Brawn segue exterminando
May 13th, 2009 por Robinson | Categorias: Fórmula-1.O sempre previsível GP da Espanha, em Barcelona, até teve seus momentos de imprevisibilidade. Mas no final, estavam lá os gasparzinhos da Brawn GP em outro 1-2, novamente com Jenson Button na frente. E dessa vez, a competição entre os dois pilotos do time pegou fogo, na pista e fora dela. A disputa entre os dois promete se acirrar. E tem tudo para ser no bom sentido. Desde que o Barrichello esqueça a paranoia e parta para a reação contra seu parceiro de equipe. O campeonato para eles está apenas começando e ainda há muitos pontos em jogo.
O inglês, que conquistara a posição de honra no grid no finalzinho do treino de classificação, foi superado por Barrichello – largando em terceiro – antes da primeira curva. Felipe Massa, carregando sua Ferrari nas costas, também ultrapassou Vettel. Seguiu-se um esparrame que deixou os dois carros da Toro Rosso (o Bourdais passou voando sobre a frente do carro do Buemi); Trulli (que largou muito mal, levou um toque e não conseguiu evitar que seu Toyota voltasse à pista atravessando na frente de todo mundo) e Adrian Sutil (fez a primeira curva pela área de escape, e quando voltou, pregou no carro desgovernado do Trulli). Safety car.
Depois disso, com raras exceções em alguns pegas como Webber X Alonso e a intensa disputa entre Massa e Vettel pela terceira posição, foi a maior mesmice. A corrida passou a ser Brawn contra Brawn. Na liderança, Barrichello barbarizava e deixava Button para trás. Porém, na primeira série de pits…
A Brawn, que definiu como melhor estratégia a de três paradas, alterou o procedimento para o piloto inglês, enquanto o brasileiro foi mantido no plano original. E ESTA ERA REALMENTE A ESTRATÉGIA VENCEDORA. Vimos durante tantos anos o mesmo Ross Brawn traçar esse plano para o Schumacher e ele vencia mesmo parando uma vez a mais. Por quê??
Simples: quando você tem um carrão nas mãos, pode se dar ao luxo de fazer continhas e ver que andando três quartos da corrida com o carro mais leve e com os pneus de melhor desempenho, a tendência é chegar muito à frente mesmo de quem faz uma parada a menos. Assim pensou a equipe. A alteração para Button foi pelo fato de que ele estava perdendo terreno e sairia do pit atrás do Nico Rosberg, o que aconteceu. Fatalmente perderia tempo e arruinaria a estratégia de três paradas. Na mudança, apareceu a sua estrela. Com o carro pesado, ele conseguiu virar tempos muito bons. Enquanto isso, Barrichello era quase um segundo mais rápido por volta. Até que…
Ao voltar do segundo pitstop, a Brawn do brasileiro não manteve o rendimento. Já Button, com suas borrachas bem descascadas, ainda estava mais rápido que Barrichello. Assim ele chegou à sua quarta vitória em cinco corridas. Por seu mérito, e não por benefício ou proteção do time. E ponto final.
Entrar na pilha de que há favorecimento é a pior coisa que o brasileiro pode fazer. E mesmo que fosse o caso, já vimos o Piquet pai vencer um piloto inglês dentro de uma equipe inglesa. Basta ser melhor do que o outro. E de preferência mais malandro. Só não vai dar para dizer que a mulher do Button é feia… ela é uma fofa.
Daí para trás, vimos a armada finlandesa afundar de novo. Ambos foram eliminados no Q1 e abandonaram a corrida devagar, quase parando, até parar de uma vez por todas. Primeiro foi Heikki Kovalainen, e mais tarde, o esquentadinho Kimi Räikkönen. Depois da deselegância na resposta ao seu engenheiro durante o treino de sexta e captada pela TV via rádio, a batata está tão assada que ele pode nem terminar a temporada, sendo substituído pelo eterno reserva Marc Gené. Infelizmente, o video hilário foi removido do youtube. Mas o diálogo foi assim:
Engenheiro: “Still no KERS Kimi, still no KERS”.
Kimi: “Yeah, you don’t have to tell me every lap and every corner, I can see it from the lights”.
Pois é.
