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Brasileiro gosta mesmo é de novela

October 23rd, 2012 por | Categorias: Marketing, Portuguesa, Publicidade, TV.

A máxima que Brasileiro não gosta de futebol mas sim de novela começa a ser aplicada na prática pelos anunciantes, tanto que o Flamengo de Vagner Love, Adriano, Bruno e Leonardo Moura não conta com patrocínio master na camisa e o Divino FC sim.

Avenida Brasil

Por Idel Halfen em Halfen – Marketing Esportivo

Inicialmente vale esclarecer que, apesar do título, o blog continua versando sobre marketing e gestão esportiva, mas se aproveitará da onda de sucesso da novela para abordar um assunto bastante pertinente. Refiro-me à ação da Lupo que, ao ser a patrocinadora do Divino – time de futebol que faz parte da trama – obteve excelente exposição da marca, além de um expressivo aumento nas vendas de seus produtos.

Outro ponto interessante da iniciativa foi o de poder inserir a marca na novela sem que parecesse uma ação de merchandising editorial, visto que faz parte da normalidade do esporte ter times ostentando as marcas dos seus patrocinadores. Todavia, mesmo com o iminente sucesso sob os parâmetros de exposição e vendas, algumas reflexões devem ser feitas.

Uma delas diz respeito à associação da marca a um clube que no enredo é considerado “pequeno”. Ou seja, a marca fatalmente necessitará de um reforço na comunicação caso não queira ser lembrada como patrocinadora de um time de menor expressão. Por outro lado, o fato de aparecer em horário e espaço tão nobre consegue dar uma projeção à Lupo que dificilmente um time que disputa a série A do Campeonato Brasileiro daria caso tivesse a empresa como sua patrocinadora, até porque, o espaço dedicado aos fornecedores de material esportivo nos uniformes é bastante inferior ao do ocupado na camisa do Divino FC.

A segunda reflexão a ser feita diz respeito à comparação entre as diversas possibilidades de investimento em marketing. No caso da Lupo havia algumas opções para a exposição da marca, entre as quais podemos citar a compra de inserções publicitárias, outro tipo de merchandising editorial ou até mesmo o patrocínio em equipes com elevado número de torcedores – hoje a Lupo é a fornecedora da Portuguesa de Desportos da série A e do Guarani de Campinas da série B.

Por desconhecermos o valor do investimento feito na iniciativa não temos condições de avaliar qual delas seria a mais vantajosa, no entanto, é notório que a audiência da novela costuma ser maior do que as dos jogos de futebol. Além disso, há outros fatores a serem avaliados nesse caso, tais como a nitidez da visibilidade, o tempo de exposição e, principalmente, o objetivo que se tem em termos de posicionamento mercadológico.

Deve ainda ser ressaltado que uma ação de marketing não precisa obrigatoriamente ter um retorno imediato, pois muitas vezes essa pode fazer parte de uma estratégia que, naquele momento, sirva para pavimentar todo um processo que estará por vir. Porém, independentemente dos resultados e objetivos da Lupo, a iniciativa é digna dos maiores elogios em função do ineditismo.

Idel Halfen é Executivo de marketing com atuação em grandes corporações e no meio esportivo e não perde a oportunidade de fazer um gancho com o Fluminense em seus artigos no blog Marketing Esportivo.

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28 Comentários para “Brasileiro gosta mesmo é de novela”

  1. André
    23/10/12 - 21:45

    Lupo arregaçou.

    Melhor do que anunciar no futebol, é anunciar em futebol na novela.

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    Victor

    Petrobras já tinha sacado patrocinando o campeonato (e certamente negociado com a TV para fazer valer esse patrocínio) que ficar em clube é coisa menor.
    Lupo então destruiu no horário nobre. Com o plus da rejeição zero (se bem que índices de rejeição dos analfas deve ser ínfimo) de rivais.

    Devem ter sido uns 5 meses de novela, segunda à sábado com clímax de final de campeonato, sendo que TODO MUNDO viu essa final. Será que alguém chegou perto patrocinado qualquer clube no Morrinhão?

    Inclusive, creio que apenas a LUPO deva ter alcançado público-alvo nacional, efetivamente falando.

