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Artigos sobre ‘Sport’

E agora, Belluzzo?

November 12th, 2009 | 22 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Palmeiras, Sport

Elenco do Palmeiras comemorando aniversário de Simon

Elenco do Palmeiras comemora aniversário de Carlos Simon e Marcelo de Lima Henrique em 2008

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Roni matou o Leão

August 7th, 2009 | 23 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Fluminense, Sport, Vitória

Fluminense 5x1 Sport

Mãe: – Até que enfim! O time jogou bem ou o outro que foi muito mal?

Filho: – As duas coisas

Este diálogo aconteceu enquanto tomava a minha canja após Fluminense 5×1 Sport. O filho em questão, é o autor.

O Sport foi muito mal, especialmente no primeiro tempo, o que não invalida o Fluminense ter ido muito bem, também especialmente no primeiro tempo.

Um tempo em que Roni ganhou nota 10. Participação intensa nos três gols. O primeiro então muito bonito com inúmeras triangulações sendo ele vértice em todas: Roni-Marquinhos-Roni-Conca-Roni-Magrão-Roni-Kieza.

Neste lance, Roni conseguiu até me criar um problema teórico. Sua furada antes do passe para Kieza entra para o Troféu Josiel?

Cabe salientar que nos três gols, Kiesa estava junto com ele, participando. Nois dois primeiros, óbvio. E no terceiro, no de penalty, também estava por ali para opção em que Roni resolveu driblar (foi xingado por mim pois achei que ele tinha adiantado demais a bola).

O Sport estava mal, muito mal. Tanto no que diz respeito a marcar os contra-ataques do Fluminense com Roni, Conca, Kieza e Ruy se apresentando pela direita para dar opção, quanto nos chutes a gol. Nos poucos momentos que desenrolou em oportunidades de chutar, os pernambucanos isolavam a bola como se estivesse fazendo de sacanagem.

No protocolar 2º tempo, O Sport melhorou um pouquinho, mas o Flu não caiu o ritmo.

Destoando da turma tricolor, somente Wellington Monteiro, que nem no iluminado primeiro tempo escapou das vaias da torcida. Foi ele quem praticamente obrigou o Sport a chutar certo para o gol ao dar de presente um penalty ao time de Recife.

Roni e Kieza

Fred e Liminar Amaral para que?

Mas o 2º tempo de um jogo fácil serviu para começar a perceber algumas características que acompanham as equipes treinadas por Renato Portaluppi como o time jogar na bola, percepção de que os jogadores se entregam em campo e os zagueiros marcando praticamente dentro de sua área.

Outra coisa que deve incomodar Renato são as laterais. Na esquerda, ele acabou subsituindo Dieguinho para por Carlos Eduardo no meio e empurrar Marquinhos para a lateral. Improvisar pode acabar sendo um caminho. Se Marquinhos não foi muito ativo na nova posição, Carlos Eduardo foi muito bem no meio, marcando até gol. Diogo também esteve bem no 2º tempo aparecendo bastante para o jogo.

Maicon que saíra do banco também marcou um gol em jogada de Conca que serviu mais para homenagear a ótima partida do argentino que para qualquer outra coisa.

O Sport foi muito mal na parte à vera da partida. Durante o amistoso que foi o 2º tempo, Vandinho buscou jogo com Luciano Henrique e Helder Granja buscou jogo com alguma qualidade, mas nada que colocassem marcação azul. Apenas evitou que levassem vermelho, como o resto do time nordestino.

****

Exceção feita à partida contra o Atlético-PR na rodada anterior, é perceptível a evolução do Fluminense com Renato Gaúcho.

O técnico adotou assim que entrou um modelo com apenas 1 atacante para enfrentar dois líderes fora de casa e o Cruzeiro vice-campeão da Libertadores no Maracanã, da mesma forma como eu faria.

Kieza lutou sozinho enquanto o Flu tentava proteger a bizonha defesa. Endureceu todas as partidas mas não conseguiu resultados satisfatórios. De qualquer forma, deve ter servido para colocar um pouco de ordem na casa enquanto criava demanda para mais um atacante, opção tentada contra o adversário direto Atlético-PR, não bem sucedida.

De toda forma, o passo atrás pode ter refletido agora na partida em casa contra o Sport, com dois atacantes e time bem acertado dentro de campo, criando opções de ataque e defendendo razoavelmente bem.

