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Artigos sobre ‘Campeonato Mineiro 2010’

O Mata-Mata Mineiro

April 4th, 2010 | 35 Comments | Filed in Campeonato Mineiro 2010

O Campeonato Mineiro 2010 conta com 12 times dos quais 8 se classificaram para o mata-mata decisivo. Sobre isso, escreveu Marcus Oliveira.

Por Marcus Oliveira (com ligeiras adaptações do original)

Muita gente fala que deveriam se classificar apenas 2 times, e alguém tem dúvida do que aconteceria? Cruzeiro e Atlético na final (90% das vezes) e os clubes do interior de férias o resto da temporada. Só essa fórmula, aparentemente absurda, permite que o Uberaba (8º Lugar) venha ao Mineirão e dê o calor que deu no Cruzeiro. Imagino que lá em Uberaba devem estar numa ansiedade grande pro jogo, campo cheio, etc… Isso vai permitir que o Uberaba forme um time melhor no próximo ano, aumenta as cotas de patrocínio da camisa e diminua um pouco o abismo entre grandes e pequenos.

Cruzeiro e Atlético que fiquem bem espertos. Não seria nada anormal o Uberaba vencer o Cruzeiro em seu campo e o América bater o Atlético em Ipatinga. Seria um campeonato inesquecível para o interior.

Diante das dificuldades do Estado, talvez essa seja a melhor forma de organizar o campeonato.

Muito diferente do Rio de Janeiro que já tem uma fórmula consagrada e ao menos 4 grandes clubes.



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Time bobo, cara-pálida? Qual?

March 8th, 2010 | 13 Comments | Filed in Campeonato Mineiro 2010, Cruzeiro, Libertadores 2010

Na cidade mais fluminense de Minas Gerais (carioca é quem nasce na cidade do Rio, mancebo) o sonolento misto do Cruzeiro sofreu sua 2ª derrota no Pão-de-Queijo/2010 para o bem arrumado time do Tupi. E, pra quem achava que o Mineiro se baseia nos dois grandes clubes da capital (Cruzeiro e América) ficou comprovado ontem que os times do interior podem chegar, se os da capital não abrirem os olhos.

Sobre o jogo, o Tupi veio com um esquema que sempre é uma faca de dois gumes. Marcação pressão é uma ótima tática para times menos técnicos, mas com um bom preparo físico. O Tupi mordia a saída de bola do Cruzeiro e, quando não conseguia tomar a bola em uma das intermediárias, se fechava com 2 linhas de 4 e não deixava os azuis se aproximarem muito da área. O problema é que esse tipo de marcação cansa muito o time que a utiliza e ali pelos 35 minutos, o time do Tupi já não conseguia manter o mesmo ritmo.

tupi x cruzeiro

Fabinho em péssima partida

Por outro lado, o sistema defensivo cruzeirense não se encontrava. Parece que falta a Gil e Caçapa um maior entrosamento, apesar de serem bons zagueiros. Jonathan fazia um jogo razoável e Gilberto, que começou na lateral-esquerda, era o melhor dos 4. Fabinho fez uma partida muito ruim e isso contribuiu para que a zaga fosse sobrecarregada. Camilo era uma nulidade e Pedro “Who” e Roger eram os únicos que conseguiam boas jogadas pelo meio. Isso quando a bola vinha com alguma qualidade. Como Fabinho e Camilo não conseguiam dar passes de dois metros, ficava complicado. Anderson Lessa e o “Tanque” Eliandro jogavam bem, apesar de dois gols errados pelo gigante. Aliás, eu já falei muito do Eliandro por aqui. Atacante forte, com ótimo posicionamento, é uma das surpresas desse ano para o Cruzeiro. O garoto tem estrela. Se não se impõe pela habilidade, sabe usar a força física sem fazer faltas desnecessárias.

Mas foi Anderson Lessa, que jogou de maneira razoável, quem abriu o placar aos 40 minutos. Dominou na meia-lua, girou o corpo e bateu de esquerda sem chances pro goleiro Jefferson. O Cruzeiro achava que iria levar a vitória para o vestiário quando Ademílson, artilheiro do campeonato com 8 gols, acertou um petardo no ângulo oposto de Fábio que ficou sem reação. Golaço e fim de 1º tempo.

