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Erros no Maracanã

December 21st, 2009 por | Categorias: Futebol.

Coloco aqui como registro, partes da coluna Panorama Esportivo, de O Globo (19/12/09), escrita pelo Jorge Luiz Rodrigues. Achei muito interessante, vai ao encontro do que a maioria dos autores aqui do site pensam e ainda traz algumas informações:

…acabo de voltar da África do Sul, onde, em sete dias, visitei cinco estádios novinhos em folha da Copa-2010. Após essa experiência, não temo escrever que não temos no Brasil um só projeto decente de estádio para 2014.

Além de atrasado e de não ter consistência, o novo projeto de reforma do Maracanã encarece o custo (por baixo, R$500 milhões) por causa de uma constatação básica: qualquer remodelação de um estádio com 60 anos de uso precisará recorrer a artifícios para atender às exigências da FIFA. E, sabe-se, artifícios geram custos, encarecem obras e nem sempre atendem os objetivos.

Ninguém reparou, mas há outro fato grave no projeto… O entorno do Maracanã, exceto pelo estacionamento na Quinta da Boa Vista, não tem plano algum. Planos de transporte, de escoamento, de acesso. Também porque, em vez de construir alternativas para o Parque Aquático Júlio de Lamare e o Estádio de atletismo Célio de Barros, prefere-se mantê-los ali, sem chance de transformá-los em pistas e piscinas de primeiro mundo noutro lugar.

Em Durban, Porto Elizabeth, Nelspruit, Polokwane e no Soccer City de Johanesburgo, onde estive, houve estouro de orçamentos, atrasos, custo mais alto, mas fizeram-se novos estádios, modernos, sem vícios e a custo às vezes menor (exceto Soccer City e Durban) do que o apresentado para reformar o Maracanã. Vale a pena reformar ou construir um novo?

Já foram R$200 milhões para o Pan, serão R$500 milhões para 2014, quantos mais para a Rio-2016?

O Brasil ridicularizou a África do Sul. Falou-se que os africanos não conseguiriam fazer o Mundial. Está correto que há graves problemas de transporte e de hospedagem por lá. Mas não de estádios. Mas, por aqui, há dois anos, desde a confirmação do Brasil como sede do Mundial-2014, o que vemos são muitos seminários e blablablá. Muita conversa fiada, sem conteúdo. Muita falação, pouca e quase nenhuma ação.

Nenhum projeto está atrasado. Mas em 1º de março, quando começará o prazo para o início das obras nas 12 cidades, veremos que nada terá começado. Até no Maracanã. Lá no fim, virá a conta. E os R$500 milhões ultrapassarão facilmente o R$1 bilhão. Mais do que o Soccer City e o Moses Mabhida de Durban novinhos em folha.

O Patrimônio Histórico faria um enorme favor se permitisse a demolição do Maracanã, em nome de um estádio mais moderno, capaz de atrair investidores, capazes de explorá-lo. Mas já se perderam dois anos e dois meses. Agora, a corrida é contra o tempo. Certamente o Maracanã-2014 não só terá deixado de ser o maior do mundo como também não será o melhor.

Vai uma implosão aí?

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34 Comentários para “Erros no Maracanã”

  1. Matheus
    21/12/09 - 18:45

    Esse aí da foto é o projeto do Mário Filho?

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    Serginho Valente

    Não, esse aí é o próprio, na abertura do Pan.

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  2. Rodrigo "Gabão"
    21/12/09 - 19:49

    Serginho,

    Desculpe-me, mas acho que você quis dizer que a coluna do Jorge vai AO encontro DO que a maioria dos autores aqui do site pensam. Pela minha impressão, a opinião de muitos no blablagol é exatamente a falta de estrutura não só no Maracanã, mas em todos os estádios brasileiros. Também há o caos nos acessos e nas redondezas deles. Nesse sentido, pelo que entendi, o colunista descreve esses pontos e destaca os problemas para a reforma do Maraca.

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    Serginho Valente

    Valeu Gabão, corrigido lá.

