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Não canso de avisar…

March 13th, 2009 por | Categorias: Futebol.

Eu falei, primeiro proíbem a cervejinha, punindo a imensa maioria inocente, privando-a do direito de beber, usando como justificativa brigas nos estádios. Sem que haja qualquer indício de correlação entre uma coisa e outra. E transferindo do cidadão ao Estado, a prerrogativa de controlar seu comportamento.

Ou seja, com o argumento de que é melhor pro bem comum, o Estado decide pelo cidadão como se comportar, mesmo que este não esteja cometendo nenhum crime, prejudicando qualquer outro cidadão, utizando qualquer substância proíbida, e por aí vai.

Eu vejo aí princípios ditatoriais e fascistas. Sempre disse isso. Acho perigoso esse processo. O correto é punir quem comete delitos, educar o cidadão a ter responsabilidade por seus atos, não decidir por ele.

Pois bem, agora o governo teve a brilhante idéia de produzir cartões para identificar todos, eu disse todos, os torcedores que vão a estádios de futebol. Não vi em reportagens menção aos outros esportes.

Ora, um sujeito que goste de futebol só poderá ir ao estádio se for cadastrado? Se não tiver cadastro será tido como um criminoso? E a presunção de inocência? E o direito de ir e vir?

Olhem a justificativa espantosa do promotor Rodrigo Terra, no jornal O Globo (13/03/09, pag 32) defendendo a legalidade da medida:

“A restrição à liberdade se justifica em nome de um interesse maior, que é a segurança pública”

Escabroso, inaceitável, vergonhoso, lamacento. O cara fala isso em relação a torcedores de futebol, não em relação a um comando do tráfico, ou milícia.

É praticamente impossível, por todos os aspectos legais e operacionais, que se coloque essa afronta em prática, mas a idéia está aí. Primeiro foi a cervejinha…

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54 Comentários para “Não canso de avisar…”

  1. Rafael
    13/03/09 - 16:51

    Apesar de não saber se isso vai melhorar ou não (resolver não vai mesmo), acho isso diferente da proibição da cerveja.

    Vai lá, faz sua carteirinha, fique cadastrado e nada mudou.

    Quem não deve não teme.

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  2. Serginho Valente
    13/03/09 - 17:10

    Reportagem do O Globo

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  3. Matheus Caldas
    13/03/09 - 17:44

    Vergonha.

    Faço Direito, vou quase todo domingo ao Mineirão e essa medida só pode ser definida dessa forma: VERGONHA!

    Mais uma vez o cidadão de bem paga pelos erros de administração dos governantes.

    Belíssima posição tomada pela OAB-RJ.

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  4. Rafael
    13/03/09 - 18:10

    Como deixei claro no meu 1º comentário meu pensamento é igual ao do procurador geral da OAB, cético quanto ao êxito da medida.

    Os questionamentos levantados pela OAB são completamente coerentes. Mas se fazer uma carteirinha pela internet me livra dos marginais, eu faço rindo e feliz, sem nenhum problema.

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  5. Victor
    13/03/09 - 21:57

    Ontem eu li sobre isso no Uol.
    Cheguei a esboçar um rascunho com o mesmo teor do teu intitulado “O Marginal”, onde diria que o Marginal era eu. Mas como a reportagem era muito vaga, preferi esperar para entender melhor porque poderia não ser o que tinha pensado que era, além do que poderia ser apenas uma idéia maluca totalmente inexequivel que ficaria por isso mesmo.

    Mas a leitura do texto de O Globo me assusta e muito. E volto a idéia de que “O Marginal” sou eu.
    Porque estão achando um jeito bem simples do torcedor comum (eu) não ser atingindo pela violência física dos estádios: impedindo-o de ir.

    ****
    Caríssimos, imaginem a cena que não é pouco plausível de acontecer:

    Depois de uma pelada e cervejinha no Marieta, neguinho começa a colocar pilha para ir a um jogo no Maracanã. Mas aí, amigo, só vai poder ir quem tiver o tal do cartão.
    Tomanocubebeto.

    ****
    Eu fico puto por nego ter cogitado uma porra dessas.
    Fico puto com o babaquinha que escolhe o meio mais fácil de fazer o trabalho dele. Esse tal de Rodrigo Terra
    E fico absurdamente puto com essa raça de caráter fraco chamada torcedor.
    Meu amigo, o cara coloca a porra do clube à frente dos seus princípios de cidadania.
    Não foi uma nem duas vezes que eu presenciei abusos em entrada de estádio, na hora da compra ou entrada, em que a massa se indignava com tudo, menos com o clube.
    Em uma ocasião ridícula em que boa parte da torcida ficou de fora do estádio todo o 1º tempo, a massa submissa embora reclamando e indignada, parava tudo para entoar cânticos de louvor ao time. Entrou satisfeita porque o time ganhou e foda-se o que ocorreu.
    É essa massa, mesmo os de boa-vontade, que irão cordeiristicamente como Bender fazer a merda da carteirinha, e achar que eu sou um babaca-radical-subversivo-que-só-quer-arrumar-confusão porque eu não vou fazer essa merda desta carteira, e muito menos vou fazer meu pai fazer essa porra para entrar em um estádio de futebol.

