O que fazem Julio Cesar e Julio Baptista na Seleção?

Estragaram a porra toda. Ferraram com meu domingão.

Ferraram pois era para o Equador vencer a partida. Partida que andam dizendo por aí que pressionou o Brasil, mas prefiro dizer que humilhou.

Uma beleza de partida por parte da Seleção Equatoriana, cheia de dribles no meio de campo e no ataque, gerando chutes a gol, infelizmente defendidos por Julio Cesar. A partida do Equador foi realmente algo muito bonito de se ver.

E pena também, que Julio Baptista, um dos únicos que é à vera nessa Seleção de Dunga fez seu gol.

Bem… pelo menos foi o Julio Baptista, um cara que realmente merece uma vaga de titular na Seleção, ao contrário de uns que jogam no meio-campo da mesma que não são nem mesmo titulares em seus clubes. Aliás, em seus clubes que não souberam nem mesmo o que eram oitavas de finais de UCL.

• Julio Cesar – Péssima atuação. Com aquele caminhão de defesas evita que se peça a cabeça de Dunga.
• Maicon – O melhor do Brasil após os Julios, tirou o time de campo logo no começo da partida
• Lucio – Assim como o goleiro, teve de trabalhar para dedéu, já que seus companheiros de marcação à frente dele resolveram deixar que os equatorianos bailassem à vontade na área brasileira.
• Luisão – Hahahahahahahahahahahaha. Só rindo. Deu duas pixotadas para trás tão lamentáveis que pelo horário do jogo parecia programação de vídeo-cassetadas
• Marcelo – jogou?
• Gilberto Silva – Triste. Tem a função de proteger a zaga. A nota dele é inversamente proporcional aos chutes que Julio Cesar defendeu.
• Elano – Triste [2]. O que se esperar de um reserva do Manchester City (embora este jogue melhor do que nesta partida)
• Felipe Mello – Triste [3]. Quem inventou que isso é um volante modernoi (sic). Modernamente passou que nem uma vaca no gol do Equador. Acho que é um lance bem simbólico para sua atuação e para o que pode fazer em campo. Nada.
• Ronaldinho Gaúcho – Triste [4]. Alguém disse uma vez a ele que o jogador samba com a bola nos pés. Acreditando nisso resolveu ficar com bunda de passista de escola de samba. Esforça-se para virar o novo Ronaldo Fenômeno.
• Robinho – Esforça-se para virar o novo Ronaldinho Gaúcho.
• Luis Fabiano – Para quem jogou literalmente sozinho, merece ser poupado do apedrejamento coletivo. Embora desde que apareceu com aquelas trancinhas resolvi torcer contra.
• Daniel Alves – igual a Marcelo
• Josué – Igual a Daniel Alves
• Julio Baptista – Por mim, é o 10 da Seleção do Dunga. É o único jogador de linha à vera neste time. Sempre joga bem na Seleção.
• Dunga – Se não estivesse tão ocupado torcendo, poderia ter apreciado a uma bela exibição do verdadeiro futebol brasileiro mostrado pelo… Equador.
• Equador – o destaque foi aquele negão que toda hora trocava de número nas costas e que enchia de dribles os jogadores do Brasil.

O governo peruano quebrou uma das regras mais decantadas da FIFA, a regra que demonstra com maior clareza o tamanho do poder da entidade, que se coloca acima das leis dos países afiliados.

Ao não reconhecer o presidente da Federação Peruana de Futebol (FPF), o governo daquele país causou o veto da participação do seu futebol em qualquer competição internacional organizada pela FIFA, ou seja, todas. Com isso, se nada mudar, o Peru está fora das eliminatórias da Copa, e seus clubes estão fora da próxima Libertadores.

Em toda a América Latina, os clubes já se preparam para abocanhar as vagas do Peru. A Conmebol a princípio pretende sortear as vagas entre as confederações restantes. E no sorteio dos Grupos da Libertadores, as referidas vagas foram nomeadas de vacantes.

No Brasil, o Fluminense como atual vice, e o Flamengo já se movimentam pra garantir presença na competição.

Confesso que não concordo muito com qualquer dos critérios especulados até agora. E a razão principal pra isso, é que existe a tal Pré-Libertadores. Ora, se existe uma Pré-Libertadores, as vagas sobrando deveriam ir, preferencialmente, para os clubes pré-classificados. Porém, compreendo que pesa o aspecto financeiro da situação. Talvez até pelo contrato com a TV, não se possa diminuir o número de jogos.

