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Artigos sobre ‘Santo André’

O Campeonato Gaúcho é o mais tradicional do Brasil

February 12th, 2017 | 3 Comments | Filed in América, América-MG, Atlético-GO, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Bahia, Botafogo, Botafogo-SP, Chapecoense, Clubes, CO, Corinthians, Coritiba, Criciúma, Criciúma, Cruzeiro, Estaduais, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Friburguense, Futebol, Goiás, Grêmio, INTERIOR, Internacional, Ituano, Ituano, Linense, MG, Náutico, Números, Palmeiras, Paraná, Ponte Preta, PR, PR, RJ, RJ, RS, RS, Santa Cruz, Santo André, Santos, São Paulo, SC, SC, SP, SP, Sport, Tupi, Vasco, Vitória

Os campeonatos estaduais começaram e uma pergunta não saía do cabeça do uma pessoa do Brasil: qual estadual é o mais tradicional do Brasil?
Pelo sistema de datas, fica fácil demais: o Campeonato Paulista é o mais antigo, de 1902. Mas o que seria dos campeonatos se fossem considerados os times ATUAIS que o disputam, considerando a fundação de cada um, qual seria o campeonato mais tradicional do Brasil, a saber, o que possui os TIMES mais tradicionais? Daí foi ir às contas. Como critério, usei estaduais que tenham, em 2017, que é o ano que nos interessa, um time a menos na Série A do Brasileirão.

Rio de Janeiro:

Bangu 1904
Boavista 2004
Bonsucesso 1913
Botafogo 1904 *
Cabofriense 1997
Campos 1912
Flamengo 1895/1912
Fluminense 1902
Macaé 1990
Madureira 1914
Nova Iguaçu 1990
Portuguesa-RJ 1924
Resende 1909
Tigres do Brasil 2004
Vasco da Gama 1898/1915
Volta Redonda 1976

O Carioca é um dos campeonatos mais tradicionais e um dos mais complexos de fazer a conta. Devido à fundação dos clubes no remo diferir (e estar bem documentada) da do futebol, podemos usar datas de fundação do futebol, como 1911 para o Flamengo, 1918 para o Vasco, etc. Porém, muitos outros clubes no Brasil apresentam datas de fundação controversas, anos no amadorismo, de desfiliação, etc. Portanto, resolvi usar as daas oficiais, menos para o Botafogo, que diferentemente dos co-irmãos cariocas, não apenas introduziu o futebol mais tarde como o fez a partir de um clube associado e posterior fusão.

Média de idade de fundação: 1939,75

São Paulo

Audax 2013*
Botafogo 1918
Corinthians 1910
Ferroviária 1950
Ituano 1947
Linense 1927
Mirassol 1925
Grêmio Novorizontino 2010
Palmeiras 1914
Ponte Preta 1900
Red Bull Brasil 2007
Santos 1912
São Bento 1913
São Bernardo 2004
São Paulo 1935
Santo André 1967

*Foi usado o mesmo critério que com o Botafogo carioca. O Audax foi comprado e passou a mandar os jogos na cidade de Osasco, usando um escudo parecido com o “irmão de fusão” Grêmio Osasco. Creio que foram muitas mudanças para se considerar a continuidade do clube.

Média da idade de fundação: 1949,5

Minas Gerais

América-MG 1912
América-TO 1936
Atlético-MG 1908
Caldense 1925
Cruzeiro 1921
Democrata-GV 1932
Tombense 1914
Tricordiano 2007
Tupi 1912
Uberlândia 1922
URT 1939
Villa Nova 1908

Média: 1928

O tradicionalismo dos times do campeonato mineiro é impressionante. Apenas o Tricordiano destoa, sendo todos os clubes que não ele fundados antes de 1940!

Pernambuco

Afogados 2013
América-PE 1914
Atlético-PE 2006
Belo Jardim 2005
Central 1919
Flamengo de Arcoverde 1959
Náutico 1901
Salgueiro 1972
Santa Cruz 1914
serra Talhada 2011
Sport 1905
Vitória de Santo Antão 2008

Média 1960,583

O Náutico, como o próprio nome indica, entra na mesma situação dos cariocas. A diferença é pouca, já que o Timbu introduziu o futebol em 1905. No entanto, foi considerado o ano de sua fundação global como com seus pares do remo pelo Brasil.

