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Copa do Mundo Brasil 2014 – Estratégias e resultados dentro e fora de campo

July 11th, 2014 por | Categorias: Copa 2014, Estrutura, Futebol, Marketing & Publicidade, Números.

Por Rafael Ramos Abrahão e Matheus Ferreira Caldas*

O evento futebolístico mais popular do mundo está prestes a terminar e, com toda a movimentação que teve início muito antes do apito inicial, as empresas, que se prepararam para maior visibilidade no país do futebol, começam a colher frutos de seus investimentos. Os resultados começam a aparecer, o que demonstra que o evento está sendo um sucesso, ao menos neste aspecto.

As principais empresas de material esportivo, Nike e Adidas, travaram uma árdua batalha para conquistar seus espaços, seja trabalhando diretamente com as seleções, seja atingindo os torcedores que se espalham por todo país através de vários tipos de mídia.

Tem-se que, dentro das quatro linhas, a empresa Adidas levou a melhor, uma vez que as seleções finalistas, a Alemanha e Argentina, são patrocinadas pela empresa, enquanto a Nike é patrocinadora das seleções do Brasil e Holanda, que disputam a terceira colocação no Mundial.

Até onde isso reflete uma estratégia das empresas? As marcas de produtos esportivos buscam, com toda certeza, ligar seus nomes às seleções e jogadores mais vencedores do Mundo. O que deve-se perguntar é: existe um real estudo sobre as potencialidades esportivas dessas equipes e quanto isto influencia no momento de definição de patrocínio?

E mais: é possível que tais empresas tenham estudado o futuro destas seleções através de pesquisa em categorias de base e verificação de trabalhos que vêm sendo feitos por cada país?

Fora das quatro linhas, conforme publicado no jornal Valor Econômico em 11/07/2014, até o presente momento, a empresa Adidas havia vendido a estratosférica amonta de 14 milhões de “Brazucas”, a bola oficial da competição, e faturado a quantia de 2 bilhões de euros com todos os produtos, 500 milhões de euros a mais do que na copa anterior.

Os representantes das marcas entendem o momento especial. “A Nike veste a seleção brasileira, e consequentemente, vai receber uma atenção especial desta vez”, afirma Olaf Markhoff, porta-voz da empresa americana.

Já Lars Mangels, porta-voz da Adidas, deixa claro a importância da Copa de 2014: “O Mundial é muito importante para nós e vamos usar o evento para chamar atenção em todo o mundo com nossos produtos, campanhas, atletas e times”.

Ressalte-se também que a internet e as redes sociais têm fundamental importância na disputa comercial destes gigantes. E, neste quesito, a vitória da Nike é esmagadora: até o momento, o vídeo “Winner Stays” atingiu mais de 86 milhões de visualizações. Já a Adidas, com seu vídeo “Messi’s Dream”, atingiu pouco mais de 38 milhões de visualizações.

Já nas redes sociais diversas, o vídeo da Nike foi compartilhado por mais de 1,3 milhões de usuários, e o da Adidas, por menos de 300 mil.

Assim, ainda que existam opiniões contrárias, pode-se claramente dizer que, para muitos, a Copa do Mundo Brasil 2014 está sendo um verdadeiro sucesso. Dentro de campo, as melhores campanhas foram premiadas, com grandes jogos na primeira fase e, posteriormente, a inexistência de surpresas nas fases finais.

Do ponto de vista do mercado, tal sucesso é ainda maior. Os recordes de audiência e os valores movimentados até o momento pelas empresas aqui citadas já demonstram o êxito nas estratégias adotadas. Ressalte-se que o real lucro só será apresentado num futuro próximo. Independente de quem vença a Copa do Mundo no próximo domingo, o mercado agradece.

****

* Rafael Ramos Abrahão é advogado da Advocacia Procópio de Carvalho. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte, é especializado em Direito Empresarial e Trabalhista.

Matheus Ferreira Caldas é advogado da Advocacia Procópio de Carvalho. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte, é especializado em Direito Empresarial e Cível e pós-graduando em Direito Corporativo pelo IBMEC.

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35 Comentarios Enviar por e-mail Enviar por e-mail

35 Comentários para “Copa do Mundo Brasil 2014 – Estratégias e resultados dentro e fora de campo”

  1. Serginho Valente
    11/07/14 - 14:47

    Minha curiosidade é saber se a estratégia da Adidas com a Seleção alemã, e o Flamengo não será um tiro pela culatra.

    Acho que a tragédia do Brasil pode ter criado antipatia entre torcedores, principalmente os mais novos, tanto para o clube quanto para marca.

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    Matheus

    Acredito que do ponto de vista do marketing, a Nike está anos-luz à frente.

