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EuroCopa

July 2nd, 2006 por | Categorias: Copa 2006, Futebol.

Victor Pimentel – Vai começar a EuroCopa. Alemanha x Itália; Portugal x França.

Mas não dá para falar das semi-finais, sem antes meter o malho no Brasil.

O que foi aquilo? Não escrevi ontem pois estava triste de fato e bebi como uma porca albina com asma. Não estava triste com a derrota do Brasil, e sim com o papel ridículo na Copa.

No post que comento a eliminação da Argentina, está antecipada a causa da eliminação. Se o Brasil resolve jogar de igual para igual com os outros, vira acaso, vira sorte. Ganha quem está no melhor dia. E quando o adversário tem o melhor jogador do mundo (de fato), não fica muito difícil estar no melhor dia.

No futebol não existe “se“. Mas vamos recorrer a ele para continuar metendo o malho no principal responsável por isso. E se o Brasil virasse o jogo por acaso no último minuto e passasse adiante? O que explicaria a substituição do Cafú pelo Cicinho? Parreira acha que o time do Brasil fica muito mais ofensivo com o reserva (pois naquela altura ele tinha de posicionar o time da forma mais ofensiva possível). Se acha, por que manter o ancião lateral? Ele armava a equipe para ganhar na conta do chá? Se convenceu apenas no fim do 5º jogo da Copa de que Cicinho era o melhor para o ataque?

O que Ricardinho foi fazer na Alemanha? Por que diabos o treinador colocava o meia no fim dos jogos ganhos. Presente para ele participar da Copa (assim como foi o papelão da entrada de Rogério Ceni)? Se ele entrou bem nos minutinhos finais dos jogos ganhos, porque não ter coerência e arriscar com ele , ao invés de trocar um lateral-direito por outro?

Falar do Robinho então nem precisa. Essa aí eu não vou comentar. A melhor opção do ataque brasileiro entra em campo na m**** com mais de 30 minutos do 2º tempo.

Mágico mesmo foi a entrada do time da imprensa que foi escalado. Com o Juninho de meia e Ronaldinho “melhor do mundo” no ataque, como a mídia pedia. Pombas (por favor, substituam essa palavra pela preferida de vocês)! A imprensa, torcedor, Ivete Sangalo, quem quer que seja pedir é uma coisa. O cara atender é outra. Se fosse para ter feito isso, que treinasse, ou o fizesse em caso de emergência. O que não dá é querer atender a pedidos com o time que vai entrar nas quartas-de-finais contra a França. Durante o treinamento meia-bomba feito de preparação nunca foi testada essa hipótese. Será que a falta de confiança com o time treinado era tão grande assim para o jogo da França? Bem… essa pergunta retórica tem resposta fácil. Era.

Se era, por que não colocar o time que bateu o Japão? Simples, aquele como dito aqui, era mais um jogo de festa e oba-oba. Ele não confiava nos reservas, e amarelou de colocá-los.

Está no Blog também, uma frase de Parreira, que falava que time que dá show e perde não fica na história. Isso é que me deixou triste. Fica na história sim. Times como esse de 2006 e o de 1990 é que não ficam. Das coisas sem importância, o futebol é a mais importante. E é a única coisa que o brasileiro tem de melhor. É ridículo quem se deixa levar por esse papo de que show é ganhar. Não é porcaria nenhuma. Tem de humilhar os bizonhos como Croácia, Austrália, Japão e Gana, e fazer tremer grandes como a França.

Ele não merecia, mas vai levar um parágrafo. Parece nítido que Parreira montou esse time que jogou contra a França, para ver se Ronaldinho “melhor do mundo” Gaúcho fazia alguma coisa na Copa (pelo menos acertar um passe). O que ele fez na Alemanha, tenho certeza que qualquer peladeiro do Brasil com menos de 110kg (e alguns acima dess peso também) teria feito. Para mim era nítido que o Juninho ou o Ricardinho deveriam ter começado no lugar dele na meio-campo e Robinho no ataque (com Ronaldo Fenômeno ou Adriano). Não que Juninho ou Ricardinho sejam de fato melhor que o Gaúcho, mas esse não estava na Copa. Faltou coerência histórica (ou culhões mesmo) para Parreira, pois em 94 ele sacou Raí (o 10, o organizador) da equipe, pois esse tinha sentido o peso da Copa. Por que não fez o mesmo com o pior jogador do Brasil em todos os jogos da Copa (pior inclusive que os laterais). Não sei porque, mas tenha a imprensão que se o Raí fosse o rei das propagandas em 94 o Brasil não teria ganha aquela Copa…

O próprio Parreira em entrevista ao Globo (que está linkada em um post abaixo) não se referiu ao Gaúcho como um jogador decisivo (ele citou Rivaldo que estranhamente não está na seleção dele). Então por que mantê-lo? Nesse ponto tenho de concordar com o amigo Pablo. Por melhor que seja o Ronaldinho, ele não tem histórico na Seleção (como tem o Ronaldo Fenômeno, como tinha Romário) que justifique sua permanência no time jogando mal.

Mas agora vamos aos classificados em si:

A França cresceu na competição (êita lugar-comum). Cresceu baseado no talento de seu melhor jogador, aliás, melhor jogador do mundo de fato (pois isso é comprovado em Copas do Mundo), Zidane. Curiosamente, a França que é campeã do Mundo umm vez, tem tradição de papelão em Copas. apenas com três gerações fez um papel bonito. Em 2006 tem o melhor jogador de uma dessas gerações. Isso é suficiente para fazer os franceses sorrirem.