Tudo parece seguir um roteiro, o tal “planejamento”. E a lenda que Renato Gaúcho é um mero motivador encontra espaço por aí.

Vitória x FluminenseO próximo capítulo dessa saga tricolor é contra o Vitória no Barradão. Time que perdeu fôlego desde que soltaram uma notinha de que Carpegiani poderia assumir o Flamengo e time de alguns Leandros enxotados das Laranjeiras.

Boa oportunidade para observar a quantas anda a evolução do time de Renato com dois atacantes em partida fora de casa contra um time em início de crise. É possível sim que o Fluminense jogue bom futebol nesta partida.

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O adeus de um ÍDOLO!

July 30th, 2009 | 31 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Cruzeiro, Sport
Adios, Juampi!

Adios, Juampi!

Uma vez perguntei a um grande amigo cruzeirense o seguinte: “Cara, se você tivesse que escolher seu maior ídolo, qual seria?” Ele respondeu na hora: “Alex”. Fiquei um tempo matutando aquilo. Alex foi campeão de quase tudo no Cruzeiro e deu ao time azul-estrelado seu título mais esperado: o Brasileiro/03. Mas eu não consigo imaginar o Alex como meu grande ídolo. Ele é o grande ídolo da torcida do Palmeiras. Todo mundo sabe que ele gosta de lá. Dias depois perguntei de novo: “Velho, e se você tivesse que fazer uma bandeira de um jogador do Cruzeiro?” Daí ele mandou: “Aí seria o Sorín!” E eu: “É disso que tô falando, cara. O maior ídolo da torcida é o Sorín. Ele nem ganhou tanta coisa quanto o Alex, mas demonstrou algo que o Alex nunca nem pensou em demonstrar. Amor. O Alex respeitava o Cruzeiro. O Sorín ama.” A partir daí, sempre que pergunto ele responde na lata: “Sorín!”

Um rosto para uma bandeira!

Um rosto para uma bandeira!

Terça-feira fui surpreendido com uma das notícias mais tristes que recebi nos últimos tempos. Juan Pablo Sorín anunciava a sua aposentadoria. Sua volta ao Cruzeiro foi cercada de expectativa da torcida, mas as seguidas contusões que só permitiram 7 jogos em 6 meses, acabaram adiando os planos do argentino mais querido do Brasil. Ao que tudo indica, Sorín só esperava o fim da Libertadores para poder encerrar a carreira. Na entrevista em que anunciou sua retirada dos campos, Juampi ainda deixou implícito que estava chateado com o professor A.B..

Sorín é gol!

Sorín é gol!

Preterido pelo técnico no clássico contra o Galo e na final da Libertadores, jogos em que tinha condições, se sentiu desnecessário e pediu pra sair. Meu pai chegou a comentar comigo que, numa entrevista para Jaeci Carvalho, Sorín afirmou que com 15 minutos tiraria Verón de campo – os dois se estranharam num jogo entre Villareal e Inter pela Champions e desde então não se falam – e que, assim, ajudaria muito ao Cruzeiro. Concordo. Mas, com o time todo armado para a final, com G. Magrão jogando razoavelmente, não seria arriscado entrar com Juampi e correr o risco de perder uma substituição cedo ou porque estivesse cansado ou por outro motivo? Não sei. O que sei é que, pelo menos no caso da final, não consigo achar o A.B. culpado.

Mas o que quero exprimir aqui é meu orgulho e minha gratidão de ter tido no time que amo um jogador que, por mais que não tivesse obediência tática nenhuma, marcava e atacava muito bem, fazia gols e foi o sinônimo de uma era no Cruzeiro. O único jogador que eu conheço que até os atleticanos respeitavam imensamente. Um jogador que jogava por amor ao meu time, que me fazia sentir que eu estava jogando, que se emocionava a cada gol. Um jogador que após sua volta, assistiu um jogo inteiro ao lado do animador da Máfia Azul, no meio da torcida mesmo e que todos sabiam que ele se sentia em casa.

O argentino mais cruzeirense do Mundo.

O argentino mais cruzeirense do Mundo.

Eu espero, sinceramente, que o Cruzeiro faça uma homenagem à altura do maior ídolo da minha geração. Um jogo de despedida e depois uma oferta para que o Hermano trabalhe com o Cruzeiro, como embaixador do time, nas categorias de base ou, minha preferência, como dirigente mesmo, a exemplo de Leonardo no Milan. O Cruzeiro deve isso a sua torcida, ainda mais se deixou o maior ídolo dela  terminar sua carreira por um capricho do treinador. O Cruzeiro deve isso a ELE.

