Home   Open-Bar   Trollagem   Bolão   Mercado da Bola   Copa do Brasil   Seleção   NFL   Contato  

GP do Brasil: passando a régua em 2011 com o “Domingão do Nelsão”

July 30th, 2011 por | Categorias: Fórmula-1 2011.

 

"Aí, Galvão, a bandeira do Vascão!!!!"

Com o título definido em favor de Sebastian Vettel e sem a chuva, que seria o fator de imprevisibilidade para a corrida, o GP do Brasil fechou a tampa da temporada de 2011 de forma bem insossa. O previsível joguinho de equipe problema de câmbio no Red Bull número 1 levou Mark Webber a liderar a dobradinha do time, sua primeira e única vitória no ano em que foi totalmente suplantado pelo seu companheiro. O inglês Jenson Button chegou em terceiro – com direito a passadão em Fernando Alonso -, gantindo com tranquilidade o vice-campeonato.

Para os brasileiros, nada esteve muito animador, e todos dão tchauzinho para 2011 com alívio. Felipe Massa chegou atrás do Alonso, mais de meio minuto. Rubens Barrichello, martirizando no péssimo carro da Williams, teve uma boa classificação e uma largada desastrosa. Remou, remou, e chegou em um (até decente, devido às suas condições…) 14º lugar. Isso doeu bem menos do que a notícia que a mulher mais bonitinha do baile de fim de ano – a vaga da Renault-Lotus, que será a única e apenas Lotus em 2012 – ficou com Kimi Räikkönen. Aposta louca do time? A princípio sim, mas se o time apresentar evolução e o finlandês beberrão mantiver o foco na pista, pode ser que eles acertem na mosca. A notícia também afeta a vida de Bruno Senna, que na minha humilde opinião, cometeu um erro e acertou Michael Schumacher na entrada do S do titio. E se o prcedimento padrão na temporada foi o rigor nessas situações, a punição foi coerente apesar dos protestos do piloto e do narrador. Ele ainda está no leilão da segunda vaga de Enstone, mas sinceramente, parece que já deu.

A Force India mostrou mesmo que tem a força. Em ótimo resultado, pontuou com seus dois carros – o desempregado Adrian Sutil chegou inclusive à frente de Nico Rosberg, da Mercedes –  e se o mundial tivesse uma corridinha a mais (a etapa do Bahrein, cancelada…) simplesmente atropelaria a Renault-Lotus na tabela de construtores, e finalizaria o certame atrás apenas do quarteto Red Bul, McLaren, Ferrari e Mercedes. Não é pouca coisa não. E Kamui Kobayashi, que gosta mesmo da atmosfera paulista, teve outra boa atuação em terras brasileiras marcando mais um pontinho.

Se isso aí foi muito pouco, quem compareceu ao Autódromo Internacional José Carlos Pace não pode negar que o ingresso foi muito bem pago e a principal atração do domingo aconteceu bem antes do sinal de largada.

O tricampeão de Fórmula 1, gênio e gaiato, figuraça única na história da categoria e do esporte nacional, recebeu uma homenagem fantástica nesse domingo. Nelson Piquet Souto Maior se reencontrou em Interlagos com o mesmo Brabham BT-49C com o qual conquistou seu primeiro título de F1 há exatos trinta anos.  Foi justamente reverenciado por torcedores e por todo pessoal que cerca a categoria, inclusive o dono do circo, do carro em questão e seu patrão à época, Bernie Ecclestone. O velho Piquet proporcionou ao mundo uma pequena lembrança do que era capaz de fazer com os velocíssimos carros-asa, no tempo em que a dificuldade de lidar com os bólidos era muito mais do que gerenciar botões e quando, definitivamente, se amarrava cachorro com linguiça. Após presentear o público com a categoria de seus áureos tempos andando à vera, ele nos fez reviver também o seu humor ácido, espontâneo e irresistível ao desfilar pelo circuito empunhando e mostrando para o Galvão a bandeira do Vascão – diante de milhares de corintianos, que tiveram de engolir. Depois dessas voltas nostálgicas, a corrida por si só não passou de um pano de fundo para a verdadeira ode ao tricampeão.

Há imagens que falam por si só. Agora, é esperar 2012 traga mais novidades, boas ou não, mas sempre novas, como foram em 2011 a farofa de pneus, as asas móveis, as duas Lotus de mentirinha, as trapalhadas de Massa e Lewis Hamilton

 

Vettel quebrou o recorde de poles no mesmo ano. Pré-requisito: bigode de Leão

 

Depois dos tapas, beijos

 

 

 

Troféu: das profundezas do pré-sal para o rancho de Webber na Austrália

 

Inscreva seu e-mail e confirme pelo link eviado para receber novos artigos do Blá blá Gol.

