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Artigos sobre ‘Mundial de Clubes 2012’

O PATCH DOS FODÕES

December 20th, 2014 | 49 Comments | Filed in Libertadores 2012, Libertadores 2013, Libertadores 2014, Mundial de Clubes, Mundial de Clubes 2010, Mundial de Clubes 2011, Mundial de Clubes 2012, Mundial de Clubes 2014

Em 2008, a FIFA teve uma ideia genial. Criar um PATCH de campeão mundial, aqueles de verdade mesmo. Assim como já havia em diversos lugares do mundo os patchs de campeão nacional, continental e até estadual. O que sempre achei legal.

Lembro-me muito bem que, na época, Corinthians, SPFC e Inter, os 3 primeiros campeões do mundo, pleitearam que eles também recebessem seus patchs, afinal foram campeões. Expectativa foi criada entre os torcedores desses clubes. Ninguém mais pleiteou nada. Claro, no fundo sabem o porquê.

Mas a FIFA mandou muito e disse um peremptório NÃO. Com razão. O patch deve ser algo atual. Para o campeão vigente. E assim, a decisão entre Boca Juniors e Milan iria designar o primeiro clube a receber tal honraria.

O Milan venceu, e foi o primeiro a ostentar o distintivo em sua camisa.

Esse cara era o melhor do mundo. Tô velho.

Esse cara era o melhor do mundo. Tô velho.

No ano seguinte, após uma dramática decisão por pênaltis contra o Chelsea, o Manchester United foi campeão europeu e acabou sendo campeão mundial sobre a LDU, com um jogador a menos, ganhando por 1 a 0. Mas a FIFA percebeu que o patch milanês era bem merdão, e mudou para o atual.

Uma lenda (Giggs) e um magrelo (Ronaldo)

Uma lenda (Giggs) e um magrelo (Ronaldo)

Em 2009, o Barcelona fez o que era tido como inexequível. Fez um SEXTETE e conquistou todos os 6 titulos possiveis (Copa do Rei, Supercopa da Espanha, Champions League, Campeonato Espanhol, Mundial de Clubes e a Supercopa Europeia). Como eu costumo dizer: igualem isso. O time responsável foi esse:

Igualem.

Igualem.

Em 2010, a Inter contava com ajuda divina. Falo de JOSÉ MOURINHO. Foi campeã europeia, sendo o ultimo time italiano a sê-lo. E não teremos outro tão cedo. Além disso conquistou outros títulos, como a Coppa Italia e o Scudetto, fazendo que sua camisa de 2011 virasse um SHOW de patchs maior que a do Cruzeiro de 2004.

Melhor do mundo de 2010

Melhor do mundo de 2010

2011. O Barcelona revalidava sua hegemonia. As outras equipes (fora a Inter de José Mourinho) não podiam fazer nada naqueles anos de dominação. Muito por culpa desse cara:

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Até então só clubes do Hemisfério Norte haviam ostentado o escudo FIFAL em seu peito. Isso não estava certo. O Ano Sagrado de 2012 revelou muitas e muitas surpresas, em vários campeonatos mundo afora, só para citar alguns, o Arsenal de Sarandí campeão argentino, Chelsea campeão europeu, Manchester City campeão inglês, Espanha campeã europeia e atual mundial só com jogadores nacionais e brancos (igualem), LeBron James campeão da NBA (a maior pressão mundial do mundo desportivo), México campeão olímpico (mas se fosse o Brasil também seria quebra de tabu), Tijuana (maldito) campeão mexicano, Montpellier campeão francês com um orçamento CINQUENTA VEZES MENOR do que o do vice PSG, Corinthians campeão da Libertadores e mais umas coisas de outros deportos que não me lembro. O mundial não era novidade para a torcida corinthiana, mas expor na camiseta isso, era para qualquer não-europeu. Guerrero apareceu do nada do em crise Hamburgo e fez o crime. Punhal no peito dos antis, que nem haviam se recuperado do punhal no BAÇO pela conquista da América.

Impedimento do tetracampeonato santista dentro da caixa de fósforo

Impedimento do tetracampeonato santista dentro da caixa de fósforo

A Libertadores continuava com suas surpresas. Desta vez, em 2013, foi o Atlético Mineiro campeão. O Bayern estava pronto para encará-lo, mas numa situação curiosa, o time mineiro, talvez pela ânsia de ver o mar, foi de barco. O resultado foi uma Rajada de vento que simplesmente impediu o esperado confronto. Os cruzeirenses chamaram aquilo de kamikaze (vento divino). O Bayern conquistou o Mundo. Menos de um ano depois, muitos de seus jogadores estraçalhariam o Brasil EM MINAS (coincidência?) e depois seriam campeões mundiais de seleção.

