Fé

A faixa do corinthiano exprime bem o sentimento das torcidas para o jogo de logo mais.

É muito mais que uma simples classificação.

Para os mâno, além da história do centenário, é a continuidade do planejamento (sic),  do sonho de conquistar o maior torneio continental e deixar de ser o único grande paulista sem tal título. Que é o quê incomoda.

Para a urubuzada é a oportunidade de apagar as recentes desclassificações traumáticas nas oitavas da competição e continuar com o sonho de conquistar o título depois de tanto tempo. Que são o quê incomoda.

Para o Corinthians não tem-se muitos segredos. Vai partir pra cima em busca do resultado jogando em casa e apoiado pela torcida. A expectativa fica por conta da postura do Flamengo. Se vai para o jogo buscar o gol e complicar de vez a vida do adversário ou se vai ficar na retranca e se complicar.

Que o jogo vai ser emocionante e tal não vale nem perder tempo. Mas espero que, além disso, seja um bom jogo tecnicamente. Vai depender da tal postura do Flamengo. Jogai por nós.

Palpite? Esse eu marco triplo e fico com medo de errar.

E considerável. Dentro dos predicados do jogo, como chuva forte, jogador expulso ainda no 1º tempo, crise na Gávea… foi um bom resultado para o Flamengo.

Nem Adriano x Ronaldo, nem Roberto Carlos x Leo Moura. O duelo da noite foi Juan x Moacir. O corinthiano deu alguns belos cortes no marrentinho, mas rubro-negro saiu vitorioso do certame.

O 1º tempo foi mais castigado pela chuva. Apenas 2 jogadas pela esquerda do Juan com alguma chance. Para o 2º tempo, a precipitação arrefeceu e o jogo fluiu melhor. O que não mudou foi Ronaldo, uma nulidade em campo. A torcida do Fla até foi mal ao vaiá-lo, pois era o rubro-negro de maior peso em campo.

O pênalti clássico determinou a vitória do Fla sobre o Timão e de Juan sobre Moacir. O time da Gávea ainda colocou bolas na trave e Adriano perdeu cabeceando livre em cima do goleiro. O Imperador está mal, mas 1 mero pique fez a galera cantar que “Ôhh… Imperador voltou”.

Arbitragem e Michael em sentidos opostos, impecável e maculável, respectivamente. Aliás, o meia do Flamengo merecia uma punição do Clube.

O mimimi para o jogo de volta já começou. Segundo a reportagem, 2.500 mânos foram ao Maraca, que teve 67.233 de capacidade ontem. Isso dá um percentual de 3,72%. Se o Andrés Sanchez Camargo diz que será o mesmo percentual e disponibilizará 700 lugares para os rubro-negros, ele tem que me explicar porque agora a capacidade do Pacaembu caiu para 18.800. Isso se ele souber fazer conta.

Em missão especial do Blá Blá Gol, fui a terra de Irapuã, de Iracema e Tupã. Investiguei os hábitos dos torcedores locais e acompanhei o clássico Fortaleza x Ceará.

Ah...o Ceará...

O primeiro jogo que assisti no entanto foi Flamengo x Caracas, o jogo transmitido pela Globo para o Estado na quarta-feira, que assim como a maioria dos estados nordestinos consome o futebol carioca.

Mais uma vez, Flamengo, com a maioria absoluta, e Vasco predominam sobre outros times. Sendo que, desta vez, ainda encontrei tricolores e botafoguenses. Vi um ou outro corinthiano, ouvi dizerem que há torcedores do São Paulo, e não vi nem sinal da torcida do Palmeiras, como sempre.

Ao andar pela cidade com o 3º uniforme vascaíno fui abordado com freqüência sobre ele, e cheguei até a receber uma proposta de compra.

Voltando ao futebol do estado, o cearense parece ter realmente dois times, um de fora, e Fortaleza ou Ceará. Sendo que aparentemente não há predominância de uma torcida sobre a outra.

Não deu pra ir ao estádio

As finais estão cercadas de grandes expectativas, e a Globo local faz exaustivas chamadas sobre os jogos. O clima em relação ao evento estava tão legal, que cheguei quase a ir ao estádio. O que não aconteceu devido há uma excelente massagem na praia, seguida por várias cervejas e ostras.