    Até porque, os babacas não aprendem. Mesmo os de boa-vontade. Dou a cara a tapa, que uma porrada de gente vai fazer essa merda, e continuará a mesma porra, só que mais difícil ainda para eu entrar, e mais fácil para aqueles 10.000 babacas de organizada estarem lá dentro sem pagar nada.

    E por falar em babacas que entram sem pagar com a conivência dos clubes, o Botafogo voltou a distribuir ingressos de graça. Bebeto segundo consta era tido como inimigo mortal dos conselheiros alvinegros de torcida organizada. Agora o low-profile voltou com a mamata.

    ****
    Como eu sei que essa merda não tem jeito, vou é torcer para essa lei pegar.
    Eu vou é com minha máquina fotográfica, filmadora e pai na cadeira de rodas tentar entrar no estádio sem o cartão.
    E se não conseguir entrar, usarei o expediente civilizado para resolver a questão: a Justiça. Quem vai pagar? Sei lá. Alguém vai e não estou disposto que seja eu.

    ****
    Em tempo, não duvido nada que aceitem me pagar e continue a mesma merda, porque os demais farão o cartão e deixarão por isso mesmo.

    Porra. Eu fico indignado mesmo. Perdôe-me pelo exagero, mas porra, só falta nego pedir para baixar as calças e dar o cú.
    É capaz do cordeiriço torcedor pegar um mastro com a bandeira e gritar “Vai Brasil”.

    ****
    Há um tempo atrás dois babacas tricolores que tem algum cargo de importância no judiciário perderam o tempo deles para conseguir uma liminar para a torcida do fluminense entrar com talquinho de passar no bumbum no Maracanã. Cadê esses babacas nessas horas.
    Ah… Vai pra casa do caralho.

    ****
    Matheus Caldas,
    se você faz Direito e também fica indignado com essas coisas, fica de olho no Blá blá Gol porque está em andamento uma parada que partiu daqui que vai dar muito pano para manga.
    Mas só publicaremos qualquer coisa sobre o assunto quando ele se encerrar definitivamente.
    Seja com ganho ou perda para a sociedade.

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    Marcelão

    meu Deus, Victor esta revoltado, rsrsrs. Calma, o passe do Victor Simoes esta se valorizando, hahahaha

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    Matheus

    Ok, Victor.

    Tamo de olho.

    Até porque eu fico puto com essas coisas do Estado tentar tacar nos cidadãos a própria responsabilidade.

    E podem chamar de Matheus. Matheus Caldas é muito formal.

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    Rafael

    O cordeirinho tá muito revoltadinho mesmo.

    O cordeirinho ao fazer 18 anos provavelmente foi se alistar no serviço militar obrigatório e ainda deve ter arrumado um esquema para ser liberado. O cordeirinho vai compulsoriamente de 2 em 2 anos na sua zona votar ou em qualquer zona justificar sua falta.

    O problema de discutir com quem acha que só tem direitos (e esquece dos seus deveres) é que vai acabar parecendo que eu estou defendendo essa medida, dado que já disse que acho que não vai resolver nada (3ª vez que falo isso aqui nesse post).

    ****

    Pra quem classifica de fascista ou ditatorial a porra da carteirinha que não vai resolver o problema da violência nos dias de jogos (4ª vez), é melhor dar uma olhada no livro de História da 7ª série e ver as características desses sistemas. Ou pesquisa no Google. Ou dá uma lida no jornal de ontem e vê o que o Chaves tá fazendo na Venezuela.

    ****

    Se passar mesmo, acho que essa carteirinha deveria ser para todos. Imagina os dirigentes e empresários cheios de processos na justiça serem impedidos de entrar no estádio. Isso vai acontecer? Não. Mas um motivo para ser contra (5ª vez).

    Ainda, se a malfadada carteirinha for usada como um Rio Card, pra mim deixará de ser malfadada. Eu desejo todos os dias que os ingressos sejam vendidos pela internet. Seria menos um problema e talvez até um início de se acabar com cambistas.

    ****

    O cara que é barrado ao entrar num prédio comercial aqui no centro do Rio de Janeiro por estar usando bermuda ao invés de uma calça e acha que seu direito de ir e vir está sendo violado por isso, tem que acordar.

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    Serginho Valente

    “Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
    E não dizemos nada.”

    “Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
    Como não sou judeu, não me incomodei.”

    Muito antes de começarem os massacres nazistas, os judeus se submeteram a andar identificados por uma faixa no ombro.

    Muito antes do Chaves fazer o que bem entende, os venezuelanos se submeteram a leis que aos poucos aumentaram o poder dele. E porque não disseram nada, já não podem dizer nada.

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    Rafael

    Eu concordo que temos que nos posicionar quando vemos algo que não achamos correto. Precisamos fazer barulho. Mas pra mim a intensidade desse barulho deve ser proporcional ao fato.

    Desconheço essa história. O que os judeus usam são uns cordões no ombro que na religião simboliza sua conexão com Deus.

    Venezuelanos já tentaram derrubar Chaves e sua Ditadura. Adivinha o que aconteceu com eles?

