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Artigos sobre ‘Fórmula-1 2013’

Para Galvão Bueno entender o tempo de parada nos boxes

November 4th, 2013 | 6 Comments | Filed in Fórmula-1 2013

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Goodbye red brick road

September 20th, 2013 | 35 Comments | Filed in Fórmula-1 2013

massa demitidoHoras depois do fim do GP da Itália de F1 de 2013 a Ferrari divulgou nota confirmando que um dos boatos mais antigos do paddock se tornara realidade: Felipe Massa não vestirá mais o macacão vermelho em 2014. A mudança de ares já se fazia necessária há tempos para o brasileiro, que sem dúvida sai de Maranello pela porta da frente, mas tanto para uma parte quanto para outra, a mudança veio tarde, muito tarde. Massa não podia seguir em frente com uma equipe que estampou nele o número 2 mais marcante até que o de Barrichello, tampouco a escuderia poderia manter um piloto de fidelidade canina, porém de confiança e habilidade abaladíssimas, quem sabe até, irrecuperáveis.

Massa e Ferrari tiveram um casamento difícil apesar das provas de amor dos dois lados. O brasileiro deve muito à equipe pelo crédito e pela paciência dedicada a ele após o acidente de Hungaroring em 2009. Não foi de graça; aliás, o preço cobrado por Maranello foi alto. Nem precisamos citar os domingos cabisbaixos do piloto, que sofreu pressões por conta do mau desempenho em relação a Alonso. Conviveu com sua própria frustração de não conseguir mais fazer o que já havia feito no passado: vencer. Para completar, no seu longo inverno de cinco anos jogado aos cantos do box, as esparsas ocasiões em que viu uma sombra de seu talento reaparecer foram brutalmente frustradas pelo ‘interesse da equipe’. E foi assim, por meio de notinhas na Internet que foi anunciado oficialmente o fim desse longo relacionamento.
O resumo da ópera é o seguinte: Felipe é o segundo piloto em maior número de GPS pela Ferrari, atrás apenas de Michael Schumacher. Ele pertenceu à ‘famiglia’ desde molecote, muito antes de vestir esse macacão que a partir de hoje ele começou a se despedir. Pelo potencial apresentado no princípio de sua jornada em Maranello e por ter sido um pupilo tão enquadrado nos dogmas ferraristas, o brasileiro pode ser considerado um dos pilotos mais prestigiados dentre todos que por lá andaram. Para os que conhecem a história – e guardadas as devidas proporções -, após o seu grave acidente, ele poderia ser visto como um Gilles Villeneuve a quem se pôde dar uma outra chance.  E por isso, mesmo com quatro anos de jejum e maus resultados, ele ainda teve a oportunidade de renovar e correr por mais uma temporada. O quinto ano ruim se tornou insustentável. A Ferrari quer mais, e o piloto deveria querer também. Ninguém pode aguentar tanto tempo na vida sem sorrir.
Enquanto o box da Ferrari vai pegar fogo com Alonso e Kimi disputando dentro e fora das pistas, Massa vai ter que se desdobrar para garantir uma vaga em outro time para 2014. Fala-se em McLaren e Lotus-Genii, e no caso da segunda, tem que dar uma contribuição, se é que me entendem. Os cartolas Ecclestone e Todt pai – e o filho, que é empresário do brasileiro – sabem da importância estratégica de se ter um piloto do Brasil no grid, em termos de marketing da categoria, e já mexem seus pauzinhos. Vamos ver o que acontece em seguida.
No domingo de manhã veremos nas ruas de Cingapura o primeiro GP do resto da vida para Felipe Massa. Sua estrada pavimentada de tijolinhos vermelhos em direção ao seu sonho, onde ele viveu seus melhores e piores dias, chegou ao fim antes dele alcançá-lo. Sim, esse objetivo já escapou de suas mãos na última curva, mas depois, ele se tornou algo tão, mas tão distante…
Boa sorte.
felipemassa_gpbrasil2008

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Don Quixote de las Astúrias

August 31st, 2013 | 3 Comments | Filed in Fórmula-1 2013
1º e 2º pilotos

1º e 2º pilotos

Como estou de férias com a patroa, tive que aproveitar os momentos em que consegui escapar da atenção dela para escrever essas linhas sobre Fernando Alonso, o don Quixote de las Astúrias, que ao contrário de seu xará de la Mancha, não luta contra dragões imaginários para conquistar castelos de areia; sua ingrata missão consiste em derrubar um adversário do quilate do tricampeão Sebastian Vettel com uma montaria muito melhor do que a sua própria. E mesmo que o Sancho Massa mostre claramente a fragilidade do pacote e o bravo cavaleiro errante espanhol saia do nono lugar para ficar em segundo, ainda assim nosso Quixote leva coices de seu próprio cavalo.

