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Gp da Índia: um novo país, um novo circuito, o mesmo vencedor de sempre

November 2nd, 2011 por | Categorias: Automobilismo, Fórmula-1, Fórmula-1 2011.

Force India!!!! O GP mostrou algumas belezocas "filhas do Gandhi"

Namastê, meus caros. O circo da Fórmula 1  aportou pela primeiríssima vez na terra dos elefantes usados como meio de transporte, das vacas sagradas, da flor de lótus (sem qualquer relação com as duas equipes que empregam inadvertidamente o nome), do kama sutra, do Karun Chandhok e do Narain Karthikeyan. Pois só em casa mesmo para esses pilotos aparecerem durante as transmissões e para alguém prestar alguma atenção em suas entrevistas. Para variar, Sebastian Vettel sobrou, simplesmente desapareceu no meio da densa neblina causada pela poluição das cidades nos arredores do circuito. Foi a vitória mais fácil das 11 acumuladas em 2011. E foi tão fácil que, assim como no Japão, Seb se permitiu a molecagem de fazer a melhor volta da corrida exatamente na última passagem, levando à loucura (e às risadas, provavelmente) os engenheiros da Red Bull, implorando para que ele apenas trouxesse o carro para a bandeirada. Além de marcar a pole – agora falta uma para igualar o recorde de poles na mesma temporada, de Nigel Mansell – ele liderou de ponta a ponta, sem perder a liderança nem mesmo durante os pits.

Mais uma vez o bicampeão foi acompanhado no pódio por Jenson Button, segundo, e em seguida Fernando Alonso. A decepção ficou por conta de Mark Webber. O australiano, que antes da prova havia descartado o jogo de equipe para ajudá-lo a ser vice-campeão, largou na primeira fila e morrinhou para chegar em quarto. Pois é, desse jeito, nem mesmo com jogo de equipe a coisa vai rolar. A boa notícia foi outro ótimo desempenho da Mercedes GP. As flechas de prata chegaram em quinto e sexto com Michael Schumacher à frente, dando novas lições ao pupilo rebelde Nico Rosberg.

Deepika Padukone: estrela de Bollywood no movimentado box da FI

O circuito de Buddh também foi palco da batalha entre a anfitriã Force India, Sauber e Toro Rosso pelo sexto posto na tabela dos construtores. Jaime Alguersuari foi oitavo, Adrian Sutil nono, e Sérgio Pérez, décimo. Apesar de algumas disputas isoladas, a alta expectativa de competitividade criada pelas características da pista foi frustrada, e a corrida foi um tanto quanto mais sonolenta do que se imaginava. O que se viu mesmo foi poeira, muita poeira em todo o circuito, que foi finalizado a toque de caixa, em cima da hora para o GP.

A vaca de Lewis e Felipe, dando um descanso a caminho do brejo

Se conselho fosse bom… mas quem avisa, amigo é. Se Felipe Massa e Lewis Hamilton tivessem procurado a terapia de casal quando foram alertados pela mala que vos escreve, talvez eles poupassem seus times de mais um gasto desnecessário com lanternagem. Após a enésima batida entre os dois só em 2011, dessa vez, a culpa recaiu sobre o brasileiro – apesar de tudo ter parecido um incidente normal de corrida. A fase dos dois é péssima. A do inglês pela quantidade de confusões e a do brasileiro pela apatia durante toda a temporada. A nuvem preta continua sobre os dois, mas no momento, quem vê a sua posição mais ameaçada é Massa. Mal que não deve tardar a rondar a cabeça de Hamilton caso continue sendo superado sistematicamente por Button.

Massa, por sinal, conseguiu uma proeza sem precedentes: abandonou a prova com a suspensão dianteira esquerda quebrada após um impacto contra as zebras do circuito, do mesmo jeito que já ocorrera com a suspensão direita no final do treino de classificação. Ele saiu xingando a mãe de quem colocou as malditas zebras, mas dos 24 carros que andaram por lá no fim de semana, o problema só aconteceu com um: a Ferrari #6. Duas vezes.