Lewis Hamilton nadou, nadou, nadou, e morreu em nono. Piquet, décimo-segundo e nenhum brilho, mas pelo menos não pagou nenhum mico notável. E melhorou na classificação!!!! Vindo como que do nada, Mark Webber apareceu após a segunda série de pitstops à frente de Felipe Massa e Sebastian Vettel. Conseguiu seu segundo pódio do ano e de quebra ultrapassou Trulli no campeonato. Massa, coitado, fez de tudo para segurar o ímpeto de Vettel e se manter em quarto. Mas a Ferrari deu apagão de novo. Alguma falha espírita na bomba de combustível injetou menos gasolina do que devia, e o brasileiro foi forçado a tirar o pé e deixar o alemão passar para que a usina tradicionalmente beberrona da Ferrari não ficasse no seco. Perdeu posição para Alonso também – fazendo a festa da galera espanhola, e por pouco não foi superado por Heidfeld. Acabou a gasolina poucos metros após a bandeirada. Que fase… Ferrari aceita currículos, para todos os cargos!!!
Fora das pistas, o buxixo é sobre um boicote da FOTA – espécie de sindicato das equipes da F1 – em relação ao limite orçamentário imposto por Max Mosley, o presidente sadomasô da FIA, no regulamento de 2010. A ameaça de que todos – menos a Williams, até agora – abandonem a categoria se o regulamento não for rediscutido. Quando os interesses e os negócios se sobrepõem ao desporte, nem pecisa mencionar quem sai prejudicado. Pela história que foi vista com a Indy – que se separou e enfraqueceu, e agora novamente unificada, já não é nem sombra do que foi um dia – eles sabem que dependem sim uns dos outros.
Por problemas técnicos do Blablagol, não postei sobre a corida anterior, no Bahrein. Então…
Pitadas de areia do deserto
– Button foi dominante e vimos a Ferrari marcar pontos pela primeira vez no ano.
– A Toyota fez a pole, mas em ritmo de corrida, os carros mais competitivos continuam Brawn e Red Bull. Aliás, Mark Webber conseguiu o melhor resultado de sua carreira com o segundo lugar.
– Hamilton mostrou alguma evolução na McLaren com um bom quarto lugar. Bom, mas não o suficiente para ele. Já não tem a menor chance de defender o número 1 que carrega.
– Galvão Bueno e Reginaldo Leme durante a transmissão cometeram a gafe interestelar de dizer que Rick Wright é ex-baterista do Pink Floyd e estava circulando pelo paddock. Ele foi tecladista. E não está mais entre nós. Que Deus o tenha, e que o Galvão pare urgentemente de falar besteira. HUMPF!!!! Eric Clapton deu a bandeirada.
Dia 25, GP de Monte Carlo. No mesmo dia, 500 milhas de Indianápolis, com Hélio Castroneves largando na pole!!!!
Gostaria muito que Barrichello não fosse brasileiro. Tenho profunda antipatia por esse sujeito. Ele é um perdedor em todos os aspectos possíveis.
Além disso, é mau perdedor.
Não desce ano passado a história dele puxando corinho anti-Schumacher na festa da Ferrari aqui no Brasil.
Chorou, chorou, chorou das regalias do alemão, que ele não tinha o que fazer pelo espaço já conquistado por Schumacher dentro da Ferrari e agora começa a chorar por causa de… Button.
Se ao menos ele não fosse brasileiro, eu não leria essas notícias.
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As notícias dos bastidores da F1 beiram dramalhão mexicano. A FIA invariavelmente tem esticado a corda ao limite para depois sentar e chegar a um meio-termo. Já emputeceu as equipes que um dia vão ficar de saco cheio desse joguinho.
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O Blá blá Gol teve suas semanas de Ferrari…
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Limite Extremo
Pensei, pensei, e a única coisa próxima de um limite que não fosse extremo que cheguei é um canteiro central.
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Quando Senna morreu, Barrichello foi eleito herdeiro pela Globo. Isso significa jogar sempre para a galera, e suas declarações cairiam muito bem para a audiência global SE os resultados viessem como se esperava. Como a F1 (e o mundo, em geral)não funciona assim, sobrou o escárnio. Isso é uma maldição que ele carrega até hoje.
Ele não deixa de ser bom piloto por causa disso.
Ele não é Emerson, nem Piquet, nem Senna simplesmente porque ninguém nunca será. O que ele pode ser é o Barrichello. O que, tirando fora nossos campeões, já é muito mais do que todos os outros pilotos que o Brasil já teve. E pelo mundo também.