Assisti ao jogo pela TV, muito bom, cheio de alternativas. A vitória do Fortaleza por 1×0 não definiu de maneira nenhuma a parada, e o domingo que vem deve ser emocionante. Destaque para o meia Bismarck do Fortaleza, já vi boas apresentações deste jogador, e mais uma vez foi muito bem.

Gostei do futebol cearense e torço para que Ceará (1ªdivisão) e Fortaleza (3ª) façam bons papéis nos campeonatos nacionais.

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Pela Copa do Brasil o Vasco pega o Vitória do “craque” Vílson. Sem mais, tem a obrigação de chegar às semi-finais, mesmo que o cruz-maltino ainda precise de reforços. Aliás, acorda Vasco!

Quem sabe agora Vílson ajuda o Vasco?

O Fluminense pega o Grêmio, jogo pra lá de encarniçado. Acho que o tricolor gaúcho leva, mas estou curioso pra ver se o Muricy  conseguirá fazer este time render mais do que rendia com o Cuca.

Atlético x Santos é outro jogo curioso, conseguirá Luxemburgo parar os meninos? Acho pouco provável, apesar de achar que o técnico do Galo é plenamente capaz de dar um nó em Dorival. A distância do Santos pro resto tem sido grande.

Eu passo Palmeiras e Atlético-GO, pouco me interessa, mas acho que o Palmeiras tem que tomar cuidado.

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Fraude Imperial x Fraude Fenomenal…acho que o Corinthians é amplamente favorito, e que o duelo mais interessante vai ser o de outros veteranos: Léo Cai Cai Moura x Roberto Meião Carlos.

Definidas as oitavas-de-final da Copa mais prestigiada por quem participa e mais secada por quem se diverte nos rincões nacionais. E a Libertas entra em sua 3ª fase com observações interessantes para analisar.

Ritmo, é ritmo de festa!

Óbvio que serão 6 dias da mais tosca punhetagem à espera do “jogão entre os dois maiores favoritos de 2010” e que, até agora, assim como quase todos os outros, só fizeram água. Corinthians x Flamengo irá povoar os sites, blogs, mesas-redondas, reuniões do AA (as quais penso seriamente em frequentar), rodas de tricot, bares e salas de cafézinho durante o expediente. O jogo dos 60 milhões (sic) vai parar o Brasil (SIC x 10). Mas nem só de Ronaldos, Adrianos, Loves, Roberto “Levanto-o-meião-e-o-Brasil-perde-a-Copa” Carlos, Travecos e Anões & Asnos vive a Libertadores-2010.

O Clássico da Bizarrice

As oitavas-de-final já trazem, pelo menos, dois embates interessantes entre argentinos e mexicanos. O Vélez pega o Chivas, o time mais popular da terra do Cypress Hill. Jogo com cara de ser muito bom, principalmente pelo bom time que o Vélez tem e de como atua bem em casa. O Estudiantes, o time que calou Minas Gerais e do homem-com-o-nome-maldito, pega o San Luís para defender seu campeonato.

Olha o aviãozinho...

Enquanto isso, o Cruzeiro recebe os uruguaios do Nacional, time de tradição e que eliminou o Palmeiras ano passado, para decidir fora de casa. E, passando, deve enfrentar novamente o São Paulo nas quartas-de-final. O Tricolor pega o Universitario e decide no Morumbi.

O Inter, com sua campanha complicada, vai enfrentar o perigoso time do Banfield, campeão argentino na temporada passada. O Impedimento está aí pra mostrar quem são os Taladros.

Campeão de tudo! Até do BBB...

Além disso, nos clássico “Patinho Feio” o Universidad do Chile pega o Alianza Lima e o Libertad enfrenta o Once Caldas.

CHAVE 1

São Paulo x Universitario
Nacional x Cruzeiro

Estudiantes x San Luis
Internacional x Banfield

CHAVE 2

Corinthians x Flamengo
Universidad do Chile x Alianza Lima

Vélez Sarsfield x Chivas
Libertad x Once Caldas

A onça vai beber água agora. Palpites estão abertos. Afinal, se seu time não está lá, não se desespere. Zuar o próximo é muito mais legal! E você ainda pode se achar o campeão!

Aguante!!!

O Cruzeiro está classificado. Na bacia das almas(?), mas está classificado. Ao empatar com o Colo-Colo em Santiago e chegar aos 11 pontos, depois da Matemática bater perfeitamente com as previsões, o time não pode mais ser alcançado pelos 2 piores segundos colocados dos outros grupos.

