Contra a Quanti e a Quali
November 26th, 2009 por Victor | Categorias: Campeonato Brasileiro 2009, Copa Sul-Americana 2009, Fluminense.Sem dó nem piedade, a LDU aplicou uma chinelada no Fluminense em Quito, jogo que discutimos em seus pormenores por aqui.
Evidentemente, a peculiar situação do Fluminense de matar ou morrer no Brasileirão suscitou discussões em ter levado ou não seus titulares para o Equador. E a discussão veio de antes do jogo, descaracterizando o hipotético aspecto oportunista motivado pela derrota tricolor. Toda a questão se dá pela prioridade que dizem ser mais importante no Brasileirão.
Pelo que ando lendo e ouvido, é quase unânime a opinião de que escapar do rebaixamento é mais importante que o título da Sulamericana. E faz assim parecer, que as pessoas de fato acham isso. Mas será mesmo?
Quem deve definir prioridades é ela
Em qualquer discussão, é raro termos a oportunidade de fazer alguma verificação. No futebol então, raríssima. Entretanto, estamos à frente de uma oportunidade raríssima dessas e pouco nos damos conta.
Ontem, antes da derrota do Fluminense, foram postos à venda ingressos para os dois últimos jogos do Fluminense no Maracanã, ambos decisivos. Um contra o Vitória pelo Brasileiro para esse domingo e com arquibancada custando R$15,00, e outro contra a LDU pela Sulamericana na outra quarta com arquibancada custando R$30,00.
Pois bem, foram vendidos para o jogo do Brasileirão, 23.692 ingressos, e para a final custando o dobro do preço, 30.779 ingressos.
O torcedor pode até dizer da boca para fora que a prioridade é fugir do rebaixamento, mas quer ser mesmo é campeão. Quem analisa quer vender seu conceito, mesmo contrariado por essa baita pesquisa quantitativa e qualitativa.
Eu, pessoalmente, estou com o sentimento inconsciente da torcida, e preferiria ganhar o título. Título, coisa que cada vez é menos valorizado pelos explicadores. Agora valoriza-se acesso, e está piorando, no caso do Fluminense há exaltação pela campanha para ter o direito de disputar o mesmo campeonato ano que vem. Ridículo.
Meu ingresso para o jogo do Vitória já está comprado e lá estarei com minha máquina fotográfica. Caso vendam ingressos para o jogo contra a LDU quarta-feira, comprarei e irei ao jogo da mesma forma como tinha me planejado para ir. Isto é, se conseguisse o ingresso com facilidade iria, caso contrário, não. Nesse ponto a LDU me ajudou.
Diante da situação crítica e da falta de importância da Copa Sul Americana, o esforço se torna desnecessário pelo enorme desgaste físico.
Responda a este comentário
Fala Victor e galera…vcs são incansáveis.
Fim do ano, lembranças da cervejinha e do charuto.
Estou de volta!!
Sobre o post,
Quando vc colocou aquela questão do Grêmio e seus reservas citei o Cuca como exemplo do que reservas na ponta dos cascos são capazes de fazer. Os alvinegros lembram até hoje o minivexame flamenguista contra um desconhecido Renato. E os flamenguistas não cansam de lembrar do Bujica.
Reservas, no futebol, estão, ou deveriam estar, meio acabrunhados e macambuzos com a geladeira imposta e, colocados a prova, podem surpreender.
Se a fome do Cuca com seus eleitos (ele já fazia isso no Bota) não fosse tão grande ele colocava até o Horcades no gol pra se defender, e tentar trazer a decisão pra cá.
Mas, deu mole. Não sabe escalar time pra jogar feio, dar butinada. Se o CucaFlu virar aqui e escapar da segundona eu fico de porre do Natal ao ano Novo pra brindar o melhor técnico do ano com meu amigo Gaburah.
Responda a este comentário
Paulinho, com certeza que os reservas podem fazer um bom estrago, mas não é regra.
Mas o caso de um jogo em Quito não respeita muita regra, não é?
Se o Fluminense fez 10 faltas ontem foi muito (LDU idem). Como pode um jogo desses, com um juiz molóide ser tão franco assim?
Por aqui, neguinho fica preocupado em jogos desses dizer que juíz é isso ou aquilo, ou que não tem pulso.
Porra. Tem de acabar com essa cultura de tentar moldar a arbitragem ao nosso jeito de jogar, e o time tem de entender o que o juíz faz e usar no jogo.