Goiás

Anápolis 1946
Aparecidense 1985
Atlético-GO 1937
CRAC 1931
Goianésia 1955
Goiás 1943
Iporá 2000
Itumbiara 1970
Rio Verde 1963
Villa Nova 1943

Média da idade de fundação: 1957,3

Santa Catarina

Atlético Tubarão 2005
Almirante Barroso 1919*
Avaí 1923
Brusque 1987
Chapecoense 1973
Criciúma 1947
Figueirense 1921
Inter de Lages 1949
Joinville 1976
Metropolitano 2002

Média da idade de fundação: 1960,2

*O Almirante Barroso recebeu o mesmo tratamento dos demais clubes náuticos do Brasil.

Bahia

Atlântico 2000
Bahia 1931
Bahia de Feira 1937
Flamengo de Guanambi 2009
Fluminense de Feira 1941
Galícia 1933
Jacobina 1993
Jacuipense 1965
Juazeirense 2006
Vitória 1899*
Vitória da Conquista 2005

Média: 1965,364

*Vitória com o mesmo tratamento dos clubes de remo cariocas, catarinenses, pernambucanos, etc.

***
Rio Grande do Sul

Brasil 1911
Caxias 1935
Cruzeiro 1913
Grêmio 1903
Internacional 1909
Juventude 1913
Novo Hamburgo 1911
Passo Fundo 1986
São José 1913
São Paulo-RS 1908
Veranópolis 1992
Ypiranga 1924

Média: 1926,5

Por muito pouco, a média de idade de fundação dos clubes gaúchos supera a dos mineiros em pioneirismo e assim sendo, o Gauchão é o campeonato com os times mais tradicionais do Brasil em 2017. MG e RS se destacam nesta conta, podendo variar a “liderança” a depender dos clubes que sobem ou descem. Vemos que este ano apenas Passo Fundo e o incaível Veranópolis destoam da grande tradição dos outros clubes do Rio Grande do Sul.

E o menos tradicional?

Analisando as médias dos campeonatos segundo o critério de possuir um representante ao menos na Série A, vemos que o campeonato “menos tradicional” é o Paranaense, com uma média de 1974,67, apesar da grande tradição de clubes como o Coritiba, o primeiro verdão do Brasil, a grande quantidade de clubes montados no século XXI, que costumam muitas vezes ser taxados de “clubes-empresa”, acaba subindo a média paranaense. Dos participantes de 2017, mais de 50% foram fundados após 1990.

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Eliminações precoces em Libertadores

April 11th, 2016 | 2 Comments | Filed in Atlético-MG, Atlético-PR, Botafogo, Copa Libertadores 2016, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Futebol, Grêmio, Internacional, Números, Palmeiras, Paraná, Paulista de Jundiaí, Santo André, Santos, São Paulo, Vasco

Todo ano, um ou mais times se classificam para a erroneamente chamada “pré-libertadores” (existiu uma pré-libertadores, mas era um grupo com 2 mexicanos e 2 venezuelanos de onde saíam 2 para a verdadeira Libertadores), e isso não foi um grande problema até 2011, quando o Corinthians dos “galáticos” Ronaldo e Roberto Carlos, displicente na “pré” como todo brasileiro até então – a ponto da torcida corinthiana colocar apenas 23 mil pagantes no jogo da ida contra o Tolima, algo impensável hoje – foi defenestrado sem nem ao menos marcar um gol e na 37ª posição da Libertadores, entre 38 participantes. Desde então, os clubes têm tomado muito mais cuidado, e a “pré” tem se tornado um grande estorvo pelo calendário ou mesmo pela dificuldade. Pode ser muito facilmente suplantada, como foi pelo Corinthians em 2015, que abriu 4 a 0 no Once Caldas logo na ida, ou muito angustiante, como para gremistas e atleticanos, que precisaram dos pênaltis para avançar aos grupos contra LDU e Sporting Cristal, respectivamente.

Mas uma coisa são dois jogos, onde zebras devem mesmo ocorrer, outra coisa é a fase de grupos, onde o clube brasileiro, de muito investimento, tem SEIS jogos para reverter intempéries (ajuda também o fato de os juízes ainda não estarem tão na seca para eliminar os brasileiros, como invariavelmente ocorre em todo mata-mata). Mesmo assim, com 6 jogos, alto investimento e juizes menos malandros que nas fases agudas, alguns clubes brasileiros conseguem a façanha de serem eliminados nesta fase.