Rubens Barrichello até estava animado com a performance do carro, principalmente com pneus desgastados, mas a felicidade do Highlander da F1 só durou até o fim da reta de largada: ele estampou a traseira de seu próprio companheiro Pastor Maldonado e teve que arrastar seu carro até os boxes, saido de lá em último e com mais 30 segundos de desvantagem para o penúltimo. Depois de complicada a vida, restou empurrar o carrinho de rolimã da Williams pelos declives da pista de Buddh para cruzar em 15º. Para piorar, as notícias dão conta de que o acordo entre a equipe inglesa e o campeão de 2007, o beberrão Kimi Räikkönen (ohhh não… esses tremas todos de novo… não!!!!!) já está costurado e deverá ser anunciado em Abu Dhabi, a fonte dos níqueis que cairão no chapéu do velho Frank em 2012.

Ele vai voltar...

Foi uma verdadeira rasteira no brasileiro, que cobrava a definição do time havia meses, mas ainda sustenta que negocia com outras equipes. Após ter fechado precipitadamente com a Williams durante a temporada de 2009 – ele ainda seria procurado para correr pela McLaren ao lado de Hamilton, mas o contrato com Grove já estava assinado – Barrichello sofreu uma baixa com a saída (justamente para a McLaren…) de  Sam Michael, o diretor técnico que sempre tinha um elogio engatilhado para o piloto. Agora lhe restará correr atrás das pouquíssimas opções no mercado, como uma possível vaga na Renault-Lotus (que ano que vem será apenas Lotus…), onde as últimas notícias que chegam sobre Robert Kubica, infelizmente, não são nada animadoras. E, falando francamente, nada garante que qualquer uma dessas opções possa proporcionar uma temporada melhor do que a atual, a pior de toda sua longa carreira. Portanto, sendo bonito ou não, salvo surpresas de última hora, parece que faltam dois GPs para a aposentadoria de Rubens Barrichello. Sem nenhum grand finale.

Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos em Abu Dhabi, dia 13.

Go, Force India, go!!!

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13 Comentários para “Gp da Índia: um novo país, um novo circuito, o mesmo vencedor de sempre”

  1. Yuri
    2/11/11 - 18:51

    Dá-lhe Force India, sempre!!! Única equipe de um país terceiro-mundista…

    Por falar em Vettel, seria de bom tom, mesmo sabendo que posso assassinar alguém, dizer que sua primeira lembrança de F-1 foi com Senna? hhehehhehehehhee

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    Robinson

    Lá vai o bichinho da discórdia… hehehe…

    Não sei, acho normal, até.

    Pela idade que ele devia ter quando começou a entender o que era a F1, é normal. Da mesma forma que eu me lembro muito bem do quanto se falava sobre quem era, o que fazia e como morreu Gilles Villeneuve quando eu, pequenininho, comecei a ver corridas.

    Mas o Vettel já mencionou em várias ocasiões que os seus ídolos de infância são os “três Michaels”: Jackson, Jordan e Schumacher.

    Sobre a Force India, a equipe foi uma boa surpresa, apesar da receita ser terrível e já muito batida: um milionário excêntrico que não entendia bulhufas sobre automobilismo e resolveu ter uma equipe. Para piorar, vindo da Índia – o país do cricket, não precisa explicar mais nada.

    Tudo levaria a crer que, depois de uma ou duas temporadas, ao ver que o buraco era muito mais abaixo e que o dinheiro estava indo embora muito rápido, ele fecharia as portas e iria brincar de outra coisa. Ledo engano.

    A Force India cresce a olhos vistos e pode brigar no ano que vem pela liderança do segundo pelotão com a Renault-Lotus. Para se ter uma ideia, na segunda metade do campeonato a FI marcou 39 pontos, contra constrangedores 7 da atual equipe de Bruno Senna. É muita diferença.

    Justiça seja feita: a Lotus-Renault (a verdinha) é malaia, portanto, a FI não é a única representante do terceiro mundo na categoria.

    Pena foi a curta história da Fittipaldi-Copersucar. Havia o know-how, boas pessoas envolvidas, muita empolgação, mas faltou a grana para seguir adiante.

