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Ele disse sim

December 25th, 2009 por | Categorias: Fórmula-1.

As últimas notícias da Fórmula 1 me forçaram a sair do exílio do Blablagol, apesar de ter sido praticamente rebaixado a aspirante de estagiário. E como todos já viram como terminou 2009, vamos direto ao que está acontecendo de mais quente em relação ao campeonato de 2010.

Ill be back

"I'll be back"

Depois de ensaiar uma volta pela Ferrari em substituição ao acidentado Felipe Massa, eis que Michael Schumacher confirmou as especulações e fechou um acordo com a Mercedes – a nova dona da Brawn GP – para correr pelos próximos três anos. Ou seja: a parceria Brawn-Schumacher, que já havia arrebatado sete títulos mundiais (os dois da Benetton e mais cinco pela Ferrari) voltou e agora sob a luz da estrela alemã de três pontas. A despeito da opinião dos funcionários da Mercedes, que ficaram pasmos diante do salário do queixudo no mesmo momento em que seus empregos estão sob risco. Mas o capitalismo é isso aí mesmo, e Schumacher chega para completar a dupla que já tinha outro alemão confirmado: Nico Rosberg.

A dança das cadeiras da Fórmula 1 está animada, e ainda há vagas. Rubens Barrichello, renascido das cinzas após ser dado como aposentado ao fim de 2008, já garantiu seu lugar na Williams dividindo os boxes com Nico Hülkenberg, estreante e campeão da GP2. Aqui cabe uma historinha: após o piti “barriqueliano” em Barcelona, quando o brasileiro destilou sua insatisfação com a equipe por “jogar sua vitória certa no lixo”, o velho Frank declarou que em sua equipe, uma manifestação daquelas seria motivo de demissão. Corridas depois, Sam Michael declarou que buscava uma dupla de “juventude e experiência” para 2010. Antes mesmo do fim do campeonato, jovem e experiente já estavam contratados. Quem desdenha quer comprar, não é, Frank?? Mesmo que o ano de 2009 não tenha sido bom para a equipe – que não vence uma corrida desde 2004 com Juan Pablo Montoya – e o motor Cosworth seja uma incógnita, o regulamento do próximo ano guarda espaço para surpresas na concepção dos carros, como o fim do reabastecimento. A Williams sabe vencer e nunca poderá ser desprezada como uma das grandes potências da F1. E mesmo que não dispute nada mais significativo, se aposentar pela Williams é no mínimo, sair pela porta da frente. Apesar de ver o seu maior algoz voltar a correr, com moral e um contrato maior que o seu próprio…

Acabou de chegar. Nada de sentar na janela., diz Hamilton para Button

"Acabou de chegar. Nada de sentar na janela.", diz Hamilton para Button

Outro que se pirulitou da Brawn foi o campeão Jenson Button. Melhor para ele, inglês, encarar em uma equipe inglesa um príncipe que não se chama William, tampouco Henry, mas atende pelo nome de Lewis e que tem apenas um título, do que estar em uma equipe alemã e encarar um heptacampeão. Então, o número 1 estará na McLaren (ainda com motores Mercedes… ahn, sei…) e fica assim: ingleses para cá, alemães para lá.

Outra mudança inesperada daquelas que já sabíamos há muito tempo foi a chegada de Fernando Alonso a Maranello. O espanhol será companheiro de Felipe Massa, queridinho dos italianos e deixou Kimi Räikkönen, com seu distintivo de campeão e tudo, sobrando. Sem um lugar interessante para correr, o finlandês já acertou com a Citroën e vai se divertir no mundial de rali, e ainda vai levar uma bolada pela recisão. Não sem catucadas da Ferrari, de onde vieram comentários ácidos sobre seus problemas de relacionamento com o time. Deus sabe se um dia ele volta.

Bob Kub

Bob Kub

2010 confirma a profecia de Maxxx Mosley com a debandada em massa das grandes montadoras. BMW e Toyota seguiram o caminho da Honda, e assim, abriram espaço para a entrada de novas – algumas certamente obscuras – equipes na categoria. A Renault não foi ainda, mas vendeu boa parte da equipe para um daqueles bizarros “fundos de investimento” e prepara sua partida, quem sabe para 2011. O desinteresse é tanto que não se dão nem ao trabalho de contratar um parceiro para Robert Kubica, que saiu de uma canoa furada (BMW) e caiu em um bote furado. Fortes dores de cabeça para o quasímodo da F1…

Sobre as equipes novatas: a Manor virou Virgin, com o investimento do magnata playboy Richard Branson, e promoverá a estreia de Lucas di Grassi na F1 como companheiro de Timo Glock. Segundo a declaração do representante da marca de xampu contra caspas que é a patrocinadora do brasileiro – e também de Cristiano Ronaldo -,  ele é “autoconfiante, bonito e tem bom cabelo”, além de transmitir o “poder de sedução” que a marca deseja. Putz, agora se escolhe piloto pelo cabelo. Definitivamente, a Fórmula 1 está próxima do fim.