De qualquer jeito, o ideal é que o Peru se entenda, e a Libertadores seja completa.

Quem vai ficar com as três vagas do Peru?

Quando li mais uma convocação, vi que ia ter a chatice de novo. Desse dia até agora, não vi mais nada à respeito. Achei até que já poderia ter acontecido.

Mas eis que surge Carlos Eduardo Éboli ainda tentando entender a mente do interino:

Gostaria muito de entender os critérios utilizados pelo técnico-estagiário, Dunga. Com a contusão de Luis Fabiano, ele convocou o atacante Adriano. Até aí, tudo bem.

O curioso é que o imperador chegou à Granja Comary e já ganhou o colete de titular.

Como pode?
E o Jô?
O Dunga não convocou o atacante do Manchester City para ser o reserva do Luis Fabiano?

Pela lógica, se é que ela existe, o Jô deveria ser o titular de imediato.

Se o Adriano tem toda esta moral com o treinador, porque não foi convocado de início?

Mais uma pergunta sem resposta na seleção!!!!!

Eu não tento entender. Por dois motivos:

1. Juntarei-me a massa que só quer saber da chatice em Copas do Mundo
2. Não tenho capacidade de acompanhar a lógica do interino.

Assistindo a um jogo do Brasil comentado por Sergio Noronha

– Uma pena Anderson ter se machucado. Ele não tinha feito nada em campo, mas eu estava curioso e acho que daria caldo, porque acho que ele chegaria à frente na dose certa. De qualquer forma, eu não entendo muito por que cargas d’água cismam em deixar o Anderson lá atrás. A Europa fez mal a ele. Porém, dos males o menor. Ele fantasiado de cabeça-de-área, significa menos um cabeça-de-bagre em campo.

– Diego entrou no lugar de Anderson. Não apareceu para o jogo. Não “deu certo”. Não sabia onde jogar. Não é culpa dele. Anderson estava jogando atrás da linha de meio-campo. Diego entrou e ali não ficou, naturalmente, pois não joga por ali. Julio Baptista não recuou e bagunçou o que já não funcionava direito. Parecia na pelada quando machuca alguém e entra o cara da primeira de-fora.

– Julio Baptista não recuou quando entrou Diego, e não seria justo que o fizesse. Foi o destaque do Brasil (positivo). De longe o melhor do time. Estava bem no jogo, chamando a responsabilidade como deve fazer um camisa 10 de Seleção. Mas por aí, dá para ver a complicação. Quando Julio Baptista é a estrela solitária da equipe, não fica complicado explicar porque o time não faz gol.

– No 1º tempo (mais precisamente antes da contusão de Anderson), Robinho parecia que iria jogar bola junto com Julio Baptista. Apenas parecia. Além de se apagar em campo, ainda garoteou em não cair quando puxado por Abbondanzieri.

– Adriano e Luis Fabiano necas de pitibiriba também. Adriano enganou ao mesmo tempo que Robinho, e Luis Fabiano conseguiu entrar mais incisivo que Adriano, só que sem muito perigo, efetividade. Cumpriu seu papel e só. O suficiente para não ser execrado.

– Execrado como deve ser Gilberto Silva. Ridículo. Como errou passes, domínios, fundamentos básicos durante o jogo.

– Juan também foi muito mal. É impressão minha ou ele está mesmo pesadão?

– Eu não vou execrar os laterais. Neste time de pelada, que acham que jogam defensores e atacantes, como esperar que eles participem do ataque? Eles não erraram na frente porque na frente não estiveram. Como um time que joga com Gilberto Silva, Mineiro e coloca o Anderson lá atrás se dá ao luxo de não contar com seus laterais participando efetivamente no ataque?

– Pare o Mundo que Eu Quero Descer! Que substituição foi essa de Daniel Alves no lugar de Diego. Não que Diego não pudesse ser substituído, estava mal mesmo. Mas essa aí não me deixa espaço para comentar. Tenho de dormir antes para ver se clareio as idéias para entender essa porra.

– Ter convicções que não venham a dar certo, dimensionar errado a necessidade de ser defensivo ou ofensivo são coisas que todo técnico por melhor ou pior que seja estão sujeitos. Só que não tem condições que um técnico deixe em campo alguém que conseguiu dar uma aula de erros em todos os fundamentos do futebol como Gilberto Silva, e inventa uma substituição que além de tresloucada não leva esperança alguma, por menor que seja de dar certo não tem condições de ocupar o cargo que ocupa. Como Felipão está fora, continuo votando em Autuori ou Gus Hiddink.