No que seria “o grupo mais difícil”, os mineiros só se complicaram com o Dep. Italia na Venezuela. Um jogo que poderia ser facilmente vencido, acabou atrapalhando a busca do time pela 1ª colocação do Grupo 7 que ficou com o Vélez. Os jogos fora de casa contra os argentinos e os caciques chilenos eram pedreiras e, em casa, o Cruzeiro fez sua parte de forma bastante eficaz.

Mas ainda fica a impressão de que o time pode mais. O único bom jogo dessa primeira fase foi contra o Velez e ontem, mais uma vez, os Azuis tiveram chance de matar o jogo, mas os erros de passe prejudicaram. Principalmente no 1º tempo. Como eu já havia dito, isso passa pela fase dos volantes. “Maestro” Paraná não vem sendo o baita jogador das últimas 2 temporadas, Henrique é sempre razoável e Fabrício ainda sente a falta de ritmo. Enquanto isso, Fabinho vai galgando seu lugar na meia-cancha cruzeirense com boas atuações, mas ainda é pouco.

T. Ribery novamente foi decisivo

Gilberto é inconstante, como foi ontem. Um primeiro tempo medíocre e um segundo tempo, ao meu ver, esplendoroso. A jogada orquestrada por ele no gol dos Azuis foi algo “à Barcelona”, dada as devidas proporções. E Roger é Roger. Você confia? Eu não.

Por outro lado, Diego Renan e Jonathan, principalmente, começam a voltar a sua boa forma habitual. T. Ribery vive estado de graça. W. Parede é sempre perigoso. E Kléber é Kléber. Você confia? Não? Eu sim. Muito! A zaga ainda inspira cuidados, principalmente com Gil, mas Leonardo Silva segura a onda como pode. E Fábio vai salvando, quando se faz necessário.

Dessa forma, os mineiros avançaram. “Daquele jeito”, eu diria. A classificação, em si, foi tranquila. Mas podia ter sido melhor. Fica o consolo de que o time, enfim, vai se encontrando. E que os reforços devem ajudar. O problema é que, assim como o ano passado, o Cruzeiro vai enfrentar as pedreiras como segundo colocado, quase sempre definindo fora de casa. Pelo menos, enquanto foi assim no ano passado, o time passou.

Aguante!

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A Matemática promete ser cruel com alguns times. Se, antes da Libertadores, a previsão para classificação era de 10 pontos, hoje já se sabe que não será assim que a banda vai tocar. Os dois piores segundos colocados têm 7 pontos. A saber, Flamengo e Racing de Montevidéu. É provável que um deles zarpe ou o Universitário, no Grupo 4, que tem 10 pontos, mas já tem 6 jogos.

O “Mais Querido” tem que abrir o olho. Perder a Libertadores de forma traumática de novo seria preocupante pro resto do ano.

No mercado de trabalho é chavão mandar que é “preciso definir prioridades”. Não é recomendável mandar o clichê numa reunião com o chefe ou numa entrevista de emprego.

No sentimento do torcedor é claro que a Libertadores tem um peso maior que o estadual. Já para o Imperador eu não sei, pelo menos deveria.

No início do ano a diretoria do Flamengo definiu como prioridade a Libertadores da América (que é o lugar-comum de todos os clubes que se classificam para disputá-la). Porém, para o Adriano não parece ser. O próprio atacante optou por ser poupado. Porra! A presença do Adriano em campo faz diferença. A situação do time não é das mais favoráveis e parece que o atacante e o comando rubro-negro não estão em sintonia com a torcida. Algo me cheira mal…

Na enquete do Blá Blá Gol de quem vence a Taça Rio (enquete na barra lateral), o Botafogo está ganhando. Não que isso em si queira dizer que o Botafogo é favorito. Longe disso. Essa porra representa mais para quem torce quem está visitando o site do que qualquer outra coisa.

Prioridades do Imperador

Fiquei curioso e pedi pro Estagiário ver o quê estaria trazendo tanto botafoguense, afinal, teve um post de sábado do Botafogo e uma pregada de Flamengo e Vasco de domingo até hoje (a enquete só entrou segunda).