Não deveria se chamar Lotus

Não deveria se chamar Lotus

A Campos sofre com desconfianças sobre a seriedade do seu projeto. De certo, apenas a contratação de Bruno Senna, que se não fez nada consistente a ponto de colocá-lo no cream-of-the-crop do automobilismo, pelo menos vem com um caminhão de patrocinadores por conta do sobrenome. A USF1, até agora, não tem nem ao menos um pilotinho para contar a história. E para piorar a situação, depois da tentativa frustrada e fanfarrônica de ressuscitar equipes clássicas como Lola, March e Brabham, entre as debutantes estará a Lotus. Não aquela que conhecemos, mas a nova, genérica, paraguaia (ops… desculpe… malaia) sem pedigree ou o DNA de Colin Chapman.Tem apenas o nome e “o dinheiro dos investidores” sem cara e sem qualquer relação com o automobilismo. Se será apenas uma aventura, uma lavagem básica de dinheiro ou se a coisa vai se firmar mesmo, só o tempo vai dizer. O time dividirá suas atenções entre Jarno Trulli e Heikki Kovalainen.

Voltas rápidas:

– A Red Bull mantém a dupla de pilotos, e como foi vice nos dois campeonatos, deve continuar  fazendo barulho. Toro Rosso e Force India, ao que tudo indica, também devem permanecer o terminaram 2009.

– Na fila do seguro-desemprego, Nelsinho Piquet tem a companhia agradável de Nick Heidfeld, que poderia ter sido o segundo nome da Mercedes, mas com a confirmação de Schumacher, ficou de fora. Kimi, pelo menos já arrumou o que fazer. Giancarlo Fisichella parece ter desistido de se aposentar e ainda tenta vaga na nova-velha Sauber.

– Aliás, o bravo e sisudo Peter Sauber vai tentar salvar o nome da sua equipe com o que sobrou após a BMW pular fora. Certo é que ele, conseguindo reerguer seu time, dará emprego à revelação nipônica Kamui Kobayashi.

– Espera-se um grid com 26 carros, mas se largarem 22 no Bahrein dia 14 de março, já estará de bom tamanho.

– A pontuação a partir de 2010 será 25-20-15-10-8-6-5-4-3-2-1. Proporcionalmente, o valor da vitória em relação ao segundo lugar continua parecida com a desse ano, quando a pontuação concedida era 10-8-6-5-blablabla. Muda, mas não muda.

Fica aqui uma singela homenagem aos feios, esquisitos, crespos, narigudos e outras criaturas que venceram corridas, títulos e ainda pegaram muita mulher na F1. Kubica, estamos com você!!!

Kubica, o muso às avessas

Kubica, o muso às avessas

Esse pegou até princesa

Esse pegou até princesa

Quatro títulos mundiais. Quatro.

Quatro títulos mundiais. Quatro.

Ícone

Ícone

Outra fera de dar dó

Outra fera de dar dó

JP Beltoise, ganhou uma corrida só, mas a nareba vale a menção

JP Beltoise, ganhou uma corrida só, mas a nareba vale a menção

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38 Comentários para “Ele disse sim”

  1. Victor
    25/12/09 - 20:56

    Três elementos que retornam à F1 me farão ver com mais entusiasmo a temporada de 2010:

    – Schumacher
    – Fim do reabastecimento
    – Robinson

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    alface

    Por que o fim do reabastecimento é bom? Não acha que as corridas ganham menos alternativas?

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    Victor

    Ultimamente, algo que me aborrecia na F1 era que parecia uma antiga Indy.
    Tinha de ter pós-graduação em física quântica na NASA para poder descobrir em que posição estava um carrinho.
    Era um tal de sair de tanque vazio e outro de tanque cheio que era o Ó.

    Estudo engenharia todos os dias. Na hora da corrida eu queria ver corrida.