É inevitável a pergunta: o que é mais vexaminoso? Ser eliminado na Pré, ou na Fase de Grupos? Ante tantas subjetividades, vieses, torcida de jornas e imponderabilidade da Libertadores, só nos resta uma arma: a incontestável matemática.

A Libertadores adotou o atual formato de mata-mata antes da fase de grupos em 2005, e o primeiro clube a enfrentá-la foi o Palmeiras, que superou o Tacuary, numa de suas únicas duas participações na Libertadores, e que hoje anda pelos PORÕES da Terceira Divisão paraguaya.

Desde então, ao menos um clube brasileiro participou da pré-libertadores (às vezes dois), e os resultados foram os seguintes:

2005: Tacuary 2 x 4 Palmeiras

2006: Palmeiras 6 x 2 Deportivo Táchira / Deportivo Cuenca 1 x 4 Goiás

2007: Blooming 0 x 6 Santos / Cobreloa 1 x 3 Paraná

2008: Cruzeiro 6 x 3 Cerro Porteño

2009: Palmeiras 7 x 1 Real Potosí

2010: Real Potosí 1 x 8 Cruzeiro

2011: Corinthians 0 x 2 Deportes Tolima / Liverpool 3 x 5 Grêmio

2012: Real Potosí 2 x 3 Flamengo / Internacional 3 x 2 Once Caldas

2013: LDU 1 x 1 Grêmio (4-5 p.) / São Paulo 8 x 4 Bolívar

2014: Sporting Cristal 3 x 3 Atlético Paranaense (5-6 p.) / Deportivo Quito 1-4 Botafogo

2015: Corinthians 5 x 1 Once Caldas

2016: Universidad César Vallejo 1 x 2 São Paulo

Em 18 oportunidades, apenas em 1 o clube brasileiro falhou em passar. O que dá uma percentagem de 5,56%.

 

Desde 2005 pois, eis o retrospecto dos clubes brasileiros na Fase de Grupos:

2005: Atlético-PR, São Paulo, Santos e Palmeiras classificados. Santo André eliminado.

2006: São Paulo, Goiás, Internacional, Palmeiras e Corinthians classificados. Paulista eliminado.

2007: São Paulo, Grêmio, Paraná, Santos e Flamengo classificados. Internacional eliminado (primeiro campeão da história a ser eliminado nos grupos)

2008: Cruzeiro, Flamengo, São Paulo, Fluminense e Santos classificados.

2009: Sport, Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro e Grêmio classificados.

2010: Corinthians, Internacional, São Paulo, Cruzeiro e Flamengo classificados.

2011: Grêmio, Fluminense, Internacional, Santos e Cruzeiro classificados.

2012: Santos, Internacional, Fluminense, Vasco e Corinthians classificados. Flamengo eliminado.

2013: Palmeiras, Atlético Mineiro, São Paulo, Corinthians, Fluminense e Grêmio classificados.

2014: Cruzeiro, Atlético Mineiro e Grêmio classificados. Atlético-PR, Botafogo e Flamengo eliminados.

2015: Atlético Mineiro, Corinthians, São Paulo, Cruzeiro, Internacional classificados.

2016: por definir

Foram 53 vezes em que um brasileiro foi classificado, e apenas 7 eliminações. 13,21% de eliminações. O Flamengo foi o único a ser eliminado DUAS vezes dos grupos. Somente Inter, Botafogo e Flamengo foram os considerados grandes a serem eliminados.

Portanto, matematicamente falando, o vexame corinthiano ainda assim é o pior. Caso Grêmio e Atlético Paranaense tivessem perdido as suas disputas por pênaltis, teríamos 16,67% de eliminados na Primeira Fase (o que colocaria ser eliminado nos grupos como maior vergonha), porém ambos escaparam fedendo de tal vergonha.

Portanto, qual o maior vexame até então? Em termos de acontecimento, ainda é a vitória do Tolima contra o Corinthians. Em termos de clube, e claro, considerando eliminações em fases PRECÁRIAS, o Flamengo está bem na frente. Se um clube tem 13,21% de chances de ser eliminado nos grupos, as duas eliminações do Flamengo dão uma porcentagem de 1,74%.