Fomos ver nas estatísticas do blog. É um post velho de ingressos antecipados para uma final de Taça Guanabara entre Flamengo e Botafogo. Até aí, foda-se. Mas neguinho vê a enquete e acaba votando no time dele. Como a forma de procurar no Google de rubro-negros e alvi-negros deve ser parecida, e o Universo de flamenguistas é bem maior, ficamos com duas hipóteses:

1) Botafoguenses estão loucos para vencer na Taça Rio e subverterão a lógica sendo maioria no Maracanã
2) Flamenguistas estão de fato cagando, ao menos até quarta, para a final da Taça Rio

Para fins de registro, está agora (19:30):
Botafogo – 39 votos (58%)
Flamengo –  28 votos (42%)

Podemos estar aí com uma boa constatação numérica da importância dada pelos torcedores do Flamengo aos dois assuntos: Libertadores e Final da Taça Rio.

Pro inferno com o estadual e ao inferno na Liberta

Com toda razão de prioridades, o noticiário fluminense acompanha espremido entre as notícias dos deslizamentos (mais graves que eventuais enchentes) no Rio e em Niterói a evolução da limpeza do Maracanã com foco ao jogo do Flamengo.

Jogo esse que foi adiado de ontem para hoje por motivos óbvios.

O estádio por dentro está limpo e o gramado 100%, o que permitiria uma partida de futebol sem maiores transtornos.

A questão que ainda se levanta é em relação aos ingressos vendidos antecipadamente para quarta, aos acessos do torcedor e o horário de remarcação da partida.

Flamengo e Universidad que joguem para ninguém. Existem mais de 100 jogos por time por ano. O torcedor deve ter bom senso e ficar em casa se estiver chovendo ou se morar longe e com acessos difíceis e perigososo. A essa altura do campeonato, ninguém pode dizer que foi pego de surpresa por uma chuva

O Flamengo que entube esse prejuizo de jogar para um Maracanã vazio, como aliás todo mundo em todos os setores estão entubando. Os torcedores que porventura compraram ingressos antecipados e não poderão comparecer ao estádio, tenham paciência e igualmente entubem seus prejuízos. Defendemos no Blá blá Gol que sempre os torcedores/consumidores corram atrás  de seus direitos contra os desmandos de organizadores de espetáculos muito deficientes, mas é de se entender a diferença entre desleixo e calamidade.

O que acontece no Rio de Janeiro e entorno é calamidade. Quem tem como única preocupação o ingresso perdido para o jogo do Mengão deveria estar agradecendo e não reclamando. Vai por mim.

Para quem tem facilidade de acesso, estou vendo na Globo agora o maior problema no entorno: tem um poça de 30cm de profundidade na frente da rampa da UERJ. Óóóóóóóóóóóó. Calça uma bota e vai para o estádio com alguma paciência e tolerância. Contratempo ínfimo.

Ninguém vai morrer por jogar em estádio vazio (como se fosse algo incomum) e ninguém vai morrer por não ir ou perder o ingresso comprado. Está tudo caindo em Niterói. O melhor a se fazer é acabar logo com essa punheta de jogo de Flamengo. E que bom que a partida será realizada de dia com transmissão em TV aberta. Porque uma das missões de um time popular de futebol é dentre outras elevar o estado de ânimo dos habitantes da mesma.

Se o Flamengo tem como jogar… que jogue, que vença, que goleie. Que desvie a atenção e o foco da população tensa. Definitivamente é melhor que iluda-se a população com o circo do que ficar criando problema onde não existe.

Não torçam contra e aproveitem que está todo mundo mobilizado para que a vida volte ao normal. O Flamengo pode trabalhar e está de parabéns por fazê-lo o quanto antes com as restrições que forem. Esse é o exemplo.

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Por falar em exemplo, quem é de São Paulo pode dar uma passada no site do clube homônimo da cidade.

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• Blog Fim de Jogo – Lista dos melhores procedimentos para quem vai ao Maracanã

Não vi o 1º tempo ontem. Em mais uma da série “Vá ao Estádio, leve uma vida de gado”, faltou aos organizadores dos eventos que aconteceram em BH ontem, pelo menos, um pouco de bom senso. Por uma sucessão de erros do Governo de Minas*, da BHTrans** e da Conmenbol***, o trânsito em BH ficou insustentável. Demorei exatas 2 horas pra fazer um caminho que, normalmente, faria em 40 minutos.

O melhor do jogo!