    Responda a este comentário

  3. Victor
    21/12/09 - 20:40

    Vale a transcrição de alguma experiências recentes no Maracanã que fiz em comentário no outro post. Lembrando que qualquer usuário do Maracanã tem histórias do mesmo nível, sobre qualquer aspecto.
    http://www.blablagol.com.br/classicos-em-sao-januario/#comment-45933

    No “excepcional” Maracanã, em Fluminense 4×0 Vitória desse ano, com público mediano, cheguei de carona com um amigo mais ou menos 1:30 antes do jogo começar e entramos civilizadamente na fila do estacionamento da UERJ.
    Andando à passo de tartaruga, levando pouco mais de uma hora chegamos bem próximo da entrada quando esta fechou por que acabaram as vagas. Resolveram avisar naquela hora apesar da fila estar ali por mais de 1 hora.
    Como eu estava calmo, talvez pela presença de Ana Paula e da mãe do meu amigo, entrei numa de perguntar para a fiscal da prefeitura à lá Rafinha Bastos, aquelas perguntas que sabemos a resposta:

    “Bem… se não tem como estacionar aqui, onde eu estaciono, o que a prefeitura sugere?”
    R: “Não venha de carro”

    Bem… lá fomos nós para nosso cenário de Holywood com pouquíssimo tempo para o jogo começar (tanto que eu não vi o gol de Alan).

    De qualquer forma, eu voltaria neste dia com minha irmã, e não com meu amigo. E minha irmã deixara o carro no hospital em que ela trabalha no Rio Comprido, e conforme recomendação da prefeitura, buscamos táxi para ir embora.
    Eu, cAna e Karla seguimos Radial Oeste à cata de um táxi. Assim como outros tantos torcedores (de todo o tipo,inclusive com crianças), não foi muita dificuldade para parar os táxis. A questão era disputar com os demais por uma vaga nos mesmos.
    O que no fim mostrava-se um tanto quanto infrutíferos, porque poucos eram os que ficavam, uma vez que taxímetro não era uma palavra no dicionário pós-Maracanã.
    Para dar ordem de grandeza, cobraram-me R$40,00 do Maracanã até o Rio Comprido. Em bandeira 2 essa corrida deve chegar a 10 pratas.
    Deve, porque a gente simplesmente ficou andando toda vida até quase uma rua perigosa pra cacete, já de noite, e aí não teve jeito de não pegar um táxi para passá-la. Esse custou 8 na bandeirada normal.

    ****
    Zarga pode vir confirmar e ter outra história da final do Brasileirão. Esse não sofreu nem a extorsão, porque simplesmente não conseguiu táxi.

    Assim como eu, meu tio e meu pai em cadeira de rodas na final da Libertadores entre Flu e LDU. A solução foi ficar até as 3 da manhã esperando um táxi de companhia de Niterói vir ao chamarmos por telefone.

    ****
    Quem vai ao Maracanã, tem histórias semelhantes. Mesmo os heavy-users, porque mudam sempre os esquemas, não deixando nem que o caos se organize.
    Ah… isso em jogos de uma torcida só.

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  4. Marcus Oliveira
    21/12/09 - 20:51

    Acredito que o Mineirão tenha a melhor localização dentre os estádios do Brasil, embora a construção apresente os mesmos problemas. Na região metropolitana de BH não existe um terreno com tantas condições favoráveis.

    OBS: Eu sou contra a construção de um estádio novo aqui. Sei lá, já me acostumei do jeito que é; não gostei quando colocaram cadeiras no estádio todo…. Vai entender torcedor…

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    Victor

    não gostei quando colocaram cadeiras no estádio todo

    idem.

    Responda a este comentário

  5. Victor
    21/12/09 - 21:03

    Quero deixar bem claro que eu adoro ir ao Maracanã e do clima de torcer lá.
    Talvez isso até pese à favor das minhas críticas ao estádio, porque na verdade a minha reclamação não é vazia, é de quem quer ir naquele troço direito.

    E digo mais. Não me incomodo com frescuras.