Alguns podem dizer que os cálculos não são precisos, pois a edição de 2016 ainda não definiu seus classificados na fase de grupos. De fato. Nenhum brasileiro ainda está matematicamente dentro, e Palmeiras e São Paulo estão em risco, podendo igualar os co-irmãos Santo André e Paulista como únicos paulistas já eliminados na fase de grupos. Aguardemos.

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Santos Campeão Paulista 2010

May 3rd, 2010 | 42 Comments | Filed in Campeonato Paulista 2010, Santo André, Santos

Partida final emocionante no Pacaembu. Há trocentas formas de ver este jogo, seguem uma pá de acontecimentos e reflexões à cerca dos eventos que cercaram a partida final:

  1. Ganso quebrou paradigmas. Jogador não precisa de técnico para decidir jogo. Aquele que se garantir à partir de hoje simplesmente não saia. Saindo emburradinho, é fraco, mimado ou sem auto crítica.
  1. O futebol bonito e vistoso do Santos foi útil para o 2º tempo. Tocando e prendendo a bola no ataque engessou o Santo André quando o time jogava com um a mais
  2. O futebol bonito e vistoso do Santos será útil para esquecer-se o fato do time ter catimbado à torto e à direito desde o início da partida, além da farta distribuição de pontapés.
  3. Neymar e cia atraíram a simpatia aos dribles e malabarismos por fazerem gols e mostrarem que há espaço para qualquer coisa no futebol expondo ao ridículo os choros de Rogério Ceni e Ronaldo, mas o choro da turma do Santo André é válido. Não reclamaram das firulas, mas do cai-cai.
  4. O cai-cai faz parte do futebol. Ou mude-se a regra, ou aceite-se.
  5. O cai-cai faz parte do futebol, mas por que diabos só simulação na área é digna de amarelo?
  6. A final foi boa como poderia ter sido uma porcaria. Modelo de campeonato não garante nada. Mas que ajuda o campeonato ter no jogo final dois times jogando para vencer, ajuda.
  7. A pernada de Marquinhos fala por si própria.
  8. Público e renda: 35.001 pagantes e R$ 2.349.455.
  9. Apenas para ordem de grandeza, em média cada torcedor pagou R$67 (até aquele 001)
  10. Bruno Cesar ferrou com o time dele ficando em campo contundido enquanto Branquinho era substituído. Jogou por água a vantagem numérica da equipe.
  11. A vantagem conquistada na fase de classificação contaram, e muito, para o Peixe.
  12. Santo André encheu os cofres para vender um mando de campo. Amanhã essa grana acaba, antes de outra chance de ser campeão novamente.
  13. O pós-jogo da TV Bandeirantes no campo foi excelente. O repórter deixou os jogadores falarem como bem entendem. Nada de media trainning por ali.
  14. O durante o jogo da TV Globo e da TV Bandeirantes me levaram a crer que o Santos jogava uma final de Libertadores contra um time estrangeiro. Aliás, a chamado da TV Globo para o Rio de Janeiro só falava de Meninos da Vila. Parabéns pela coragem das emissoras em adotarem a linha editorial em favor de um time de forma tão clara. Cobertura de evento não é para ser necessariamente jornalismo. Não há necessidade de imparcialidade como com muita propriedade TV Bandeirantes e TV Globo mostraram. Reforço os parabéns. Espero que passem a adotar esse estilo, ainda que seja para torcer contra os times simpáticos a mim.
  15. O Santos simplesmente aconteceu (e o Santo André também). Quem faz trabalho de longo prazo é Igreja.
  16. Quarta tem confronto decisivo entre artilheiros magros campeões estaduais na crista da onda, mas o destaque ficará para gordos midiáticos. E há quem ainda acredite em ciclo virtuoso de títulos e conquistas…
Final do Paulistão 2010 - Santos FC 2 x 3 Santo André

Será cult e justo vangloriar Ganso, mas "O Cara" foi Neymar

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Santo André e Santos enterraram os ‘coveiros de véspera’

April 25th, 2010 | 39 Comments | Filed in Campeonato Paulista 2010, Santo André, Santos

Fariseu

Cansados de cornetar times e jogadores, a nova moda é decretar qual campeonato presta ou não, antes do campeonato. A pouco cotada final do Campeonato Paulista entre Santos e Santo André mostra que a corneta morreu de véspera.

Quem se dignificou a colocar o rabo no sofá e sossegado assistiu a 90 minutos de futebol, recebeu 90 minutos de bom futebol dignos de uma final de campeonato entre times brasileiros.

