruzeiro (e alguns outros “entendidos“) têm afirmado com veemência que o grande problema do time azul das Minas Gerais é aquele barrigudo boa-praça que senta no banco de reservas e comanda a equipe com uma singela pranchetinha.
Longe do problema do Cruzeiro ser Joel Santana. O Natalino tem uma forma de trabalhar que é, ao meu ver, bastante simplória, mas que conquista resultados satisfatórios. Ao mexer com os brios das equipes que comanda e trazer o time pra perto de si, ele conquista a confiança dos jogadores e o time responde muito bem. Foi isso que se viu quando a Raposa-Que-Come-Pão-de-Queijo ganhou 4 jogos em 5 disputados (inclusive tirando a invencibilidade do Corinthians em pleno Pacaembú), se afastou da zona de rebaixamento e iniciou uma reação.
A partir daí, a torcida comprou o boi da equipe e passou a acreditar. Veio um tropeço num jogo contra o Atlético-GO fora de casa. Duas derrotas, uma para Botafogo e outra para o Flamengo, ambas na Arena do Jacaré e, por fim, outra derrota para o Internacional, no Beira-Rio. Pelo lado frio da coisa, resultados até normais. Mas quem tem c* Joel, tem medo e a pressão atacou a Toca da Raposa.
O Cruzeiro venceu bem o Avaí em Uberlândia, o que era de se esperar e perdeu outra, dessa vez para um renascido Atlético, em Curitiba. E eu voltei a escutar a ladainha: “Pô, mas com Joel é isso aí. Fora Natalino!”
Não, meus amigos, não. Pela falta de um camisa 9 de qualidade, de dois laterais razoáveis e com desfalques sérios no miolo de zaga, é que a coisa apertou. Victorino, o xerife, veio machucado da Copa América e não jogou. Cribari ainda não estreiou. Keirrison e Bobô só chegaram agora, além do indefectível talento de W. Parede que voltou de “férias” do Palmeiras. Outro ponto importante para a queda de rendimento do Cruzeiro, mesmo com Joel, é a falta que faz Henrique, um dos pilares do meio-de-campo forte que sempre foi a marca registrada da base iniciada por Dorival Júnior e montada por Adílson Batista, nos idos de 2008. A vinda de Charles, apenas apara a aresta, mas aquele espaço não vai ser mais o mesmo, por enquanto.
O time é bom, não há dúvidas. A saída de T. Ribeiro, em virtude das circunstâncias, pode não ser tão sentida. Wallyson fará mais falta. Mas a torcida tem que saber que, em 2011, teremos uma temporada bem mais complicada do que as anteriores. Só resta torcer pra que a sucessão no alto comando do Cruzeiro seja tranquila. Crise política é a última coisa que o clube precisa.
*****
Por falar em crise…
O que acontece no lado alvinegro de Belo Horizonte não é brincadeira. Com uma rotação de material humano nunca antes vista na história deste País, o Galo vem sofrendo com uma administração que beira a irresponsabilidade.
Contratações sem critério, um time que não se acerta, a cobrança enorme de uma torcida que já não aguenta mais a situação, tudo tem feito para que um time que tem tudo para ir bem, pelo menos no papel, não consiga, sequer, ter padrão de jogo. O que aconteceu com o Clube Atlético Mineiro, eu deixo para o Kalil explicar. Eu não consigo.
****
Perder para o Atlético-GO fora de casa é tropeço? E de goleada, em pleno Engenhão? É vexame, Saulo?
Levar goleada de uma equipe na zona de rebaixamento é um vexame sem precedentes. Antes mesmo de começar a partida, Luxemburgo escalou um time para não perder e com medo de vencer. Foi patético.
Responda a este comentário
“O Natalino tem uma forma de trabalhar que é, ao meu ver, bastante simplória, mas que conquista resultados satisfatórios. ”
A forma bastante simplória do Joel é deixar o time previsível em todos os jogos, não importando a qualidade e as características dos seus jogadores. Prefere engessar e forçar uma filosofia defensiva na marra. Mesmo quando procura ousar durante um placar desfavorável, esquecer de melhorar a qualidade do meio campo e prefere entupir o setor de ataque. Não sabe o que é o conceito equilíbrio. Não é à toa seu pífio desempenho em campeonatos brasileiros e de maiores relevâncias. O tempo passou, são 31 anos sem títulos expressivos.
Responda a este comentário
Tudo começa por um camisa 9.
Especialmente aqueles com média de gols tendendo a 1 por jogo.
Eixista que quiser se sobressair nos próximos anos deve voar em cima de Leandro Damião.
Responda a este comentário
Discordo veementemente.
Tudo começa por uma defesa sólida. Coisa que Felipão, Muricy, Lopes, Joel, e outros sabem há séculos.
E que o Vasco comprova de maneira cristalina. Enquanto teve zagas sofríveis nos últimos anos, seu desempenho foi abaixo da crítica, mesmo quando tinha bons ataques. Agora, com uma zaga que beira a excelência, faz boa participação, mesmo sem técnico e sem um camisa 9.
Responda a este comentário
Força de expressão.
A ideia que quis passar é para um time já montado querendo ir a algum lugar longe.
Com zagueiros medianos, faz-se boa zaga e até por um bom tempo.
Jogar sem um 9 que é foda. A bola bate e volta (a não ser que seu 11 seja 11 e 9 ao mesmo tempo).
Responda a este comentário
Equilíbrio. E este vem do meio de campo. Por isso ali está a maioria dos craques.
Responda a este comentário
Eixista que quiser se sobressair nos próximos anos deve voar em cima de Leandro Damião. [2]
Na pior das hipótese, d um outro 9 q se sobressaia…
Responda a este comentário
O Atlético-MG vai acabar, nunca vi um time gastar tanto e tão mal.
Responda a este comentário
Teoricamente as contratações foram boas, mas tem coisas que só acontecem com o Atlético.
Diego Souza veio para o Atlético como o melhor jogador atuando no Brasil e afundou.
Responda a este comentário
Não acho nenhuma contratação do Atlético boa, muito menos a do Diego Souza.
Bom é o dept. de marketing, sempre com idéias novas.
Responda a este comentário