11 Comentarios Enviar por e-mail Enviar por e-mail

11 Comentários para “GP do Brasil: passando a régua em 2011 com o “Domingão do Nelsão””

  1. Bender
    30/11/11 - 14:21

    “O tricampeão de Fórmula 1, gênio e gaiato, figuraça única na história da categoria e do esporte nacional” [2]

    ***
    “O velho Piquet proporcionou ao mundo uma pequena lembrança do que era capaz de fazer com os velocíssimos carros-asa, no tempo em que a dificuldade de lidar com os bólidos era muito mais do que gerenciar botões e quando, definitivamente, se amarrava cachorro com linguiça.”

    Mas aí Mr. bassman Robinson, não seria uma questão de evolução? Ou seja, a galera da geração do Piquet não falaria o mesmo da geração do Fangio?

    Responda a este comentário

    Robinson

    Sim… sim… como diria o Pearl Jam, “It’s evolution, baby”…

    É uma exagerada nostálgica sim. Hoje as dificuldades são outras e os que lá estão também têm que ser caras especiais para fazerem o que fazem. Mas sempre é bom lembrar o que conta a história do esporte antes de criarmos a pretensão de que só os nossos tempos é que são difíceis.

    É a mesma coisa com o futebol, só que ao contrário. Temos o costume de achar que os tempos de antigamente eram muito melhores, mas no fundo, temos que aceitar que as coisas mudam e não ficam necessariamente piores ou ruins.

    Responda a este comentário

    Bender

    curti

    Responda a este comentário

    Andre Bona

    Nao acho nao.

    Na época de Fangio, talvez o desafio maior fosse ganhar, mas conseguir fazer o carro durar e ficar vivo.

    Na época de Jack Brabham, o legal era o cara construir o carro, competir com ele e vencer.

    Na época de Nelson, o foco já foi maior no desenvolvimento dos carros e na potência e não na durabilidade. Alguns ainda morreram. E as corridas tinham muitos abandonos.

    Hoje não há tantos abandonos, carros nao param sem gasolina e o foco é na tecnologia de ponta. Kers, asa móvel, telemetria, etc…

    Nao to dizendo que é exatamente isso que eu escrevi. Mas que a “agenda” da categoria também foi se diferenciando. Hoje o foco Ë DE FATO menor no piloto.

    Responda a este comentário

    Bender

    O histórico que vc traçou trata exatamente da evolução que falamos.

    E o objetivo comum em qualquer época (e com sua respectiva tecnologia) era ser o mais rápido.

    Responda a este comentário

    Andre Bona

    Sim, mas antes, o fator piloto era crucial para esse objetivo. Hoje, não é.

    Responda a este comentário

    Robinson

    Tudo mudou demais. No início, na década de 50, um erro era mortal literalmente. Não havia nem capacete nem cinto de segurança.

    Até a década de 80, se o piloto exagerasse ele arrebentava o motor; se errase uma marcha, quebrava o câmbio.

    Hoje, isso tudo não é mais representativo. Com todo o avanço tecnológico embarcado nos carros e com os padrões de segurança impensáveis no passado, é exigido do piloto andar mais tempo no limite, o seu e o da máquina. Quanto mais tempo o cara se mantém próximo desse limite, melhor é o piloto.

    Responda a este comentário

    Bender

    Ia responder por aí. Mas duvido que a minha resposta ficasse tão boa.

    Responda a este comentário

  2. Andre Bona
    30/11/11 - 18:20

    Mais um belo post. Este, para finalizar a temporada.

    Temporada essa que começou sem meu menor interesse. Minha mulher falava comigo no começo do ano: “estou achando impressionante o seu desinteresse pela F1″…

    Realmente, foi o meu “pior começo de temporada” hehehe…

    Mas depois tudo voltou ao normal…

    Agora é aguardar a definição das equipes… Se bem que atualmente tem equipe que define tudo até uma semana antes da corrida, já que os botões podem ser treinados via play-station.

    Responda a este comentário

  3. Victor
    4/12/11 - 13:10

    http://extra.globo.com/esporte/vasco/vou-aproveitar-para-pisar-um-pouco-no-pescoco-do-corinthians-disse-piquet-3375442.html

    Responda a este comentário

  4. Bender
    28/12/11 - 13:38

    http://globoesporte.globo.com/platb/voandobaixo/2011/12/22/massa-hamilton-e-o-cartao/

    Responda a este comentário

Deixe seu comentário