Fluminense 2×1 Ponte Preta: o castigo ao antijogo
October 15th, 2012 por Robinson | Categorias: Campeonato Brasileiro 2012, Fluminense, Futebol, Ponte Preta.O obstinado time do Fluminense cumpriu no último domigo mais uma etapa da sua árdua caminhada rumo ao título do Brasileiro-2012 com sucesso. Isso não quer dizer que foi fácil, pois após sofrer um gol no primeiro minuto de jogo, o Fluminense teve de enfrentar seus próprios nervos, a boa marcação ponte-pretana, goleiro-muralha Edson Bastos, mas principalmente, a catimba do adversário. A vitória tricolor foi o castigo na medida exata ao antijogo da equipe campinense, que passou 89 minutos além dos acréscimos muito mais preocupada em desperdiçar o tempo de futebol – direito adquirido pelos mais de 16000 tricolores que pagaram ingresso para assistir à partida – e saiu choramingando por ter sido “prejudicada pela arbitragem”. Que vejam os melhores momentos do jogo, e adquiram um mínimo de autocrítica. Admitam que não vieram ao Rio de Janeiro para jogar bola, e sim para mantê-la o maior tempo possível parada. O pior é que o choro da macaca é amplificado pelos meios de comunicação esportivos.
Talvez porque os grandes craques da resenha esportiva estejam praticamente extintos, autênticas peças de museu, tão raros quanto o seu instrumento original de trabalho – a máquina de escrever -, o único argumento utilizado pela classe jornalística para aumentar as vendas de jornais, a audiência na tv e os cliques na internet é a POLÊMICA. É em nome da maldita polêmica que a imprensa inventa uma falsa legitimidade para o “eu acho”, o “ao meu ver” e à “questão de interpretação”, até mesmo quando a imagem no vídeo diz outra coisa. E pela polêmica, a imprensa faz eco às reclamações, chororôs e mimimis do lado perdedor. Pois é. Discutir polêmica dá mais ibope do que discutir futebol. Para criar polêmica não precisa analisar números, ser isento, tampouco precisa saber escrever uma boa crônica. Isso inclui sabedoria esportiva, domínio da língua portuguesa, e paixão.
A imprensa cínica prefere inventar polêmica a constatar a superação que a equipe tricolor apresenta a cada jogo para jogar futebol no país do antifutebol. Contra a Ponte Preta, Gum foi o nome dessa superação. A imprensa teimosa argumenta que o Fluminense vence, mas não convence, apesar da realidade mostrar um time com o melhor ataque, a melhor defesa, um dos artilheiros e o melhor goleiro da competição. A imprensa míope se nega a enxergar mérito em um time que correu durante toda a partida em busca da vitória, e mesmo recheado de medalhões consagrados, a virada veio com nada menos do que cinco jogadores criados nas divisões de base do clube. Parece ser proibido, um tabu falar qualquer coisa de positivo do time que pode conquistar o campeonato brasileiro da forma mais inapelável dos tempos dos pontos corridos.
Sorte nossa, porque nós, tricolores, podemos ver isso bem de perto. Não são os números e recordes obtidos por este elenco que nos enchem de orgulho; é a jornada, a caminhada de um grupo que defende com honra as tradições e os valores do Fluminense. Futebol não é só malandragem pragmática em função do resultado. Futebol é antes de tudo coração. Ou melhor: são onze corações batendo na mesma frequência das dezenas de milhares que os impulsionam da arquibancada.
parei de ler no título. Meu caro, esse antijogo é o que o Fluminense fez no campeonato inteiro.
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O antijogo partiu da arbitragem, ele teve papel decisivo no placar e todas as suas trapalhadas prejudicaram a Ponte Preta e o Galo.
Da parte da Ponte Preta, a proposta era bem clara: jogar atrás e no contra-ataque. Isso não é antijogo. Procurou manter a posse de bola e cadenciar o jogo. Fez isso muito bem até a expulsão, muito bem assinalada pelo árbitro. Depois precisou aguentar a pressão do Fluminense, apelar para os chutões e ser assaltado em São Januário.