Não vou enumerar aqui a quantidade de gols que comemorei do Sorín, nem a quantidades de vezes que me emocionei com sua demonstração de amor ao clube. Só pra dar dois exemplos, procurem saber sobre o gol dele na final da Copa Sul-Minas de 2001 no dia de sua despedida (contratado pelo Barcelona, Sorín deu uma aula para os Ramires da vida de como jogar o último jogo) e sobre a carta que leu na sua primeira saída do clube. Fico satisfeito de saber que ele resolveu morar em BH. Pelo menos posso ter a felicidade de encontrar ele por aí e falar tudo que escrevi aqui pessoalmente.

Adios, Juampi. Um abraço de um cruzeirense eternamente grato!

Enquanto isso, no Brasileiro…

O Cruzeiro venceu ontem por 1×0, na bacia das almas, o Sport no Mineirão. O jogo foi bem equilibrado, mas, enquanto teve 11 jogadores, o Cruzeiro era bem superior. O problema é que isso só durou até os 32 minutos do 1º tempo quando o jovem Diego Renan foi expulso. Não consegui ver se ele pegou no jogador, mas, se pegou, foi justo o cartão. A partir daí o Leão equilibrou as ações e teve chances até claras de fazer o gol. O Cruzeiro cansava de errar gols e passes, o que deixou a torcida impaciente com 3 jogadores em especial: G. Magrão, T. Ribeiro e Fabrício. Eu não gosto de vaiar, mas ontem eles realmente não jogaram bem.

Enquanto isso, Fábio, M. Paraná, Kléber, Jonathan e, principalmente, Fabinho seguravam o Cruzeiro. Esse último fez uma partida memorável, mesmo atuando improvisado na zaga ao lado de T. Heleno que, ao meu ver, não comprometeu ontem. O jogo ia caminhando para um 0x0 terrível para o Azul Mais Lindo do Mundo, depois de duas defesas impressionantes de Magrão em chutes de Kléber e mais uma de Fábio numa cabeçada de um jogador do Sport que não consegui identificar. Até que o Gladiador aprontou das suas. Aos 40 minutos do 2º tempo, o jovem talento Bernardo entrou, tocou uma bola para Kléber que sofreu falta dura de Dutra. Vermelho e igualdade de jogadores. Aliás, o time pernambucano bateu demais.  Aos 42, bola lançada para Bernardo que fez bela jogada, tocou para W. Parede (entrou muito bem) que achou Kléber. O Gladiador deu uma gingada, tirou dois jogadores do páreo e botou a bola no ângulo do goleiro Magrão. Cruzeiro 1×0 no apagar das luzes.  Kléber foi pra câmera e dedicou o gol ao ídolo-mor. “Sorín, esse foi pra você. Tamo junto, velho!” Se o Cruzeiro perde um ídolo, corre o risco de ver outro surgir. Se conseguir ficar mais tempo no Brasil, acredito que Kléber tem tudo pra fazer história no Clube.

Alívio azul e mais 3 pontos na sacola. O Cruzeiro agora é o 14º com 17 pontos e um jogo a menos que os rivais. E tudo leva a crer que brigará pelas pontas da tabela. Vamos com fé!

Saudações azuis!!!

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Como torcer contra Marcos?

May 12th, 2009 | 25 Comments | Filed in Libertadores 2009, Palmeiras, Sport

Não tem como.

Juro que tentei pensar em alguma forma.

Até torcia pelo Sport pela empolgação na partida, além do que era ele o time quem tinha de ir atrás do placar.

Mas Marcos salvou o Porco. Com defesas durante o jogo e principalmente no último chute de Ciro, além da disputa de pênaltis.

Lugar comum o goleiro vencedor da disputa de pênaltis virar herói e se consagrar. Mas ele sendo Marcos fica melhor. Eu não conheço alguém que antipatize com o cara. Se você for esse alguém, favor dizer nos comentários. Só vendo para crer.

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O jogo seguiu um roteiro bem definido com o Sport atacando e o Palmeiras se defendendo. Por volta da metade do 2º tempo entrou no ritmo de decisão com a pressão desordenada pernambucana, que tinha chances já que Paulo Baier fora sacado no intervalo.

