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Futebol de Play-Station

December 16th, 2007 por | Categorias: Futebol.

Diferente dos anos anteriores vencidos por brasileiros, esse ano a Final do Mundial Interclubes foi um jogaço de futebol.

Por mais que seja um barato quando o David derrota o Golias, a beleza só aparece mesmo se o Golias conseguir impor sua força. E foi o que ocorreu entre Milan e Boca.

Como bem citou Paulo Affonso, a bola parecia que grudava nos pés dos jogadores. As jogadas, especialmente no 2º tempo aconteciam a todo o momento, principalmente pelo lado do Milan. E o melhor que valorizadas pelo espírito combativo do Boca. Parecia futebol de video-game.

Grande jogo para uma final de clubes mundial. Os jogadores pareciam q tinham cola nas chuteiras. Acredito q a media de passes errados tenha sido infima.
Grande, enorme, maravilhoso Kaka.
Estupendo Seedorf.
E o Boca, o Lutador de sempre. Grande tb.
Jogaço!!!
Já tava na hora de fazer um giro nesse torneio pq o Japão não pode ser o único a ter o privilégio de ver isso.

No plano tático, Carlo Ancelotti teve o timing correto. Mexeu no time mantendo o Milan sempre superior ao Boca. Foi uma espécie de Joel às avessas, segurando o time à medida que o tempo passava (Joel ao contrário, começa pianinho o jogo e vai soltando o Flamengo à medida que o tempo avança).

E isso faz diferença contra o Boca, pois é característica do time se aproveitar traiçoeiramente de jogo morno ou amarrado para marcar gols e vencer. Característica aliás, que São Paulo e Internacional adotaram nas últimas edições.

Só que o Milan não deu essa moleza.

Somando-se a isso, as atuações individuais dos jogadores foram um espetáculo. Faz bem à vista de qualquer um quando as jogadas dão certo. A atuação espetacular de Kaká justifica com sobras sua iminente escolha de melhor de 2007 pela FIFA e a escolha da Bola de Ouro pela France Football.

Caso o brasileiro tenha fôlego para manter atuações como essa pelo resto da carreira marcará sua geração, como fizeram Zidane, Romário, Maradona e Cruyff (é melhor parar a regressão em Cruyff que antes dele é sacanagem).

Kaká além de realmente jogar um futebol esplendoroso, tem algo essencial para ficar na história: Adora ser campeão.

kaka-bla-bla-gol.jpg

Por fim, há de se agradecer mesmo a Milan e Boca, pois se jogos horrorosos como os da Copa de 2006 (excetue-se o passeio de Zidane no Brasil) diminuem o gosto pelo futebol, uma partida como essa em jogo de tanto destaque só bem podem fazer ao esporte.

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Para quem se incomodou com o jabá religioso de Kaká, leia o texto de Diogo Mainardi da Veja de 11 de junho de 2003 – Menos deus, por favor. A minha ressalva é que ao contrário da torcida e observação do articulista (que em 2003 era até verdade) o futebol de Kaká melhora a cada dia (e em minha opinião, inclusive na Seleção)

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As declarações de quem está à frente do Milan não parece de quem não dá importância devida à competição (depoimentos retirados do site do Milan, que aliás, tem tradução para português do Brasil). Legal ver também o espírito de vingança (que não deixa de mostrar respeito aos rivais que em outra ocasião bateram a equipe milanista) que imperava em Milão:

CARLOS ANCELOTTI (TREINADOR):

Estamos contentes por ter mantido a promessa feita ao presidente Berlusconi. Queríamos fortemente a vitória e a obtivemos. Agora esperamos que possa chegar um 2008 igualmente fantástico, mas com certeza não será fácil. Foi um ano inesquecível e irrepetível. Era utopia pensar no verão de 2006 que poderíamos vencer, e no entanto cuidamos de todos os detalhes e vencemos. Levo para casa todos os gols feitos, as entrevistas, as ações e assim se recordam com menos sofrimento os momentos mais difíceis. Chegar até aqui não é fácil, chega só quem faz grandes coisas. A Bola de Ouro deu a Kaká grandes estímulos. Ele está mostrando grandes coisas, partida após partida. Agora marquei encontro com Inzaghi na final de Moscou e a partir de hoje os milanistas são um pouco mais milanistas.

ADRIANO GALLIANI (VICE-PRESIDENTE):

Desejávamos fortemente este troféu. Sempre dissemos isso, desde o início desta temporada, desde o verão. Eu diria que foi fantástico também pelo modo como aconteceu: vencemos contra o Boca, depois de eles nos derrotarem há 4 anos… da mesma forma como aconteceu em Atenas, contra o Liverpool. Pecado o Presidente não estar aqui, mas ele estará no aeroporto, na nossa chegada. Justamente com Berlusconi, no início da temporada, havíamos colocado na cabeça dos jogadores que para nós era importante vencer este mundial de clubes, porque queríamos ser os primeiros e levar para a Europa o troféu e ainda nos tornarmos a equipe mais vitoriosa do mundo. Volto a dizer que o destino foi incrível: deu-nos a possibilidade de vencer contra aqueles times que anteriormente haviam-nos vencido. Agora acertamos as contas com Liverpool e Boca, mas o importante para nós é a nossa galeria: agora somos o clube com o maior número de títulos e isso tem que ser lembrado. Pippo é estratosférico. Prepara-se para os grandes eventos de modo único, marcou 5 gols nas 3 finais, o que dizer? Agora vamos a Zurique com Kaká em vantagem sobre Messi e C.Ronaldo. Kaká decidiu destinar o cheque de 2 milhões de yen à Fundação Milan, um gesto belíssimo, que faz compreender o caráter deste rapaz. Finalmente devo dizer que em 16 de dezembro de 1899 nasceu o Milan, em 16 de dezembro de 1999 eu desejei fortemente a criação do Milan Channel e 8 anos depois retorna-se à liderança mundial exatamente nesta data. Incrível.