– Messi foi o melhor na Argentina que também não foi bem.

– Riquelme não jogou pedrinhas. Se este é o Riquelme que joga na Europa, está explicado o porquê dele estar sempre no Boca.

– Again. Anderson de volante. Julio Baptista com a 10. Europeu avacalha com tudo mesmo.

Realmente o Brasil não jogou absolutamente nada. Mas apesar de tudo, não acredito que o Dunga seja o culpado. Tudo bem, ele não tem experiência anterior como técnico, mas ele entende de futebol sim. E digo mais: ele está lá muito mais pelo que representa, em termos de história e liderança com a camisa da seleção. Na minha opinião, o problema maior está dentro de campo mesmo. Jogadores que não têm condição de sequer passar pelo portão da Granja Comary (será que o conhecidíssimo Afonso Alves não teria sido barrado pelo porteiro ao tentar entrar pela primeira vez?), outros meio

descompromissados, nem aí para eliminatórias ou qualquer coisa que não seja Copa do Mundo, como demonstraram as ‘prima-donas’ Kaká e Ronaldinho Gaúcho na ocasião da Copa América. Mas no mundial, como um sucesso entra direto para a história, todo mundo quer. Não podemos esquecer de que no Maracanã os caras resolveram jogar e a coisa andou. Isso só não é a constante.

O técnico da seleção é o pára-raio da ira da torcida, da imprensa e de todo mundo que tenha qualquer frustração, desde com o síndico do condomínio até contra o presidente da república. Ninguém é tão criticado quanto o comandante da seleção brasileira. E para assumir o cargo, a vítima sabe que vai enfrentar situações em que ele não convoca quem ele quer, não pode escalar quem está melhor e ainda tem que se responsabilizar por tudo isso. E não adianta achar que alguém vai peitar o Ricardo Teixeira e fazer a coisa ao seu modo, ou do modo correto, ignorando a Nike e os empresários que circundam a sede da CBF. A CBF é do Ricardão, e a Seleção também. Ele não vai contratar ninguém que ouse desobedecê-lo. O Felipão em 2002 só foi chamado porque àquela altura ninguém mais era capaz de apagar o incêndio deixado por Leão e Luxemburgo, mas ele não está lá até hoje por não aceitar trabalhar com essas regras. Mas alguém tem que assumir. E acho que a intenção do Dunga é boa. O que ele não pode é entrar em campo e dar esporro no pé do ouvido do Ronaldinho, nem fazer o trabalho que todos nós já sabemos que Mineiro e o ‘capita’ Gilberto Silva demonstram a cada partida que são, ou no mínimo estão, incapazes de fazer. E ele entende desse riscado.

Depois do fiasco do Brasil na Copa da Alemanha, a escolha do Dunga para dirigir a seleção passa muito mais por uma tentativa de retomar a identificação dos jogadores com a camisa e com a torcida. Dunga foi o coração do time brasileiro em sua era. Porém, colocar esse espírito nos jogadores, num meio onde as cifras e os interesses falam muito mais alto do que a técnica e a entrega em campo, é uma tarefa extremamente ingrata. Acho que ele é o técnico ideal? Não. O escolheria para o cargo? Acho que não… mas, pelo menos por enquanto, meu voto ainda é de confiança nele. Entre acertos e erros (por que diabos o Diego não estava no banco???) , ainda dou algum crédito, pelo menos tempo para botar ordem na casa.

Aliás, em 2006, a seleção anfitriã tinha um técnico verde, ídolo recente e que apesar de muito questionado, conseguiu uma boa renovação no seu grupo e fez uma campanha muito digna, recuperando o orgulho dos alemães pelo time nacional. Klinsmann era um raçudo em campo, e quando o time comprou sua proposta, superou todas as limitações. Se o Dunga será capaz de fazer o mesmo, sinceramente não sei. Mas ele só conseguirá alguma coisa se ele tiver jogadores que colaborem, senão na técnica, pelo menos em aplicação e vontade.

O futebol é realmente impressionante. O Uruguai foi amplamente superior durante toda a partida, e perdeu. Com isso, o Brasil termina o ano em 3º nas eliminatórias, talvez criando uma falsa impressão de que tudo está bem. Quem viu os jogos, todos eles, sabe que é ao contrário. Até agora o Brasil é um bando.