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    Serginho Valente

    “O governo exigiu que os judeus se identificassem como tais, o que permitiria separá-los permanentemente do resto da população. Em agosto de 1938, as autoridades alemãs decretaram que a partir de 1º de janeiro de 1939 os homens e mulheres judeus que tivessem o primeiro nome de origem “não-judaica” deveriam adicionar “Israel” e “Sara”, respectivamente, aos seus próprios. Todos os judeus foram obrigados a carregar cartões de identificação que indicavam sua herança judaica”

    http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005681

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    Victor

    É leitura óbvia, mas por que não indicar:
    O Diário de Anne Frank

    Menos óbvia, até porque o período retratado é outro:
    O último Judeu (Noah Gordon)

    A minha edição do “Dário de uma Jovem” (Anne Frank) é bem velha e o livro está um tanto frágil. Não vou emprestar.

    A edição do “O Último Judeu” é da minha irmã. Se alguém pedir a ela, creio que não se incomodará em empretar.

    Um livro mais famosso de Noah Gordon é O Físico. Esses pode ser pedido a Ana Paula que ela tem.

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    Rafael

    Trágico e completamente descabido. CRIME.

    Realmente essa de cartão para identificação não estava nas histórias que meu avô me contava, com o qual tive a glória de conviver até meus 20 anos. Talvez ele tenha vazado antes disso, os que ficaram não sobreviveram pra contar.

    O povo judeu é perseguido desde o Império Romano. Nunca entendi por que. Uma verdade que é difícil de achar nos livros foi que uma das coisas repugnantes que mais contribuiu para os recursos nazistas para a guerra foi o confisco e roubo das propriedades dos judeus e todas suas riquezas.

    ****

    Pelo menos em tese, a carteirinha será pra todos, se fosse só para os flamenguistas por exemplo, seria repugnante.

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    Matheus

    “Roubo das propriedades dos judeus e todas suas RIQUEZAS.”

    Por isso que eles são tão perseguidos, meu caro.

    Apenas isso.

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    Rafael

    ?

    Se fosse “apenas isso” por que outros povos tão ou mais ricos também não sofreram tal perseguição?

    Cara, melhor deixar pra lá isso. Sai do assunto futebol e entra efetivamente num tema complicado.

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    Matheus

    Bender, primeiramente deixe-me explicar que não quis menosprezar a perseguição sofrida pelos judeus.

    Mas é bom lembrar que os judeus provavelmente são o povo mais rico do mundo. Lembre-se que a maior parte dos primeiros bancos da história eram de propriedade dos judeus. Além disso, eles têm um grande poder de influência nas maiores nações do planeta. Tanto que detêm comprovadamente o maior patrimônio privado dos Estados Unidos, pra ficar em um só exemplo.

    Some-se a isso os fatos: ser uma raça pouco afeita a miscigenação com outras raças; com ideias bastante ortodoxas e sofrer constatemente com a culpa, propalada pela Igreja Católica, do assassinato de Cristo. O barril de pólvora está sempre pronto pra explodir.

    Blá blá História.

    E mate-se o assunto.

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    Rafael

    Matheus,

    Futebol, Economia, História, Música, Cinema… até Política vai, mas discutir Religião não é comigo. Tô fora. Ainda mais quando o termo “raça” entra na questão.

    Os fatos históricos são o que importam. Os judeus organizaram os Kibutz, talvez a forma mais próxima de um modo de produção socialista no qual, entre outras vantagens, as pessoas eram efetivamente livres.

    Muito antes de migrarem para a América (que nem existia para o “mundo civilizado”) e muito antes de serem “ricos”, os judeus já eram perseguidos.

    Mas é certo que todo povo tem suas figuras ortodoxas e moderadas. Ninguém é santo. Porém a 2ª guerra mundial tem uma particularidade que nenhuma outra guerra já teve. Ali, todos sabiam quem era o mau.

    Ainda hoje na Europa a gente vê atos de terrorismo com o preocupante crescimento do Xenofobismo.

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    Matheus

    Bender, cê entendeu que não tô culpando os judeus?

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    Matheus

    Porque o que quero dizer é que eles não tem culpa nenhuma.

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    Rafael

    Hehe… Entendi sim. Fica tranquilo.

    Eu tb não culpo Santos Dumond por ter inventado algo que foi usado para fazer guerra. A intenção não era essa.

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    Matheus

    Okz Okz.

    Mas como cê disse, esse assunto não tem nada a ver com futebol.

    Deixa quieto.

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    Rafael

    Hehehe… pior é que se forçar tem sim.

    Um lunático FDP impediu a realização de 2 Copas.

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  6. Serginho Valente
    13/03/09 - 22:12

    Acho que ilustra o que é mais preocupante.
    Fonte.

    Vladimir Maiakovski
    Poeta russo suicidou-se ou foi “suicidado” com um tiro na cabeça em 1930, escreveu, assim no início do século XX :

    Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
    E não dizemos nada.
    Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.
    E não dizemos nada.
    Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
    E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.