Aliás, minto. Consegui chegar aos 40 minutos do 1º tempo, a tempo de ver Jonathan fazer ótima jogada pela direita, puxar pro meio e bater forte. O goleiro Montoya fez grande defesa. Poucos minutos antes, quando cruzava os portões do Mineirão, a China Azul me recebia com um grito de gol. E o Cruzeiro, que no rádio já parecia muito bem, conseguia facilitar ainda mais a sua vida. Golaço de T. Ribeiro, visto depois.

O segundo tempo veio e me fez ter certeza que toda a via crucis valeu a pena. O Cruzeiro jogava como o time que chegou à final da Libertadores de 2009. E jogava muito mais que o time que perdeu para o Estudiantes. Enfim, o Cruzeiro estreou em 2010. Num ótimo jogo, principalmente, de T. Ribeiro, Kléber e Henrique (que a cada dia cala mais a minha boca). Logo aos 3 minutos do 2º tempo, num contra-ataque perfeito, Henrique levou pela direita, acionou T. Ribeiro na ponta que cruzou e achou Kléber fechando de carrinho para fazer 2×0.

Cada vez mais maestro.

E não parou. 5 minutos depois, Gilberto (também estreou no 2º tempo) deu lindo passe pra Diego Renan que acionou T. Ribeiro. O camisa 11 deu uma bola açucarada pra Kléber marcar o 2º dele e virar o artilheiro da competição com 7 gols. O Gladiador é cada vez mais cruzeirense.

O Cruzeiro matou o jogo e passou a jogar para não dar chance aos argentinos. Toques de bola rápidos, viradas de jogo, tudo pra evitar ao máximo a posse de bola do Vélez. Deu certo e o Cruzeiro podia ter feito mais. Mas a torcida saiu aliviada já que no jogo contra o melhor time em 2010, o Cruzeiro foi amplamente superior. E não podia ser diferente. Num grupo complicado como o 7, perder pontos em casa é a mesma coisa que dar adeus à competição.

Enfim, o Cruzeiro ontem foi brilhante, como disse Mário Marra. Uma vitória irretocável que, enfim, deu esperança de título à torcida. O Cruzeiro jogou muito ontem. O que resta saber (e, no meu caso, torcer) é se continuará assim.

* Os organizadores da posse do governador Antônio Anastasia tiveram a “BRILHANTE” ideia de fechar todo o complexo da Praça da Liberdade. Ou seja, acabaram com 2 áreas de escape pra quem ficava na região. Isso às 6 da tarde. Perfeito!

** A BHTrans, ao invés de liberar a pista central (exclusiva para ônibus) das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado, que dão acesso ao Mineirão, preferiu manter sua programação, mesmo sabendo que o trânsito nas cercanias não andava. Também, perfeito!

*** A Conmenbol não tem culpa nenhuma disso. Muito menos as TV’s que detém os direitos dos jogos.  Mas, buscar entender os problemas de um dia atípico e, assim, atrasar um pouco o jogo para que os torcedores consigam chegar para o início, não faria mal. Mas, confesso, que essa é uma medida dificílima.

O Cruzeiro ganhou. Do Deportivo Itália. Em casa. Por só 2×0. E muitos vão pensar “ÓH, não fez mais que obrigação e ainda ganhou de pouco”. Sim, é fato. Fato também que o time não parece ter acordado para 2010, com exceção dos jogos contra o Uberlândia, Real Potosí e no 2º tempo contro o Colo-Colo no Mineirão, jogos em que o time dependeu da expulsão de um adversário para se encontrar em campo. Nem contra o Galo, na vitória por 3×1, o Cruzeiro demonstrou seu melhor futebol.

Por outro lado, o time vem vencendo. Se não joga bem, para os padrões azuis dos últimos anos, faz os resultados e vem conseguindo cumprir seus objetivos. Apesar de um ou outro tropeço, como o jogo contra o Deportivo Itália na Venezuela em que poderia ter vencido com facilidade, os mineiros são líder do grupo 7 da Libertadores (Vélez x Colo-Colo jogam hoje) e já se classificaram antecipadamente para as finais do Pão-De-Queijão/2010 em primeiro lugar.