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  2. André
    24/10/12 - 6:19

    E olha que os figurantes do “time” da Lupo ainda sáo meio barrigudinhos… dá uma olhada na foto!

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  3. Serginho Valente
    24/10/12 - 7:23

    A sacada da Lupo foi boa.

    Porém, há que se ressaltar alguns pontos:

    1- Até hoje torcedores do Vasco envergam camisas patrocinadas pela 3BRio.
    2- Camisas de times reais aparecem em vários programas da TV, em vários canais, em vários horários, incluindo o nobre. E em várias outras mídias.
    3- Torcedores de times reais, andam pelas ruas fazendo propaganda espontânea.

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    André

    Muito bem observado rabuja.

    O golpe de misericordia, seria a Lupo ter colocado essas camisas do Divino a venda na época da novela.

    E por outro lado, essas camisas do seu exemplo, com 3BRio, são residuais, né? Mas de toda forma, conseguimos ver muita gente de RBK e Kappa, por exemplo.

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    Alexandre N.

    Mas a camisa pode ser comprada. Desde agosto, como pode ser visto aqui:

    http://extra.globo.com/tv-e-lazer/telinha/avenida-brasil-camisa-do-divino-esta-venda-partir-desse-sabado-5684868.html

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    André

    Humm…

    Mas aí rabuja mandou bem entao. quem deixaria de comprar a camisa do proprio clube pra comprar a do divino?

    resposta: a maior torcida do brasil, que é a massa de pessoas que não torce para time nenhum. Interessante.

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    Serginho Valente

    As camisas do Divino devem estar à venda. Mas a tendência é sumirem depois do próximo carnaval.

    As camisas 3BRio são residuais hoje, 30 anos depois.

    Quantos anos, por exemplo, veremos a Petrobrás na camisa dos mulambos? Bota década nisso.

    Agora, o problema é que clubes brasileiros são completamente imbecis. O Corinthians fez aquela cagada de transformar a camisa em macacão de piloto, e isso virou “moda”.

    Em médio prazo, essa prática joga o valor da camisa no lixo.

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    Gaburah

    Uma época venderam do Tabajara também. Uma porrada de gente comprou.

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    Gaburah

    E concordo contigo: essa prática de transformar a camisa do time em carro de F1 joga o valor da camisa no lixo. A camisa e tudo que ela representa perdem seu valor.

    Patrocínios, no Brasil, são um mal necessário.

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    Serginho Valente

    O patrocínio não precisa ser necessariamente um mal.

    O lance é que com planejamento, um patrocínio pode ser mais lucrativo que cinco, ou mais, patrocínios.

    Mas o pessoal prefere ganhar mais trocados agora, do que grana boa daqui um tempo. Provavelmente porque o mandato acaba, e a última coisa que se preocupam de verdade é o clube.

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    Lucho

    “2- Camisas de times reais aparecem em vários programas da TV, em vários canais, em vários horários, incluindo o nobre. E em várias outras mídias.”

    Mas há vezes que a camiseta aparece com o patrocinador “tapado”.

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  4. Bender
    24/10/12 - 9:28

    Achei fodaço desde a primeira vez que vi.

    Merchandising em programas é uma parada que deve se intensificar ainda mais. Sra. Bender nem ligava muito de perder um capítulo: “depois eu vejo na internet”. Como ela realmente assistia no computador os capítulos que perdeu, vi que lá não tem o intervalo comercial. A propaganda cada vez mais estará inserida nos programas.

    Foda é que o merchandising em novela geralmente fica forçado. É escroto demais quando aparece a logo do Itau na tela e o ator, no meio da trama, diz: “olha como esse banco é bom, vc pode parcelar e os juros são os menores do mercado!”.

    “Lupo” ninguém falou, mas ela estava ali. Aparecendo em horário nobre. E de forma completamente natural. O uso da marca no merchandising foi feito do mesmo jeito que é usada na vida real.

    Desconfio das comparações desse investimento em exposição na novela com o investimento em propaganda nas camisas dos times reais. Não temos acesso aos números, ok. Mas o objetivo talvez não seja o mesmo. Quando penso em Lupo, o que me vem primeiro são meias.