Os caras vieram com aquela parada maneiríssima de praticamente jogar com os gandulas (quem lá na pelada já não me ouviu dizer que jogo se ganha cobrando rápido o lateral). Porra, além de não se tocarem nisso, o Conca ainda ajudou a empurrar a bola para fora no 1º gol deles.
A parada deles dos gandulas foi muito foda, espero que o Fluminense copie isso aqui.
****
Agora, meteu-se o malho no Renato Gaúcho na tática kamikase que ele jogou seus jogos lá, mas independente dos resultados, o time se comportou melhor. Teve até períodos de domínio.
Responda a este comentário
o titulo é muito mais importante,se o flu escapar ganha o que? se ganhar a sulamericana leva seu primeiro titulo internacional oficial da história,será histórico.Ser rebaixado já é normal pro flu hahahaa…
Responda a este comentário
O pior é que eu concordo em parte com o Cuca.
Ele colocou esses caras pra jogar e os resultados foram acontecendo. Imagino que tenha havido conversas internas pra decidir como se portar diante da seqüência dos jogos e que os caras tenham bancado ir pra luta. Acho que isso deve ter acontecido, e faço a ressalva de que se a comissão técnica achou que alguém não estava em boas condições, claro, deveria ter sacado o(s) indivíduo(s).
O fato é que podemos até colocar ordem de grandeza de acordo com os gostos e prioridades de cada um, mas Cuca e o Fluminense ficaram numa posição em que, tirando a glória total (título e manutenção de série), qualquer outro resultado seria alvo de críticas.
Inclusive, acho que se o Cuca escala os reservas ontem (por sinal, os mesmos jogadores que levaram o clube a situação atual), e perde como seria de se esperar, e no domingo tropeça (nada impossível), iriam cair na pele dele por ter interrompido a seqüência da equipe, que time que está ganhando não se mexe, etc.
Além disso, como foi dito, título é título. Estamos falando de uma final.
OBS: Eu, como torcedor, gostaria que fosse feito o que fizeram, nada de poupar alguém. Mas se tivesse que escolher, pouparia o time na Sulamericana, e isso porque um eventual rebaixamento inviabiliza totalmente o título Brasileiro do ano seguinte. Entre um título qualquer e a possibilidade de conquistar um título relevante, fico com a 2ª opção.
Responda a este comentário
Tenho quase certeza que se Cuca fosse com reservas e perdesse de 4×1, estaria discutindo-se hoje aqui se não seria conveniente ir com os titulares até o fim, etcetera.
De uma coisa eu não posso reclamar, lógico que na cabeça da comissão técnica, o melhor era jogar com os titulares, e isso foi feito.
Pouca gente tem comentado, mas essa reação do Fluminense no Brasileiro começou concomitantemente com bom futebol na Sulamericana.
Ao mesmo tempo que cansa, vai saber enquanto uma competição não retroalimenta a outra?
Responda a este comentário
Exatamente.
Responda a este comentário
Procede, Victor, a informação de que o Flu ia tentar anular o jogo de ontem?
Responda a este comentário
Não ouvi nada à respeito, e torço para não ouvir.
Cheiro de factóide isso daí, como tem virado moda toda competição. Teve isso nas Libertadores do ano passado e desse ano.
Por falar na desse ano, o departamento jurídico do Cruzeiro chegou a conclusão que pelas leis brasileira e uruguaia, Schiavi estaria irregular, pela argentina não.
Responda a este comentário
Valeu, cara. Não consegui ver nada sobre isso depois.
Mas ele não estaria irregular de acordo com o regulamento de La Copa? Isso que é mais estranho. Senão, põe-se a lei no Brasil de que um jogador pode atuar por dois times ao mesmo tempo e, nesse ponto de vista, ele não estaria irregular se jogasse por Cruzeiro numa semana e São Paulo na outra, entendeu?
Agora me surge outra dúvida: uma instituição internacional como a Fifa, a Conmenbol ou o COI responde às leis da onde?
Responda a este comentário
Vamos pela Maiêutica:
Mas ele não estaria irregular de acordo com o regulamento de La Copa? Isso que é mais estranho.
Até onde você sabe à respeito?
Responda a este comentário
Enfim o Cruzeiro abandonou essa história de anular a partida. A história é meio confusa, mas tá explicada com humor singular no link abaixo:
http://cruzeiro.org/blog/legitimos-vice-campeoes
Imagina a taça chegando no Aeroposrto, 6 meses depois no tapetão. Obrigado mas passo.
Responda a este comentário
O que preconiza o regulamento da competição, é que as federações de cada país são responsáveis pela regularidade de cada atleta.