O Brasil não faz absolutamente nada por aqueles que vão “representar” o país lá fora. Mesmo assim, a imprensa tende a exigir deles um nacionalismo tão politicamente correto quanto irreal. O Brasil pode ser o país do futebol, da Fórmula 1 SE um brasileiro estiver andando na frente, o país do vôlei SE o time do Bernardinho ganha a olimpíada, o país da ginástica com a Daiane, o país do tênis nos anos do Guga… quem ainda vê tênis depois que o Guga parou? Quem não esculachou a Daiane e o Diego Hipólito quando perderam as “medalhas certas”? Os desafios são todos pessoais, mas as cobranças são nacionais. E todos eles pedem “desculpas para o Brasil” em suas derrotas. Apesar de ninguém no mundo ficar mais frustrado do que eles próprios.
O Barrichello tem 17 temporadas nas costas e ainda tem disposição – e possibilidades reais – de disputar o título. Mas nenhuma vitória vai apagar o rótulo que já foi estampado nele. O pior é que ele mesmo ajudou a colocar.
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Perfeito.
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Excelente!!!!!!
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“Gostaria muito que Barrichello não fosse brasileiro. Tenho profunda antipatia por esse sujeito. Ele é um perdedor em todos os aspectos possíveis.
Além disso, é mau perdedor.”
[2]
Acrescento, gostaria que não houvesse brasileiros na F1 hoje em dia. Estão jogando fora toda a mística que Fittipaldi, Piquet e Senna construíram com tanto brilhantismo.
E mais, o Bruno Senna deve ser tão decepcionante quanto o Nelsinho. Afinal, ele perdeu sua vaga pro Rubinho.
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O Bruno Senna não fez absolutamente nada além de marketing do sobrenome para pleitear vaga na F1.
Ele até venceu uma corrida da GP2 em Mônaco. Mas é muito pouco.
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Fofa? Fofa você chama de irmã, mãe, prima…
Essa mina aí é bem gata. Isso sim.
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Webber foi terceiro, não?
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Exato…
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Manchete do Globoesporte.com: “Barrichello aceita explicações da Brawn, mas avisa: ‘Continuo de olho aberto’”
PQP, né?
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Não acredito muito em “explicações”, mas em “números”. Provavelmente mostraram os tempos de volta para ele, e os números mostram que ele estava melhor, até o ponto que o Button passou a andar muito mais do que ele e por isso ganhou a corrida.
Ele deve mesmo abrir os olhos. O concorrente dele pelo título já abriu 14 pontos, e por enquanto ainda dá para reagir. Por enquanto.
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Não sei o que vcs têm contra o Barrichello, ele me faz rir à beça.
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Robinson,
certa vez em jogo do Brasil, Galvão tentou fazer um paralelo com John Lennon e os Beatles. Não lembro o que foi direito. Até escrevi aqui, mas tem muito tempo. Ele tá ficando cada vez mais Serg.. ops… gagá.
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Apesar do domínio do Button, eu to achando a temporada boa. E torço muito pra Ferrari parar de barbeiragem e arrumar um carro competitivo pro Massa.
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Essa “mina” é uma das “top lingerie models” mais requisitadas do momento…
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OBRIGADO, MEU DEUS!!!
Agora, com a ajuda do Google, poderemos todos admirar o botão (com trocadilho, por favor) da mina do Button.
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Sra. Button
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:-D
Por isso que ele está voando nas pistas…
Estou tentando postar outras fotos da “fofa” desde ontem, mas não estou conseguindo.
Mas o google images está aí pra isso mesmo.
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8)
Google Imagens consegue ser melhor que o Google.
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Bender, seu post vale um Pullitzer.
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Hehe.. qdo eu souber o que é isso, digo se é bom ou ruim.
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Segue:
http://www.babylon.com/definition/Pr%C3%AAmio_Pullitzer/Portuguese
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HEhe… maneiro.
O BlablaGol é um celeiro, descobridor de talentos.
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Nossa… Que mar azul é esse!?!?
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Mar? Não vi…onde?
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risos… eu tava dando uma de Fry…
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É sempre assim, Alexandre?
Tendo que explicar o óbvio???
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O óbvio é q eu quero apertar os buttons dela! :P
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hahahahaha
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