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    Serginho Valente

    Acredito que sim, até por ser americana.

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    Andre

    Matheus, vc nao está falando de marketing. Está falando de publicidade.

    Marketing envolve desde a concepção do produto, mercado alvo, estratégia de segmentação e etc. Sendo que o plano de marketing é um MEIO para se atingir um RESULTADO, que é o LUCRO.

    Sendo assim, se ADIDAS teve mais LUCRO, em seu planejamento de marketing, me parece claro que ela obteve mais sucesso.

    E sobre a vinculação do patrocinio às seleções, acho que não. Acho que ambas não aptrocinaram SÒ ESSAS, mas sim várias, de olho em VÁRIOS MERCADOS.

    Pode-se atingir o Japão patrocinando a seleção do Japão. Que, individualmente é um mercado MUITO MAIS FORTE que o Brasileiro.

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    Andre

    Assim é inócuo querer adivinhar quem se deu melhor, sem saber os objetivos pré-estabelecidos para a campanha.

    Sempre haverá aquele que quer ganhar mercado. Aquele que precisa defender o share.

    No mais achei curioso (nao é uma crítica, longe disso), mas a “qualificação” dos criadores ao final do post como seu houvesse ALGUMA RELAÇÂO da área jurídica com o mercado. Não tem vínculo. E isso é exatamente a mesma visão de que qualquer um.

    Diferente se fosse de um consultor de marketing…

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    Andre

    Aliás, me pareceu aqueles mongolismos de advogado. Essa porra é contagiosa né.

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    Matheus

    Necessidade do site do Escritório. Isso aqui foi um ctrl-c + ctrl-v, tão somente.

    Mas direito, principalmente a área em que nós dois trabalhamos, tem muito a ver com mercado. Na verdade, Direito tem a ver com tudo e é um meio pra tudo. Discussão de marcas e patentes, que pode rolar nesse tipo de assunto, por exemplo.

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    Andre

    Matheus, perdoa-me, mas nao imagino em nenhuma faculdade de direito, alunos debrucados sobre estudos de caso de marketing,

    Nao imagino um advogafo lendo Philip Kotler…

    Nao ha relacao nenhuma entre as atividades supramencionadas com o case.

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    Matheus

    A Adidas não teve mais lucro. O texto é claro nisso. A Adidas lucrou “x” com a venda de bolas. Os lucros a gente só vai saber no fechamento do ano.

    Mas, empiricamente, sou capaz de te dizer que a Nike é mais presente.

    Mas, sim, estou falando de publicidade e do seu alcance. Mas o marketing é parte disso, não?

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    Andre

    Sugiro rever o termo marketing onde esteja, pois há risco de erro grave.

    É apenas uma sugestão.

    Quanto ao escritorio, mesmo com sua explicação, continua muito diferente do ensaio aqui proposto. Nao estou zuando. To falando de boa.

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    Serginho Valente

    De boa, não tem problema nenhum o lance do escritório.

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    Andre

    Nao sabe ler. Eu nao disse que tinha, retardado.

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    Andre

    Ah, só ficou faltando aqui. Nao, o marketing nao eh parte disso. E isso, a publicidade, que eh uma parte, um pedacinho, do marketing.

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    Serginho Valente

    Não, Matheus falou e está falando sobre marketing.

    Onde está a informação de que o LUCRO da ADIDAS foi maior?

    O Japão não é um mercado DE FUTEBOL individualmente mais forte do que o Brasileiro, e neste segmento, certamente os japoneses são atingidos por ídolos globais, tanto quanto os ídolos locais.

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    Andre

    E porque vc acha que a participação institucional da Adidas no evento só lhe traz dividendos no futebol?

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  2. Victor
    11/07/14 - 14:58

    Esses são dados mensuráveis, contudo, a Adidas patrocina o evento.

    Quem esteve nos estádios teve uma enxurrada de Adidas. Eu mesmo, nos jogos que fui na Copa das Confederações e Copa do Mundo, quis comprar camisas de Seleções que jogavam e só encontrava da Adidas.

    Comprei duas, como inapelavelmente qualquer pessoa que foi ao estádio comprou 100% de produtos Adidas.

    ****
    Patrocinando grandes Seleções, acho que as estratégias pelo resultado já não são de maior importância. As histórias que as fornecedoras contam através das marcas que patrocinam, nesses tempos de compartilhamento, parecem contar mais.

    Brasil ter tomado uma piaba, Holanda perdido, Argentina ou Alemanha ganharem contam pouco perto da história que a Nike, Adidas, Puma ou qualquer outra contaram para engajar os adeptos a comprarem as roupas das Seleções e por tabela, associarem esses produtos a marca e passando a ter alguma predileção com outros produtos não ligados aos times em si.