É um texto para lá de esquisito, que inclusive prevê o erro, mas não estipula punição.
Libertadores e Sulamericana refletem bem aqueles jogos com pedradas e coisa e tal. Nós aqui reclamamos de barriga cheia.
Responda a este comentário
Ah, agora eu entendi o “Conhece-te a ti mesmo.” do Matrix.
Mas então, eu sei o que noticiou-se a respeito. O que, desde já, é muito pouco. Mas PARECEU que ele realmente estava sem condições de acordo com regulamento, que isso era líquido e certo e que a questão era apenas “o que vai ser agora dessa Libertadores?”. Não sei se ele estava irregular, se estava, por questões trabalhistas ou desligamento mal-feito de outro clube. Isso não foi explicado.
Confesso também que:
1º – Como nada mais apareceu, minhas buscas sobre o assunto ficaram cada vez mais rareadas.
2º – Existem assuntos mais importantes nesse momento para o Cruzeiro, para meu trabalho, etc. Não fiquei matutando sobre isso muito tempo. Até porque acho que não vai dar em nada.
É isso, chefe.
Responda a este comentário
Quando vejo um troço desses, nem perco muito tempo.
– Em um primeiro momento assumo que não vai dar em nada
– Se tiver muito barulho olho o regulamento e continuo assumindo que não vai dar em nada
– Aguardo não dar em nada ou o barulho continuar.
Só que fui procurar o regulamento agora no site da CONMEBOL para linkar aqui a parte que fala do assunto, e não achei.
Mudaram o site e não dá para achar, se é que está lá.
Para ver a má-fé da CONMEBOL, procurei os regulamentos de competições em andamento e por vir e também não achei: Sulamericana e Libertadores 2010.
E há quem reclame de FFERJ, CBF…
Responda a este comentário
Vai entender. Sempre achei a Conmembol bastante, ahn, como se diz, conivente com alguns países, especialmente Argentina e Paraguai. Com o Brasil, menos.
De qualquer forma, melhor esquecer. Não vai dar em nada.
Responda a este comentário
Em tempo:
Claro que depois da derrota de 4 gols de diferença, o ânimo da torcida quanto à conquista desse título amainou.
Mas ao mesmo tempo que meto o malho nas ações de torcida, há de se louvar a iniciativa dos tricolores em apoiar o time após a derrota.
Estão comprando o barulho da equipe e deram a deixa para o time separar uma competição da outra. A torcida fez.
Responda a este comentário
Será que haveria essa importante reação da torcida se o Flu jogasse com o time reserva?
Responda a este comentário
Quem sabe?
Lógico que em um mundo ideal, para jogar com o time reserva e dar importância ao torneio, o time teria de passar isso como parte de alguma estratégia.
Quem pode responder melhor isso seriam assessorias de imprensa e diretoria de marketing do Fluminense. Teria de ser vendido para a torcida que entrar com o time reserva era necessário para ganhar as duas competições.
Só entrar com o time reserva, pura e simplesmente soaria como descaso, mesmo que não fosse.
Responda a este comentário
Eu acho que de qualquer jeito, se o Fluminense toma uma goleada com o time reserva, não haveria essa reação, e sim reclamações.
Responda a este comentário
Muito de acordo.
Responda a este comentário
Sempre pensei isso.
Diminuindo a carga de treinos e colocando o time titular para jogar todas você ganha muito em entrosamento. O time joga muito mais nas duas competições, ao invés de colocar um time mocorongo.
É claro que se paga um preço. Alguns vão fatalmente se contundir, e aí, tem que ter algumas peças de reposição. Maicon é a prova.
Agora, sobre gandulas…
Na boa, posso ser o único a pensar diferente. Mas eu não imagino NUNCA na minha vida um jogo do campeonato inglês ou da Champions League (Copa UEFA, que seja….) em que o assunto do dia seguinte seja o gandula.
A Liga mereceu vencer, jogou muito, blablablá, tudo bem.
NADA que vem de fora do campo pode iludir o jogador, como um cara do Fluminense que ficou marcando uma bola em campo enquanto a outra já estava em jogo.
Isso cheira mal.
Aquele gol foi ridículo.
Responda a este comentário
Eu faria a mesma coisa que a Comissão Técnica do Flu fez.
Responda a este comentário
Eu também teria colocado o time titular. No máximo tiraria quem estivesse esgotado. Imagina se o time leva de 5 com reservas?! Todo mundo ia falar que os titulares poderiam empatar ou ganhar o jogo.
Responda a este comentário
Responda a este comentário