    Depois de Maiakovski… Escreveu Bertold Brecht

    Primeiro levaram os negros
    Mas não me importei com isso
    Eu não era negro
    Em seguida levaram alguns operários
    Mas não me importei com isso
    Eu também não era operário
    Depois prenderam os miseráveis
    Mas não me importei com isso
    Porque eu não sou miserável
    Depois agarraram uns desempregados
    Mas como tenho meu emprego
    Também não me importei
    Agora estão me levando
    Mas já é tarde.
    Como eu não me importei com ninguém
    Ninguém se importa comigo.

    Bertold Brecht (1898-1956)

    Depois ecreveu Martin Niemoller, assim:

    Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
    Como não sou judeu, não me incomodei.
    No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
    Como não sou comunista, não me incomodei .
    No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
    Como não sou católico, não me incomodei.
    No quarto dia, vieram e me levaram;
    já não havia mais ninguém para reclamar…

    Martin Niemöller, 1933

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    Rafael

    Blá Blá Filosofia?

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  7. Victor
    14/03/09 - 0:45

    Eu não vou tocar piano no Mineirão

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  8. Serginho Valente
    14/03/09 - 20:51

    “Quando alguém compreende que é contrário à sua dignidade de homem obedecer a leis injustas, nenhuma tirania pode escravizá-lo.”

    Mohandas Karamchand Gandhi

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    Rafael

    Perfeito o Gandhi. Ainda mais no contexto ao qual ele se refere.

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    Serginho Valente

    Uma passagem na vida extraordinária desse cara:

    “O primeiro uso de desobediência civil em massa ocorreu em setembro de 1906. O Governo de Transvaal quis registrar a população hindu inteira. Os hindus formaram uma massa que se encontrou no Teatro Imperial de Joanesburgo; eles estavam furiosos com a ordem humilhante, e alguns ameaçaram exercer uma resposta violenta a ordem injusta.

    Porém, eles decidiram em grupo a se recusarem a obedecer as providências de inscrição; havia unanimidade completa, apenas alguns se registraram. Ainda, Gandhi sugeriu aos indianos que levassem um penhor em nome de Deus; embora eles fossem hindus e muçulmanos, todos acreditavam em um e no mesmo Deus. Gandhi decidiu chamar esta técnica de recusar submeter a injustiça de Satyagraha que quer dizer literalmente: “força da verdade” . Uma semana depois de desobediência, as mulheres Asiáticas foram dispensadas do registro. Quando o governo de Transvaal finalmente pôs em pratica o Ato de Inscrição Asiático em 1907, Gandhi e vários outros hindus foram presos.”

    FONTE: http://www.gandhi.hpgvip.ig.com.br/biografia.html/

    Indico o filme Gandhi, de Richard Attenborough, que ganhou 9 Oscar em 1983, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator. Filmaço.

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  9. Marcelão
    15/03/09 - 10:32

    Reforçando o que eu falei ontem na cervejinha do NOSSO futebol (ali ainda esta liberada Graças a Deus), o cartão tb servirá de ingresso, como um Rio Card. Se for assim eu acho a idéia perfeita.

    “Entenda o projeto

    Pelo “Torcida Legal”, para ir a um jogo, será preciso ter um cartão com nome, CPF, foto e impressão digital. O documento servirá também como ingresso, e o preço da entrada será carregado no cartão. Na hora de entrar no estádio, a catraca fará a leitura do valor depositado. O Governo arcará com todos os custos, mas se o torcedor precisar de uma segunda via terá que pagar. Quem não tirar o documento com antecedência poderá fazer nos estádio, no dia da partida.”

    http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Fluminense/0,,MUL1042531-9866,00-CLUBE+DOS+FARA+REUNIAO+NA+TERCA+PARA+ANALISAR+CADASTRAMENTO+DE+TORCEDOR.html

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    Serginho Valente

    “na cervejinha do NOSSO futebol (ali ainda esta liberada Graças a Deus)”

    Pois é o “ainda esta liberada Graças a Deus” é sintomático.

    O problema é a idéia, que pra mim continua sendo absurda, e totalmente discriminatória. Para mim está claro que o ingresso associado a ela, é uma tentativa para acomodar a reação da sociedade. Que graças a Deus ainda reage a alguma coisa.

    Tem outros aspectos adotados pelo governo, como o bolsa-família, cotas raciais, que considero até mais absurdos. Mas como disse antes, aqui é um site sobre esportes, e por isso procuro manter o foco aqui.

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  10. Victor
    15/03/09 - 23:20

    Só volto a me manifestar sobre o assunto quando algo for efetivamente definido.

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  11. Victor
    19/03/09 - 16:34

    Por que a Inglaterra rejeitou a Carteira de Torcedor?

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  12. Serginho Valente
    19/03/09 - 17:07

    Excelente. Fica claro que o Estado Brasileiro tenta a via de solução mais fácil, e menos eficaz.

    Por falar nisso.

    Além de se omitir transferindo a culpa ao cidadão, envereda pela inaceitável e perigosa política de restrição de liberdades e controle da população.

    “A restrição à liberdade se justifica em nome de um interesse maior, que é a segurança pública”

    Que a sociedade brasileira, assim como a inglesa, repudie sempre tais tentativas.

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  13. Matheus
    19/03/09 - 18:02

    Queria fazer um manifesto que talvez se encaixe bem na situação.