    Se me perguntarem como usuário o que eu quero, direi:

    – Estacionamento decente –> Sem essa historinha de transporte público integrado. Neguinho gosta de ir de carro. Não tem de transformar a vida em um caos para se adaptar ao europeísticamente e ecologicamente correto.
    – Divisão do estádio por Setores –> Acho que local absolutamente numerado é um atraso de civilidade. Se os bárbaros europeus não sabem conviver harmonicamente por setores é problema deles. Nós sabemos. Adoro a possibilidade de ligar para um amigo e perguntar onde ele está dentro do estádio e ver o jogo com ele. Algumas macro-divisões como é hoje e os torcedores que criem seus hábitos. Alguém já parou para pensar que comprando um pacote sócio-torcedor para um ano inteiro corre o risco da cadeira ao lado ter sido comprada por um chato como eu?
    – Acessos decentes dentro do estádio –> eu saio sem problemas lá de dentro e dando passos compatíveis com uma pessoa do meu tamanho e não com uma criança em Another Brick The Wall Part 2 (chupa Gaburah).
    – Cerveja próximo de mim durante o jogo.
    – Banheiro
    – Capacidade para 150.000 pessoas (mas já acho 120.000 razoável) –> A cidade tem 4 times que podem lotar o estádio e demanda para jogos da Seleção. Novamente, não somos europeus que compram pacote sócio-torcedor e frequentamos regularmente o estádio durante o ano. Somos torcedores de ápice e momentos de pico. Pode ser criada uma estrutura que arquibancadas superiores fiquem fechadas em jogos de menor porte durante o ano.

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    Victor

    Ah sim…
    pela grande capacidade do estádio, eu aceitaria prejudicar a visão do campo de jogo.
    Quem já foi ao Engenhão sabe o que estou falando.

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    Rodrigo "Gabão"

    Caro Victor,

    Permita-me discordar de alguns pontos da sua opinião.
    Acho importante haver estacionamento decente, porém o transporte público deve ser melhorado e ter o seu uso estimulado. Não é apenas pelo fato de imitar os europeus ou de aderir às campanhas ecológicas, mas principalmente pela questão de acessibilidade ao estádio. Acho que se o estacionamento e o transporte coletivos fossem perfeitos, este levaria a vantagem de causar menos transtornos à ida ao estádio. Maior quantidade de carros particulares causam muito mais pioras ao trânsito do que transporte público. E no caso do Maraca, o seu em torno é composto de vias que em dias sem jogos já possui um trânsito bem complicado. Quanto às pessoas gostarem de ir de carro, esse hábito pode ser mudado caso haja ônibus, trens, metrôs e outros meios de locomoção seguros, confortáveis e rápidos. Nada disso impede de haver um estacionamento decente. Contudo, imagina se ampliar a capacidade do estádio para 120 mil pessoas. O engarrafamento que existiria seria monstruoso se todos resolverem ir de carro.
    Sobre a capacidade do Mário Filho, não me importaria se fosse de 120 mil, 500 mil ou de 1 milhão de espectadores, desde que houvesse segurança e conforto para os torcedores, o que inclui a existência de cadeiras. Não acho que dê para aumentar a capacidade havendo cadeiras. Isso só poderia acontecer se voltasse ao esquema das gerais de das arquibancadas com todos em pé. Além disso, havendo 120 mil pessoas seria prejudicada a locomoção dentro do estádio. Concordo quando você diz que não tem de ser numerado e é a favor da setorização do estádio, mas acho fundamental as cadeiras para o conforto. Ademais, não acho legal prejudicar a visão de jogo. Em relação aos banheiros concordo contigo. Deve haver em quantidade suficiente e em qualidade também.
    Em relação à venda de cerveja, apesar de doer no meu coração ao pensar isto, tenho de admitir que a proibição é necessária. Mesmo sendo prazeroso para mim e para você, pondero que o consumo de bebida alcoólica é um dos grandes causadores de violência. Assim, para se coibirem as brigas e as confusões dentro e fora dos estádios, é fundamental essa proibição. Mesmo que não seja a única causadora da violência, para diminuir esse problema deve-se inibir a venda de cerveja, além é claro de outras ações, como policiamento ostensivo e de inteligência. Não vou citar nenhum estudo agora, nem procurar nenhum link, mas já soube que há várias pesquisas que relacionam a diminuição do consumo de álcool com a da redução de violência. Além disso, é algo que é perceptível para mim, principalmente quando vejo grandes aglomerações de pessoas.
    Para finalizar, incluiria na lista de como eu quero o Maracanã (e outros estádios também) o extermínio dos flanelinhas e dos cambistas em volta do estádio, além do fim das gangues, que se autodenominam torcidas organizadas.