    ****
    Por curiosidade: O início da era Schumacher/Ross Brawn começou com o reabastecimento. Lá no começo, percebe-se que eles foram quem primeiro se adaptaram a esse regulamento, talvez por não trazer hábitos antigos como Senna/Patrick Head.
    Schumacher/Brawn eram os que melhor usavam as estratégias de paradas, levando vantagem sempre nesse quesito sobre Senna/Patrick Head.

    Esse caminho de sucesso virou regra na F1 e cada qual tratou de buscar otimizar de acordo com as possibilidade do seu carro. Não mudou muita coisa dos melhores carros vencerem com se esperava, e trouxe a regra de posições serem decididas nos boxes e com voltas rápidas sem adversários na pista.

    O reabastecimento incluvie, diminui o risco de perda de tempo nos boxes, isto é, perda de tempo comparativa, uma vez que perdia-se o tempo necessário para o reabastecimento, enquanto os pneus eram trocados mais rápidos. Não tinhamos como dizer que um carro que fez um pit de 14s fora mais rápido que um que fez em 11s, pelas diferentes quantidade de combustível. Ambos ficaram o tempo necessário.
    Sem o reabastecimento, o caminho crítico volta a ser a troca de pneus. Logo, 5,6s é mais rápido que 8,1s. Os mecânicos voltam a entrar na corrida, e a sentirem pressão do tempo.

    Não sei se ainda existirá a regra da obrigatoriedade de uso de diferentes pneus, o que impossibilitaria de um maluco fazer a corrida inteira sem fazer o pit-stop, como algumas vezes fez Senna com a Lotus alcançando vitória. Isso sim trazia alternativas inesperadas.

    ****
    De qualquer forma, isso é meramente uma opinião. Pode em 2010 com tecnologia totalmente diferente, que o não-reabastecimento dê em nada. A conferir.

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    Robinson

    Peraê…

    Patrick Head é sócio e parceiro de Frank Williams há décadas e só trabalhou com Senna por alguns meses… quem dava as cartas naquela McLaren eram o próprio Ron Dennis e o gente boa Jo Ramirez.

    A regra da utilização obrigatória dos dois tipos de pneus continua de pé, se não me engano. ou seja, pitstop vai ter, de qualquer jeito.

    A alegação para o fim do reabastecimento é a complexidade que isso trazia para a corrida, uma vez que o espectador tinha que olhar na internet após a classificação com quanta gasolina um piloto iria largar para saber as reais chances dele na corrida. Quem não tinha esse cuidado, muitas vezes incorria na injustiça do tipo “esse cara largou na pole e fez essa corridinha de merda???”, mas podia acontecer.

    O bom é que isso vai dar dor de cabeça nos projetistas (que devem se virar para arrumar espaço para um tanque de combustível que chegue ao final da prova) e dos engenheiros de motores (obviamente, para fazer um motor com menor consumo, mantendo assim o carro ligeiramente mais leve que os adversários e poder melhor administras os lastros, por consequência, a distribuição de peso, por consequência, o centro de gravidade do carro). Essas reviravoltas na engenharia pode trazer surpresas, como uma nanica acertar a mão do carro e uma grande, errar.

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    Robinson

    Ah, sim, agora entendi o que você quis dizer…

    =)

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    Victor

    Referi-me pontualmente a 94
    :-)

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    Robinson

    Exatamente aqueles meses…

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  2. Victor
    25/12/09 - 20:59

    Há quem tenha se preocupado com a Crise. Bem… acho que como espectador é algo que não me interessa muito.
    Mas eu vejo como efeito benéfico a saída das montadoras de lá. Talvez diminua um pouco a cara de negócios que a F1 passou a ter.
    Que venham os lavadores de dinheiro. Esses não devem prezar muito pela eficiência mesmo.

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    Robinson

    Acho que a crise foi apenas um pretexto para a saída das grandes montadoras.

    O problema é que se elas estão saindo, estão entrando em cena esses “fundos de investimento” com dinheiro sabe lá de quem, sabe lá vindo de onde, sabe lá do quê.

    Isso pode ser ainda mais volátil do que as as decisões dos cabeções das montadoras, para quem a F1 nada mais é do que uma diversificação dos investimentos da fábrica. Para ambos, se a F1 não der o resultado (retorno, para ser mais preciso) que eles querem, solta um press release avisando que já pediu a conta. Mas vamos esperar para ver.

    O efeito Schumacher já aumentou bizarramente a venda antecipada dos ingressos para o GP da Alemanha. Não será diferente nos outros.