O Cruzeiro voltou com duas modificações, sendo M. Paraná (impressionante como joga bem em jogos difíceis, mas entra desligado em jogos mais tranquilos) no lugar de Roger e Bernardo no lugar de Anderson Lessa. Eu não entendi o que o professor quis. Os dois tinham entrado no jogo e faziam boas partidas. E pra desestabilizar ainda mais a tática de Adílson, o Tupi virou logo aos 2 minutos com Fabrício Soares. O Cruzeiro acordou, mas esbarrava no ferrolho do time de Juiz de Fora que saía muito bem para os contra-ataques. Num deles, aos 35 minutos, o Tupi praticamente sacramentou o resultado. Gedeon foi lançado, livre de frente pra Fábio, e tocou com muita categoria na saída do arqueiro.

O Cruzeiro foi ainda mais pra cima, o Tupi teve Léo Salino expulso aos 40 minutos, a chuva apertou e a pressão foi quase insuportável. Tanto que, aos 46, em boa jogada tramada pelo ataque azul, Pedro “Who” deixou o dele num belo chute rasteiro de fora da área. Aos 47, Bernardo perdeu um gol incrível, cabeceando livre para fora. E o jogo acabou.

Os gols:

O Tupi mostrou que tem time para surpreender. O Cruzeiro percebeu que precisa entrar elétrico nos jogos, mesmo os do Mineiro e com time misto, para não ser surpreendido. Apesar dos pesares, o time azul se mantém na primeira colocação isolada e, agora, vai à Venezuela para enfrentar o Deportivo Italia nessa quinta-feira pela Libertadores.

Aguante!!!

*****

Alício Pena Júnior está para Minas como Carlos Eugênio Simon está para o Brasil. Ninguém entende mais como eles apitam e são considerados os melhores. Ontem, o fanfarrão e seus assistentes anularam um gol legítimo do Tupi, além de inverter faltas e cartões. Arbitragem ruim para os dois lados.

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Nos embalos do Obination

March 3rd, 2010 | 1 Comment | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2010, Copa do Brasil 2010, Cruzeiro, Futebol

Por Lucas Leal

Na última quarta-feira, dia 24 de fevereiro, o Atlético viajou para o longínquo e, para mim, até então inexistente estado do Acre, a fim de fazer sua estréia na Copa do Brasil, o famoso “caminho mais curto até a Libertadores”.

Mesmo sem ter conquistado os três pontos, o Galo ia embalado por uma boa atuação no Clássico contra os Azuis, partida recheada, mais uma vez, de polêmicas envolvendo a arbitragem Azul, digo, Mineira.

Quem também vinha embalado era o Juventus, que não é o de Turim, que, nas palavras de seu Presidente, teria plena capacidade de vencer o duelo, já que “Nosso time é o atual campeão estadual e tivemos a defesa menos vazada da competição, além de termos mantido a base do ano passado.”

O que o Sr. Deusdeth Nogueira não previa era que, mesmo recuperados do surto de dengue que fizera a partida ser adiada para esta data, seus jogadores encontrariam pelo caminho o jogador mais contestado do futebol brasileiro atual em uma noite inspirada.

O novo xodó do Galo!

O novo xodó do Galo!

Obina acabou com o jogo. Além de dar passe para o gol de Diego Tardelli, o jogador marcou nada menos que CINCO tentos na vitória esmagadora do Galo no treino, digo, jogo contra a Juve Tupiniquim. Marques, que passou à frente de Obina na hora de finalizar, completou a goleada, que ainda teve pênalti perdido por Muriçoca.

Muitos diriam que não há que se gabar de um resultado construído contra uma equipe de um lugar que não existe, que o Galo tinha a obrigação de vencer de mais de dez gols e que Obina só marcou tanto porquê o goleirão da Velha Senhora genérica ajudou. Mas marcou.

Acre

O Acre existe!

Não satisfeito, o mito Obina resolveu aprontar mais uma no fim de semana. Sua vítima, dessa vez, foi o Uberlândia, fora de casa, em partida válida pela 7ª rodada do “Pão de Queijão/2010”.

O Rei do Acre, novamente inspirado, marcou três gols, um deles em um belo chute de fora da área, dando a vitória por 5 a 2 para o Galo sobre o Periquito. Muriqui e Carlos Alberto completaram o marcador. Marcelo Régis e Paulo Roberto, em mais uma das pataquadas do pseudo-goleiro Aranha, descontaram para o time da casa.

