Estilo de jogo russo
Com a eliminação dos times brasileiros na última quarta negra, muito se questiona a forma ou o estilo de jogo dos times brazucas na Libertadores. Expando um pouco mais a discussão.
Cada seleção ou time joga com as cartas que tem. 1970 tinha Pelé, Tostão e Gerson. 1982 Zico, Falcão e Sócrates. 1990 Careca e Muller. 1994 Romário e Bebeto. 2002 Ronaldo e Rivaldo. 2006 obesos e festeiros. Ganhar ou perder faz parte.
Não dá para tentar impor um estilo de jogo com jogadores de outro estilo. Não há como colocar Rodrigo Alvim para chegar a linha de fundo, driblar os adversários e executar com perfeição o cruzamento.
Se 1970 e 1982 o Brasil apresentou um futebol mais vistoso foi pela qualidade acima da média dessas seleções. Como foi Holanda em 74, Argentina em 86 e Alemanha ano passado.
É raríssimo eu falar de 3-5-2, 4-4-2, 7-8-9… Isso é papo pra treinador argumentar com repórter em coletiva. No estádio procuro visualizar o posicionamento do time em campo (pela TV é bem mais complicado). Geralmente os times de hoje atacam com 4, 5 ou 6 jogadores e defendem com 6 ou 7 (às vezes até com 11!). Além de depender dos jogadores que se tem, depende também do momento do jogo e do adversário.
O futebol é competição. O time tem que ser competitivo. Ganhar é importante. Ganhar jogando bonito (ou apenas bem) é consequência – como foi em 1970.
Hoje é moda só falar em Messi. É justo. Mas acho que estamos com boa matéria-prima. Neymar, Lucas, Pato, Ganso (se não estiver bichado)… podem fazer a diferença.
Meu único medo é uma festa estrangeira em 2014. Pavor total seria festa hermana por aqui. BATE NA MADEIRA.