Demolição de São Januário
October 3rd, 2012 por Serginho Valente | Categorias: Estrutura, Vasco.Em meio a debandada política na gestão Dinamite (vários quadros políticos do clube se desvinculando da gestão), uma questão fundamental para o futuro da Colina se impõe, e deveria por si só mobilizar TODOS os que participam, ou pretendem participar, da direção da instituição, seja na “situação” ou na “oposição”. Embora eu acredite que isso não acontecerá.
O Clube de Regatas Vasco da Gama, precisa analisar e decidir pragmaticamente o que fazer com seu maior patrimônio.
Começo ressaltando a minha única certeza. Não se pode cometer em São Januário a mesma estupidez feita no Maracanã. Se for para reformar o estádio, que NÃO FAÇAM REMENDOS. O sentimentalismo por concreto, custou ao Maracanã se tornar um estádio caríssimo e ruim (pelo menos até esta última reforma para a Copa 2014).
Por mim, caso se faça mesmo a ampliação do estádio, nem a fachada, se esta atrapalhar o resto, seria poupada. Se faz parte da história, que tirem muitas fotos, filmem e coloquem em exposição em alguma parede da nova estrutura. Claro, se a fachada não atrapalhar em nada, que ela fique por lá, mas a prioridade deve ser o futuro, e não o passado.
Porém, eu sou absolutamente CONTRA a ampliação de São Januário. Acho que o melhor custo-benefício para o clube seria participar da futura licitação do Maracanã, ao lado de Flamengo e Fluminense. São Januário deveria até diminuir de tamanho, não aumentar.
Não sei se uma arena com 45 mil lugares é economicamente vantajosa na Colina, principalmente levando em consideração a média de público do Vasco em toda sua história.
Espero que os dirigentes, levem em consideração que fica infinitamente mais lucrativo administrar um estádio grande junto com outros times grandes. E que se por um acaso, o Vasco tiver uma partida que atraia uma demanda de 45 mil pessoas, essa partida provavelmente também terá demanda para 75 mil, capacidade do Maracanã.
Sem contar com o risco iminente de, mesmo com essa capacidade, São Januário continuar “INSEGURO” para receber clássicos regionais. Risco que, inclusive, o Engenhão voltará a correr já no ano que vem. Alguém duvida?
O Vasco deveria reformar o complexo de São Januário, fazendo ali seu centro de treinamento, e deixando no máximo uns 15 mil lugares, pra jogos de baixa demanda. O patrimônio vascaíno é sinônimo de orgulho para seus torcedores, mas é preciso ter cuidado para que este orgulho não seja a ruína do clube.
O nosso orgulho eleva-nos para que nos precipitemos de mais alto.
Marquês de Maricá
Parceria privada entre clube e empreiteira, nos molde de Grêmio e Palmeiras seria o ideal, desde que, feita de maneira transparente e em um custo justo.
Torço para que isso aconteça, num futuro não tão distante, com a Gávea. Nem precisa ser de 45.000 espectadores…25 já estava de bom tamanho para jogos médios e de menor apelo. Os ‘grandes’ jogos ficariam para o novo ex-Maracanã.
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Na Gávea dificilmente vai rolar, a associação de moradores não deixa.
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45 mil é jogar dinheiro fora. Aparentemente, os custos de manutenção serão muito maiores, no entanto, as vezes, o custo marginal de x para 45 pode não ser, o que justificaria tal ampliação.
Não entendo a idéia de colocar o estádio com 45 mil pessoas. Não faz o menor sentido! 20 mil tá ótimo! Pra que mais? Se a idéia é de ter 45 mil para jogar os clássicos e finais de campeonatos, vá lá… mas o fato é que o motivo de brecarem o clássico nao é esse, portanto continua sem fazer sentido, pois continuará sem jogar.
Seria muito simples jogar apenas para sua torcida, num clássico, com 20 mil espectadores e investir em qualidade na experiência do espectador. Isso agrega valor e receita. Simplesmente ampliar não tem lógica.
A única lógica possível, é que a obra seja faraônica, muito dinheiro escoe do BNDES e a construtora tenha uma bela receita… gastar meio bilhão no estádio não tem sentido racional nenhum, além de se tratar de um valor muito elevado para tal aventura.
Sobre a administração do Maracanã, sinceramente, eu só vou acreditar que Flamengo, Fluminense ou qualquer clube do Brasil possa administrá-lo (exceção aos clubes-empresas). Seria uma piada de brasileiro mesmo, clubes falidos estarem aptos para administrarem qualquer coisa… só por essas bandas. Ainda duvido dessa possibilidade. Talvez a Unimed se interesse. Mas o Fluminense, impossível.
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O @raphazarko usou o termo obra milionária (duas vezes) se referindo a R$500 milhões. Achei também inadequado a classificação. Acho “meio bilhão” mais adequado e representativo. Obra milionária em estádio de futebol… pfiu
No caso dele, talvez eu usasse o termo milionário para o estudo que custou R$3 milhões. Nesse caso, entendendo que o estudo ultrapassou a cifra de R$1 milhão, o que poderia ser um benchmark notável.
Disclaimer: Esse comentário não é nada além disso, discussão sobre semântica.
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é. acho que essa obra é de 1/2 bilhão realmente. é muita grana ainda mais prum cenário absurdo como esse.
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Verdade…Talvez o termo não seja “administrar” o Maracanã, e sim apenas “utilizar”.
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Já tem água lá?
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Agua pra que?
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Vou linkar o post do Bona torcedores cariocas em potencial para encher Estádio pois é pertinente:
http://www.blablagol.com.br/os-potenciais-de-engenhao-laranjeiras-e-afins-17424
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Imagina o PIB de militancia essa frase não conseguiria gerar. Se não der para fundar um partido porque algum vai acabar pegando para si, uma ONG deve rolar.
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O Vasco pode vender o entulho como souvenir para os viúvos do concreto. Ainda ganha um dinheiro.
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A “casca” do Maracanã foi preservada pois seria tombada.
O prédio da Assembleia Legislativa, o Paço Imperial e algumas igrejas e outros prédios aqui do centro da cidade eu entendo. Mas a “casca” do Maracanã, assim como o Cinema Icaraí, eu não entendo.
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Eu continuo com a opinião de que, se era pra fazer isto, que deixassem o Maracanã como estava e construissem um novo estádio.
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Muito sensato, Serginho.
O Dinamite deveria ler isso.
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Valeu Robinson! Mas acho que o Dinamite não é muito chegado nesse hábito não…
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me parece que não há estabilidade política para se tomar uma decisão tão importante. derrubar um estádio sem saber o que vem depois, sem um projeto muito claro de que será por algo melhor é arriscado demais. é a mesma coisa que acabarem com o autódromo de jacarepaguá sem nada concreto para se construir outra pista. a diferença é que o autódromo era um bem público, e são januário é patrimômio do clube.
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Resta entender tb como será a propriedade futura do local… Um projeto desse NAO PODE SER ASSINADO EM TOQUE DE CAIXA.
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Pior fizeram com o Fluminense, na canetada destruíram metade do estádio das Laranjeiras para dar caminho à Rua Pinheiro Machado. Pior que o terreno, diferentemente de alguns de seus co-irmãos, pagou pelo terreno.
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