LDU 0x0 Fluminense – Gostei da estréia tricolor
February 21st, 2008 por Victor | Categorias: Futebol, Libertadores 2008.
Por mais batido que seja, um jogo em altitude elevada é o que apresenta, estatisticamente, maiores desigualdades de condições entre adversários (naturalmente, quando um deles é do nível do mar).
Porém, sempre achei que a briga para evitar tal tipo de jogo, devia ser política, entre clubes e federações. Uma vez estabelecido que se jogaria em tais atitudes, comissões técnicas que se virassem para minimizar tais efeitos.
Não se fazia muita coisa além de jogar até pregar e aí perder o jogo, e voltar ao Brasil com cara de quem não tinha outra coisa a fazer.
Nesse panorama, o Fluminense foi jogar com um handicap de 5 derrotas em 5 jogos de times brasileiros contra a LDU em Quito.
Jogando de forma convencional e conservadora, a probabilidade de derrota era grande. Talvez por isso, o Fluminense resolveu ousar e diminuir o tempo de jogo.
Como assim diminuir o tempo de jogo?
A ousadia foi em apostar em passar o 1º tempo sem correr muito, onde teoricamente o time da casa não pressionaria tanto, ou ao menos não iniciaria pressionando, e guardando o fôlego para o tempo do desespero.
A LDU pescou, e atacou pouco, ainda organizadamente, sem arriscar mais ataques, mesmo que desorganizados. E assim o Flu ensebou todo o 1º tempo, que copiarei o comentário que fiz no Open-Bar no intervalo da partida (com negrito agora com as previsões, que se confirmaram):
Acabou agora o 1º tempo de LDU x Fluminense.
O Flu jogou com uma tática ousada, uma espécie de 7-0-3.
7 na defesa, ninguém no meio de campo e 3 atacantes (Thiago Créuves jogou de atacante).
O Flu entregou nitidamente o meio-de-campo para a LDU. Nunca vi isso em jogo nenhum, mas funcionou neste 1º tempo.
A própria LDU deu uma pressãozinho em um momento deste tempo apenas mas nada que entusiasmasse demais.O time toca a bola bem, mas não está pressionando.
Acho que o Fluminense vai aproximar mais o meio de campo do ataque no 2º tempo. Nem parece que o tricolor sente tanto o cansaço já que esse esquema transformou o time em time de totó, mas na questão do ar rarefeito para controlar a bola, o Flu nitidamente se embananou.
Ou sai passe forte, ou para tentar compensar, sai muito fraco. Tanto que uma hora, FH passou a isolar a bola para o gol da LDU e entregar a bola para o time equatoriano recomeçar a jogar.Acho que o Fluminense vai fugir no 2º tempo deste esquema, porque se voltar assim, a LDU vai sacar que o Flu não atacará e irá a começar a chutar e cruzar mais bolas na área. Aí vai ser sufoco para segurar e largar tudo na mão de FH.
Vai entrar o Cícero para o Fluminense passar a ter um meio de campo.
Acho que ele tirou o Mauricio por conta do cartão amarelo. Uma pena, pois Mauricio passa a bola (ainda mais na altitude) que Ygor, e se o Flu quer atacar, isso vai fazer falta.
E o Fluminense aproximou o meio de campo do ataque mesmo com Cícero e Arouca saindo mais. Thiago Neves pouco tinha jogado no 1º tempo, porque ele compunha a linha de 3 da frente que não recebia a bola. Com Cicero e Arouca saindo, Thiago Neves recebeu mais bolas em condições de atacar e cresceu na partida.
Atentem que Thiago Neves não é bem um meio-campista. Ele é atacante que gosta de buscar jogo. O 10 tricolor não arma jogo para ninguém. Ele arma para ele mesmo chutar. Situação que acredito, aliás, incomoda aos demais atacantes.
E o Fluminense jogou muito bem até por volta de 30 minutos do 2º tempo. O gol poderia sim ter saído (um com Washington que Junior Cesar estava impedido, um chute na trave de TN e o lance em que o goleiro da LDU deveria ter tomado cartão vermelho).