Pois é. O cavalinho rampante, outrora o fiel Rocinante, não gosta de ouvir críticas, e se autoproclama mais importante do que aqueles que o conduzem. Ora pipocas, mas se a Ferrari paga a Alonso um salário quatro vezes maior que o do segundo piloto, não seria porque o primeiro tem algo mais a contribuir para o crescimento do time? Então escutem, porque nenhum salário astronômico segura o ímpeto de vencer do espanhol. Ele quer ser campeão, e não apenas ter a duvidosa honra de pertencer à máfia de Maranello.

Certa vez, um francês narigudo cheio de títulos comparou os carros vermelhos a um caminhão. Foi demitido, mas ele estava certo. Se foi praga de francês ou não, foram mais dez anos de fila para a Ferrari. Ô Scuderia doida. Vive de longos períodos de dominação e loooongos períodos de jejum…

Fui. Au revoir, chers amis…

Ferrari de Prost

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A primeira a gente nunca esquece

August 2nd, 2013 | No Comments | Filed in Fórmula-1 2013

Ninguém conhece mais os atalhos das curvas fechadas e estreitas de Hungarorring do que Lewis Hamilton. O mais novo solteiro da F1 conquistou sua quarta vitória no circuito, e foi a primeira em sua nova casa. Lewis dominou quase de ponta a ponta sob um calorão de 51 graus na pista. Em segundo veio Kimi Räikkönen, pressionado até a bandeirada por Sebastian Vettel. O finlandês roubou a vice-liderança de Fernando Alonso no mundial e criou uma nova crise na Ferrari.

Explico.

Alonso vem cobrando publicamente o desenvolvimento do F138, e todos sabem que tal coisa é muito mal digerida em Maranello. E mesmo com contrato renovado até 2016, o empresário do espanhol foi visto em conversas de paddock com Christian Horner, oferecendo seus serviços para a vaga aberta com a aposentadoria de Mark Webber ao fim do ano. Ganhou um puxão de orelha da cúpula da scuderia e ainda teve que ouvir de Vettel: “prefiro Kimi”.

Räikkönen é como a moça bonita do baile: nada importante acontece antes dela tomar sua decisão, e após ela resolver o que quer da vida os demais vão se arranjando. Por isso a Lotus-Genii está curtindo adoidado enquanto pode a presença do piloto que alçou a equipe de mera coadjuvante a vencedora e candidata ao título – ainda que como azarão. O passo lógico seria juntar-se à Red Bull, mas o homem de gelo nem sempre parece muito afeito à lógica. Pode assim possibilitar o upgrade de um dos pilotos da Toro Rosso, com franco favoritismo para Daniel Ricciardo.

O time vestido de preto e dourado viveu também uma situação desagradável na Hungria. Basicamente, Romain Grosjean fazia uma corrida muito arrojada e convincente, até que os fiscais resolveram aplicar um drive-through no piloto. Aplicado mais pela fama do que por qualquer atitude ruim do franco-suíço. Tantas você fez… que ficou marcado. Nem os outros pilotos envolvidos nas manobras analisadas entenderam a razão da punição.

Um deles foi o homem-berlinda Felipe Massa. A vida do brasileiro gira, gira, gira e ele volta para o mesmo buraco. Depois de bater, rodar e/ou abandonar vários gps e treinos consecutivos, dessa vez o enrosco em que ele se meteu logo no início foi suficiente para aue ele tivesse mais um resultado abaixo da crítica. E levantou a lebre: pode parar se não conseguir um carro competitivo para o ano que vem. Se as portas da Ferrari finalmente se fecharem, pode ser isso mesmo o que vai acontecer.  A Ferrari já é a terceira força,  e caindo. Paciência tem limite.

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GP da Alemanha: volta a volta no Blablagol

July 7th, 2013 | 59 Comments | Filed in Fórmula-1 2013

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Yeah, babe!!! Hoje é dia de F1, e a o blablagol transmite a corrida diretamente… do meu sofá!!!

