Home   Open-Bar   Trollagem   Bolão   Mercado da Bola   Copa do Brasil   Seleção   NFL   Contato  

Fluriado

September 9th, 2010 por | Categorias: Campeonato Brasileiro 2010, Ceará, Fluminense, Guarani.

Aproveitei bem o feriado, desligado de quase tudo. Só não digo que em off fiquei porque de ressaca monstro no domingo, a alternativa na TV aberta entre um tylenol e um cochilo foi a virada do Guarani contra o Fluminense.

O Fluminense das últimas rodadas foi competitivo mas não vencedor. A série que se iniciou com empate contra o Vasco da Gama, vitória fora contra o Goiás, empates no Maracanã contra São Paulo e Palmeiras e por fim derrota contra o Guarani só apresentou um Fluminense superior na sua solitária vitória. Nos demais resultados, o máximo que se pode dizer é que o time vendeu caro os pontos para seus rivais.

A série não foi animadora em se tratando de um time que briga pelo título, ainda mais em contraste com a campanha acima das expectativas que era feita pelo Tricolor anteriormente, com a expressiva marca de 5 vitórias seguidas fora de casa. Este período coincidiu com a entrada de Deco na equipe, saída de Diguinho e utilização de apenas 2 zagueiros, esquema que nitidamente inibiu Conca e a participação de Mariano no ataque e puxando contra-ataques.

Curiosamente, no auge dos resultados positivos, tal esquema era tido pela crítica como a panacéia e salvação do Fluminense. Não bastava que o caro time tricolor que não chega a nem um vice campeonato desde 1984 vencesse competentemente suas partidas. Era preciso vencer de forma oitentaedoisista ou reeditar a volúpia ofensiva da Máquina, ainda que esses exemplos não tenham colocado medalhas no peito de ninguém.

Com a ausência de Emerson para a partida contra o Ceará e respaldado pelos maus resultados anteriores, Muricy chutou o pau da barraca e acabou com o feriado de uma das torres da zaga. Entrou com 3 zagueiros. Não satisfeito, trocou Emerson por um volante e entupiu o meio-campo com 2 volantes, Deco, Conca, Mariano e Julio Cesar. Atacou com o combativo Washington auxiliado por Conca e Mariano e quem mais viesse esporadicamente. Sem pudores, subia com seus zagueiros em qualquer bola parada, além de um endiabrado Leandro Euzébio auxiliando Mariano a puxar ataques pela direita.

Este Fluricy de 1 único centroavante colocou o Ceará no bolso no 1º tempo e jogou o 2º para que Conca desencantasse. Foi comovente a luta do argentino para marcar seu gol, que não aconteceu.

Se Deco trouxe qualidade ao meio-campo tricolor, não sei informar. Só se for de forma muito subjetiva, pois pouco noto sua participação em campo, como aliás pouco notei a de Valência que foi muito mal contra o Guarani, assim como Belleti tinha sido contra o São Paulo. Valência contra o Ceará ficou mais protegido por Muricy jogando como um quarto zagueiro efetivo enquanto a volância plena era exercida intensamente por Fernando Bob.

****

O Tricolor sai do feriado e volta a disputa do campeonato com o competente esquema de 3 zagueiros, e certamente o de 2 zagueiros testado em campo por seu treinador. Aquele que dizem só ter uma forma de jogar, mas que já colocou seu time armado para jogar com três formações táticas distintas, sem contar a rotatividade das peças usadas. Isto, na ponta de cima da tabela.

Inscreva seu e-mail e confirme pelo link eviado para receber novos artigos do Blá blá Gol.

Comentarios Enviar por e-mail Enviar por e-mail

4 Comentários para “Fluriado”

  1. Macedus (Flamengo, RIP)
    9/09/10 - 11:41

    Pois é, como é legar torcer por um time que honra a camisa, as tradições e tal.

    Como é legal saber que seu elenco é forte, senão o mais forte do campeonato e que se
    o seu técnico não é uma unanimidade pelo menos mantem o time no rumo certo.

    Lembro bem como é se sentir assim, até bem pouco tempo, menos de um ano.

    Agora, é melhor parar por aqui …

    Flamengo, descanse em paz !!!

    SRN

    Responda a este comentário

  2. Alexandre N.
    9/09/10 - 12:09

    Analisando os seguintes trechos do texto:

    Curiosamente, no auge dos resultados positivos, tal esquema era tido pela crítica como a panacéia e salvação do Fluminense. Não bastava que o caro time tricolor que não chega a nem um vice campeonato desde 1984 vencesse competentemente suas partidas. Era preciso vencer de forma oitentaedoisista ou reeditar a volúpia ofensiva da Máquina, ainda que esses exemplos não tenham colocado medalhas no peito de ninguém.

