Cruzeiro 3×0 Atlético-GO – Passeio na Arena
September 30th, 2010 | 27 Comments | Filed in Atlético-GO, Avaí, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense18:00h. Hora de sair do trampo, pegar aquela carona esperta e ir direto pra PUC pra mais um noite feliz e tranquila com aulas de Direito Processual Civil e Filosofia. E o Cruzeiro? E a “Raposa Mai Linda do MUNDO?” Só no radinho? Ou na bolinha do SporTV enquanto assisto à, sei lá, qualquer jogo sem qualquer importância, tipo Fluminense x Avaí? Não, não dá. O último jogo ao meu alcance na Arena em 2010 necessitava da minha presença. A chance de presenciar, literalmente, o time do Mestre Cuca jogar pela primeira e, talvez, a última vez nesse ano me chamavam. E a fiel companheira de todos os jogos não me dava sussego (mesmo com uma prova de Direito Administrativo pra fazer, Gi não queria saber: “Foda-se, vambora pra essa merda!”).
Pegamos o carro (da Gi, porque, vocês sabem, universitário, morando sozinho, é aquela coisa, né?) e enfrentamos os 50 quilômetros que separam BH da Arena do Jacaré. Um estádio até bastante simpático e aconchegante, estilo caldeirão, onde qualquer grito do tipo “marca, Everton, cruza, Everton, não deixa passar, Everton, porrada nele, Everton” é facilmente entendido pelo Everton. Aliás, jogador este que é ótima opção. Não tinha visto com mais atenção, desde sua chegada ao Cruzeiro, mas o cara é tranquilo, marca e apoia bem e deve ter vaga futuramente nesse meio-de-campo do Cruzeiro. Na boa? Vacilo do Flu de perder um cara desses pra manter Marquinho.
Enfim, o jogo. Pra variar, cheguei na metade do 1º tempo. 50 km, saindo de BH 1 hora antes, tendo que passar em casa e sem conhecer o caminho? Não tinha como dar muito certo. Até que a gente não se perdeu, mas rodovia é rodovia e entrar quente nas curvas não é a minha praia. Chegamos tão atrasados que perdemos o 1º gol de Caçapa (absoluto na zaga ontem e deixando o seu gol). Até então, o Cruzeiro dominava o jogo tranquilamente. Caçapa só fez valer esse domínio. Continua o 1º tempo e T. Ribeiro, em boa jogada pela direita, cruza para Montillo (um dos jogadores mais inteligentes que tive o prazer de ver ao vivo) fingir que chegaria chutando, dar um drible de corpo, esperar o zagueiro passar tal qual um caminhão lotado e tocar tranquilamente no canto para fazer um golaço!
Fim de 1º tempo, Cruzeiro 2×0 e, apesar da recente recuperação capitaneada por René Simões, tínhamos certeza de que esse time do Atlético-GO não dava pra brincar com o Cruzeiro. Uma boa defesa de São Fábio no 2º tempo só foi necessária para que não passasse batido o aniversário do ídolo-mor (parabéns, Muralha Azul). Enquanto isso, Farías aprontava um fuzuê danado na zaga do Dragão, correndo de um lado para outro, marcando, puxando a marcação, abrindo espaço, Montillo continuava esbanjando categoria, deixando Rômulo toda hora na cara do gol ou em boa situação para cruzar e o Cruzeiro ia levando o jogo debaixo do braço. O Atlético ainda teve um jogador expulso, Daniel Marques, que fez falta em Farías. Último homem, segundo amarelo, não tem jeito, amigão. A torcida pediu Roger “Galera” que entrou, no lugar do Pirata, com “sangue-nos-zóio” e manteve o mesmo nível na armação, quase marcando um belo gol de fora da área, inclusive.
E, por fim, com belíssimo passe de Fabrício (falar bem do jogador que hoje é o coração desse time do Cruzeiro, junto com Henrique, é desnecessário), Wallyson, que tinha acabado de perder um gol que Saulo faria, deixou o dele e prestou bela homenagem ao pai.
Cruzeiro 3×0, uma chuva dos diabos pra voltar pra casa e a certeza de que esse time pode ser campeão. Não pelo jogo de hoje, mas por ter se levantado bem de uma derrota difícil como a do Santos de Neymar (sem mais!) para, aos poucos, continuar encostando nos líderes. Se a diferença já foi de mais de 7 pontos, hoje é apenas de 4, com confrontos diretos contra o Flu, em casa, e o Timaum, em São Paulo. Como o Botafogo mostrou ontem, dá pra ganhar, a não ser que aconteçam aqueles erros que acontecem pra todos (?!?!?!) os times.
Valeu a pena perder aula.
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E o Galo? Bom, o Galo tá naquela coisa, né? Precisa “só” de 7 pontos pra sair do Z4. Facim, facim, quase um mamão com açúcar, como diria Dadá Maravilha.
Rá!!!
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Passei batido no fim de semana, mas fica aqui o agradecimento:
VALEU, “DINAMITA”! EL MEJOR JUGADOR DEL MUNDO!