Diego Souza saiu de maca quando começava a levar vantagem sobre seus marcadores em contra-ataque e o Palmeiras passou a se defender mais ainda até que Luciano Henrique foi entrando pela defesa e disse para Wilson: “-Faz, criança“.

Ainda restavam 10 minutos regulamentares e a dúvida pairava, quem atacaria?

Atacou o Sport, e apareceram bem nestes 10 minutos Luciano Henrique, Ciro no ataque do Sport e São Marcos no gol palmeirense.

Jogo nos penaltis e a invenção de Luxemburgo, Mozart perde o seu, mas acaba salvo por Marcos. Palmeiras passa adiante e enfrentará o Nacional nas quartas.

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Keirrison x Ciro

Vantagem para o pernambucano no 1º tempo. Finalmente o vi como titular e gostei do que vi.

No 2º tempo, os dois ficaram apagados. Keirrison foi substituído e Ciro voltou a aparecer somente depois do gol do Sport.

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Pelo fim da palhaçada

Nada deu mais prazer que a atitude do árbitro com Souza do Palmeiras. O defensor palmeirense ao ver que ia ser substituído enrolou e começou a ir andando devagar. O juíz não se fez de rogado e mandou que se reiniciasse a partida. Ao sair a bola, a mesma cena.

O bobalhão se joga no chão para que a partida seja interrompida, mas não é correspondido, e a jogada se desenrola próximo a ele, fazendo com que se levnate e corra como um filho da puta. Quando a bola sai novamente, o jogador dá o migué, cai de novo e toma o amarelo, além de ser obrigado a sair rápido do campo. EXCELENTE!

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Artigos complementares:

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Palpites para o Brasileirão 2009

May 7th, 2009 | 48 Comments | Filed in Atlético-MG, Avaí, Botafogo, Campeonato Brasileiro 2009, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Internacional, Náutico, Palmeiras, Santos, São Paulo, Sport, Vasco, Vitória

Neste fim de semana começará o Brasileirão que irá atravessar um longo e tenebroso Inverno, uma Primavera e abrirá o Verão.

Choverá gente dizendo que não tem como se fazer previsão porque tem times disputando Copa do Brasil, Libertadores, terá a tal da janela, outros trarão reforços, tem clube que tem time mas não tem elenco e blá-blá-blá.

Há 6 anos a temporada é bem parecida. Não dá para fazer previsão é o diabo. Porque desde que o Mundo é Mundo, o ser humano faz previsões.

Se elas são certas… bem… aí são outros quinhentos…

Para simplificar minha mente, não tentarei fazer grandes elucubrações sobre os problemas internos dos clubes, etcetera e tal. Até porque, isso pode atrapalhar um ou outro clube de fato, mas não causaria tantas modificações no geral.

Também imaginarei os times mais ou menos como estão, até porque não acredito nesse ano de novo (à respeito do ano passado) que a maioria mude radicalmente para melhor ou pior.

Colocarei na ordem de classificação final, mas serve mais como referência de disputa.

1) São Paulo – o bicho é tricampeão, contrata mais que todo mundo e consegue manter quem quer. Por qual razão não seria meu favorito. Para mata-mata, o São Paulo pode não assustar, mas de pensar que quando um atacante está em má-fase o time tem a possibilidade de poupá-lo para colocar Dagoberto, ou então pode escalar Arouca no meio para substituir outro meio-campo, este time entra na longa competição de regularidade com vantagem sobre os demais.

2) Flamengo – o tricampeão carioca mantém a base cara e boa há algum temp0. Acostumou-se a ficar na parte de cima da tabela e Kleberson vem jogando aqui no futebol interno como se espera de um Campeão do Mundo. Se o que se diz do Cuca é que ele necessita de tempo, este ele teve e com o Flamengo vencendo o que importava: Estadual e chegando às quartas da Copa do Brasil. A parte bisonha do time que é o ataque foi resolvida com a contratação de Adriano. Eu não acredito que o Imperador falhe no CRF, se jogar de má-vontade já é lucro. Além do que, a torcida entrará motivadíssima desde o início do campeonato.

3) Internacional – O Inter anda devendo desde o Mundial. Tem um time poderoso que até agora contra ninguém mostrou ao que veio. Em 2007 e 2008 deu mostras de que pode alcançar algo que os demais times não podem, mas por outro lado, foi um time preguiçoso e acomodado. Fico cético por isso, mas ainda assim estou otimista em relação ao Colorado, até porque tem Nilmar, para mim o principal atacante brasileiro.

