Lidando com Idiotas – O Presidente Que Não Sabia
September 10th, 2013 por Serginho Valente | Categorias: Fluminense.“Na última sexta-feira, o presidente do Fluminense descobriu que seu vice-presidente de Futebol, Sandro Lima (o Sandrão), mantinha, desde 2010, uma relação contratual com a patrocinadora do clube, a Unimed.”
Claro, o presidente tricolor nem imaginava que seu vice de futebol recebia da Unimed. Talvez, um dia o presidente seja surpreendido com a notícia de que até ele próprio recebe da Unimed. Seria uma baita surpresa, não?
No mais, em quê o estatuto do Fluminense foi descumprido? Nenhum vice-presidente pode receber remuneração do clube. Sandrão recebia alguma remuneração do Fluminense? Parece que não, até porque não haveria dinheiro disponível.
Em nota, a empresa de Planos de Saúde, outra vez, apelou aos esportes olímpicos para justificar seus investimentos nas Laranjeiras. O engraçado é que não consigo lembrar de absolutamente nenhum esporte olímpico em evidência no tricolor, desde João Havelange.
Nota da Unimed:
“A Unimed-Rio é parceira do Fluminense FC desde 1999, na condição de patrocinadora do futebol. Desde então realiza contratos de licenciamento de direito uso de imagem, nome e voz com parte dos atletas profissionais e membros da comissão técnica vinculados ao clube.
Todos os contratos relacionados à parceria Unimed-Rio/Fluminense FC contém cláusula de confidencialidade juridicamente válida e respeitada. Estão devidamente registrados e considerados no montante global dos investimentos em marketing esportivo, coerentes com a estratégia de negócios da Unimed-Rio.
Por força da confidencialidade e do sigilo estabelecidos contratualmente, a Unimed-Rio não se manifesta sobre seu teor, e têm a concordância a esse posicionamento tanto do Fluminense FC como de todos os outros eventuais contratados para viabilizar a parceria com o Tricolor.
A S7 Seven Sports Consultoria LTDA foi contratada pela Unimed-Rio em outubro de 2010, antes da eleição do atual presidente do Fluminense FC, Peter Siemsen. A empresa desde então assessora a Unimed-Rio em suas estratégias esportivas, especialmente as relacionadas às modalidades olímpicas.
Unimed-Rio”
Ou vá saber se o presidente deixou descobrirem. Desde o fim do ano passado a fonte secou, começando com o “o elenco campeão é forte e não precisa de reforços” até o atual.
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Quanto aos esportes olímpicos, se eles responderem não será com esportes olímpicos no Fluminense, mas sim com outra meia-dúzia de gatos pingados.
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Então nada faz sentido. Não sei o que o Sandrão fez errado.
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Abstraindo para a situação e aceitando a relação como normal, Sandrão não fez nada de errado mesmo e saiu (ou saíram com ele) pela conveniência de não fustigarem mais a relação.
Ou é mais briga interna e derrubaram-no através disso (por isso que insinuei que o presidente deixou descobrirem). Daí teria de estar por dentro da política de bastidores de dentro do clube e eu entendo disso o mesmo que Saulo entende de física quântica.
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Melhor irmos direto em quem publicou:
http://www.espn.com.br/noticia/354856_espn-revela-documentos-da-relacao-unimed-fluminense-vice-de-futebol-renuncia
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Achei essa reportagem muito ruim. Superficial demais.
Os caras lançam um “para Celso Barros a parceria também ajudou. A clientela aumentou em 46%.”
Tipo, como assim? Eles conseguem definir que aumentou esse tanto porque a empresa é parceira do Fluminense? E mais: como podem falar da empresa de Cartão de Crédito?
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Entendi que eles colocaram isso como sendo algo que Celso Barros defende. Achei até que foi colocado assim para parecer ridículo mesmo.
A Caixa patrocina o site da ESPN. Vai ver o negócio é Celso Barros aportar uma grana em publicidade ali e some a matéria rapidinho.
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Deve ter feito algo muito errado, pois o RMP acaba de classificar a notícia como “ESCÂNDALO”.
Deve ser pior do que receber dinheiro da Viúva após décadas de sonegação tributária.
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Vi no Twitter a chamada… e já sabia que o autor do post era o Serginho. Esmolão de cooperativa é tão constrangedor quanto esmolão estatal, é verdade.