Vi Conca preparando para entrar, e imaginei que o time devia estar cansando, pois todos jogavam bem naquele momento, e taticamente o time estava certinho. Saiu Leandro Amaral e entrou o argentino.
À partir daí, notou-se o time realmente cansado. Em um lance, com a bola passando pelo seu lado, vários jogadores tricolores ainda no ataque, TN nem esboçou uma corridinha. Substituido na mesma hora por Roger, e aí sim, o Fluminense resolveu oficialmente se entregar à pressão. Segurou bem a onda por 10 minutos.
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Dos times que jogaram fora na estréia, Flamengo, Santos e Fluminense (e que foram os jogos que vi), achei a do Fluminense mais animadora. No tempo de jogo em que se propôs a jogar, o tricolor foi muito bem (de 1 a 30 minutos do 2º tempo), além de ganhar confiança por não ter sido posto na roda por um time da altitude.
Achei melhor que a estréia do Flamengo, pois o adversário rubro-negro era muito fraco e o Flamengo nada fez. O Santos não pegou uma baba, mas fez um joguinho muito mais ou menos contra um adversário que não jogou bem. Nestes dois jogos, a impressão foi que os brasileiros não venceram por “demérito” próprio.
Concordo que o 0x0 do Flu foi bem melhor que o 0x0 do Fla.
O Flu enfrentou a altitude de 2800m e um time melhor que o Bolonhesa.
Mas concordo com Paulo lá no open bar, no primeiro tempo o Flu se arriscou muito e precisou da ajuda da sorte pra escapar.
Acho melhor começar jogando logo na altitude. Ano passado o primeiro jogo do Fla foi em Potosi (4000m) e conseguiu um empate heróico, nos moldes do jogo de ontem. Esse ano o último jogo do Fla fora de casa é contra o Cienciano (3400m), se estiver precisando desesperadamente da vitória, vai ser desesperador.
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Pode ser impressão minha, mas acho que o maior problema do Fluminense é a relação do Thiago Neves com os atacantes, que se irritam cada vez mais com a “secura” do meio-campo. Se bobear, isso divide o elenco e joga por terra qualquer chance tricolor.
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Mas foi por aí mesmo que considerei a ousadia do Renato.
Expôs o time no 1º tempo ao abdicar de atacar e de correr. Podia ter dado muito, mas muito errado mesmo. Arriscou em contar com a sorte (e a defesa) e foi bem sucedido.
Na fase de grupos ainda tem como minimizar perdas na altitude, mas se esses times chegam no mata-mata, aí fica foda.
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Serginho,
Ontem teve um lance que Washington pegou a bola e foi para o contra-ataque ele e Thiago Neves.
O atacante hesitou em tocar a bola e só tocou quando viu que não tinha como ele mesmo prosseguir com ela (aí errou o passe porque já estava ruim para passar).
Washington não costuma prender a bola. Tenho certeza que se fosse Leandro Amaral que estivesse com ele, teria passado de primeira.
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Ah, como jogaram Arouca e FH.
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Heheheehhe… logo esses dois.
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Não achei ousadia do Renato. Achei sim que o time estava perdido em campo no primeiro tempo. Total desorganização tática. Exposição desnecessária. Saída de bola nenhuma. Nenhuma jogada decente de ataque.
No segundo tempo o time mehorou com a óbvia saída do Maurício e recomposição do meio de campo. O Joel Santana, pelo menos deixa algum CB que saiba tocar uma bola pro lado ou pelo menos que tenha alguma experiência em jogos desta importância. Se o Fla não ganhou, pelo menos não sofreu nenhuma ameaça.
O Fluminense poderia até ter ganho, mas não é sombra de um time que se mereça apontar como favorito da competição. O Renato mostrou que é cru.
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Desculpe a ignorância, mas… o que vem a ser CB?
Center Back (volante)?
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Mata-mata contra time de altitude é foda mesmo. Tem que começar com a sorte de fazer a segunda partida em casa, e tentar garantir um empate (ou derrota pequena) lá.
Incrível mesmo. O bom jogador Arouca ficou mais sumido que Baião em festa de Reveillon, mas o FH mandou bem.
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Mesmo no Carioca (só procurar os artigos dos jogos do Fluminense), o time sempre joga melhor com Cícero em campo.