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Antes que eu esqueça, o Milan deixou um recadinho para Esteban.

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14 Comentários para “Futebol de Play-Station”

  1. Robinson
    16/12/07 - 21:35

    Bom jogo. Pode ver como panela velha faz comida muito boa. Uma equipe bem pra lá dos trinta, mas muito bem fisicamente e consciente do que deveria fazer para leventar mais esse caneco. Maldini, Nesta, Ambrosini, Inzaghi, Seedorf, mais os “coroas” brasileiros Dida, Emerson e Cafu (os dois últimos no finalzinho) conseguiram conter com eficiência o ímpeto do Boca.
    O Milan fez exatamente o que o futebol argentino gosta: dominar o jogo e mandar aquelas estocadas certeiras.
    Inzaghi é o Dadá italiano. Não faz nada. Só gol. O cara.
    De sua parte, o Boca perdeu com honra e poderia até ter dado um calor maior ainda no time italiano, mas a expulsão do Ledesma acabou com a vantagem numérica dos argentinos e deixou a esperança dos Xeneizes para o ano que vem.
    A partida confirmou minhas expectativas. Milan, maduro e incisivo (apesar do retranqueiro Ancelotti) e o Boca, muito esforçado porém, sem a genialidade de Juan Román Riquelme, uma nau sem capitão.

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  2. Robinson
    16/12/07 - 21:37

    Ainda a tempo: Kaká muito bem vestido na foto acima. Poderia ir buscar o prêmio de melhor do mundo nesse figurino.
    Ops, deixei escapar o segredo. Mas acho que todo mundo já está esperando isso mesmo.

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  3. Wilson Hebert
    17/12/07 - 8:15

    Juro que tinha lido outra coisa na camisa do Kaká…

    Na verdade, o que importa se fala de Deus ou não? Um cara como ele tem o direito de mandar qualquer mensagem. É simplesmente o melhor do mundo.

    E o planeta está rubro-negro!!!

    Um abraço.

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  4. Rafael B.
    17/12/07 - 9:48

    JOGÃO!!! (bem melhor que Cabo Frio x Madureira).

    Dane-se a FIFA e sua eleição, qq que seja o resultado, o Kaká é o melhor jogador do mundo hoje.

    E os argentinos… tomaram de novo.

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  5. PAULO AFFONSO
    17/12/07 - 11:09

    Certamente os goleiros de ontem não se compararam com Bruno e Gatti que foram espetaculares no estadual.

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  6. Saulo
    17/12/07 - 11:19

    Não foi um jogo tecnicamente esplendoroso,mas muito melhor que as partidas truncadas desde que a FIFA inaugurou o mundial interclubes.O Boca sem sua principal estrela Riquelme,veio com uma proposta muito defensiva com três volantes diante de um Milan superior tecnicamente.Felizmente o treinador Anchelotti escalou um meio campo criativo para furar a retranca argentina e o gol no ínicio “quebrou” esse esquema.Com isso,o Boca teve que partir para cima e deixar espaços para os avanços do Kaká e a armação dos contra-ataques pelo Seedorf.Desta vez valeu a pena acordar mais cedo.

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  7. Rafael B.
    17/12/07 - 14:35

    Valeu Paulo, valeu…

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  8. Victor
    17/12/07 - 15:29

    Outro goleiro de time pequene que brilhou em um Carioca mas depois não conseguiu fazer sucesso foi o uruguaio Léo (ou Galileu Galilei Percovich) do Bangu em 1995. Agarrou muito naquele estadual.
    O Fluminense chegou a contratá-lo em 96 ou 97, mas ele afundou junto com um daqueles times (não faz diferença, os dois times afundaram). Nunca mais ouvi falar dele depois.

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  9. Serginho Valente
    17/12/07 - 16:00

    Kaká é um monstro. O segundo melhor que vi jogar até hoje.

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  10. Saulo
    17/12/07 - 16:21

    Não deixaria passar um comentário sobre o Dida.Mais uma vez um goleiro de quase dois metros de altura tomou um gol de cabeça dentro da pequena área.Gostaria de saber como consegue ser titular de uns dos clubes mais ricos do mundo???? Sorte sua que o Boca não deu muito trabalho.Sorte essa que não pode contar na seleção durante a copa de 2006.

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  11. Blá blá Gol » Dida teve culpa?
    17/12/07 - 16:52

    […] Saulo levantou a questão da culpa de Dida no 1º gol do Boca contra o Milan, gol de Palacio. Na visão de Saulo, um goleiro de 2,00m de altura não poderia não ter saído naquela bola. […]

  12. Bruno Silva
    18/12/07 - 12:04

    Grande Vitor! Grande texto. Péssima montagem na camisa do Kakruyff. hehehe
    Aliás, só um toque: O nome é Cruyff e não Cruyjff.

    Abraços!
    http://pandegosepatuscos.blogspot.com

    RESPOSTA: A idéia da montagem é ser tosca mesmo. Para evidenciá-la. Consertei o nome do Cruyff.

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  13. bruno
    1/06/10 - 14:36

    o kaka e gay

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  14. bruno
    1/06/10 - 14:42

    O Brasil e hexa na africa do sul nimgue tira isso dele

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