Portugal passou do chatíssimo time da Inglaterra, que assim como Ucrânia e Brasil, foram embora assim que encontraram alguém mais bem postado em campo. Dessa vez Portugal não jogou bem, parecia o Paraguai contra a Inglaterra. Tocando a bola na entrada da área, lembrando até um jogo de handeball, com a defesa inglês protegendo o bordo de sua área. Mas ganhou, meio que na sorte, meio no vai que dá.

Coloquei Portugal como favorito nos jogos anteriores. Nesse agora não, embora Portugal volte com seu time inteiro. Só que dessa vez, tem um craque decisivo do outro lado. Se de um lado Felipão deve ser batido, do outro o Zidane precisa ser parado também. Dessa vez eu pela primeira vez vou apostar na França.

Itália x Alemanha é imprevisível para mim. Apenas por palpite eu acho que dá Itália. Mas sem nenhuma certeza. A Lili crava com confiança na Alemanha.

Voltando ao Brasil, vai uma boa do Gaburá (Santa Catarina manda nesse Blog): “Se o cara que inventou a Skol tivesse inventado o técnico da Seleção Brasileira, ele não seria o Parreira, seria o Felipão.”

Ah… antes que eu esqueça, por favor não façam comentários do livro de auto-ajuda do Vanderlei Luxemburgo. Aquele “o medo de perder tira a vontade de vencer” é nojento. Assim como o Luxemburgo que encheu a Seleção Brasileira com cabeças de área quando foi técnico.

Se me pedissem para escolher um técnico para o Brasil eu apontaria o Gus Hiddink ou o Paulo Autuori (o Felipão não aceitaria e o Jair Pereira não seria aceito)

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5 Comentários para “EuroCopa”

  1. Lili barriga verde
    2/07/06 - 16:19

    Parabéns pelo post.Toda raiva depositada em palavras. É horrível ser humilhado, não?

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  2. Gaburá
    2/07/06 - 18:07

    Saudades do Jair Pereira mesmo… saudades do Telê, nem se fala! Sou grato ao Parreira de 94, mas abomino o Parreira versão 2006, estando claro que nem de longe são a mesma pessoa.Digam o que disserem, sou fã do Autuori também, não bastante pelo título brasileiro do meu Fogão, mas pq um cara que diz que "Pra mim perder de um ou perder de quatro dá no mesmo…", e cobra ofensividade das equipes que treina tem toda a minha simpatia. O Peru quase chegou lá com uma equipe pra lá de limitada. Acho que isso ilustra essa história bisonha de "dar show é ganhar". O Gus Hiddink seria delirante demais, apesar de concordar que é o tipo do cara que poderia elevar o futebol brasileiro a um patamar inimaginável.Sei que falar agora não convence ninguém, mas o futebol do Ronaldinho "foquinha-de-circo" Gaúcho* também não me convenceu, então aí vai: toda vez que a seleção entra como franca favorita e tem um jogador numa evidência tão tediosa quanto o R"FC"G (e a imprensa massacra mesmo – o que me interessa as filhas do Juninho visitando a concentração?), dá merda. Foi assim em 98, foi assim em 90, foi assim em 86. A gente tem que lembrar disso da próxima.O que vai ficar registrado pra mim nessa copa é uma imagem, ou melhor, duas: a euforia do Felipão contra a passividade, melhor, a PERPLEXIDADE do Parreira, ambos na beira do campo.E em tempo, pra concluir e fazer a gente pensar: é por isso que eu ODEIO Copa do Mundo. Um monte de cara rico milionário que não tá nem aí pra nada e inclusive RECEBEM MUITO BEM pra estarem lá, tudo na mordomia, tudo pago pela CBF (leia-se nós, pagadores de impostos).É por isso que eu AMO as OLIMPÍADAS. Atletas de verdade, dando o sangue, mesmo quando não tem nem patrocínio, nem dinheiro pra pagar o aluguel da casa onde mora, muitas vezes tem que bancar DO BOLSO as competições. Isso sim me emociona.Inclusive é o único título no futebol que o Brasil não tem.Em tempo2: o Zidane ia se aposentar sem NUNCA ter dado UM PASSE SEQUER pro Henry fazer gol, em toda a carreira. Graças ao BRASIL, ele resolveu este problema.E agora, aguentemos os Argentinos, que a bem da verdade, saíram com MUITO mais dignidade que o Brasil. Aliás, quem saiu com dignidade foram eles.*Ronaldinho "foquinha-de-circo" Gaúcho, autoria de Ivan Padilha, meu digníssimo sogro e conhecedor do bom futebol.

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  3. Gaburá
    2/07/06 - 18:13

    Aliás,"Se o cara que inventou a Skol tivesse inventado o técnico da Seleção Brasileira, ele não seria o Parreira, seria o Felipão", autoria de Alexandre Cabral, amigo PF radicado em Brasília/DF.

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  4. Victor Pimentel
    3/07/06 - 1:25

    Obrigado Lili Barriga Verde. A intenção era essa mesmo. Tanto que nem revisei o texto.

    Gustavo, a CBF é privada (com duplo sentido, por favor). Mas eu duvido que não tenha grana pública naquela bagunça.

    Só que não dá para livrar a cara dos esportes olímpicos também não. É a mesma bagunça (só que rendem menos).

    Vide as confederações de judô, tênis e até mesmo do voleyball…

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  5. Brasil 3×2 EUA
    29/06/09 - 9:37

    […] Copa das Confederações. Fez porque ele é um senhor zagueiro. Incontestável mesmo durante o fracasso de 2006. Alguém no Bayern de Munique não deve bater muito bem para perder o zagueiro de Seleção […]

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