4) Grêmio – Um time maluco. Pode não ter ninguém ali, mas é um time vencedor toda vida. Isso basta para acreditar no Grêmio. E se pensar na consistência que o Corinthians vem tendo em Série B e Copa do Brasil (vide explicação do Timão mais embaixo), o que dizer do tricolor gaúcho na Série A e Libertadores? Além do que, Autuori chegará, e tem a tradição de melhorar trabalhos bem encaminhados (Botafogo de Jair Pereira em 1995; Cruzeiro de Levir Culpi em 1996;7 São Paulo de Leão em 2005)

5) Cruzeiro – Duas Libertadores consecutivas com vaga conquistada no Brasileirão, um meio-campista badalado (Ramires), um poderoso atacante que já não é um rookie (Kleber) dirigido por um técnico com mais de ano de casa.

Aqui a coisa já começa a ficar mais nebulosa para mim:

6) Corinthians – Da mesma forma que não vou especular sobre contratações, também imaginarei que Ronaldo continuará como está ou evoluirá um pouco. O Corinthians, vem evoluindo desde 2006. Mesmo com o rebaixamento de 2007, conseguiu arejar o time, sendo o grande rebaixado que melhor se saiu, não só na Segundona, como na temporada. Inegavelmente, teve consistência no ano de 2008 e trouxe para 20009 como mostrou sua campanha no Paulistão e a virada contra o Atlético-PR na Copa do Brasil. Falta-me comparação do Corinthians com os outros, mas mal não creio que vá.

Cleiton Xavier

7) Palmeiras – Apesar de Luxemburgo, eu não acredito no Palmeiras (novamente esse ano). Não sei porque, simplesmente não acredito. Mas o time é caro, tem Luxemburgo,  Keirrison sem a pressão do mata-mata pode sair-se melhor. Resta também que Diego Souza não se apague na presença de Cleiton Xavier, o melhor do time.

8 ) Fluminense – Eu não acredito no Fluminense. E nesse caso sei porque. ODiego Tardelli

sistema defensivo do time é muito ruim. Os laterais e os volantes são todos fracos, fica difícil um time ser competitivo 38 jogos assim. Na parte que deveria ser o ponto forte do time, a ofensiva, já não acho que Fred será tudo o que achavam que ia ser (embora assim como no caso de Adriano, mesmo de má-vontade já está de bom tamanh0) e definitivamente não carregará o time sozinho nas costas (como Nilmar-INT ou Kleber-CRU podem vir a fazer). Thiago Neves sairá, o que acho fará com que Conca jogue melhor. Fica-se muito dependente de Maicon e Tartá que não tem punch para serem protagonistas de um time para brigar pelo título.

Um pouco mais nebuloso:

9) Botafogo – Se nos anos anteriores, quando vinha bem, o Botafogo já fraquejava em algum momento, imagino nesse que chegou pior, com menos auto-estima. Fico curioso até que ponto esse time poderá segurar a onda. Conta à favor, o tempo de permanência de Ney Franco no time, e a consciência que ele deve ter das dificuldades. Acho muito pouco provável que vá pegar uma Libertadores.

10) Vitória – Deixou a pulga atrás da orelha ao quase perder a vaga para o fraco Galo na Copa do Brasil.

11) Santos – Está definitivamente melhor que ano passado. Ainda tenho preconceito com o time que foi quase deixado à míngua em 2008. Ainda tem de me mostrar um pouco mais em 2009, afinal, um de seus destaques vem sendo o rebaixado Madson. É pouco ainda.

12) Sport – Paulo Baier está lá. Eu não acredito em Paulo Baier

13) Goiás – Livrou-se de Paulo Baier. É um bom sinal.

14) Atlético-PR – Não acho que vá ser tão mal, mas não sei quem acima vai ficar abaixo do campeão paranaense, que entra no Brasileirão sob efeito de uma senhora virada do Corinthians na Copa do Brasil.

15) Atlético-MG – Está aí um time que terá de se esforçar. Refuto qualquer antecipação de se projetar o Atlético como um clube pequeno, mas que é ele quem deve há mais tempo colocar um pouco de temor nos adversário, isso é. De qualquer forma, deve começar o campeonato muito bem, para despencar no meio do caminho (efeito da “Curva Celso Roth”)

16) Coritiba – Já está se valendo do saudosismo ao contratar René Simões, treinador da campanhda que tirou o time da Segundona. Eu não levo fé.