Com 9 gols em 5 partidas, sendo 8 nas duas últimas, Obina não só ganhou o direito de pedir música e clipe no Fantástico, mas também assumiu a posição de artilheiro do Atlético. Não podemos negar que o atacante é limitado, não é dos mais habilidosos e está longe de ser um craque. No entanto, o esquema de três atacantes armado pelo professor Vanderburgo Luxerlei parece ser perfeito para a atuação do goleador. Diego Tardelli, agora atuando mais recuado, e Muriqui, absurdamente veloz caindo pelas pontas, facilitam a vida de Obina, que só tem o trabalho de empurrar a bola pra dentro do gol.

Uma coisa é indiscutível: Obina já virou lenda no futebol brasileiro. Por bem ou por mal, não é de hoje que ele tem chamado a atenção da imprensa esportiva nacional. E, agora, tem conquistado o torcedor alvinegro. E não é pra menos. Na hora de pedir música no Fantástico, o artilheiro não hesitou em fazer média com a torcida atleticana e pediu logo o Hino do Clube. Claro que depois, como todo jogador de futebol que se preze, pediu um pagode.

Ânimo novo para o Galo, que eliminou o jogo de volta da Copa do Brasil e agora segue na luta pelo título do Campeonato Rural e na espera pela vingança contra o time do Professor Adilson Pardal. E, se depender da torcida, sempre ao som do Obination…

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Aonde vai o chororô?

February 23rd, 2010 | 21 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2010, Cruzeiro

Senhores, boa tarde. Estava eu, nessa tarde quente entre as montanhas mineiras, zapeando pela internet quando me deparo com esta matéria.

Então quer dizer que Kalil, o turquinho comedor de fígados fritos azuis, vai fiscalizar as penalidades que a FMF e a Comissão de Arbitragem do futebol mineiro impõe aos árbitros que erram contra o lado deles? Sinto cheiro de déjavú. Ora, ano passado reclamou-se do mesmo assunto, no jogo da 1ª fase do Mineiro, mascarou-se a vitória do Cruzeiro e, no fim do campeonato, veio a surra derradeira, sem nada para mascarar.

Resta-me compartilhar a preocupação de Jorge Santana com seu post no PHD. O Galo a muito tempo não tem no que se basear e, agora, seu dirigente mascara a realidade, afirmando que não se deve confiar nos números do Datafolha, o time é sempre roubado e blá, blá, gol. O homem de preto (ou de amarelo, ou de vermelho, depende do jogo), caro Presidente, já errou contra o Galo, já errou contra o Cruzeiro, já errou contra o Flamengo, já errou contra o Botafogo, já errou até contra a Irlanda.

O que não se pode aceitar é esse mesmo dirigente querer, apesar de suas raízes, cantar de Galo no futebol mineiro. Não se cobra aqui um favorecimento ao Cruzeiro. Apenas imparcialidade. O juiz errou num lance rápido e difícil e quem informa que ele vai tomar “uma geladeira por tempo indeterminado” é o presidente do Galo e não o da FMF ou da Comissão de Arbitragem?

Eu não sei o que é mais ridículo nessa história toda. Se é a postura do Galo, a da FMF, a matéria da Galo-Press ou a foto do Kalil.

Kalil de "olho" na arbitragem mineira?

Kalil de "olho" na arbitragem mineira?

E depois reclamam de Bebeto de Freitas e Lúcio Flávio.

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Um bom começo de ano.

February 23rd, 2010 | 11 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2010, Cruzeiro, Torcidas Organizadas

Galo e Cruzeiro fizeram um baita jogo, naquele que ficou famoso como Clássico das Flanelinhas. Dois bons técnicos no banco de reservas e times que estão ainda melhores que os do ano passado. Se em 2009 a equipe azul teve um bom ano com um vice-campeonato da Libertadores, o título mineiro e uma bela arrancada na fase final do Brasileiro, o Galo superou expectativas e, durante um bom tempo, foi apontado como um dos postulantes ao título. Perdeu a bola e o rumo após a derrota para o Flamengo, mas foi mais do que a própria torcida esperava.

O clássico desse último sábado se mostrava cheio de ingredientes para ser especial. Luxerlei Wandemburgo, técnico do Cruzeiro no ano mais áureo da história recente, comandava a equipe atleticana; possibilidade de Obina, um especialista em clássicos, jogar como titular; Roger fazendo sua estreia pelo Cruzeiro; Adílson tentando manter o bom restropecto.