Mas isso não esconde os problemas do time nesse início de ano. O Cruzeiro parece muito mais lento e previsível do que em 2009. E nem cabe a justificativa de que “em 2009 o Cruzeiro tinha Wagner e Ramires e o time jogava de forma rápida”. Isso no 1º semestre. Do meio do ano pra frente, o time mudou as peças, mas os mineiros mantiveram seu padrão. Porém, em 2010, Gilberto não consegue repetir o bom desempenho do 2º semestre do ano passado, Roger se machucou e Kléber ainda sofre com o problema de expulsões desnecessárias. Somado a tudo isso, Fabrício, o motor de arranque do meio-de-campo azul, ficou 4 meses parado e só voltou ontem. E a falta do volante é o começo de todos os problemas.

Quem vê o time do Cruzeiro jogar sabe que o trio de volantes troca passes muito bem, apoia, marca mais a frente e, quando os (bons) laterais sobem, faz a cobertura destes de forma eficiente. Fabrício é o mais rápido da trinca e o responsável pela maior parte dos contra-ataques (numa função que antes era feita com maestria por Ramires) e um ótimo cão-de-guarda pra defesa. Marquinhos Paraná é mais lento e Henrique é bom, mas nem tanto. Sem Fabrício, o time sofreu muito com bolas nas costas de Diego Renan e, por isso, Adílson teve que segurar mais os laterais e o time acabou perdendo as ultrapassagens nas pontas do campo, a melhor arma do time junto com o toque de bola do meio-campo.

Ainda vejo o Cruzeiro como um dos melhores times da temporada. A título de comparação, os mineiros não sofrem com a irregularidade de Corinthians Flamengo* e Palmeiras, conseguem vencer seus jogos mesmo jogando mal e contra alguns adversários mais fortes como Colo-Colo e Galo, diferente de Flamengo e Internacional. Mas não apresenta um bom futebol, coisa que o Santos faz com maestria. Acredito que abaixo do Santos, a mineirada está no mesmo patamar de São Paulo e Grêmio, e um pouco acima do Flamengo.

Se é pra pegar no tranco...Fabrício neles!

O maior problema é que, diferente desses times, o Cruzeiro tem duas pedreiras pela Libertadores. Pega o Vélez no Mineirão na próxima quarta-feira e vai ao Chile enfrentar o Colo-Colo. Principalmente contra os argentinos, uma cochilada pode ser fatal. Mas o time ontem, no 2º tempo, mostrou alguma evolução. Fabrício entrou e deu velocidade aos contra-ataques, Pedro “Who” parece se encontrar como o reserva para todas as posições do meio-campo e mudar o esquema tático, além de ter marcado o gol da tranquilidade ontem, a zaga sofreu menos com as investidas nas costas dos laterais e Fabinho, autor do 1º gol logo a 5 minutos de jogo, é uma grata surpresa. Ao que tudo indica, diferente de 2009, os jogos desse ano serão mais sofridos. Mas os azuis têm um bom elenco e 2 ou 3 jogadores que podem desequilibrar. Só falta acordar.

* Por alguns dos motivos expostos nos comentários, o Flamengo não ME parece um time melhor do que os citados. Mas, realmente, não se pode falar que é irregular. O time vence seus jogos. Só não tem atuado bem, ainda mais comparando com o potencial do time Campeão Brasileiro de 2009 e o elenco atual (reforçado) têm.

Rubro-negras presentes no Chile

Um empate seria um excelente resultado. Deixaria o atual campeão brasileiro na liderança do seu grupo com 2 pontos a frente do segundo lugar. Não rolou. 2×1 pros chilenos.

O campo estava em excelente qualidade e não havia a temida altitude. O time do Flamengo foi mal mesmo. Herói do último jogo, Bruno, levou um peruzinho. Parece que passou o fogo de palha inicial do V. Pacheco. Pet me pareceu mais em forma do que no início do Carioca. Está na hora do meio campo rubro-negro ter um sopro de talento e deixar a correria com certa qualidade do Pacheco como opção pro 2º tempo.

Irritantes da noite: Kleberson e Vagner Love. Erraram tudo e jogaram nada. Love ainda apareceu para perder o gol de empate na cara do goleiro já no final. Leo Moura foi bem, até se salvou nesse jogo, mas não para o próximo.

A situação está longe de ser desesperadora. Pela metedologia Blablagoliana o time que fizer 12 pontos estará praticamente classificado. Para o Flamengo basta ganhar seus 2 jogos restantes em casa.