O interino Dunga está perdido, a seleção não tem jogado nada, e Ronaldinho Gaúcho parece estar à beira de pedir dispensa da seleção, acho que só não o fez ainda por causa da Nike.

Ontem, foram ridículas as atuações dos Gilbertos, do Mineiro, da zaga, e dos estelares Robinho e Ronaldinho Gaúcho. E só estiveram bem mesmo, os salvadores Júlio César, que pra mim falhou no gol uruguaio, mas se redimiu com sobras e Luís Fabiano que pode ter aproveitado o jogo para se firmar.

Se para mim, era difícil torcer contra a seleção durante o jogo, ontem o Dunga conseguiu mudar isso. Absolutamente inacreditável sua substituição tirando R. Gaúcho para colocar o Josué. Passei a torcer imediatamente pro Uruguai vencer, e bem, de goleada. A situação iria ficar insustentável e um técnico de verdade já poderia começar um trabalho sério visando a Copa da África, que é logo ali.

Por essas “coisas” do futebol, o Brasil fez um gol logo depois. Foi triste ver o Dunga comemorando, batendo no banco de reservas, demonstrando claramente que acreditava que a estapafúrdia substituição cometida por ele contra o Brasil fosse responsável pela virada. Lamentável.

É fundamental que a CBF entenda que está perdendo um tempo precioso. Vencer a Copa América e se classificar para a Copa, o Brasil (hoje em dia) conseguiria até sem técnico. Agora, para ser campeão mundial é preciso ter, no mínimo, um esquema de jogo e alguém que não cometa atrocidades no banco de reservas.

Era melhor que tivesse perdido para o Peru. Ao menos a habitual pressão sobre o treinador de plantão da Seleção Brasileira começaria de forma oficial.

Mas mesmo uma derrota para a Seleção do Peru não mudaria em nada o resultado final a longo prazo. O Brasil não fica fora de uma Copa com esse sistema de Eliminatórias em hipótese alguma.

O mais legal das Eliminatórias Sul-Americanas é torcer pela derrota. Pois o que interessa é a angústia localizada do treinador e o bafafa para que se mudem jogadores.

Nesta ótica, até um empate já poderá ser comemorado contra o Uruguai no Morumbi, embora o ideal seja uma vitória celeste.

O Brasil tem de chegar na última rodada com risco, por mais desprezível que seja, de ficar de fora da Copa. É essencial para que viajem todos para Copa sob olhar crítico e pressionados.

Para Brasil x Uruguai na quarta-feira, depois da novela, já separei a minha camisa amarela para secar a Seleção da CBF. É com ela perdendo que temos chance de ver a Seleção Brasileira pelo menos no final.

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Sobre Peru x Brasil, nada a comentar. Quem quiser opinar sobre um time que acabara de sofrer o empate, saca Robinho (que não jogou pedrinhas) mas para colocar Elano (não tinha nem um Mineiro ou Gilberto Silva em campo para ser substituído, não?) que escreva nos comentários.

ARTIGOS EXTERNOS SOBRE O MESMO ASSUNTO:

• Mal Acostumados (Futepoca) – Por que acreditar na ladainha de que um empate fora de casa é de bom tamanho para o Brasil?
• Brasil joga mal e só empata com o Perú! (Boteco da Bola) – Resumo da pelada
• Brasil 1×1 Peru (Boêmios no Divã) – Dunga é técnico? Como mexe o treinador em função do resultado da partida, fazendo a mágica de deixar o time igual.
• Arena decadente no Peru alerta para Brasil-2014 (Blog do Trocedor) – O Estádio Monumental de Lima foi tido como “mais moderno” da América Latina quando construído em 2000. O estado em que se encontra é emblemático com o que pode acontecer com os que aqui forem construídos ou reformados para a Copa, assim como as instalações do Pan, já existentes.

Tudo muito bem colocado pelo meu ‘cumpádi’ Zarga, sobre a zona que foi para arrumar uma vaga no Maracanã. Teve gente que só foi parar o carro na Tijuca. Mas se eles querem que utilizemos transporte coletivo (trens, metrô) para chegar lá, que nos ofereçam um transporte seguro e digno. Sem isso, ainda prefiro mesmo as mazelas de ir de carro mesmo.

Sobre o jogo: para começar, Afonso não jogou. Aqueceu, mas não entrou. E o primeiro tempo foi realmente de doer. Não por ter saído um golzinho só. Foi muito ruim. Acho muito simplista culpar o Dunga e o esquema (ou falta dele), mas o time do Equador veio como todos os outros, exceto Argentina e Uruguai, virão enfrentar o Brasil: na defesa. Uma bola na trave do Vágnerrrr Love e um bela jogada do Maicon, finalizada com o gol do artilheiro do amor. E foi só.

