EUA 113 x 76 Brasil, e o Brasil não foi mal?
Olhando o Placar e o passeio do 3º quarto sim, mas vendo o todo, não.
A derrota para os norte-americanos já era protocolar. Que seria lavada também já era esperado. Restou ao Brasil oferecer o mínimo de dificuldade, durante o maior tempo possível.
E isso o Brasil fez.
Tanto que acabou o primeiro quarto perdendo por 27 a 21.
No fm do 2º quarto a diferença foi maior, mas mesmo assim com bastante entrega brasileira, sem dar o menor sinal de vexame.
Tanto foi assim, que os norte-americanos comemoraram bastante uma sexta de 3 pontos no último instante deste mesmo quarto.
O Brasil não só não se entregara, como exigira entrega por parte dos norte-americanos, tanto que Kobe Bryant anulou Leandrinho com maestria na marcação.
Mas mesmo rasgando toda a seda para cima do Brasil, jogar o máximo contra os norte-americanos não significa a vitória. Nem mesmo estar na frente do placar uma única vez.
Mesmo quando o jogo parece igual, dá para fazer uma analogia de dois carros que andam a 120km/h. A diferença que um é Fusca, que anda a 120 no “vai que dá”, o outro é uma Ferrari, que parece estar sendo guardado na garagem à essa velocidade.
Então, no primeiro indício de vacilação dos brasileiros, lá se foi a proximidade e a diferença chegou a passar de 40 pontos.
Mesmo assim os brasileiros demonstraram a hombridade que se espera de atletas e voltaram para o último quarto focados em diminuir a distância quando a partida já estava recheada de reservas e conseguiu.
Acabou sendo a equipe que mais pontuou nos EUA até então neste Pré-Olímpico.
Com todas as ressalvas acima, tenho a frisar negativamente sobre o Brasil dois aspectos.
Os norte-americanos estavam inspiradissimos nas bolas de três (57 pontos), e os brasileiros em nenhum momento apertaram a marcação para os arremessos.
A diferença gritante se fez notar no 3º quarto, quando os norte-americanos fizeram uma marcação durissima, impedindo os brasileiros de arremessar de qualquer lugar da quadra.
Outro aspecto foi que os norte-americanos foram na jugular do Brasil desde o início, exercendo marcação implacável sobre Leandrinho. Isso eliminou qualquer chance de brilho com constância do Brasil. Alex e Tiago Splitter tiveram boas atuações, mas não todo o momento do jogo. É de Leandrinho que se espera tal atuação, e a preocupação em livrá-lo da marcação que Lula deve levar como aprendizado desta partida.