    Outras coisas bem legais da temporada 2010 serão: Alonso finalmente de volta a uma equipe em condições de vencer (considerando que Ferrari não vai cometer a mesma burrada desse ano; a batalha interna das equipes, que terão duplas muito fortes, na minha opinião, principalmente Ferrari, McLaren e Red Bull. Na Mercedes, o Schumacher deve devorar o Rosberg com ele faz de hábito.

    =)

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    Victor

    de hábito e de contrato.
    Ele embarcou nessa porque contará com seu eterno valet de chambre.
    Mais um bom motivo para estar ligado na F1 2010.

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  3. sergingo
    25/12/09 - 23:06

    Para variar, mais um excelente post sobre F1 by Mr. Robinson! Parabéns!
    Adorei as fotos dos “Dinos” da F1.
    A temporada 2010 realmente promete.

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    Robinson

    Pô, dinos literalmente… cada bicho feio que só sendo piloto de F1 para pegar alguém…

    =)

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  4. Serginho Valente
    26/12/09 - 7:12

    Sem dúvida boas novas, os retornos de Robinson e do alemão. Espero que ele, Alonso, Hamilton e Kubica façam um grande mundial.

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  5. Gaburah
    26/12/09 - 7:42

    Eu nunca escondi que sou integrante da parcela que acredita que a hegemonia do Schumacher e seus sete títulos foram fruto na verdade de um longo e tenebroso período de entressafra de talentos na F1.

    Se ele é bom mesmo, esse é o ano pra me provar alguma coisa. E nem me venham com esse papo de tá voltando, tá velho, não tem mais nada pra provar e mimimi. Se o cara tem o instinto da vitória como todo mundo tanto diz, ele não pode entrar nessa à toa.

    Não sabe brincar, não brinca.

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    Robinson

    A história nos conta que outro gênio, Niki Lauda, parou bicampeão no ano de 1979, ficou dois anos envolvido na criação de sua empresa aérea até que Ron Dennis o chamou para ser parceiro de John Watson na McLaren, em 1982. Venceu a terceira corrida após sua volta e em 1984 se tornou tricampeão.

    Com esses malucos não se pode brincar… não acredito que ele esteja voltando só pelo prazer. Ele está voltando porque quer ganhar mais.

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    Sergingo

    Convém salientar que Niki Lauda poderia ter sido tetra, ele tinha 3 pontos de vantagem no campeonato de 76 (se não me engano), mas renunciou correr no Japão sob uma chuva torrencial, em nome da segurança.
    Ele disse a seguinte frase que enfureceu os ferraristas: “Sou pago para correr, não para me jogar pela janela.”

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    Robinson

    Exatamente…

    Lauda liderava o campeonato e nada o impediria de chegar ao bicampeonato, até que veio o inferno de Nurburgring. No GP da Alemanha, sua Ferrari bateu violentamente no guard-rail e voltou à pista destruída e em chamas. Como desgraça pouca é bobagem, ele ainda foi acertado por um carro que não conseguiu desviar.

    Ele morreu e ressuscitou, praticamente. Ficou duas corridas de fora e voltou para tentar manter a diferença para James Hunt, como dizem “com sangue ainda escorrendo de suas ataduras”. Até chegar a prova do Japão, em Fuji, debaixo do dilúvio, ele se recusou a correr, perdendo o campeonato por um ponto para Hunt.

    Ele ficou tão puto com a reação dos ferraristas à sua desistência que em 77 ele foi campeão e picou a mula para a Brabham.

    Grande cara, esse Niki Lauda.

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    Victor

    Lembrando de 84, vale puxar na memória como Lauda conseguiu a diferença de 0,5 ponto sobre Prost.

    In 1984, Ickx acted as Formula One race director in Monaco, and red-flagged the race because of rain, when leader Alain Prost in a Porsche-powered McLaren was about to be caught by a young Ayrton Senna. Also, Stefan Bellof had started from the back of the grid, as his underpowered Tyrrell-Cosworth could not provide extra boost in qualifying like the turbos of all others. Yet, in the wet race, he managed to pass many others and was on pace for catching both Senna and Prost when Ickx decided to stop the race. That saved the win for Prost, but owing to the short distance covered overall, only half the points for the win were awarded (4.5), less than for a second place in a full race (6). Prost subsequently lost the 1984 championship to Lauda by half a point.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Jacky_Ickx

    Prost, que aliás, é mais um exemplo de alguém que retornou para ser Campeão Mundial.