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CB – Cabeça-de-bagre
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Victor,
Achei uma “irresponsabilidade” do Renato. Como vc mesmo colocou o time não tinha meio, só um vazio. Time que quer segurar resultado fecha o meio. Ele deixou 3 atacantes em linha quase na meia lua do adversário e os outros na meia lua da defesa. NUNCA VI ISSO. COISA DE MALUCO.
Em tempo: CB= cabeça de área (bagre)
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Ao contrário do jogo do Fla…que trinca de merda na arbitragem!!!
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Outra coisa,
Qdo o Cícero entrou o time jogou. Antes era um bando.
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FH é um goleiraço, mas o Flu parece realmente disposto a chutá-lo. O Fluminense insiste em ter (o bom) Diego Cavalieri.
Peço ao renato, à UNIMED e ao clube das Laranjeiras que passem o Fernando Henrique para o Botafogo.
Porém, GATTI JÁ!
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Em tempo…
Pode dar raiva e o escambau, mas os torcedores tricolores, pouco habituados à Libertadores, tiveram uma amostra que ao contrário da Seleção Brasileira, aqui, os clubes do Brasil é que pagam o pato com a arbitragem.
Para ganhar a Libertadores, tem de saber levar a arbitragem na flauta e saber levar porrada.
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Quero ver o Renato jogar assim com o MaxManteiga no gol.
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Também concordo com o Paulo. O Fluminense nem ameaçou e nem se protegeu no 1º tempo. Colocou 3 cabeças de área que não funcionaram e deixou o Thiago Neves sobrecarregado. Os ataques nunca tinham sequência (com exceção de uma jogada criada e finalizada por ele).
Confesso que esperava mais da LDU. Não achei o time tão forte como aquele que jogou com o Inter. O que não tira o mérito do bom resultado do Flu, claro. Mas acredito que um time mais ofensivo desde o início do jogo poderia ter trazido os 3 pontos. Assim como o Flamengo poderia ter feito.
Independente disso, acho que o Flu teria grandes chances se o juiz fosse sério e que o Fla ganharia se tivesse um atacante que não escorregasse.
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Eu não acredito que Renato faça novamente isto sem jogar na altitude.
Nunca vi time armado assim, mas continuo achando que ele correu esses riscos para não se cansar no 1º tempo.
Acredito que um time mais ofensivo no 1º tempo não chegaria ao final do jogo.
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É preciso levar em consideração que talvez o Fluminense tenha sentido bastante os efeitos da altitude, de repente os caras não se adaptaram.
Outro ponto a ser considerado é que quase todos os times estão passando dificuldades na estréia. O poderoso Boca apenas empatou com o venezuelano Maracaibo, sem altitude.
Mas continuo achando o relacionamento dos atacantes com o Thiago Neves, o maior ponto fraco tricolor. É visível a irritação entre as partes.
Que negócio horroroso que o Fluminense está fazendo com o Palmeiras, deve ter algum porco infiltrado nas Laranjeiras.
PS: Houve uma época em que CB significava sangue bom. Ainda bem que algumas coisas são apenas passado.
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Renato armou o Fluminense na primeira etapa exclusivamente para defender e deixar a armação apenas para o Thiago Neves.De um lado serviu para poupar os jogadores diante dos efeitos da altitude,mas expôs muito o setor defensivo com a pressão da LDU.E m jogos nessas condições,recuar muito pode ser muito arriscado devido a menor resistência do ar,a velocidade da bola ser muito maior.Se a equipe equatoriana fosse um pouco mais técnica,poderia ter arriscado mais chutes fora da área.O Conca poderia ter sido lançado como opção porque ajudaria na armação e tem um ótimo arremate em bolas em movimento e parada. Lamentável foi a atuação do árbitro.Deixou a porrada literalmente solta e não expulsou ninguém.Essa determinação arcaica da Conmebol em apenas multar a advertência do cartão amarelo é um verdadeiro estímulo.Fica mais cômodo dar um amarelo.Poderia suspender o atleta como em todas as competições com dois amarelos.
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A expressão “sangue bom” acho que nem existe mais. Agora é apenas “sangue”. Por isso CB é apenas Cabeça-de-Bagre.
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