Apesar do deboche prévio, a partida mostrou claramente não haver nenhuma discrepância entre o futebol dos dois times e as posições que se encontraram no Campeonato Paulista. Se outro grande não chegou, azar o deles e não do campeonato. Campeonato esse onde depois de muito tempo alguma marca foi deixada.

No Campeonato Paulista 2010 surgiu o furor em relação à convocação de um jogador de 17 anos para a Seleção Brasileira em Copa do Mundo. Gols deste Campeonato Paulista e da Copa do Brasil eclipsaram qualquer tentativa de ressucitar-se fantasmas de 2006. Quem presenciou, vivenciou neste campeonato um ponto notável na curva. Entre 2006 e 2010 a História não foi escrita em Brasileiros e Libertadores, ela está sendo escrita em dois campeonatos que chatos gostam de matar de véspera. Se fuderam.

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Sempre há uma 2ª chance. Domingo que vem Santos e Santo André dão fim a essa história. O badalado Peixe está com as duas mãos na Taça pelo resultado favorável e pelo seu próprio time. O que não impede de ambas equipes colocarem a cereja no bolo e presentearem o espectador com mais um ótimo jogo de futebol.

Quem sabe os chatos que marretam antes do acontecido não se inspirem por times com tantas referências a santos e não mudem de postura como o próprio santo que dá nome ao Estado.

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Noite de redenção.

October 29th, 2009 | 56 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Cruzeiro, Santo André

Pela 32ª rodada do Evandrão/09, Cruzeiro e Santo André se pegaram ontem no Gigante da Pampulha. O Cruzeiro tentando manter sua série de vitórias e o Santo André, após um começo de campeonato interessante, lutando para se manter na Série A no ano que vem.

Apesar da péssima colocação do esquadrão liderado por NENECA (que deve pesar uns 110 kg) e NUNES, eu tinha absoluta certeza que o jogo seria complicado. Primeiro porque o Santo André já tinha complicado a vida do Palmeiras e vinha animado pras bandas de Minas. Segundo porque eu estava ostentando a nova camisa que ganhei da única torcida que tem meu apoio incondicional – além da T.F.C. e da Garra Norueguesa que são Hours Concours (DOMINA MEU FRANCÊS, CAMBADA!). E pra toda nova vestimenta que se usa nos jogos, há que se pensar no risco de mexer em “time que tá ganhando”. Se, em 42 jogos que eu fui com praticamente a mesma roupa, o Cruzeiro ganhou 34, qualquer mudança tem que ser muito bem analisada.

Cachazeiros

Torcida organizada? O negócio é Torcida ALCOOLIZADA! Que venha 2014!!!

Não sei se por causa da camiseta ou de qualquer outra pé-friagem, o Cruzeiro começou muito melhor, mas sem conseguir acertar, efetivamente, o gol. Guerrón (não consigo MENSURAR ainda a real importância dele pro time)  e T. Ribeiro perderam gols incríveis no 1° tempo. Gilberto acertou um balaço no travessão e D. Renan quase marcou num tiro de fora da área que passou à esquerda do gol de NENECA (só de ser um jogador profissional com um nome desses, que nos remete aos times de 1932 e 1946 do brioso Grêmio Esportivo Carmelitano, o cara já merece a tarja azul). Do outro lado, Nunes fazia o que podia pra dar algum perigo para Caçapa e T. Heleno. Nem precisava. Os dois se complicavam muito bem sozinhos. Mas o Santo André não criava e o Cruzeiro pressionava. O 1° tempo terminou em 0x0 por pura incompetência do time estrelado.

Veio o 2° tempo e a notícia de que Inter perdia pro São Paulo e o Flamengo sofria com o Barueri. E tome bola na área do Santo André e a trave parando Gilberto de novo. Até que aos 13 minutos, Jonathan deu um lindo passe para Guerrón que tocou entre as pernas de NENECA. Cruzeiro 1×0 e todo mundo achando que ia virar um massacre. Ledo engano. Em 11 minutos, com Nunes aos 17′ e Júnior Dutra aos 28′ o Ramalhão virou e deu aquele ar de dramaticidade que todo mundo gosta na fase final do campeonato. E aí começou o JOGO:

Adílson Batista trocou Guerrón pelo garoto Eliandro, que veio da base e sacou Caçapa para a entrada de Leandro Lima. E num passe de Gilberto – porque aquilo lá não é um mero cruzamento – brilhou a estrela do novato. De cabeça Eliandro empatou o jogo aos 38′ e botou o Mineirão pra tremer.  Visivelmente emocionado, o garoto mal sabia como comemorar o gol.