    Com a ausência de Emerson para a partida contra o Ceará e respaldado pelos maus resultados anteriores, Muricy chutou o pau da barraca e acabou com o feriado de uma das torres da zaga. Entrou com 3 zagueiros. Não satisfeito, trocou Emerson por um volante e entupiu o meio-campo com 2 volantes, Deco, Conca, Mariano e Julio Cesar. Atacou com o combativo Washington auxiliado por Conca e Mariano e quem mais viesse esporadicamente. Sem pudores, subia com seus zagueiros em qualquer bola parada, além de um endiabrado Leandro Euzébio auxiliando Mariano a puxar ataques pela direita.

    Este Fluricy de 1 único centroavante colocou o Ceará no bolso no 1º tempo e jogou o 2º para que Conca desencantasse. Foi comovente a luta do argentino para marcar seu gol, que não aconteceu.

    Acho que você confundiu um pouco as coisas. A queda de rendimento do time não está ligada a mudança de esquema do 3-5-2 para o 4-4-2, ou mesmo na tentativa de encontrar uma forma de jogar como a seleção braisleira de 82. O grande problema deste time foi a mudança de comportamento dos jogadores em campo. Excetuando o jogo contra o Santos, onde o Muricy escalou o time com a preocupação única e exclusiva de se defender, podemos dizer que o Flu se comportou de duas maneiras durante as partidas.

    Até o jogo contra o Prudente, o time do Fluminense era quem ditava o ritmo da partida para os adversários, não importando se o jogo era disputado em casa ou no campo do adversário. Inclusive, podemos dizer que o melhor dos jogos do Fluminense durante o pré-copa foi a partida em que perdeu para o Corínthians.

    Porém, a partir do jogo contra o Cruzeiro, o comportamento dos jogadores durante as partidas foi para o oposto. Começava ditando o ritmo do jogo até o momento em que fazia o seu gol. Depois, o time recuava demais, só se preocupando em se defender e em, talvez, conseguir matar a partida em um contra-ataque. Este comportamento funcionou bem enquanto o Flu não jogou contra times que não estavam tão bem assim. Daí vieram as boas vitórias contra Goiás, Grêmio e Atlético-PR. Quanto às vitórias sobre Cruzeiro e Inter, podemos classificá-las como “extra-classe”, pois o Inter estava preocupado com a final da Libertadores e o Cruzeiro só não conseguiu um bom resultado aqui por que o jogador que estava infernizando a defesa tricolor saiu antes da metade do primeiro tempo por lesão.

    Nos jogos contra Botafogo, Vasco, São Paulo, Palmeiras e Guarani este comportamento defensivista do time acabou sendo o maior motivo de sua ruina. Afinal de contas, em alguns momentos os gols do time saíam cedo durante as partidas e o time recuava muito e cedo demais. E quem tem Fenando Henrique no gol sabe que não pode deixar o seu time ser martelado por tanto tempo.

    No jogo ontem contra o Ceará, o que se viu não foi a melhora do time por causa do esquema e sim por causa da mudança de atitude dentro de campo. O time não recuou após ter marcado o primeiro gol, além de ter passado a maior parte do tempo gastando o tempo com toque de bola inteligente no campo do adversário. E quando o time resolve agir de forma inteligente como esta, você pode pôr o seu time pra jogar até no 4-2-4 que não passará por grandes problemas.

    Acredito que a discussão aqui não é o esquema a ser usado e sim a forma como o treinador doutrina os jogadores a se comportarem em campo durante a partida. Um exemplo? Cuca usou o mesmo 3-5-2 no ano passado e víamos um time que não recuava após marcar o primeiro gol. Víamos uma equipe que marcava e atacava ordenadamente em um bloco compacto.

    Quanto à volúpia ofensiva que não põe medalhas no peito de ninguém, te dou dois (ou mesmo três) exemplos recentes que jogam esta sua teoria no chão: O Corínthians do Parreira em 2002, o Cruzeiro do Luxemburgo de 2003 (o único clube que quebrou a barreira dos cem pontos no campeonato de pontos corridos) e este Santos do Dorival (apesar de ter contado com o Inominável, sou obrigado a dar o braço a torcer pra este time).

    Responda a este comentário

  3. Renan Canuto
    9/09/10 - 21:50

    Victor, pode mandar pro meu e-mail minha senha e login no Blablagol? Quero voltar a postar asneiras. Abraços.

    Responda a este comentário

  4. Fred x Michel Simoni
    10/09/10 - 10:42

    […] volta ou não volta?“, até porque ele deve estar ansioso para substituir Washington e ter a tão desejada posse de bola no ataque, impossível com o atual camisa 9 ainda que este esteja cumprindo com esmero seu papel na […]

Deixe seu comentário