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pô, saulo… você VIU o jogo??? a ponte preta não cadenciou absolutamente nada, e no segundo tempo então, sequer teve posse de bola.
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para saber que a arbitragem foi horrorosa não precisa assistir a nenhum jogo do campeonato brasileiro.
foram pouquíssimas atuações aceitáveis.
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As arbitragens geralmente são horrorosas para os dois lados, bem diferente das partidas do Fluminense contra o Náutico, Botafogo e Ponte Preta. Nestes jogos, os árbitros favorecem apenas um lado.
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Certo, certo… Mas quando a arbitragem favorece o Mengaum (como naquela final do chororô botafoguense, por exemplo), você não fala que a arbitragem favoreceu seu time, não é?
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Naquele chororô, existiram dois impedimentos mal assinalados. O primeiro foi o gol do Souza e depois do Dodo.
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Depois da expulsão, a Ponte Preta não teve outra saída e recuou de vez. Antes disso, contra-atacava com rapidez e cadenciava o jogo.
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Não, Saulo. A Ponte Preta passou o jogo INTEIRO praticando faltinhas longe do gol do Edson Bastos pra parar o jogo. Se isto é o conceito usado por você pra definir “cadenciar o jogo”, então acho que temos um problema, pois o conceito válido para este termo é completamente diferente.
Contra-ataques? É sério mesmo que você falou isto?
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diego cavalieri só viu a cor da bola para bater um ou outro tiro de meta.
no segundo tempo, sequer sujou o uniforme.
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meu caro, aí vai depender totalmente da sua definição de antijogo.
provavelmente não é a mesma que a minha.
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(1) Nem sei porque Edson Bastos resolveu reclamar, ele nem deveria estar em campo quando o pênalti e a falta foram marcados.
(2) A bola que bateu na mão do zagueiro da Ponte não foi intencional. Correto o árbitro em marcar o pênalti e não mostrar o amarelo.
(3) Interpretação em um lance, erro em outro que seja. É o risco que corre um time que coloca 10 jogadores dentro da área por 90 minutos. Queriam que fosse marcado algum pênalti contra o Fluminense dentro da área pontepretana?
(4) A Ponte Preta vai sentir a falta de Gilson Kleina. O técnico da Ponte entrou todo pendurado contra o líder fora de casa às vésperas da partida também fora contra o rival direto Sport. Não dá tempo de cair, mas fica a cagada.
(5) Foda-se que vai ficar registrado para todo o sempre. Lá vai: Gum > Thiago Silva
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Se o juiz cumprisse a regra mesmo, Edson Bastos deveria ser expulso por levar o segundo amarelo assim que levantasse da simulação de lesão após a falta cobrada pelo Fred.
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esse é o meu conceito de antijogo.
ainda lembro de um jogador da ponte, o luan, acho, que foi ‘mortalmente ferido’ e recolhido pelo carrinho-maca. depois de ganhar o tempo que quis, uma vez fora do campo, ficou logo de pé, bebeu aquela aguinha e deu um pique de ponta à ponta do campo, a ‘volta mais rápida’ de toda a partida. para quem estava se contorcendo em dores minutos antes…
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Não, foi o Roger, aquele que já jogou pelo Flu em 2009.
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Esse “antijogo” já faz parte do que eu vejo. Digo que em um estágio anterior achava isso absolutamente condenável.
Hoje, eu acho só moralmente(*) condenável, mas aceito como parte do que eu me predisponho a ver, uma vez que eu tenho o entendimento que essa PACHORRA está inclusa dentro da ética(**) do jogo.
O que não quer dizer, claro, que mesmo que admire com o Maquiavelismo necessário para alcançar o objetivo da vitória e da excelência computada eu vá admirar essa filhadaputagem como postura humana. Duvido que Miroslav Klose fique simulando contusão.
(*)Minha moral. Eu não tenho coragem de fazer isso lá na pelada.