    Ontem fui ver Cruzeiro e Un. Sucre pela Libertadores no Mineirão. Quem vai ao Mineirão, sabe que ele é dividido, entre seus portões de acesso, por grades de uns 2 metros de altura. Eu sou um dos que gosta de assistir o jogo do lado 6 apoiado na grade que divide o 6 com a 7A. E quando sai um gol, a gente sobe na grade pra poder ficar mais bonito e tal. Aquela coisa toda. Nunca tive muito problema por causa disso.

    Mas ontem parece que a PM estava um pouco rígida demais, eu diria. Primeiro aconteceu comigo. Estava em cima da grade logo depois do primeiro gol do Cruzeiro e um policial, como se fosse a coisa mais normal do mundo, acertou com o cacetete de madeira maciça exatamente no meu dedão pra que eu descesse dali. Na hora eu tive a nítida impressão de que tinha quebrado, mas como ele acordou normal hoje, fiquei mais tranquilo.

    Depois, 2×0 Cruzeiro, e tanto a Máfia Azul (maior organizada do Cruzeiro) quanto a TFC (essa sim, organizada na acepção correta da palavra e que não aceita a violência entre os membros) acenderam seus sinalizadores. Tudo muito normal. Mas os policiais fizeram um escarcéu e levaram somente 2 torcedores embora, apesar deles já terem apagado os sinalizadores quando a polícia pediu. Fizeram isso gritando nos ouvidos da galera.

    Eu sou da seguinte opinião: se não é pra entrar, como cerca de 500, 600 pessoas e todas dos núcleos das organizadas conseguem? E a partir do momento que conseguem, em função da revista mal feita da PM, por que prender 2 caras? Poxa, ou prende todos, ou não prende ninguém. E ainda tratam tudo na bordoada.

    É o tipo de coisa que deixa a gente puto com um anão vestido de PM achando que é o homem mais forte do mundo. E que contribui pra violência cada vez maior nos estádios.

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    Serginho Valente

    Bom Matheus, pessoalmente, não gosto de NENHUMA torcida organizada. Não acho que o lugar de torcedores seja no alto de grades, e ODEIO sinalizadores.

    Mas concordo no caso específico da grade, que o PM usou uma violência desnecessária, e mostrou o despreparo que assola a maioria deles no Brasil. E que esse despreparo às vezes chega ser responsável direto por tumultos e mais violência.

    Já no caso dos sinalizadores, o erro de permitirem a entrada, não justificaria o erro de permitirem seu uso dentro do estádio. Se é que isso é mesmo proibido. E mesmo a situação de prender 2 e não todos, pode ter alguma justificativa plausível, como a reação dos dois ou coisa parecida.

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  14. Matheus
    19/03/09 - 19:15

    Então Serginho. Penso assim: eu vi os caras sendo levados. Eles não fizeram nada demais. Os caras chegaram e o sargento deu a ordem: “Pega o objeto e traz os elementos.” Do meu lado. E eu tentando entender o porque dos caras serem levados já que não fizeram nada.

    No caso da grade, é meu tipo. Muita gente diz que minha relação com futebol é mais de argentino do que de brasileiro. Seja jogando ou torcendo. Sou fã dos hermanos no que tange o modo como eles demonstram o que sentem pelo time deles de forma integral durante o jogo. O time tá tomando piaba de 5×0 e os caras lá, gritando. E a grade é onde me sinto mais a vontade dentro da Toca 3. Mas não fico pendurado. É só na hora do gol mermo que eu desabafo.

    Quanto ao uso ou não dos sinalizadores, eu sou a favor da maior cultura por parte da população. Em vez de transformar o estádio em um teatro, tente-se melhorar as políticas públicas pra prevenir o acontecimento. Mas isso é muita utopia de minha parte.

    Aqui, em virtude de uma briga de 2 facções da Máfia Azul num jogo em Nova Lima, foram proibidas as bandeiras de mastro e o bandeirão para a torcida do Cruzeiro, além da cerveja em todos estádios e torcidas e os sinalizadores. Mas não tem nada que me deixa mais puto que injustiça. Pombas, por que os caras escolhem 2 caras aleatórios pra fuder com a vida? Tudo bem que a torcida do Cruzeiro hoje paga pela briga de alguns em Nova Lima. Mas a Galoucura é igual ou pior que a Máfia Azul no quesito violência. E, sinceramente, nunca vi sinalizador fazer mal a ninguém. Só deixa o show mais bonito.

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    Serginho Valente

    Não gosto dos sinalizadores porque sua fumaça atrapalha a visão do jogo, e são fedorentos. Mas é aquele negócio, se é permitido, as pessoas podem usar e eu tenho que conviver com isso.

    Como você é “novo” aqui, vou te explicar minhas restrições quanto a torcidas organizadas.

    A maior delas, é que 100% dos tumultos relevantes num jogo de futebol são originados por estes “torcedores”.

    Outra, é a associação de algumas dessas torcidas com o crime organizado, acho que talvez isso seja mais forte aqui no Rio, mas não duvido que aconteça em outros lugares.

    Além das ligações espúrias entre essas “torcidas” e os dirigentes dos seus clubes.