Só me instiga o “vazamento” de parte do contrato, em cláusula que pouquíssimo interessa ao torcedor de arquibancada comum.
Cheiro de dossiê caindo em colo de jornalista, para fazer trabalho sujo e antecipar o embate político (isso não é trabalho jornalístico). E isso só interessa às figuras de sempre, como o sub-Julio Lopes que anda dando declarações a torto e a direito, com cara de espanto.
Para clube que vai lutar contra o rebaixamento, o caos político é quase uma pá de cal.
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Pô Douglas, nesse caso aí estou com os JORNAS (mesmo sabendo todos os parênteses de que os caras publicam somente o que querem, quando querem e para o que querem). Ter acesso ao dossiê está no jogo.
Irado seria outro veículo de JORNAS fazer um contra-jornalismo para dedurar quem entregou, mas aí eles seguram a onda porque canibaliza a parada. JORNAS só cai quando escreve merda demais no veículo, jamais porque foi denunciado em esquema de corrupção.
Mas é aquela coisa… jornalismo para mim é igual a Série A. Sem chance de acompanhar pelo fair-play.
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Victor, estaria com o JORNAS se de fato o que foi vazado tivesse alguma relevância para o torcedor comum. NÃO TEM. É besteira. É factóide para antecipar embate político.
Nada que vazou pode ser aproveitado de fato. Talvez por um RMP, que se disse chocado.
De resto: nada, nada, nada.
Repito, não é jornalismo, mas subserviência a interesses alheios.
Se bem que, no fim, o que seria de fato o jornalismo, além de subserviência a pequenos e poderosos grupos?
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Eu ia responder o penúltimo parágrafo com o que você mesmo respondeu com o último, mas… para que gastar bites, portanto?
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Para o torcedor comum (eu) só interessa que dia será o jogo, onde será, eventualmente contra quem em que campeonato e a posição depois do jogo. O resto é resto, mas é o resto que paga o salário dos JORNAS. A coluna EGO quem sustenta essa porra.
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Cara, nem em coluna Ego. O “furo” só serve para jornalzinho do Fluminense. Se é que existe algum.
No fim, acaba por tumultuar um ambiente que já não é dos melhores.
A segundona é logo ali.
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“O “furo” só serve para jornalzinho do Fluminense” [2]
Mas em país de barbudinhos falso-moralistas, vira “escândalo”.
Fosse eu sócio ou torcedor do Fluminense o que mais iria me irritar é o presidente dizer que não sabia. Não tenho tido mais paciência de ser tratado como idiota.
No mais, Sandrão tinha uma empresa, que tinha contrato com a Unimed. Não pode? Por que? Há alguma prova de que o clube foi prejudicado por isso? Se houver, tudo bem.
Ficam repetindo que o estatuto foi desrespeitado, mas dizem que o que é proibido é ser remunerado pelo clube para exercer alguma vice-presidência. Isso não aconteceu, e se aconteceu,ainda não foi noticiado. Ou a Unimed, de fato, É o Fluminense?
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Fosse eu sócio do Fluminense, não sei o que faria, pois eu não compro essa lenga-lenga de me associar pelo direito de votar.
Só voto em eleições gerais porque sou obrigado e sou sócio compulsório, pois do contrário, participo apenas daquilo em que me envolvo diretamente e não bovinamente, ou que possa me trazer benefícios em dinheiro ou serviços. Não me associo a causas ou status.
Logo, fosse eu sócio a minha maneira, era capaz até mesmo que eu soubesse que o Sandrão era remunerado e por quanto era remunerado, como eu sei e faço diversas deturpações no estatuto informal do Marieta para a coisa poder caminhar.
Como torcedor também a minha maneira, Peter Siemsen não me deve qualquer explicação sobre dirigentes e funcionamento do clube, e portanto pode mentir à vontade. Aliás, como torcedor eu não me importo e nunca me importei nem mesmo com a montagem ou desmontagem do time, que seja. Eu apenas me interesso em saber dos ingressos, dos pacotes para torcedores, das ações para estimular ou inibir Organizadas, da disponibilização dos jogos na TV e do sujeito não surtar pagando uma chacota escandalosa como o maluco da champagne.
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Até mentir à vontade o cara pode, só me irrita o cara mentir como se eu fosse um imbecil.
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