(**)Não gosto do banal “faltou com a ética” porque entendo ser esse conceito variável. A minha moral define meus princípios éticos, que não são iguais ao de outros ainda que possam vir a ser bastante semelhantes. Ter os meus princípios éticos não fazem com que outra pessoa que haja dentro dos princípios dela esteja fora de ética e errado. Só é definida de outra forma. Em alguns casos, analisando em retrospectiva, vejo que cometo alguns deslizes éticos, mas ninguém tem como saber se eu não expor o que defino como ético (Dunga fodão explanou o que ele definia e seguiu à risca. Por isso teve minha admiração como técnico da Seleção e minha torcida incondicional. ÍDOLO).
Outro conceito aplicável entra em ética coletiva. Acho fraco esse conceito, mas aceito. Profissões e coletividades as tem. Dentro de um jogo de futebol no Brasil, esse cai-cai nojento e repugnante não é condenado pela coletividade de jogadores uma vez que praticam. Injúrias não são condenadas. Injúrias raciais parecem ser.
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Viu a entrevista do Luxa.
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Não vi não. Ele falou isso?
****
Eu me amarro em ouvir os técnicos de série A falando. Se tivesse um programa que mostrasse as coletivas dos técnicos na íntegra após os jogos eu ficaria amarradão vendo.
Aliás, será que passam nos canais dos clubes? Essa porra não deve estar limitado à direitos de transmissão.
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Ele inclusive DEFENDEU o jogador que SIMULA pra ludibriar. E acha certo!
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Lógico, dizendo que isso FAZ PARTE DO FUTEBOL.
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isso faz parte desse futebol mulambo praticado no brasil.
aí quando o santos leva um sacode do barcelona no mundial interclubes, todo mundo fica querendo saber o que é que está errado.
o problema é que quando chega lá fora, não é a malandragem que prevalece. é o futebol.
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Gostaria de ouvir para comentar. Sabe se posso encontrar na internet?
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Esporte Espetacular de domingo.
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Gum está merecendo herdar o apelido do Monstro.
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Caso de polícia: http://www.lancenet.com.br/futebol/Torcedores-Ponte-Preta-protesto-humorado_0_792520829.html
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é disso que eu estou falando.
a imprensa alimenta as polêmicas para vender jornal, aumentar a audiência do arnaldo e do gaciba e pro povo sair pesquisando no google e clicando no link.
essas historinhas baratas dão ibope.
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Cara, os clubes deveriam criar o proprio canal via web.
O foda é que nao tem NENHUM com organização MÏNIMA pra PORRA NENHUMA.
Já falei: se Saulo quer acabar com o Estadual, eu quero acabar com o Brasileiro e torcer pros times da Europa. Porque trata-se da mesma discrepância.
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Nunca fui a favor do fim dos estaduais, precisa mudar esse modelo falido e ultrapassado. O ideal seria começar a acabar com essas federações e os clubes formarem suas ligas.
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Eu acho que o futebol da suposta liga de 12 clubes é mais falido que a “liga” dos outros trezentos e cacetada.
Se é pra polarizar, quero o europeu, jogando no Maracanã de preferência. Que os Estaduais tenham menos data, assim como o Brasileiro. Pra nao atrapalhar o jogo do Chelsea ou do Real Madrid.
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O que atrapalha esse arrastado e inchado estadual são os grandes clubes e os pequenos. O primeiro grupo é prejudicado pelo conflito de datas entre jogos da FIFA e campeonatos inteiro. No caso do segundo, viram times de aluguel e vitrine de empresários durante quatros meses.
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Nao existem times grandes no brasil. é tudo igual.
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Por isso os campeonatos estaduais são uma porcaria.
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e o nacional entao… nem se fala. atrapalha. podia passar campeonato italiano, ingles(terra do futebol), espanhol, galês, escocês… muito melhor, na quarta a noite.
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Seria melhor parar de ver jogos na tv e assistir a pelada no Marieta, sequer sabe distinguir diferentes níveis técnicos.
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Saulo, mas estes são os ESTADUAIS EUROPEUS.
O campeonato nacional europeu, vulgo Champions League, é em mata-mata.
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Seria um custo muito elevando fazer uma Champions League no sistema de pontos corridos e não teria espaço no calendário. São comparações sem nexo.