17) Náutico – Não o coloco aqui somente por achar que pode cair, mas também que torcerei para isso acontecer. Gostei do time em 2007 e torci para ele ficar, ainda mais com a estratégia de Roberto Fernandes de ir direto ao ponto nos jogos contra os rivais do rebaixamento e poupar contra os que achava que a chance de vitória era menor. Mas ano passado peguei uma antipatia pelo Náutico por conta do estádio horroroso para se jogar bola (também fiquei com antipatia do violento time do Sport).

18) Avaí – Não sei nada sobre e não tenho opinião formada

19) Santo André – Idem a Avaí mas torço para que caia porque não consigo ver algo que um dia me atrairá a ver jogo desse time.

20) Barueri – Idem a  Santo André

21) Vasco – Volta para a Primeira com o pé nas costas. Deve se preocupar em ganhar a Copa do Brasil para já voltar com a Libertadores em pauta.

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Palmeiras x Sport – Começa a Libertadores

May 5th, 2009 | 14 Comments | Filed in Libertadores 2009, Palmeiras, Sport

Palmeiras x Sport

Fase de grupos da Libertadores interessa mesmo somente para to orcedor do clube que participa, pois o máximo que se pode acontecer é um fiasco. Classificação para os clubes brasileiros é o protocolo.

Agora fica bom de ver, e a estreia dos brasileiros curiosamente vem apimentada pela única coisa que chamou atenção dos que não tem time na Libertadores: a neo-rivalidade entre Sport e Palmeiras.

Hoje, 21:15 começa a Libertadores, com cara de Copa do Brasil, mas Libertadores.

A impressão que se tem é de um Sport mais confiante, desde o ano passado, que vem superando com folgas seus objetivos contra um Palmeiras que vem chegando aos trancos e barrancos.

Todavia, a cada estágio superado pelo Rubronegro (por que o Sport não aproveita a ocasião de maior exposição nacional que tem para jogar com seu uniforme principal?)  e pelo Alviverde o passado é resetado, porque no frigir dos ovos, ambos estão em igualdade de condições.

Irei me abster de dar qualquer palpite. Aproveitarei para curtir o confronto.

Mas nada impede que a rapaziada se manifeste.

Quem seguirá adiante na Libertadores?
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A História de 1987

November 7th, 2007 | 812 Comments | Filed in Copa União 1987, Flamengo, Futebol, Sport

Esse post era pra ser escrito daqui a mais de 1 mês, mais precisamente dia 13 de dezembro de 2007 quando se completa exatos 20 anos do campeonato mais discutido, falado e comentado da história do futebol brasileiro. Mas influenciado por alguns textos que li agora há pouco, olhei pro teclado e pensei: “senta o dedo nessa porra”.

O Campeonato Brasileiro de 1987 começou antes de 1987. Vale a pena uma rápida relembrada do cenário no qual o futebol brasileiro se encontrava na época.

Desde que o mundo é mundo, são várias as causas das guerras. Porém, há 1 motivo em comum à todas as guerras, o interesse econômico. Historiadores de diversas e distintas correntes concordam que atrás de toda guerra há, no final das contas (e no início), o dinheiro, os recursos, o famoso “faz me rir”. A guerra política da CBF com os principais times do Brasil não era (é) diferente. Os patrocínios, publicidade, direitos (de imagem, principalmente), transmissão dos jogos, cotas, e diversos “esquemas”, faziam parte da disputa. A CBF vivia grave crise financeira e um grande descrédito. O prejuízo amargado pela entidade ameaçava até mesmo a realização do certame de 1987.

A verdade é que o Campeonato Brasileiro era inchado e mal administrado. O campeonato de 1979 chegou ao cúmulo de ter 94 times participantes. Na década de 80 a média girou em torno de 45 times por competição até 1986.

Em 1987 foi criado o Clube dos 13, que reunia os tais principais times do país. Para o Campeonato Brasileiro daquele ano, a liga independente criou a Copa União. Liderado pelo Sr. Carlos Miguel Aidar – então presidente do São Paulo – o Clube dos 13 fechou patrocínios com a TV Globo, Coca-Cola e Varig. A fórmula não seria mais a de 50 times divididos em grupos sorteados ao acaso aonde um time grande jogava contra um Arimatéia. A CBF teve que concordar. Ela era boazinha? Evidente que não. A CBF, na figura de seus dirigentes, concordou pois se viu sem saída. Ia contra os 4 grandes do Rio, 4 de São Paulo, os 2 de Minas, os 2 do Rio Grande do Sul e o Bahia. Goiás, Santa Cruz e Coritiba participaram como convidados, prática comum até hoje em outros campeonatos. Alguns esperneiam pela Copa União não ter inserido times com boa colocação no campeonato brasileiro de 1986, casos do Guarani e América-RJ. Não encontrei documentos disponíveis que oficializem os critérios para a escolha do Clube dos 13 e seus convidados. Se alguém tiver acesso, por favor.