Antes do jogo eu comentava com amigos que o embate dos treinadores seria o maior diferencial. E foi o que aconteceu: Luxeerlei entrou num 4-4-2 conservador, mas que foi muito bem com Tardelli e Muriqui (bom atacante, mas que precisa melhorar nas finalizações) e Renan Oliveira vindo do meio-de-campo. O Cruzeiro se defendia bem com atuações seguras de Fábio, Jonathan e, pricipalmente, Leonardo Silva. Enquanto isso, Marquinhos Paraná, Gilberto e Henrique não faziam grande partida, mas ainda dominavam o meio-de-campo. Elicarlos cumpria bem o papel de marcador e segurança para as subidas de Diego Renan pela esquerda do ataque azul. Já a ofensiva celeste era inoperante, muito em função da boa atuação de Werley e da monstruosidade que Jairo Campos jogou.

O Galo era mais agudo e quase marcou um golaço com Tardelli que, numa saída errada de Fábio, tocou por cima. Leonardo Silva operou um milagre e salvou o Cruzeiro em cima da linha. Enquanto isso, a Raposa tocava a bola e o Galo se defendia bem. Sem achar espaços, o Cruzeiro só conseguiu seu gol na bola parada aos 22 minutos do 1º tempo. Gilberto bateu escanteio, Gil se antecipou e tocou fraco pro gol. A bola, essa companheira certa da ironia, encostou em Leandro, ex-lateral celeste, e matou o goleiro Carini. Cruzeiro 1×0.

R de Raposão!

R de Raposão!

Oito minutos depois, falta para o Atlético. Coelho cobrou pra Jairo Campos completar. Fábio fez uma defesa de cair o queixo, mas na sobra o mesmo Jairo tocou no canto. 1×1 e clássico quente, como a tarde de BH.

O 1º tempo acabou, veio o 2º e o jogo não mudou em nada. Aliás, mudou. Adílson trocou Diego Renan por Pedro “Who”, que não entrou bem. Com o deslocamento de Elicarlos pra lateral-esquerda, o Cruzeiro perdeu força na marcação. O Galo veio ainda mais forte e logo aos 3 minutos marcou seu gol com Tardelli, que foi mal anulado pela arbitragem. Pra variar, ouve-se a história de que “aquele gol podia ter dado outra cara pro jogo”. Realmente. Num clássico, detalhes fazem diferença. Mas os gols perdidos por Tardelli, Obina e Muriqui também fizeram diferença. O Galo era mais organizado e aos 14 minutos, Muriqui perdeu um gol feito. Os alvinegros ainda tiveram bom domínio, mas por volta da metade do 2º tempo o Cruzeiro equilibrou.

Foi nesse momento que brilhou mais uma vez o professor Adílson. Luxerlei trocou Renan Oliveira por Obina, indo prum 4-3-3 com Correa, Jonílson e Ricardinho no meio. Enquanto isso, Adílson sacou Gilberto para a estreia de Roger. Aos 33 minutos, o maridão da Débora fez lindo lançamento para conclusão errada de T. Ribeiro, num lance que deixou Luxemburgo dando pulinhos de braveza. O Cruzeiro agora já era mais perigoso. E aos 37, o canhotinho bateu escanteio na cabeça de Leonardo Silva que nem subiu pra testar firme, sem chances para Carini. Cruzeiro 2×1. Festa azul e laranja e desespero de Luxa. O técnico sacou Jonílson para a entrada do eterno Marques. Mas foi Roger quem apareceu novamente. Aos 43 minutos, num contra-ataque rápido, o meia recebeu, puxou pra esquerda e colocou no ângulo oposto de fora da área. Golaço! Cruzeiro 3×1 e fim de papo.

Roger comemorou roubando a cabeça do Raposão e saindo pra torcida. Delírio e o início do pós-jogo. Kalil reclamou de assalto, Luxerlei Wandemburgo mandou banana pra torcida do Cruzeiro, Perrella provocou desnecessariamente. E briga na saída do estádio. Tudo normal. Toda babaquice que se espera de um superclássico e que acontece com a conivência das autoridades.

Por fim, foi um belo jogo que deixa esperançosas as duas torcidas. A do Cruzeiro com o fato de que o time, por ter um bom elenco, pode resolver um jogo complicado em questão de minutos. A do Galo, por saber que o time desse ano pode fazer papel mais bonito que o do ano passado. E pode ser mais confiável.

*****

Nessa quarta, o Cruzeiro joga contra o Colo-Colo pela Libertadores. O Galo vai ao Acre jogar contra o Juventus para não fazer o jogo de volta.