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Os pneus da discórdia

July 4th, 2013 | No Comments | Filed in Fórmula-1, Fórmula-1 2013

Não se fala em outra coisa na F1 além das tropeçadas da Pirelli em 2013. O assunto levantado aqui no Blá blá Gol posts atrás ganhou diversos capítulos, desde a semana posterior ao GP da Espanha, quando a Mercedes (coincidência ou não, o time que mais sofria com o desgaste da borracha) realizou um teste secreto junto à Pirelli com seus carros atuais, algo banido pelo regulamento. A notícia estourou em Mônaco e desceu atravessado para as concorrentes. Um autêntico fuzuê estava formado – e coincidência ou não, das três corridas subsequentes, as flechas de prata venceram duas com Nico Rosberg, inclusive a última em Silverstone. A FIA julgou o caso, e pegou levíssimo na punição aos germânicos. Por outro lado, foi Lewis Hamilton o primeiro piloto a experimentar a falência total do pneu italiano, seguido por Felipe Massa, Jean-Éric Vergne e Sergio Pérez. Ou seja: ninguém está feliz com a perigosíssima situação. E amanhã já iniciam os trabalhos para o GP da Alemanha em Nurburgring. Sabe-se que a Pirelli levará compostos diferentes dos usados em Silverstone, porém, seu desempenho é totalmente uma incógnita.

Além das borrachas voadoras, o GP britânico viu ótimas corridas de recuperação de Hamilton (4º) e Massa (6º). Mark Webber também despencara para 15º na largada , mas se a corrida tivesse umas 2 ou 3 voltas a mais, ele certamente tomaria a vitória de Rosberg, um dos poucos pilotos a passarem praticamente ilesos durante o GP. Azar de Sebastian Vettel, que perdeu todas as marchas pelo caminho e estacionou ao lado do pitwall, e viu sua vantagem na tabela para Fernando Alonso (3º) cair de 37 para 21 pontos.

Não há como não conceder o troféu “Ai… que burro!!! Dá zero pra ele!!!” para a equipe Lotus-Genii, que inexplicavelmente não chamou Kimi Räikkönen para trocar seus pneus na última bandeira amarela. O finlandês vinha muito bem, obrigado, em segundo, mas ficou uma fera ao perder posições para os rivais de pneus novinhos. Terminou em quinto.
Nesse final de semana Räikkönen ainda se tornou o nome que dará o tom da dança das cadeiras para 2014: após o anúncio de Webber – o canguru deixa a Red Bull no fim do ano e vai correr de Porsche no Mundial de Endurance – ele é o favorito para ocupar o cockpit dos energéticos. A paz de Vettel vai acabar…

Domingão tem GP, e se tudo correr bem, acompanhamos juntos aqui pelo Blá blá Gol a partir das 8:30.

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GP de Mônaco é no Blablagol

May 25th, 2013 | 37 Comments | Filed in Fórmula-1 2013

jean_cevertNeste domingo vai rolar a sexta etapa do mundial 2013 de Fórmula 1. O Blablagol – se a TV a cabo não me passar a perna de novo – acompanhará ao vivo a corrida que terá a primeira fila dominada pelos carros da Mercedes, com Nico Rosberg à frente, sua terceira pole esse ano. Logo atrás sairão os pilotos da Red Bull. Felipe Massa estampou forte o guard-rail no treino da manhã, não pôde participar da classificação e largará em último.

Muitos pilotos inovaram no design de seus capacetes para a etapa monegasca da F1. O destaque, que ganhou a torcida do blog, vai para Jean-Éric Vergne, da Toro Rosso. O francês fez bela homenagem a seu conterrâneo François Cévert, morto em 1973 no circuito de Watkins Glen (quem não conhece vale a pena dar uma googlada no nome do cara). Menção honrosa, como sempre, a Kimi Räikkönen, que lembra em seu casco o ídolo/mito/lenda James Hunt, “the shunt”. Sensacional.

A partir das 8:30h estaremos ligados, e comentando freneticamente!!!