Mas querer validar campeonatos de um ano por campeonatos do ano anterior é complicado quando não havia sistema de acesso e descenso por esses. O Vila Nova de Minas quando ganhou a 2ª divisão de 1971, não jogou a 1ª divisão em 1972 (foi sumariamente excluído pela CBF?). Já o Remo, vice da 2ª divisão em 71, disputou a 1ª em 72. O Fluminense virou a mesa apoiado pela CBF em 1997. Não satisfeito, 2 anos mais tarde, pulou da 3ª para a 1ª divisão. Em outra ocasião, a CBF revolveu dar um jeitinho quando da 1ª caída do Grêmio e promoveu os 8 primeiros colocados da segundona para o retorno do tricolor gaúcho à 1ª divisão. Em 1999 prejudicaram o Gama, pois o Botafogo seria rebaixado, mas tudo foi “resolvido” em 2000 com a Copa João Havelange, que atendeu ao interesse geral.

Em 1987, a CBF ficava em maus lençóis. Quem colocaria sua grana num campeonato sem organização, sem times representativos, sem relevância? Como viabilizar? Quem investiria para o campeonato existir

“Cansados das fórmulas mirabolantes e dos desmandos da CBF, os grandes clubes se uniram em 1987, para criar o Clube dos 13. Apoiados por patrocinadores e pela opinião pública, organizaram um brasileirão de verdade. Nascia a Copa União, um sucesso de marketing.”

Revista Placar, edição especial de julho de 1999

Com grandes rendas, emocionantes partidas, todos jogando contra todos, a Copa União foi sucesso de crítica e público. A média de presentes nos estádios, a renda e o interesse pelo campeonato aumentaram significativamente. Restou à CBF a organização de um outro campeonato, que a entidade máxima do futebol brasileiro convencionou chamar de “módulo amarelo”, e chamou a Copa União de módulo verde.

“Diante do sucesso iminente do campeonato, se irritaram os Srs. Otávio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid, que se mantinham anos no poder na CBF. Tudo que Otávio e Nabi não queriam era a autonomia dos grandes clubes que, com sua popularidade, não precisavam da CBF para organizar campeonato – como acontece na Europa, onde, por exemplo, a Premier League inglesa não é a mesma entidade que gere a seleção nacional.”

Blog do Torcedor – site do Globo Esporte

Depois de sua própria aceitação, a CBF impôs (não foi uma proposta, foi uma imposição), um cruzamento entre os campeões e vice campeões dos “módulos”. Um quadrangular entre os finalistas dos módulos para saber quem seria o campeão daquele ano. Obviamente o Clube dos 13 e todos seus integrantes foram contra. Ora bolas, a competição era organizada por quem? Aceitar tal anomalia da CBF era refutar a própria existência do Clube dos 13. Está no O Globo de ontem, 06/11/2007, quando Eurico Miranda soube da exigência da CBF, ligou para Aidar, que marcou uma urgente reunião do Clube dos 13, aonde todos os representantes concordaram que não faria sentido tal cruzamento dos vencedores dos módulos.

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No campo, o Flamengo, depois de um início irregular, melhora consideravelmente, passa pelo esquadrão do Atlético-MG, melhor time do campeonato até então, numa semi-final histórica  e sagra-se campeão brasileiro de 1987, disputando a final contra o bom time do Internacional diante de quase 100 mil pessoas no Maracanã, independente das disputas políticas de dirigentes com a CBF. Flamengo e Internacional seguem a orientação do Clube dos 13 e não se curvam às exigências da entidade. Que credibilidade teria um Clube no qual seus associados não cumprem o que foi determinado previamente? Quando pessoas como Emerson Leão, diz que “o Flamengo fugiu do Sport”, além de estar delirando, ele não conhece a História.