No segundo tempo, ou melhor, a partir da metade do segundo tempo, os craques do Brasil resolveram mostrar serviço. Kaká, Robinho e Ronaldinho Gaúcho passaram a jogar como o povo gosta e transformaram a vitória magra do primeiro tempo numa goleada. Ronaldinho marcou desviando um chute do Kaká. O jogador do Milan fez o terceiro, pois quando ele dominou a bola livre de marcação, deve ter me ouvido: “Chuta daí, seu desgraçado!!!!!”. Ele chutou, e a bola entrou exatamente onde eu havia imaginado. Para mim, esse valeu o ingresso.

A essa altura, a esforçada equipe equatoriana já não conseguia mais oferecer resistência. Com a entrada de Elano no lugar de Vágner Love, o Brasil ficou com um esquema até interessante, sem atacante fixo, mas com todo o meio-campo chegando ao ataque. E assim aconteceu, quando Robinho fez miséria driblando os vários marcadores que o cercavam, cruzou na pequena área e o corte mal feito sobrou para Elano, que só empurrou para a rede. Quatro a zero, e a torcida em estado de graça.

Para finalizar, um gol do Maraca, a casa da seleção e templo do futebol. Com passe do Kaká, que chutou mal, mas a intervenção do estádio, outrora chamada de montinho artilheiro, fez o goleiro Viteri a piada do dia, coitado. O gol foi anotado mesmo para o Kaká, mas ele nem comemorou direito, porque já estava de costas e nem viu a bola entrar. O Maracanã deu esse mole para ele, que foi substituído por Diego e ovacionado pelo público que abarrotou e coloriu o Maior do Mundo.

Concluindo: os grandes astros da seleção brasileira dão a impressão de jogar apenas quando querem. Pode ser que fiquem desanimados de sair de onde vivem e trabalham para subir os Andes e defender o Brasil, e não é por esquema tático que eles não rendem o mesmo que em suas equipes. Não jogam porque não estão muito a fim disso mesmo, e porque eles ganham muito mais nos seus clubes do que nas eliminatórias pela seleção. Mas o clima que tomou conta do Maracanã os levou a jogar pelo prazer, e isso fez a diferença no placar e para a torcida, que não é de hoje, sofre com a falta de identificação com o esquadrão canarinho. Nada contra outros estádios, outras cidades e estados, mas o lugar da seleção é o Maracanã. É o grande palco, símbolo do futebol brasileiro, como Wembley para os ingleses e o Monumental de Nuñez para os argentinos. Ele merece ser tratado, tanto em termos de gramado, infra-estrutura e instalações para atletas e comissões, como no acesso, segurança, limpeza e atendimento aos torcedores. Assim, o estádio entra no século 21 e reassume a sua posição de direito, pois se é o maior do mundo, tem que ser o maior do Brasil também.

Que bom que a seleção deslanchou e fez 5×0. Digo isso porque assistir ao jogo requeriu alguns sacrifícios. Não vou nem voltar àquele papo das filas pra comprar o ingresso ou de cambistas. Começo falando sobre a chegada ao estádio.

Como saio do trabalho às 18hs, peguei e metrô e já cheguei cedo para descobrir como seria o esquema de estacionamento. Um caos total! Foi como jogar desorganização toda pra debaixo do tapete e os figurões da FIFA acharem que está tudo lindo. Muito trânsito, muitas filas nos POUCOS estacionamentos em volta do estádio, muitos reboques da Prefeitura e, claro, flanelinhas atormentando a vida de todo mundo. Depois de 2 horas na fila, meus amigos conseguiram estacionar. Beleza, agora vamos pro jogo…

A entrada foi tranquila. O problema foi constatado depois: faltando mais de uma hora para o início do jogo, fomos obrigados a ficar SEM CERVEJA!! E não anunciaram nada! Aquela galera com roupa da Itaipava estava lá, mas só vendia mate e refrigerante. Inacreditável! Mais ainda do que os gritos por Obina…

Pelo menos, uma coisa foi engraçada. O grito mais forte da arquibancada não foi “lêlêlê ô, Brasil!”, mas sim: “Na Rede Globo só tem viadoooo / Galvão Bueno / Comi o Arnaldooooo”.