Müller e Götze aquecendo

Müller e Götze aquecendo

Como diria Paulo Antunes, a Libertadores continuava ENGRAÇADJÉNHA. O San Lorenzo pagava o karma de ter desprezado totalmente o torneio (vendendo o mando de campo pro Peñarol e colocando públicos ridículos) em 1960. O Bahia, pelo contrário, botava já 35000 para ver os jogos do primeiro time brasileiro a disputar a Libertadores. O San Lorenzo ficava pelos 7000. E depois cometeu o crime. Foram 54 anos de zoação. Que acabaram graças a uma cobrança de pênalti do paraguayo Ortigoza. A sigla CASLA não mais significava Club Atlético Sin Libertadores de América. E o time ficava ainda mais reconhecido, graças também ao Papa Francisco.

Enquanto uns tentavam romper o HÍMEN, outros eram viciados nisso. O Real Madrid buscava, mais obsessivamente que o Coyote Atrás do Papa-Léguas, a DÉCIMA conquista europeia desde 2003. Todo ano era isso. E nunca dava certo. O magrelo da outra foto, Cristiano Ronaldo, estava mais encorpado e marcou 17 gols na Champions League. Recorde. Mas foi a cabeçada de Sergio Ramos, faltando menos de 2 minutos para o fim do jogo, que ficou marcado como momento explosivo para os merengues. O brioso Atlético de Madrid, que havia feito o que PACHECOS diziam ser impossível, fazer sair o título espanhol das mãos de Barça e Madrid, bateu na trave na competição mais fácil
entre as duas. Quase venceu, mas o primo mais rico disse CHÉÉGA, CHÉÉGA (Antunes, Paulo). Não foi uma conquista inédita. Pelo contrário, foi a DÉCIMA para um lado de Madrid. O futebol pode ser bem cruel.

Como foi por exemplo com o Auckland City. O Sanloré abriu o placar e estava tranquilo. Mas no final, a equipe OCEÂNICA empatou e levou a peleja para a prorrogação. TEMOS UM DJOGO. Mazembar seria mérito só brasileiro, ou argentos sentiriam o gosto? Matos fez o segundo dos corvos, que sofreram até o fim (como quase todos os sulamericanos) para poder enfrentar o todo-poderoso europeu (que passou fácil pelo seu adversário, como de costume).

Quem será o próximo campeão mundial? Quem será o próximo a BRANDIR ANTE AS URBES MUNDIAIS A CHAGA DA FODEZA, A MARCA ESTAMPADA COM SANGUE DE CHEGADA AO TOPO DO MUNDO, o patch FIFA? Quem será o fodão?

Resposta em algumas horas.

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O DIA MAIS FELIZ DA MINHA VIDA

December 16th, 2014 | 1 Comment | Filed in Corinthians, Mundial de Clubes 2012

16 de Dezembro de 2012.

16 de dezembro de 2012 – Há dois anos, o Corinthians batia o Chelsea por 1 a 0 e conquistava o mundo pela segunda vez. Confira um curta-metragem com personagens de bastidores, torcedores, além de Cássio e Guerrero, que relembram a caminhada corinthiana rumo ao topo do futebol mundial.

Hoje também é aniversário do título do Brasileirão de 1990!

Há exatamente 24 anos, Neto, Ronaldo e Cia. batiam o São Paulo por 1 a 0 no estádio do Morumbi e conquistavam o primeiro Brasileirão da história do Timão.

***

Data sagrada, sim. Deveria ser feriado? Talvez.

Mas quem viveu tudo isso garante: nada supera a conquista do Campeonato Paulista de 1977. Não vi NENHUM corinthiano veterano que dissesse que a Libertadores ou o caralho a quattro tenha sido mais emocionante do que aquilo. Logo após a conquista da Libertadores Invicta, entrevistaram vários torcedores mais velhos, ainda no calor do momento… e mesmo assim diziam: isso não foi nada comparado ao Paulistão de 1977. Foi um momento de transcendência, sobrenatural, de um povo que sofreu e sofreu por décadas.

Aquilo foi uma data sagrada. Comparavel à descida do Messias na Terra. Olhar as fotos da comemoração daquele título me fizeram fazer algo que NUNCA FIZ EM JOGO ALGUM, nem após derrota ou vitória alguma: derramar algumas lágrimas. Ver aquele povo sofrido, de joelhos no gramado do Morumbi chorando com a bandeira na mão… absurdo. Digitando “O dia mais feliz da minha vida” no Youtube, vemos a conquista de 1989 do Botafogo. Não é coincidência.

Não vivi aquilo. No gol de Guerrero eu fiquei em total silêncio. Apenas levantei do sofá da sorte (onde vi os títulos mundiais do SPFC e Inter, achei que daria sorte ver o jogo lá) e saí correndo pela casa, sem dizer nada, de cômodo em cômodo. Em silêncio permaneci, até o final da peleja, sofrendo como nunca. E depois do título. Não deu para gritar, não sei porque.

O dia mais feliz da minha vida. Ao final da partida, eu quis morrer, para sair deste mundo com um sorriso no rosto. Houve uma sensação de vazio, de completude. Parecia que não havia mais nada a conquistar na vida. E se houvesse, não traria tantas felicidades como aquilo. Foi como chegar ao fim da vida. Tentei gritar, mas não consegui. Apenas saí pela rua andando sem destino. Vitória.

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