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    Matheus

    Cara, só uma observação sobre as cervejas:

    1 – A Inglaterra era um dos países com maior problema de violência nos estádios. Acabou. E não cortaram a cerveja.

    2 – Se o corte da cerveja adiantasse, eu até apoiava. Mas não adianta. Uma das maiores brigas que já vi em um estádio aconteceu dia 4 de dezembro em Curitiba. E não tinha cerveja.

    3 – O que acontece hoje é que vende-se a cerveja a 100 metros do estádio, o cara chega mais bêbado e arruma mais briga fora do estádio. Antes e depois. Vide o quebra-quebra na comemoração do título do Flamengo e os constantes problemas que eu enfrento (e sei que não é exclusividade minha) quando vou ao Mineirão.

    ****

    O problema de organizadas é um só. Impunidade. Todo jogo contra o Vasco, Palmeiras, Coritiba, eu sei que tem confusão. Se eu, que não trabalho com isso, sei, imagina os órgãos de segurança pública. Alguém faz algo?

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    Rodrigo "Gabão"

    Como eu disse, Matheus, não é só a proibição da cerva que vai acabar com a violência. São necessárias outras medidas, mesmo porque há outras causas das brigas. Se na Inglaterra mitigou-se as brigas sem coibir o álcool, ótimo pra eles. Todavia, não acho que no Brasil isso poderia ser alcançado. Não sei como é nos outros países, mas aqui o alcoolismo é um problema grave que causa muitos danos, lesões e traumas psicológicos, e no fim das contas quem paga é a sociedade. Não dá pra negar que a violência, as confusões e os acidentes de trânsito aumentam com o consumo de bebida alcoólica. Qualquer um que trabalha em emergência de hospital sabe disso.

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    Victor

    Acho que Matheus estruturou melhor o pensamento sobre a questão da cerveja que eu.

    A ligação bebida alcólica/acidentes de trânsito parecem intuitivas, mas ainda assim eu não perguntaria para quem trabalha em emergência de hospital.

    Só como exercício de raciocínio, pois não quero provar nada, a Lei Seca pode trazer dois efeitos (e traz):
    1) Diminui o número de motoristas alcoolizados na rua, mas também
    2) Diminui o número de carros na rua.

    Também é correto afirmar que confusões e acidentes de trânsito aumentam com o número de carros e motorista na pista. Alguém nega?

    Eu sou MUITO CHATO, porque muitas vezes defendo a mesma coisa que todo mundo, mas não me contento com os argumentos e meios equivocados, porque acho que não trazem consistência.

    Eu, intuitivamente, acho que a Lei Seca poderia trazer mais tranquilidade ao trânsito, realmente acho. Mas da forma como foi implementada, eu tenho de calar minha boca porque é um grande de um bico.

    Por mim, a coisa seria feita da seguinte forma: cometeu uma infração, segue-se a punição prevista nos códigos legais que existem.
    Está com alguma coisa fora do normal, agrava-se a punição.
    O que seria algo fora do normal:
    – não estar habilitado para dirigir
    – não estar no melhor das condições físicas e mentais (isto é, alcoolizado, dorgado, com privação de sono, etcetera)
    – carro em mal estado de conservação
    – carro com impostos atrasados

    Cada um é responsável pelo que faz, e pague pelas consequências do que faz.

    Queria ver um balão escrito “Operação Cacareco” apreendendo todos os carros irregulares. Essa eu pagava para ver.

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    João Deiró

    Onde assino, Victor?

    A questão é que a bebida, assim como o cigarro, as drogas e o sexo, são os culpados comuns de tudo que há de ruim neste país. É mais fácil para a autoridade culpar o álcool ao invés da imprudência, da ignorância e da malandragem.

    Partindo do mesmo raciocínio, porque não pensar que a proibição de carros zeraria o número de acidentes?

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    Matheus

    Deixa o sexo fora disso.

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    Victor

    Garbôncio,
    eu citei um mínimo que para mim estaria bom.