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http://youtu.be/KSaX_46s80w?t=53s
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Sabia que eu havia acertado na suposição. Esse gol para você vale mais que título.
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Minha opinião já foi dada aqui. Mas senti uma CONFISSÃO geral.
Só registro que eu também já vi muito jogo no Camp. Português (onde há roubo de verdade, brasileiros são mal acostumados, aqui é sussa demais) que o time menor “fez cera” e o juiz “penalizou” a “cera” com cartões e no final fez-se “justiça”… e como vi! Muitas vezes beneficiando meu FC Porto.
Mas eu estou mais é rindo da situação, como se comportam os lados… mídia social é uma maravilha. Isso é um aquário e eu estou só observando.
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No blog do Gaciba, ele explica a historia toda da mao na bola, bola na mao e aquele monte de bla bla bla pra dizer que o gol do VL valeu, que o Galo cometeu penalti e que o cara da Ponte nao cometeu. Aí vem um rapaz e questiona muito bem e completa: “porque ele não analisou a jogada do Corinthians contra nao sei quem lá”. Veja a resposta:
E o lance do gambá, Gaciba?
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http://sportv.globo.com/platb/blog-do-gaciba/2012/10/16/mao-na-bola-e-bola-na-mao-um-problema-mundial/
Se aquela bola bate na mão do Fred e cai ali para ele chutar para o gol, eu parava o lance sem pestanejar, e duvido que jogador do Fluminense viesse reclamar
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Bom, no direito, pelo que aprendi com conversas de boteque e etc (posso cometer gafe sinistras agora), etendo o seguinte:
Crime doloso – há intenção
Crime culposo – não há intenção, porém existem 3 elementos aí que são: negligência, imperícia ou imprudência
No caso do futebol, entendo que ao pular ou deixar o braço aberto, o jogador está sendo NEGLIGENTE ao não observar que essa conduta pode interferir no jogo a seu favor. Portanto, entendo existir EFETIVAMENTE a falta. E digo que a falta de negligência, poder-se-ia (caralho!) considerar como uma intenção.
Usando esses 3 termos, negligência, imperícia ou imprudência, entendo que se um jogador pode ser negligente pulando com os braços junto ao corpo, não fazê-lo é intencional.
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Quem nunca jogou bola na vida não tem noção mínima de biomecânica. É praticamente impossível um atleta impulsionar suas pernas sem utilizar seus braços. São movimentos sincronizados e ajudam a aumentar a força de propulsão dos membros inferiores.
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O braço de VL foi devido a isso?
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Exatamente. Essa bola pega muita curva e muitas vezes não tem o tempo necessário em desviar a mão ou o braço. Não tem como um atleta se jogar para o lado pelo alto.
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Na verdade, tá sendo imprudente.
Mas é bem isso mermo.
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Meu questionamento, sem resposta até o momento:
André:
17 outubro, 2012 as 11:33
Gaciba, permita-me fazer uma observação:
Acho que devemos considerar que negligência, imperícia ou imprudência poderiam também ocasionar o toque na mão e não somente a simples intenção (ultra-subjetiva). Dessa forma, um jogador que não tem intenção de tocar a bola na mão, ao saltar de braços abertos, o faz por negligência.
Imagine agora o seguinte: se jogadores sabem que, sendo negligentes no ato de pular ou marcar com os braços abertos, poderão interferir no andamento do jogo de forma favorável a si próprio, mas que isso, teoricamente não caracteriza uma INTENÇÂO no conceito exposto por você aqui no blog, o mesmo ato não se torna faltoso?
Veja: ser negligente será vantajoso! Tocar com a mão por imperícia (dificuldade de dominar uma bola, por exemplo) não se enquadra em algo parecido? Ser imprudente também não deve ser considerado?
A negligência – não observância dos cuidados que deveria ter para não interferir no jogo com partes do corpo além das permitidas – não torna-se, portanto, uma intenção?
O que me diz?
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Mais uma que deixei pro Gaciba, que agora fala de um tal “movimento natural do corpo” pra justificar os braços abertos…
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