No módulo amarelo, organizado pela CBF, pra variar a decisão foi um tanto espantosa. Nos 2 jogos entre Sport e Guarani, 1 vitória para cada lado. Os dois clubes partiram para a decisão por pênaltis. Acabou em 11 a 11, sem ter um vencedor. “Ninguém no resto do país tomava conhecimento dessa estranha e bizarra decisão. Ninguém no país inteiro viu os presidentes do Sport, Homero Lacerda, e do Guarani, Leonel Martins de Oliveira, entrarem em campo e acordarem em dividir o título”.

O ano terminou com o Flamengo campeão e uma dúvida. O campeão e vice de 1987 disputariam a Libertadores do ano seguinte. Em 21 de janeiro de 1988, o presidente do Conselho Nacional de Desportos, Manoel Tubino, veio a público afirmar que o Flamengo era o campeão brasileiro de 1987. A afirmação de Tubino contrariou a dupla que comandava a CBF, formada por Otávio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid. A CBF se apressou e no dia 31 de janeiro de 1988, marcou o jogo em Campinas, que acabou 1 a 1. O segundo, em 7 de fevereiro de 1988, em Recife, 1 a 0 para o Sport. E a entidade o proclamou campeão. A CBF indica Sport e Guarani para representar o Brasil na Libertadores de 1988. Vários processos vão e vêem nos tribunais, e depois de 10 anos, em 1997, finalmente o Sport ganha o título no tapetão com o aval e apoio da CBF.

A polêmica não pára por aí. Muito se fala em quando a CBF impôs seu quadrangular, se antes ou depois do campeonato iniciado. Uns dizem antes, outros dizem na 5 rodada. Particularmente, acho a questão temporal importante até certo ponto, mas o mais relevante mesmo é que desde que o quadrangular foi inventado, o Clube dos 13 não o aceitou.

“É verdadeiramente inacreditável como pessoas de razoável bom senso e pretensamente honestas podem apoiar uma barbaridade destas (…) um cruzamento decidido na quinta rodada com o campeonato em andamento, um regulamento assinado por todos, e mesmo assim se diz que a CBF é quem decide tudo (…) o Vasco de Tita e Dinamite campeão estadual, o próprio São Paulo, o Santos, o Atlético Mineiro, o Fluminense, o Botafogo… Tal afirmação de que o campeão é o Sport desonra todos os outros clubes. Tal mentalidade é propagada graças a uma manobra repugnante de seres lamentáveis que administravam a CBF – esta mesma CBF que hoje diz que “uma CPI do Futebol atrapalharia a Copa no Brasil”. (…) O São Paulo é um grande pentacampeão, é um clube de estrutura internacional, e não precisa de papagaiadas para ser grande, de consagrar idiotices que contestam o seu próprio passado de vanguarda, de formação do Clube dos 13. NÃO ao descaramento, ao cinismo e à hipocrisia” .

Blog do Torcedor – site do Globo Esporte

Aliás, por que o Internacional também decidiu não jogar o quadrangular da CBF? Dado que perdera o campeonato, o que teria mais a perder? Será que o Colorado sofreu de um repentino surto de bom senso? *** Pelo menos parece que a diretoria do Inter é íntegra.

A polêmica da taça das bolinhas do pentacampeonato é um lamentável episódio envolvendo uma inútil taça que durante 15 anos está num cofre escuro da Caixa Econômica Federal. Em mais uma de suas infinitas incoerências a CBF diz que a taça vai para o São Paulo. Quando em 1992, o Flamengo conquistou o mesmo campeonato pela quinta vez, todos souberam que o Flamengo era o primeiro clube a conseguir tal feito, inclusive a CBF, que passou a utilizar uma nova taça a partir de 1993.

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Por tudo exposto aqui, vimos que é simplista demais dizer que “o Flamengo se considera campeão”. Na verdade, o nobre amigo cruz-maltino que vive proferindo tal aleivosia deveria perceber que o único time da história do futebol brasileiro que se auto proclamou campeão foi seu querido Vasco, nas bizarras voltas-olímpicas no estadual de 1990 com a Nau de papelão, e na Copa João Havelange de 2000 roubando a taça antes da partida final acabar.

“As pessoas passam, as instituições ficam…”, concordo, mas está incompleto. Não só as instituições, mas as idéias, os ditos, os escritos, os títulos… várias outras coisas também ficam. Há 20 anos que o título é discutido, e continuará por mais 40, 80…

Ficou um pouco grande, mas se fez necessário.

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