Adelante!

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Mostrando a que veio

January 21st, 2010 | 7 Comments | Filed in Campeonato Mineiro 2010, Cruzeiro

20 de janeiro de 2010. 9:20 da noite. Enquanto o jogo não começava, no entorno do Mineirão eu dava as últimas colheradas num tropeiro e conversava com meu pai (a partir de agora será tratado apenas como Gordito) e uma amiga que manja mais do riscado que muito marmanjo.

– Ah, Matheus, o Thiago Ribeiro, o Guerrón. Esses caras são ruins. Muito ruins.

– Pô, Gi. O Guerrón tem o melhor apelido do MUNDO. O cara ser chamado de DINAMITA é, no mínimo, folclórico. E o T. Ribeiro é importante taticamente, seja lá o que isso quer dizer. Mas o ataque titular pra mim é Kléber e W. “Parede”.

Enquanto isso, Gordito já reclamava de Fabrício, Thiago Heleno, Henrique. Normal. Segundo ele, a sorte é que o Cruzeiro tinha “mandado o mala do Jancarlos embora.”

Entramo pro jogo, afinal. E eu sentia falta do Mineirão. Quarta-feira a noite e domingo não são normais sem aquela pelada marota no Gigante da Pampulha.

Calor de rachar, mesmo já no fim da noite e o jogo começou quente. Logo aos 13 minutos do 1º tempo pênalti pro Cruzeiro, em cima de Bernardo. Kléber pegou a bola, partiu, parou, deu uma “pedalada”, olhou pro canto e bateu…na trave. Sen-sa-cio-nal, não? Enfia o pé nessa jaca, mermão.

O Cruzeiro continou pressionando e perdendo gols incríveis. Mas, aos 33′, a rede balançou pela primeira vez esse ano. Belo passe de Bernardo, tirombaço de Diego Renan de fora na área, bola na trave e sobrando limpa pra T. Ribeiro quase errar sem goleiro. Cruzeiro 1×0. E aí, o time tranquilizou. Tocando bola, conseguiu imprimir seu ritmo (tudo bem, era o UBERLÂNDIA) errou um caminhão de gols com Kléber passando o goleiro e não conseguindo finalizar, Bernardo passando da bola, mas aos 46′, ampliou. Gilberto deu um passe magistral pra T. Ribeiro arrancar do meio-de-campo, servir Kléber que entrava pelo meio (no bom sentido, é claro) e o Gladiador driblar o goleiro e colocar pra dentro. Golaço. Sem comemoração. E sem falar com a imprensa depois. Parece que esse mimimi todo que alguns veículos de comunicação andam fazendo sobre ele e o Palmeiras, cansou. Cansou até a torcida. Ninguém quer mais ouvir falar disso. Que o Palmeiras pague e leve. Não sei por qual motivo criar essa rusga.

Fábio

Fábio completou seu 306º jogo ontem com a camisa azul. Ou branca, sei lá.

O Cruzeiro voltou para o 2º tempo com uma alteração. Saiu Bernardo, entrou Pedro Ken. Interessante que o professor A.B. inovou nesse jogo. Entrou com 2 armadores de ofício no início (Gilberto e Bernardo) e depois colocou Pedro Ken, rápido e habilidoso, pra fazer a função de 3º volante, muito parecido com o que fazia Ramires.

Aí começou o show. Aos 16′, pênalti em Kléber e expulsão do zagueiro do time triangulino. Kléber pegou a bola, partiu e cobrou. Sem paradinha, sem frescura, no canto esquerdo do goleiro Felipe Sanchez. 3×0. Kléber ovacionado e comemoração com a torcida.

Kléber

Kléber foi o dono do jogo com 3 gols.

Com um jogador a mais, A.B. mudou de novo. Tirou Marcos, que fazia um ótimo 2º tempo na lateral-direita para dar lugar a ELE!!! Tambores rufando, por favor. GUEEEEEEEEEEEEEEEEEERRÓN! La Dinamita. Tudo bem, o cara é meio previsível, cheio de pedaladinha e tudo mais. Mas é uma figura. Pra mim, o mais emblemático do time celeste. Pedro Ken foi deslocado para a lateral, revesando com Henrique e o time ficou com 3 atacantes.

Aos 22′, ótima jogada de Diego Renan pela esquerda, bola pingando na área, sobrou pra Cláudio Caçapa que bateu com categoria no ângulo direito. Cruzeiro 4×0.