    A questão do transporte, eu adoraria que todo houvessem opções de transporte coletivo de toda a gama de preços e que fossem dentro da medida do possível eficientes e confortáveis e minimamente dignos (coisa que não são).
    Estando nós em um País com esse background, eu poderia dizer que o ideal é estimular o uso consciente desse tipo de transporte, apelar para a civilidade das pessoas e coisa e tal.
    Mas não estamos nesse País, essencialmente nessa cidade.

    Já que, temos um estádio gigante, e as pessoas efetivamente vão de carro, que se conviva com isso. Tem alguma outra forma sem prever estacionamentos? Não tem.
    Mas longe de mim afastar qualquer tentativa de implementação de transportes coletivos. Muito longe mesmo. Mas como projetista que sou, tenho de atentar para as utilizações contando com os vícios de usuário.
    Entenda que minhas propostas CAGAM para a Copa do Mundo. Nessa, eu tenho convicção que tudo vai funcionar à mil maravilhas, como sempre acontece nos eventos por aqui. Minhas propostas é para o nosso uso regular, onde não terão certamente esquemas especiais de trânsito, estacionamento, etcetera.

    Não haverá flanelinhas na Copa e haverá cerveja. Pode anotar aí.

    ****
    Quanto ao caso da cerveja, eu me comprometo a voltar a essa discussão mais tarde contigo de forma mais bem elaborada.
    Eu não sou contra que a cerveja seja banida do estádio ou coisa e tal. Para ser sincero, é um problema meu se ela fosse bainda da forma correta, e não foi.
    Sou contra de como foi feito, por mero populismo político.
    Serei bem sucinto, porque já discutimos aqui (mas como disse, comprometo-me a voltar a ele):

    Há algum tempo, a cerveja fora proibido em alguns estados do País, como Bahia e São Paulo, enquanto no Rio de Janeiro não era. Determinações estaduais.

    Quando a CBF resolveu proibir a cerveja nas suas competições, eu não vi em lugar algum um estudo, por exemplo, que demonstrasse algumas coisas:
    – diminuição contundente da violência nos estados em que se foi proibido (quantificando-se mesmo)
    – diminuição da taxa, comparando-se com a diminuição nos Estados onde não fora proibido
    – levantamento das prisões efetuadas (hahahahaha) onde os meliantes em questão estariam bêbados

    Depois, a cerveja fora proibida em jogos da CBF, mas continuava em jogos da CONMEBOL, não houve comparação entre registros de confusão (na Libertadores do Fluminense, eu vi todos os jogos bebendo cerveja comprada no bar do Maraca)

    A decisão foi política e não técnica.
    Tanto que a volta da cerveja (ACONTECERÁ) será por questão econômica (dá uma olhada em um dos principais patrocinadores da FIFA quem é).

    No campo das impressões, as piores confusões dos últimos tempos, Do Couto Pereira e da Fonte Nova não se deram por conta de cerveja.

    Os grandes focos de confusão nos estádios sempre vieram do mesmo lugar: Torcidas Organizadas. Proibir a cerveja é tapar o Sol com a Peneira.
    As mortes, violências comumente acontecem fora do estádio, antes e depois do jogo. São marcadas até via orkut.

    Atacar a cerveja, é apenas se valer de um instrumento moralista midiático.

    Não ter cerveja pode fazer com que alguém não fique chato pra caralho dentro do estádio. Que três caras deixem de brigar ou coisas assim. Bobagens residuais.

    Não sei como é, mas creio que na Europa a cerveja deva ser permitida no estádio.

    Para reforçar:
    Se houvesse mesmo, para o caso do futebol um confrontação de dados (e há Universo de amostras para isso) e mostrasse-se REALMENTE um inibidor de violência, eu não acharia nenhum absurdo. Mas é feito na orelhada, logo, como posso defender essa supreção de direitos individuais.

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    Rodrigo "Gabão"

    Certo, então vamos cobrar das autoridades que esses estudos sejam feitos para o caso do futebol, e que a proibição ou não seja decidida tecnicamente.

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    Matheus

    Perfeito.

    Pra mim, a proibição da cerveja, do modo que aconteceu, só não seria pior do que a (BRILHANTE) ideia de cadastrar todos os “usuários” do estádio. Afinal, câmeras de vídeo não ajudam a identificar ninguém.