    E ainda, torcedores “organizados” tendem a se acharem mais importantes e com mais direitos do que torcedores “comuns”.

    Dito isto, entendi seu ponto.

    Concordo que o exagero da PM não tem cabimento. Mas ao mesmo tempo, acho que se não pode subir na grade, não pode subir na grade, mesmo na hora do gol. Se você fosse o Ronaldo, poderia ter causado uma tragédia…rs.

    E quanto as prisões, que você diz arbitrárias, a solução seria prestar queixa. Agora, eu não sei se sinalizadores são, ou não proibidos. Se forem, os caras foram presos, com vastas provas. Eu deixaria quieto.

    De qualquer jeito, não acho que as situações expostas por você, sejam, digamos, comuns. Não é o caso, por exemplo, de um torcedor que foi preso, por estar assistindo o jogo, normalmente, em seu lugar, sem fazer nada de mais. Ou seja, há alguma controvérsia.

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  15. Victor
    19/03/09 - 19:45

    Cara,
    O que acontece aí é que existe todo um Mundo paralelo ao normal. E isso não é de hoje. Desde antes de eu frequentar estádio isso acontece.
    Também acho um grande exagero dizer que a violência segue aumentando a níveis intoleráveis nos estádios, uma vez que desde que me entendo por gente ela está em níveis intoleráveis.
    Infelizmente, dentro de um estádio brasileiro, quase ninguém é inocente (no sentido ingênuo da palavra). Dentro de uma Torcida Organizada então, ninguém é inocente.
    A convicência entre Polícia e T.O. tem suas regras próprias, o que é uma lástima, porém não é nenhuma novidade.
    E isso desde que me entendo por gente é assim.

    Vai saber qual a liberalidade que se tem em permitir ou não que torcedores comemorem gol subindo na grade, que corram pelas arquibancadas, que acendam sinalizadores, que soltem fogos.
    É tênue. E como as T.O. não sabem o limite entre a liberdade e ilegalidade, acabam por estar no mesmo jogo.

    Isso está certo?
    É lógico que não. Minha opinião sempre foi de que isso é o principal motivo para não se ter uma cultura brasileira mais de frequentar estádio.
    Pelo menos aqui no Rio, durante um bom tempo, ficou complicado que nossos pais nos levassem ao Maracanã.
    Hoje em dia, Dr. Asimov para levar o filho dele ao estádio, tem de se preocupar em qual jogo levar, por onde andar e onde ficar no Maracanã.

    Por isso, não creio que sejam questões isoladas que resolvam o problema. Porque não são com soluções paliativas que se acabará com esse lugar só para “iniciados” que é um estádio de futebol.
    É questão de se mexer em toda uma estrutura, e aí sim, com o estádio sendo um lugar normal a todos os cidadãos ficaria mais fácil de se cobrar coerência da polícia.

    ****
    Eu no seu caso da comemoração, se realmente tivesse a convicção de que estava agindo dentro da normalidade, do meu direito de torcedor/consumidor, subverteria a lógica que impera nessas situações.
    Eu iria a uma delegacia, prestaria queixa e depois processaria… o Cruzeiro mandante do jogo, que segundo o Estatuto do Torcedor deveria garantir a minha segurança e integridade física e moral tanto no estádio como em seus arredores.
    Talvez, quem sabe, processaria a CONMEBOL junto. Não sei. Mas o Cruzeiro pelo menos iria rodar.

    Aliás, há tempo para você fazer isso.

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    Asimov

    Os judeus eram perseguidos pq emprestavam objetivando o lucro. Depois os protestantes começaram a fazer o mesmo viraram alvo tb. Agora que todo mundo entende a normalidade disso, acabou a discriminação (pelo menos na intensidade que era).
    Serginho, num sei não, vc anda meio radical demais. Dá uma passadinha na Buenos Aires pra dar uma aliviada na tensão, amigo :)

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    Serginho Valente

    Fala Asimov,

    Cara, taí uma coisa que espero nunca ser. Radical, fanático, ou coisa parecida. E se eu um dia tender pra isso, espero que me alertem.

    Mas acho que vivemos um tempo delicado. A América Latina, parece estar se voltando às trevas, agora a esquerda, mais ainda sim trevas.

    Uso como exemplo a Venezuela, lá a Ditadura está praticamente consolidada. E dificilmente haverá uma volta rápida, e tranqüila a democracia. A questão é que foram se fazendo concessões ao ditador, até que uma hora, já não havia como tirar o cara de lá. O cara domina as comunicações, “emprega” ou “sustenta” a maior parte da população, e tem o exército no bolso. E por aí vai, Bolívia, Equador, Paraguai, etc.

    Aqui no Brasil, já temos coisas escabrosas como o bolsa-família (como dizem, o maior programa de compra de votos oficial do mundo), um inchaço espetacular na máquina pública. Medidas populistas e preconceituosas como as cotas raciais. Várias tentativas malsucedidas do governo em controlar a imprensa. Isso sem falar nos Mensalões, e etc.