 

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Señor Fantástico

May 15th, 2013 | 14 Comments | Filed in Fórmula-1, Fórmula-1 2013
E foi com direito a coelhinho e bandeira da Espanha

E foi com direito a coelhinho e bandeira da Espanha

Decisão. Essa é a melhor palavra para definir a atuação de Fernando Alonso no GP da Espanha de Fórmula 1. Parecia que estava escrito: quando apagassem as luzes da largada, ninguém faria frente ao espanhol, que largava de uma pouco expressiva quinta posição em um circuito famoso por ter seus vencedores sempre largando da primeira fila desde os tempos de Maomé. Logo nos primeiros metros, el Fodón de las Astúrias tratou de deixar isso bem claro ao fazer uma dupla ultrapassagem por fora sobre Kimi Räikkönen e Lewis Hamilton, uma das manobras mais impressionantes dos últimos anos. Depois, seguiu com a paciência de um tubarão aguardando o momento ideal para sua presa; superou Nico Rosberg (aliás, é só apertar um pouquinho que as Mercedes confessam as fragilidades…) quando seu Mercedes confirmou a previsão e o desempenho foi ao chão, apesar da conquista da pole position, e mais tarde Sebastian Vettel nos boxes. Alonso deu um show em casa e comemorou a sua 32ª vitória na carreira. Ele simplesmente superou Nigel Mansell, e acima dele na lista dos maiores vencedores da categoria só restam Senna, Prost e um tal de Schumacher. Não é pouca coisa não.

A Ferrari mostrou uma eficiência que há tempos não era vista, tanto na estratégia quanto nos pitstops. Tanto que Felipe Massa, que fez uma prova de extrema agressividade, saiu de uma remota nona posição para ir ao pódio. A festa ferrarista só não foi maior porque Räikkönen furou a dobradinha italiana ao executar com perfeição uma estratégia de um pit a menos.

Vettel se segurou na ponta da tabela com um quarto lugar sofrido. A Red Bull, a exemplo de outras equipes, tem criticado duramente as borrachas fabricadas pela Pirelli; basta ver o estado lastimável dos pneus ao final da corrida, a quantidade e o tamanho dos pedaços destes que ficam pela pista para saber que algo ali não é normal. Não é ecológico, não dá as melhores condições de competição, e ainda parece perigoso – algumas vezes durante o fim de semana foram vistos compostos totalmente dechapados com poucas voltas de uso. Se a F1 é, a princípio uma vitrine para as marcas envolvidas, vamos combinar que a Pirelli não está fazendo um filme lá muito bonito com seus consumidores…

Por hora, a gangorra das equipes segue. Exceto por Williams e McLaren, que vão sempre mal, muito mal. A equipee parece totalmente sem referência após a saída de Hamilton. Curiosamente, aumentam os rumores da volta da parceria do time de Woking com a Honda. Os japoneses planejam estar de volta em 2015, e quem sabe, reviver the time of their lives. Já em Grove, os cabelos que restam no velho tio Frank devem estar arrepiados: saeus carros sequer passaram do Q1 em Montmeló.

No pelotão intermediário merece especial atenção a temporada de Paul di Resta. O escocês vem pontuando com frequência e bate impiedosamente o seu experiente parceiro de Force India Adrian Sutil.

Próxima parada em Monte Carlo no dia 26 de maio – mesmo dia da Indy 500.

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GP do Bahrein: ao vivo no Blablagol

April 20th, 2013 | 16 Comments | Filed in Fórmula-1 2013

Há uma semana no GP da China vimos uma autêntica lição em mandarim do novo Professor da F1, Fernando Alonso. Tal como em 2012, não há nenhuma equipe com um carro capaz de dominar as ações, e nada melhor do que esse fato para o espanhol mostrar que, no braço, fica difícil para seus adversários. Alonso se aproveitou da chance que teve para ultrapassar Lewis Hamilton, e depois disso, desapareceu lá na frente. O povo só foi ter notícia dele quando a corrida já tinha acabado.

As três corridas já disputadas foram vencidas por três pilotos e três times diferentes. Aqui no Blablá vamos acompanhar que surpresas o deserto barenita nos reserva. A pole ficou com Nico Rosberg, que largará à frente de Sebastian Vettel e das duas Ferrari.

A partir das 8:30h já estaremos online.

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Ressaca moral?

March 28th, 2013 | 8 Comments | Filed in Fórmula-1 2013
Digam xiiiiiiiiisssss....

Digam xiiiiiiiiisssss…

GP da Malásia de 2013. Sebastian Vettel chegou à sua 27ª vitória na carreira na F1. O número 27 é um número mágico. Apesar de hoje já ter sido superado por vários pilotos desde que Alain Prost quebrou essa barreira no GP de Portugal de 1987, o recorde de 27 vitórias de Jackie Stewart pareceu intransponível por 14 anos, e mesmo pilotos do calibre de Nelson Piquet e Niki Lauda conseguiram, no máximo, se aproximar da marca. Curiosamente, com um ano de idade a menos que o escocês tinha ao ganhar sua primeira corrida, Vettel alcançou o número mágico. Dá para ter ideia do que o futuro desse alemãozinho de barba rala reserva.