W. Parede entrou no lugar de T. Ribeiro, chamou o jogo, recebeu a bola e cruzou na medida para “Maestro” Paraná marcar. O meia errou, a bola sobrou pro Dinamita que deu uma sambadinha digna de Rubinho Barrichelo na frente do zagueiro e tocou pra Kléber marcar o 5º do Cruzeiro e seu 3º da noite. Homenagem pra esposa e pro filho que vai nascer.

E aos 44′, Diego Renan fechou a conta. Tabela entre Guerrón e W. Parede, chutaço de fora da área, o goleiro rebateu, W. Parede tocou pra dentro da área e o lateral-esquerdo-direito fechou a meia dúzia.

Enfim, debaixo de muita chuva, o Cruzeiro começou a temporada de forma satisfatória. Um treino de luxo. E que dá moral pro time que viaja hoje pra Bolívia para enfrentar a altitude e o time do Real Potosí pela Pré-Libertadores.

O Melhor do Jogo? Guerrón, La Dinamita!

*****

O vermelhinho da noite vai pra PM. Não consegui filmar a situação, mas ontem me senti como num curral de gado. O Mineirão, assim como a maioria dos estádios, tem escadas que separam as cadeiras. A PM, por algum motivo que só os altos comandos da segurança mineira devem saber, resolveu passar uma corda nesses espaços. Você tinha que brincar de passar de baixo da corda pra descer a escada, passar debaixo da corda de novo e sair pra ir ao banheiro, ou comer algo, ou fazer qualquer outra coisa. Se você quisesse mudar de lugar no estádio, pra não pisotear os outros, teria que fazer isso também. Ridículo. Ainda mais prum jogo tranquilo, com pouco mais de 15.000 almas. Sem ter o que fazer, eles proíbem cerveja, sinalizador, movimentação no estádio. Daqui uns dias, me proíbem também.

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Pão-De-Queijão/10 saindo do forno

January 20th, 2010 | 16 Comments | Filed in Atlético-MG, Campeonato Mineiro 2010, Cruzeiro

O Campeonato Mineiro de 2010, a.k.a. Pão-de-Queijão/10, começa hoje, mas com apenas um jogo.

Em virtude da desgastante viagem para a altitude de Potosí onde o Cruzeiro enfrenta o o primeiro desafio do ano pela Pré-Libertadores, o jogo contra o Uberlândia, que seria sábado, 23/01, foi antecipado para hoje.

Enquanto isso, o Galo continua seus trabalhos para começar a temporada no próximo domingo, no clássico contra o América.

Aposta atleticana para 2010.

Aposta atleticana para 2010.

O fim de 2009 e começo de 2010 foram muito movimentados para o lado atleticano. Com Luxerlei Vanderburgo e seus fieis companheiros contratados para o comando, a expectativa é que o time consiga se impor depois de 2 anos perdendo o título para o Cruzeiro de forma catastrófica. As contratações de Jairo Campos, que veio da LDU, Muriqui, que fez um belo Brasileiro pelo Avaí e outros menos cotados buscam preencher as deficiências do time que fez, apesar da decepção no fim, uma ótima temporada passada. Tardelli, Carini, Ricardinho e Correa foram mantidos e formam uma boa base.

Enquanto isso, na Toca 2, Zezé Perrella afirmou que “o maior reforço é a manutenção de todos”. A julgar pelo baita 2009 e pela famosa política de mercado dos dirigentes cruzeirenses, ele está certo. Pedro Ken, ex-Coritiba, e Anderson Lessa, revelação do Náutico, foram contratados para compor elenco, juntando-se a Fábio, Jonathan, Kléber e cia. E a programação é de mais dois ou três bons reforços, sendo um para o ataque e/ou meio-campo avançado e um zagueiro.

Será que ele joga?

Será que ele joga esse ano?

O campeonato será polarizado, mais uma vez, pela briga dos dois gigantes, funcionando mais como aquecimento para a Copa do Brasil e a Copa Libertadores, que os dois entram para ganhar, apesar de menos cotados. Mas América e Ipatinga sempre podem surpreender, comendo pelas beiradas.

Estarei na estreia hoje, esperando pra ver a cara do Cruzeiro. Apesar das pernas pesadas, pelo menos de falta de entrosamento o time não pode reclamar.

Um abraço e que o Pão-de-Queijão/10 seja o disputado só dentro de campo.

Quem leva o campeonato mineiro?
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