    Falando em números, a passagem
    “[…]além de um expressivo aumento nas vendas de seus produtos.”
    deveria vir acompanhada deles. Esses devem mais ser acessíveis que o desembolso.

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    Serginho Valente

    A Lupo foi apresentada pelo presidente do Divino em um capítulo, como a nova fornecedora do clube. Totalmente dentro do contexto, porém com bastante destaque para a marca.

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    Victor

    A parada(*) não é feita para nós.

    Ana Paula me disse que só reparou que o patrocínio na camisa do Divino era Lupo porque eu falei. Uma leitora do Idel também não sabia (e maneiro que ficou pilhadaça em sair perguntando quem sabia)

    Sua Mãe ainda precisa de uma SETA bizarra como nas propagandas do Itaú. As inserções da Lupo e Kia na Av. Brasil e da FIAT em “Entre Tapas e Beijos” (**) são sutis como um elefante, mas já são um avanço estrondoso.

    Abro um parênteses para ressaltar que é praticamente impossível passar incólume a uma novela(***). Em algum momento você estará prostrado no sofá vendo um episódio e se irritando com o didatismo mobralizante dominante(****). Avenida Brasil teve o mérito de expurgar essa merda, ao menos, o que é um passo para o merchandising legal onde o produto pode fazer parte da cena e não um “Noooossa, essa coloração da Nutrisse ficou dez no seu cabelo, Flávia Alessandra de vestido branco em um salão brilhante cheia de funcionárias magras sorrindo” random no meio da ação.

    Pica mesmo é o merchandising da Apple que em todo evento cavernoso com a massa presente tem sua logo exposta nos celulares da rapaziada tirando iPhotos.

    (*) Merchandising no Brasil
    (**) Sim, eu vejo
    (***) Você tem mulher em casa? Sua mulher tem mãe?
    (****) “Vamos fazer um blog para falar desse problema. Um blog é uma ferramenta para publicação na rede mundial de computadores onde qualquer um pode ter acesso. Através do blog você pode compartilhar suas experiências com outras pessoas na mesma situação e ajudar muita gente a superar essa adversidade que você enfrentou, minha amiga.

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    Bender

    Maneiraço a mulé lá!!! Segundo ela, apenas 3 de 61 pessoas perceberam a Lupo. Essa porra acontece mesmo. Mas tem uma parada de que algumas inserções dessas trabalham com o subconsciente e tal. É meio viagem, mas é isso mesmo.

    Putz! Tinha essa parada dos produtos de cabelo pra mulé lá no salão da mala suburbana. Ridículo. Anúncios pra mulé tem que ser na caraça. Para homens, como os da Kia, não precisam explanar.
    #MachismoModeOn

    Escutei no rádio (Band News ou CBN) que “Av. Brasil” é o maior sucesso desde “Vale Tudo”. Continuei escutando achando que iam comentar sobre os índices de audiências (finalmente iria gostar de comentário sobre novela)… porra nenhuma. Era só aquilo mesmo. Puro achismo do colunista.

    (**) tentei ver uma vez, não consegui.
    (****) HUAhUAhuAHuHAuhUAhUAhuHAuhAu…

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    André

    3 de 61 pessoas perceberam a Lupo

    Nao acho pouco nao isso.

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    Bender

    Também não. 5 purça! Falei do comentário da moça lá

    Olá. Perguntei a 61 pessoas. Nesta amostra tinha homens e mulheres. Apenas 2 homens e uma mulher perceberam a marca LUPO na camisa do Divino F.C.
    Abraço

    Inclusive acabei de fazer aqui na sala. 4 caras e 2 mulheres. Um lembrou na lata “Lupo”. Aqui deu 17%. Maneiro foram as duas depois que souberam: “ih! é mesmo!”

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    André

    Normal em qq tipo de exposição de massa.

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    Bender

    Nunca fui assíduo telespectador (inclusive, nem vi o último capítulo).

    Então teve isso. Beleza. Deve ter sido apenas um, né? Pontual.

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    Victor

    Frequencia benderiana.

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    André

    padrão.

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    Bender

    É que nessa novela o Flamengo só ganhou duas vezes. Rá!

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