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    Victor

    O bom de já ter escrito, que um simples link cumpre minha promessa de voltar ao assunto:
    http://www.blablagol.com.br/bye-bye-cerveja/

    Complemento com o cínico artigo escrito pouco menos de um ano depois que podemos juntar com o Couto Pereira:
    http://www.blablagol.com.br/domingo-de-classicos/

    Intuitivamente, como observador crítico que sou, posso dizer que proibir a cerveja não melhorou rigorosamente em nada.

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    Serginho Valente

    É bastante claro que a cerveja tem muito pouco influência na violência dos estádios. É muito claro, que a violência RELEVANTE acontece por causa das gangues, que normalmente estão alteradas por vários fatores além do álcool.

    A “Torcida X” brigou? Não pegaram os culpados? Prendam toda a diretoria, não são os responsáveis pela “instituição”?

    Proibir cerveja faz, por exemplo, algumas pessoas entrarem com cachaça escondida no estádio.

    Repito o que sempre digo nessas discussões, fez merda, tem que ser punido, não fez, não tem que ser.

    Bebeu, foi parado sem condições de dirigir, cadeia. Bebeu, foi parado e apresenta totais condições de dirigir, vida que segue.

    Bateu, com o carro, estava alcoolizado? Mais tempo de cadeia. E assim por diante.

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    João Deiró

    E mais: proíbem a cerveja, mas neguinho e branquinho ainda entram no estádio com maconha e outros alucinógenos.

    E até mesmo com cerveja, a exemplo do Victor incorri em contravenção no Fla x Goiás…

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    Matheus

    “Neguinho e branquinho” é o cúmulo do politicamente correto, hein?

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    Bender

    hehe… entendo o João. Nos tempos de hoje com tanto mimimi é melhor se resguardar mesmo.

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  6. Serginho Valente
    22/12/09 - 8:44

    Eu acho o Maracanã um lixo.

    Ficamos chafurdando na sujeira, no mijo, somos tratados como gado, e boa parte dos presentes age mesmo como se fossem animais.

    Uma cidade como Rio, num país apaixonado por futebol, teria que ter como monumento o melhor e o maior estádio do mundo, não esse “Frankstein” porcaria.

    Em tempo, as sociais de São Januário são boas, mas a arquibancada também é uma porcaria.

    Torcida saindo do Maraca:
    Torcida saindo do Maraca

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  7. saulo
    22/12/09 - 13:33

    O problema do acesso do Maracanã não será solucionado com a ampliação do estacionamento e a demolição do Célio de Barros e o Júlio Delamare. Apenas a empresa que assumir o estacionamento será beneficiada. Com a nova estação da linha do metrô de São Cristóvão até a Pavuna, este problema será parcialmente sanado. Com tantos carros na rua, o limite do trânsito dos carros saturou. Apenas essa linha poderia ser estendida ao Centro do Rio.

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  8. Bender
    22/12/09 - 16:02

    pqp… mais R$ 500 milhões para mais uma reforma no Maracanã…

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    saulo

    R$ 500 milhões são os valores contabilizados com superfaturamentos.

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    Bender

    R$ 500 milhões é o orçamento.
    Com os superfaturamentos, caixa-2, “dinheiro não contabilizado”, propinas… chame do que quiser, o custo vai para a bagatela de R$ 1 bi.

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  9. Victor
    11/01/10 - 11:44

    Agora sim
    Ingressos serão vendidos por setores no Maracanã!

    ****
    Comemoro agora, mas sei que ficarei triste mais à frente, porque me parece inevitável que lugares numerados sejam adotados. É o preço a se pagar pela falta de civilidade (só não sei dizer se adiantará pagar qualquer coisa por isso).

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    Victor

    Ah sim…
    Particularmente fico bastante satisfeito com essa implantação também, por meu time ter a menor torcida dos grandes cariocas, o que proporcionalmente me trará mais conforto na hora de comprar ingressos em clássicos (a não ser que seguros do direito de compra balizado pela “reserva de mercado” aumente-se muito a demanda. Aí dá no mesmo, se não foi pior).

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  10. Paulo Pimentel
    7/09/11 - 9:24

    Um dos melhores textos que já li sobre o contraponto entre o que é e o que não é saudável para o ser humano.
    http://blogdojuca.uol.com.br/2011/09/tin-tin-doutor/

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