Com o gol, o Cruzeiro foi todo pra cima. Até que veio a catarse. Bernardo entrou aos 43′ no lugar de Gilberto, que saiu ovacionado de campo, recebeu uma bola espirrada por M. Paraná em posição de impedimento aos 46′, encostou pra Jonathan que cruzou para T. Ribeiro mostrar mais uma vez o porque de sua fundamental importância. Cruzeiro 3×2 e em quinto lugar graças ao Barueri (VALEU, VAL BAIANO).

 

 

A redenção!!!

A redenção!!!

O Cruzeiro recebe agora o Fluminense em busca de sua 7ª vitória consecutiva. Joga as 18:30h sabendo de todos os outros resultados. E está a 1 ponto da Libertadores. Dá pra crer.

*****

Gaburah, de nada. Como te falei, nos alegramos em ajudar o Botafogo.

*****

Termino com o vídeo de Adílso Batista comemorando o 3º gol. Se ele fez isso, imagina o que eu fiz:

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Fluminense embalado

July 13th, 2009 | 14 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Fluminense, Santo André

Embalado ladeira abaixo.

Fluminense 0x1 Santo André

Com gol contra de Wellington Monteiro aos 3 minutos de jogo, o Tricolor perdeu em casa para o Santo André e acordará segunda-feira na zona de rebaixamento.

O post poderia terminar aqui, pois o resultado é auto-explicativo. Mas desencavei alguns detalhes para registrar:

Ruy Cabeção fez bom primeiro tempo simplificando em todos os lances que ligavam o meio-campo para o ataque, com o bônus de ter se entendido com Conca. Ainda assim, não ficou claro bom aproveitamento em uma específica função de lateral direito. O jogador não foi insinuante nem mesmo no 1º tempo quando jogou bem. No 2º, Ruy não apareceu no jogo.

João Paulo é um coitado. Ainda nervoso e ansioso em campo. Talvez nas divisões de base e nos treinos se destaque e jogue solto, mas nos profissionais, parece-me empenhado em demasia com esquema tático ou coisa assim e pouco acrescenta para o time.

Se está difícil ir com esses laterais, não seria uma boa testar um esquema onde estes não sejam essenciais ofensivamente?

A Seleção Brasileira que ganhou a Copa das Confederações jogava Robinho para a ponta esquerda e segurava André Santos, dando liberdade a Maicon. O Fluminense não poderia tentar algo semelhante (guardadas devidas proporções) e sacar o lateral-esquerdo? Ou mesmo jogar sem laterais e que Ruy atue um tanto mais como meia-armador?

Jogadores para a ponta o Fluminense tem. Maicon, Tartá e Alan por exemplo.

Por falar em Maicon, Tartá e Alan, gostaria que os três formassem o trio ofensivo tricolor, além de Conca. Mas isso é mero devaneio. Jamais acontecerá. Pelo menos não por opção.

Edcarlos deveria esquentar logo a reserva de Cassio, mesmo que seja para ver que o jogador que veio do Avaí não presta. O zagueiro que substitui o Monstro comete inúmeras batatadas na zaga e ainda cataliza a antipatia da torcida. O zagueiro tem como boa característica aparecer no ataque, entretanto, neste momento em que o Flu anda um tanto desorientado em campo, sua presença ofensiva invariavelmente remete ao desepero e à bagunça. Banco nele já!

O Santo André com seu gol no início do jogo, foi bem com seus zagueiros, uma vez que o Fluminense conseguia até tocar a bola no meio-campo de jogo, mas não criava oportunidades de chutar bem de dentro da área ou mesmo concluir cruzamentos.

Coube também apreciar a forma como  Marcelinho Carioca pega na bola. Especialmente porque o jogador ligou o foda-se há muito tempo e somente se interessa nos lances de efeito, nem que com isso espirre o taco e arme o contra-ataque do adversário. De qualquer forma, para quem está assistindo ao jogo é bem legal. E garanto que não é nada interessante para o goleiro adversário quando a bola chega até ele. Que o digam os rebotes dados para dentro da área por Ricardo Berna.

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