    Responda a este comentário

    Robinson

    Ele viu que não teria chances contra a Williams e velho Frank não parecia disposto a demitir seus pilotos naquele ano (Mansell, que foi campeão e Riccardo Patrese). Prost tirou férias de um ano e voltou em 1993 para conseguir seu quarto título.

    Nesse meio tempo, um certo Senna da Silva se oferecera para correr “nem que fosse de graça” para a Williams. Então, pode ser que Mansell tenha saído para correr na Indy por causa da chegada inevitável de Prost, que por sua vez, pode ter se aposentado definitivamente após o tetracampeonato para não ter que dividir novamente os boxes com Senna.

    O brasileiro obviamente não foi para a Williams de graça.

    E essa história todo mundo já sabe como acaba.

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    Robinson

    Esse GP de Mônaco entrou para os anais da história como o surgimento do gênio Ayrton Senna. E que Yckx teria favorecido Prost ao encerrar a corrida.

    Só esquecem de falar duas coisinhas:

    – o próprio Senna reconheceu após a corrida que as condições eram extremamente desfavoráveis à prática do automobilismo (mas vale para criar o mito do brasileiro injustiçado…);

    – o alemão Stefan Bellof vinha babando para passar OS DOIS. E despontava como a revelação alemã que há muito se esperava. Só que o coitado morreu pouco depois, em um acidente no mundial de protótipos, na Eau Rouge, SPA, Bélgica. Adivinha quem esteve envolvido na batida fatal??? Um experiente ex-piloto de F1, da casa, que atende pelo nome de Jackie Ickx.

    Triste coincidência. O cara não apenas privou o mundo de ver o ápice da existência do cidadão, como não satisfeito, foi lá e o matou de uma vez… (óbvio que é brincadeira, antes que me interpretem mal…)

    Detalhe: a Tyrrel de Bellof corria com um motorzinho Cosworth safado e aspirado. Senna, de Toleman, tinha um Hart não menos safado, mas turbo.

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  6. Marcus Oliveira
    28/12/09 - 9:29

    Guardadas as devidas proporções econômicas temos no ciclismo um caso atual de atleta que volta para ativa depois de encerrar a carreira. Lance Armstrong, após vencer 7 vezes seguidas o tour de france (algo talvez proporcional à Liga dos Campeões) o camarada se aposentou na crista da onda. Resolveu voltar no fim do ano passado e fez bonito, sendo competitivo em todas as provas que disputou. Os motivos que o fizeram voltar devem ser parecidos com o do Schumacher, agora, para os organizadores dos eventos, Lance é um verdadeiro rei Midas. Imagina o retorno econômico proporcionado pelo retorno destes mitos??

    No caso Armstrong o retorno deu tão certo que em 2010 fizeram um equipe pra ele e o Epoman vai brigar por títulos.

    Tomara que aconteça o mesmo com o alemão. O risco de arranhar a história é grande.

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    Matheus

    Cara, nem acho que existe o risco.

    O cara tá cercado de bons concorrentes como a muito tempo não se via.

    Já abocanhou 7 títulos e tudo mais. Só vai fazer feio se fizer umas merdas muito grandes. Ele pode não ser o heptacampeão novamente. Mas sua história não vai ser arranhada se ele não for.

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    Marcus Oliveira

    Pode ser, mas se o desempenho for pífio, tenho certeza que muita gente vai recomeçar com velhas questões:

    – A Ferrari andava sozinha, nem precisava de piloto.
    – Ele não teve concorrentes, agora que a safra é melhor nem passou perto, etc…

    E querendo ou não, isso influi e pode tornar melancólico a próxima aposentadoria.

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    Gaburah

    – A Ferrari andava sozinha, nem precisava de piloto.
    – Ele não teve concorrentes, agora que a safra é melhor nem passou perto

    Eu não vou reacender essas questões porque pra mim elas nunca saíram de foco. Schumacher se beneficiou de uma fase de vacas magras e isso é FATO. Nos momentos em que passou algum perrengue, apelou para a trapaça, e isso também é FATO.

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    Victor

    O risco de arranhar a história é grande.

    O risco é zero.

    Isso é outro falácia antiga, de jornalista de 80 anos de profissão que comenta jogo pelo telefone em casa e solta a pérola:
    “seria bom para ele mesmo que fulano de tal saísse no auge”.

    Há vários exemplos de atletas que não fizeram isso, e são lembrados só pelos momentos melhores. Na hora da competição, até pode haver o massacre. Mas quanto ao fato que depõe contra a história, é mentira.