    Talvez possa estar exagerando no caso do cadastro de torcedores. Mas realmente considero uma medida além do aceitável, principalmente porque ela já é o prolongamento de uma restrição a minha liberdade de beber cerveja. Até quando vão cercear a minha liberdade usando a desculpa do bem comum? Sendo que eu nunca fui uma ameaça a qualquer um.

    E se fazem isso no futebol, e aceitamos todos como diz o Victor, cordeiristicamente, o que vai impedir que usem o mesmo preceito em outras áreas? Historicamente, esse tipo de cadastro sempre foi feito em regimes de exceção. E sempre acabou mal.

    Infelizmente o assunto deu uma descambada pro exemplo dos judeus na 2ª Guerra. Eu apenas queria ressaltar o caráter fascista e ditatorial dessa medida. Assim como foi feito com os hindus na África. Mas claro que eu não quero dizer que as situações se equivalhem. É apenas um alerta.

    Mas aceito a sugestão da Buenos Aires, é sempre bom relaxar um pouco…rs.

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    Serginho Valente

    Caramba, “equivalhem” é foda…

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    Rafael

    Chaves agora controla estradas, portos, aeroportos, a economia do país é praticamente toda voltada para o petróleo (PDVSA 100% do Governo), as principais emissoras e a mídia do país agora são estatais.

    Bolívia, Equador… estão indo pelo mesmo caminho.

    Agora o casal Kirchner na Argentina está querendo inventar uma lei para os meios de comunicação que seus opositores estão dizendo que é uma restrição a liberdade e maior controle do Estado.

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    ASIMOV

    O que aconteceu na Venezuela foi uma falha política absurda da oposição.
    Eles se revoltaram contra o Chaves e decidiram protestar “boicotando” a eleição. Nunca vi burrice igual.
    O ditador ganhou todas as cadeiras da assembléia e impos tudo o que quis.
    Hoje a venezuela ta nessa merda por causa da estupidez desses imbecis. E o pior é que ninguém pode falar que ele agiu errado. Tudo foi legitimado pelo voto.
    Não vai acontecer nada igual nos outros países. Só se haver um golpe ou guerra civil.

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    Matheus

    Cara, eu posso até estar errado. Espero que esteja, inclusive, pela forma como fui tratado ali ontem. Nunca tinha tido problema, tem dias que os caras tão sem noção.

    A questão é a seguinte. Eu to errado. Qual a dificuldade do PM de chegar em mim e falar: “Amigo, por favor, desce daí se não vou ter que agir?”

    Eu, no meu bom senso de não discordar da pessoa que tem a presunção da verdade e que pode usar da força pra exigir o cumprimento da norma, vou descer.

    Eu pensei demais em ir prestar queixa. Muita gente ontem me falou isso. No mundo ideal eu faria isso. Não pela questão do certo ou errado. Tô errado? Provavelmente sim. Dei motivo pro cara me bater? Evidente que não. Ele sequer falou comigo e já desceu o cacetete. Ou seja, é “causa ganha” se eu quisesse falar algo.

    Mas em Minas acontece o seguinte: são sempre os mesmos PM’s que fazem a ronda no jogo. Esse mesmo eu já vi umas 4 vezes lá. Se eu vou na DP e falo algo, não vou ter mais paz nos jogos. Prefiro ficar na minha.

    Como Serginho falou:

    “Outra, é a associação de algumas dessas torcidas com o crime organizado, acho que talvez isso seja mais forte aqui no Rio, mas não duvido que aconteça em outros lugares.

    Além das ligações espúrias entre essas “torcidas” e os dirigentes dos seus clubes.

    E ainda, torcedores “organizados” tendem a se acharem mais importantes e com mais direitos do que torcedores “comuns”. ”

    Aqui eu imagino que existem muitos marginais dentro da Máfia e da Mancha. A TFC acontece o seguinte: imagine um monte de playboys e pati’s que adoram ir aos jogos, gostam de ver o jogo onde a torcida está, mas têm medo dos marginais. Os caras se juntam e fazem uma torcida forte deles. Foi isso que aconteceu. Os caras ali têm muito a perder pra querer fazer uma arruaça.

    Quando tiver um jogo de um time de algum de vocês com o Cruzeiro, venham pra cá e assistam junto comigo. Galera do Flamengo, inclusive, pode ir uniformizada que não tem problema. Vascaíno da Força Jovem, eu não recomendo.

    De resto, concordo com vocês em tudo. Mas não é porque eu sou da TFC que eu sou um cara que vai pra brigar, ganha ingresso de dirigente ou se acha melhor que quem não quer ir. Eu pago R$ 20 na meia entrada, chego tarde em casa por causa da porra do Globo, tomo porrada de PM pra ver um bosta de um dirigente liberar 3000 ingressos pra pessoas que só tão ali pra denegrir a imagem da torcida. Isso me deixa puto.

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    Serginho Valente

    Só para deixar claro. No caso da agressão que você sofreu, sem dúvida, houve o excesso e seria causa ganha. E concordo mais ainda que o melhor é ficar na sua.

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    Victor

    Mas em Minas acontece o seguinte: são sempre os mesmos PM’s que fazem a ronda no jogo. Esse mesmo eu já vi umas 4 vezes lá. Se eu vou na DP e falo algo, não vou ter mais paz nos jogos. Prefiro ficar na minha.