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  2. Alexandre N.
    3/11/11 - 8:52

    Parece que o Massa deixou de ser o queridinho das mídias em relação à F1:

    http://esporte.uol.com.br/album/111102massa_album.jhtm?abrefoto=1#fotoNav=1

    A piada até que foi boa… hehehehe

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    Robinson

    Adiciona aí que ele há um ano não sobe ao pódio, desde o GP da Coreia de 2010 (corrida vencida por Alonso).

    De lá para cá, o espanhol teve 10 pódios, sendo uma vitória em Silverstone.

    É triste vê-lo nessa situação. Olha o inferno astral do Felipe: aconteceu o acidente em 2009, em 2010 o episódio “Fernando is faster than you”, em 2011 essa temporada pífia.

    Ele mudou. A atitude, o semblante, a confiança.

    Já passou a hora de mudar de ares. Não acredito que na Ferrari ele tenha capacidade de se recuperar. O problema é que as opções não existem.

    Provavelmente o belíssimo salário dele está em dia e ele tem muito menos problemas que nós, reles mortais, mas hoje, deve ser muito difícil ser Felipe Massa.

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    Alexandre N.

    Eu acho que ele nunca teve essa capacidade toda. Acabei de ler um texto que fala justamente sobre esta situação dele:

    http://victormartins.warmup.com.br/2011/11/03/tres-anos/

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    Robinson

    Eu gosto muito do que o Victor Martins escreve, mas eu discordo um pouquinho dessa teoria (mesmo reconhecendo que ela não deixa de ser uma boa teoria).

    O Massa vinha em curva ascendente até 2008. Com as mudanças de regulamento (mudanças aerodinâmicas, proibição quase absoluta de treinos, pneus, kers, etc…) e as dificuldades que não apenas a Ferrari, mas também a McLaren enfrentaram em 2009 por conta disso tudo, era de se esperar um resultado modesto, até que veio o GP da Hungria e a mola do Barrichello.

    Eu acho que alguma coisa mudou a partir daí. Ele pode jurar de pés juntos que não é nada relacionado com a batida, mas tenho as minhas desconfianças de que um dia, aposentado, ele pode revelar algo sobre isso. Até porque se ele confirma isso agora, só arrumaria emprego na Stock Car, se arrumasse. Pode sim ter ficado alguma sequela, ou receio de acelerar como ele vinha fazendo anteriormente. E se não foi a pancada, algo minou totalmente a competitividade dele, dentro dele mesmo ou dentro da equipe.

    Eu tenho tendência a não ser muito simplista. O Jenson Button já foi extremamente criticado, dado como perdedor, principalmente após a chegada arrebatadora de Lewis Hamilton na F1. Aí depois de quase desempregado, veio a Brawn, o título, e hoje está dando um hard time para o mesmo Hamilton dentro da casa do próprio Hamilton, ou seja: a gangorra mudou totalmente de lado.

    Reviravoltas podem sempre acontecer. Mas para saber se isso é possível para ele, precisaríamos conhecer exatamente a razão dessa queda tão visível.

    Hoje, ele e Hamilton brigam pela nada honrosa alcunha de baranga 2011, com vantagem para o brasileiro.

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    Alexandre N.

    O Massa vinha em curva ascendente até 2008.

    Discordo. Eu diria que 2008 foi um ano fora do normal pra ele. Até por quê, se levarmos em consideração todo o histórico dele, o Massa sempre tomou couro dos companheiros de equipe (inclusive do Villeneuve, que voltou pra F1 depois de praticamente passar um ano parado – estou desconsiderando o período tampão do mesmo na Renault em 2004). A Ferrari tinha um carro relativamente bom e o péssimo desempenho do Raikkonen foi o que definiu aquela disputa de título.

    Quanto ao acidente, todo piloto que passa por um acidente grave volta às pistas com desempenho mais abaixo do que tinha antes. Bons exemplos (brasileiros) são os casos de Piquet e Barrichello (que sofreram acidentes no circuito de Imola em 1987 e 1994 respectivamente), o Bergher naquele acidente na época em que corria pela Ferrari…

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  3. Bender
    3/11/11 - 10:03

    maneiras as fotos [2]

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  4. Bender
    7/11/11 - 16:52

    http://esporte.uol.com.br/album/2011/04/06/grid-girls.htm#fotoNavId=as2429191

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