    Alguns exemplos:
    – Romário e o Gol 1000. Na época foi febre e uma beleza para os “deveria encerrar a carreira enquanto é tempo“. Ninguém lembra hoje desse período
    – Bebeto penou no fim da carreira. Lembram do auge
    – Maradona foi pego de tudo quanto é forma com o nariz no pó e dopado na Copa. É mito pelo auge
    – Michael Jordan voltou e nada fez. Alguém lembra?
    – Piquet foi ganhar grana na Lotus e encerrar a carreira na Benneton. Eu lembro porque só vi o tricampeonato e torcia muito por ele, mas quem acompanhou a carreira toda dele deve passar em branco
    – Nunes, menos cotado que os demais acima, rodou em tudo quanto é timeco e é lembrado pelos tempos de Flamengo.
    – Sorin não será lembrado por 2009 no Cruzeiro.

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    Matheus

    “- Sorin não será lembrado por 2009 no Cruzeiro.”

    Ah se ele tivesse voado no joelho de Verón na Libertadores.

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    Bender

    Esse risco é nulo mesmo.
    Schumacher já perdeu para pilotos com carros melhores e para o Alonso. Schumacher já fez merda pilotando, acidentalmente ou propositalmente. Não importa, o cara é foda.

    ****

    Em tempo, Jordan quando voltou foi para jogar baseball, não?

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    Robinson

    Não acho que ele corre risco não. Acho que risco estão correndo os outros.

    Ele pode até ter voltado pelo “prazer de guiar”, mas pra mim, ele quer mesmo é ganhar.

    E a Mercedes não dá ponto sem nó. Para investirem no Schumacher e fazerem ele tirar o pijama e vestir o macacão de novo, não é para fazer apenas figuração.

    Além do mais, ele não parou totalmente. Se cuidou muito bem fisicamente, corria de moto, de kart… agora ele vai voltar a correr à vera e ganhando mais uma baba.

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    Marcus Oliveira

    Mas nenhum destes parou 3 anos e voltou (salvo engano). O problema é encerrar a carreira por 3 anos e voltar. O LAnce fez e deu certo e mesmo assim muita gente caiu d epau.

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    Matheus

    Isso pra mim é inveja, cara.

    Nada mais.

    Responda a este comentário

    Robinson

    Lamento para quem caiu de pau no Armstrong. O cara tem uma história que o coloca muito acima do que qualquer jornalistazinho de meia-tigela possa alcançar com críticas.

    Ele ganhou tudo o que podia, se ele voltou para conferir seus próprios limites, palmas para ele. Se ganhar, mais ainda. Não ganhou, deixe ele em paz.

    O jornalista quer vender o jornal. Se não for pelo fenômeno, que seja criticando. Às vezes, covardemente.

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  7. Bender
    28/12/09 - 10:45

    Esse ano promete mesmo:

    Schumacher.
    Com o fim do reabastecimento, espero que tb não seja obrigatório usar pneus diferentes.
    Espero que a porrada coma na McLaren com os atuais campeões.
    Espero que a porrada coma na Ferrari com os bons pilotos Massa e Alonso.
    Espero que tenhamos alguma equipe surpresa em 2010 (tipo a Brawn 2009).
    Espero que Rubinho não venha com chororô “tive problemas na Willians”.

    ****

    “me forçaram a sair do exílio do Blablagol, apesar de ter sido praticamente rebaixado a aspirante de estagiário”

    Não entendi o fricote Robinsoniano.

    Responda a este comentário

    Robinson

    Não foi nada não… é porque algumas hostilidades foram dirigidas à minha pessoa enquanto eu não estava podendo escrever.

    Por pouco não fui expulso da equipe Blablagol!!!!

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    Bender

    Hehe… quem foi hostil com vc?

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    Robinson

    Não posso dizer… tenho medo de ser retaliado…

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    Bender

    Tudo bem.
    Em briga de tricolores é melhor ficar longe.

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    Robinson

    Como assim briga de tricolores???

    Tricolores não brigam entre si. Inclusive, meu magnânimo e excelentíssimo editor-chefe-tricolor-mor foi o primeiro a me dar boas vindas!!!!

    Que louco esse cara…

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  8. Robinson
    28/12/09 - 16:20

    Ahhh… que bom…

    Só o Schumacher mesmo pra fazer um post de F1 no Blablagol bombar desse jeito!!!

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