Só que a conquista dessa marca não foi bonita, e ao final, o que se viu foi o pódio mais constrangido e muxoxo desde Áustria 2002 (porque o episódio Alonso is faster than you pareceu apenas um filme repetido). Lewis Hamilton subiu ao pódio pela primeira vez defendendo a Mercedes GP porque a equipe instruiu Nico Rosberg para não atacar, apesar da paquita alemã estar muito mais veloz enquanto o inglês contava suas últimas gotas de gasolina. Ao lado, os pilotos da Red Bull sequer trocaram olhares. Vettel contrariou o comando da equipe – bisonhamente designado ‘Multi 21″ – para que se mantivessem as posições com Mark Webber na frente e ultrapassou o canguru. Webber, que tinha a palavra do chefe que não seria ameaçado, reduzira o regime do motor para levar o carro à bandeirada. Ou seja: o sorrateiro Vettel ultrapassou Webber em condições desiguais, e ele sabia disso. O zero-dois chiou alto, o zero-um pediu desculpas. Se foram sinceras, causadas pela ressaca moral, se foram apenas um ‘tô nem aí’ politicamente correto ou resultado de uma reprimenda federal da cúpula dos energéticos, não dá para saber, tampouco importa.

Webber – que, diga-se de passagem, não é flor que se cheire – tem uma postura bastante diferente de outros pilotos brasileiros de equipes italianas. Em seu tempo, ele já cantou de galo, pergunte ao Antonio Pizzonia. Vendo-se do outro lado da moeda e longe de ser unanimidade dentro do time (pode também perguntar ao Helmut Marko…) ele tem uma postura demandante diante de seus chefes que não se assemelha nem com o chororô barriqueliano nem com a resignação e o recolhimento de Massa; talvez pela idade e experiência ele já tenha a clareza de que teve a sua chance de ser campeão e não conseguiu, mas nem por isso está disposto a engolir sapos-gigantes para manter o emprego. Talvez por isso tenha recusado a oferta para ocupar a vaga de número 2 na Ferrari; ele tem a consciência de que pode se esforçar para se manter em um time que lhe dê condições de vencer algumas provas até o fim da carreira, ou largar tudo para surfar e pedalar por entre coalas e ornitorrincos. É o desapego que o torna forte na queda de braço contra alguém que o seu time, a F1, o mundo inteiro e até ele sabe ser mais talentoso que ele.

Vamos combinar: é um saco essa ‘ferrarização’ que as equipes da F1 estão se submentendo. Isso porque os vaidos0s homens do pitwall se recusam a ser apenas o que eles são: técnicos, engenheiros, mecânicos, enfim, NERDS que trabalham atrás das cortinas e meros coadjuvantes do espetáculo protagonizado pelos MALUCOS que possuem COJONES para cumprir o seu papel dentro do carro. Em vez disso, eles cismam de brincar de deus com suas marionetes a 300 km/h, resolvendo na tela do computador e pelo rádio as atitudes que os COMPETIDORES (homens que devem COMPETIR por definição) devem tomar. Tudo em nome do bem da equipe, claro. Vai ver que eles, a exemplo do chairman do blablagol, têm uma queda pelo mundo das apostas online, e quando põem uma grana em um de seus pilotos, não querem vão deixar a bolada escapar de suas mãos assim de bobeira… #seliganisso

Não sei quando esses cabeçudos vão entender. Ordem de equipe mais atrapalha do que ajuda. Por mim, acabava com o rádio e voltavam aquelas placas da F1 de antigamente. Informações permitidas: a bandeirinha do país do piloto, número da volta, tempo da última volta, diferença para os carros que vêm atrás, chamada para os boxes na próxima passagem. Mensagens espirituosas também valem, para garantir a diversão de quem está no sofá de casa. Taí: eu apostaria que Kimi Räikkönen concordaria comigo. Infelizmente, a modesta opinião deste blog não vale nada além de duas mariolas e um copo de água da bica. Não há dúvida que um tricampeão não pode ficar feliz atrás de um underdog, porém, no dia em que o gênio erra e o azarão está naqueles dias de ‘hoje eu se consagro!!!’, o cara tem que ter o direito de lutar também. Que os assuntos e resultados de pista sejam resolvidos exclusivamente na pista.

A próxima parada é na China.

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