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    Serginho Valente

    Victor, não acho que o Matheus tenha pensado em limitar o raciocínio a quem consumiu presencialmente a Copa do Mundo, até porque esses números devem ser irrelevantes no total.

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    Victor

    Eu sei.

    Na verdade eu li o artigo como um artigo introdutório, convidando-nos para o brainstorm, para o debate. Um artigo que gere uma discussão que permita os autores fazerem um upgrade para um artigo mais profundo.
    Daí resolvi de supetão escrever o que me veio a cabeça sobre as marcas.

    Creio que esse detalhe tenha ficado reforçado em minha mente porque Idel Halfen na sua exposição acabou por considerar a FIFA como mais um time:
    http://halfen-mktsport.blogspot.com.br/2014/07/material-esportivo-na-copa.html

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    Serginho Valente

    Sobre a piaba do Brasil, se não houvesse a vinculação com o Flamengo, não tenho dúvidas que isso não atrapalharia a Adidas. Como há, tenho essa curiosidade, se não vai haver alguma antipatia.

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    Victor

    Eu acho que há pouca rejeição a Alemanha por conta da camisa Flamengo.

    Eu verifiquei informalmente que a adesão rubro-negra a Alemanha foi infinitamente maior que a aversão rival ao uniforme.

    No mais, a Alemanha cuidou absurdamente da publicidade de simpatia com o Brasil. Algo tão fantástico, mas tão fantástico que para mim, está soando deliberado.

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  3. Alexandre N.
    11/07/14 - 15:13

    Dúvida:

    Relembrando a Copa de 2006, a Adidas criou um vídeo promocional chamado “Jose +10”, vídeo este que também foi um grande sucesso com muitas visualizações. Tendo isto em vista, será que o vídeo promocional da Nike só teve este sucesso todo por simplesmente ter sua ideia principal, apesar de algumas diferenças, baseada em uma ideia idêntica ao vídeo feito pela rival Adidas oito anos atrás?

    Link do vídeo:

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    Matheus

    “José + 10” não tem nada a ver com “Winner Stays”. Apesar de ser tão genial quanto.

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    Victor

    Eu acho que tem tudo a ver. Bola dentro do Nardoni.
    Os craques são moleques da galera na pelada.

    “Winner Stays” é “José + 10 2”

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    Matheus

    “José + 10” são os moleques que montam o time com os CRAQUES patrocinados pela Adidas. É uma forma de dizer “os nêgos fodas são patrocinados por nós e você pode chegar perto deles.”

    “Winner Stays” os caras VIRAM os CRAQUES com as coisas usando os produtos da Nike. É uma forma de dizer “se você usar nosso produto será um deles.”

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    Alexandre N.

    Eu honestamente ainda acho “José +10” muito melhor que “Winner Stays”, justamente por quê não se preocupou só em fazer uso de craques atuais. Zidane dando a dica ao amigo de Jose para chamar o Platini (já que o José convocou o Beckenbauer) um dos pontos sensacionais do vídeo. Outro ponto de destaque foi (que completou a fodeza do vídeo): Os capitães e técnicos dos times são José e o amigo. Quem pra eles fez bobagem é substituído sem dó nem piedade pelos dois.

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  4. Paulo Pimentel
    12/07/14 - 10:00

    Matheus e Raphael,
    Eu me interessei pelo post e li com atenção. Quero muito saber sobre os resultados da Copa e, quem sabe, ser convencido que realmente foi um sucesso.
    Mas no texto enxerguei um viés ao ler que o sucesso ocorreu por ter propiciado lucro à alguns dos patrocinadores do evento.
    Pode-se considerar o evento inteiro um sucesso apenas por este fato?
    Talvez, como foi sugerido nos comentários, a ampliação da visão dos resultados nos diversos campos pudesse dar uma ideia melhor… do sucesso, ou não sucesso do evento.
    Só uma sugestão…

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    Paulo Pimentel

    Ops…corrigindo…Rafael

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    Matheus

    Claro, Paulo. A ideia desse post não é discutir o sucesso da Copa como um todo e isso foi deixado claro.

    Para os patrocinadores, foi um sucesso mesmo. Não há dúvidas. Agora se a Copa foi um sucesso para o país, aí vai ser outra história que alguns anos vão contar.

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    Paulo Affonso Pimentel Junior

    Ok.

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  5. Victor
    14/07/14 - 18:18

    Nike, deixe para 2018 que 2014 foi da Adidas.

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  6. Matheus
    16/07/14 - 14:03

    ESPN vai bem também:

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  7. Matheus
    16/07/14 - 14:08

    E BBC:

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