    Definitivamente, concordo que não estamos aqui para servir de mártir

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  16. Rafael
    20/03/09 - 10:40

    Quanto às torcidas organizadas vou repetir o que sempre digo: a melhor coisa que poderia acontecer seria o fim das mesmas. Não há outra alternativa.

    Torcidas Organizadas são gangues, marginais que vão para o estádio, muitas vezes armados, procurar outras gangues rivais para brigar. Eu já fui para o Maracanã no ônibus de organizada, sei como é.

    Matheus, vc vai me desculpar mas eu acho essa “união” entre algumas organizadas uma puta de uma hipocrisia. Já fui em 2 Flamengo x Cruzeiro no Maracanã e todo mundo diz: “maneiro poder andar com a camisa do Cruzeiro na torcida do Fla e vice-versa”. Porra, pq isso não pode acontecer em qualquer jogo?

    Alguns dizem: “mas pelo menos nesses jogos temos paz”. Só que em outros que não deveria ter nada demais vira guerra. A “união” entre Força Jovem e Mancha Verde, torna o jogo Flamengo x Palmeiras numa tensão como se fosse Fla x Vasco.

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    Matheus

    Isso acontece aqui também, Bender. Eu não digo que é certo, cara. Mas eu vivo de acordo com a realidade da situação.

    O “ser” é sempre muito diferente do “dever ser”. Flamengo e Cruzeiro, vou com camisa e boa. Se os caras estressarem, eu tiro a camisa e boa. Vasco e Cruzeiro, eu evito. Ou vou só com a certeza de que não vai haver problema. Palmeiras, Corinthians, Santos, Coritiba, é a mesma coisa. São torcidas que, por um motivo ou outro, não se dão com a torcida do Cruzeiro.

    Isso é algo que acontece muito em BH e eu não sei se no Rio é assim também. Sempre fui da opinião de que a rivalidade aqui só é comparável à do Rio Grande do Sul. Cruzeiro e Galo, não uso camisa até tá no meio da torcida do Cruzeiro.

    Tenho muitos amigos atleticanos, muitos palmeirenses, alguns vascaínos, muitos corinthianos. EU não brigaria com eles por causa de futebol, mas eu evito falar, principalmente com atleticanos, em dia de clássico porque os ânimos se exaltam. Deveria ser diferente? Lógico. Deveria ter um jeito das torcidas que quisessem assistir o jogo misturadas se misturarem sem nenhum problema. Mas a realidade é que não é assim e é utopia acreditarmos que vai ser desse jeito. Na verdade, a tendência é cada vez mais termos jogos de uma torcida só. O que eu acho uma palhaçada.

    Não acredito que o fato das torcidas se juntarem é uma puta hipocrisia. Prefiro assim do que a eterna tensão. Mas concordo que deveria ser diferente.

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    Matheus

    Não sei se deveríamos ACABAR com as T.O.. Elas fazem parte do show. Quem mais vai levar as bandeiras, os bandeirões, criar as músicas que todo mundo canta. Jogo da seleção é uma chatice por isso também.

    Acho que seria uma boa fazer o cadastro para os torcedores das organizadas. E manter um olho sempre aberto com relação à eles. Pelo menos o controle se restringiria nos focos de maiores tumultos e isso diminuiria o caos dos estádios. Eu, por ser de uma, me cadastraria numa boa. Como as autoridades me consideram um possível foco de tensão, por eu pertencer a uma organizada, eu estaria demonstrando que não tenho problema em ajudar, nesse caso específico.

    Porque quem participa de uma T.O. sabe das coisas que acontecem. Brigas, ingressos cedidos, a tênue linha entre liberalidade e ilegalidade. E pras pequenas organizadas, como a TFC, que tentam ver o jogo sem ter qualquer problema com violência, seria ótimo demonstrar que a questão é de algumas organizadas e não todas.

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    Rafael

    Se já existiu e aconteceu, não é utopia.

    Apenas mostra como pioramos no tempo.

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    Matheus

    Pioramos sim. Muito. A pergunta é: Até que ponto esse quadro é reversível?

    Passa por uma questão cultural? Ou por uma questão de violar direitos fundamentais da população em busca do “bem comum”, além de demonstrar a tentativa do Estado de jogar ns costas do povo a responsabilidade que devia ser dele?

    Sejamos francos, Bender. As leis existem para: 1º) Prevenir, pelo seu poder de persuasão, que determinados atos sejam praticados. 2º) Se os atos forem praticados, punir os responsáveis de forma que sirva de exemplo para que não haja reincidência.

    Daí você pega um país como o Brasil que tem um seríssimo, seríssimo mesmo, problema de impunidade. Se a lei não é cumprida, o cara não vai ter medo dela, vai cometer o ato e ele não será punido. Ou seja, qual o sentido da lei? É mais fácil trancafiar o cara em casa. Joga o preço do ingresso nas alturas só pros mais “abastados” e que organizadores imaginam que são mais pacíficos e cria uma série de dificuldades para os torcedores costumeiros irem aos estádios.

    Daí a gerar insatisfação e mais violência é um pulo.

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