Barcelona FC: um novo beabá do futebol?
December 19th, 2011 por Robinson | Categorias: Futebol.Uma derrota santista seria esperada, e até aceitável. Mas a forma como o time de branco foi massacrado pelo azul-grená provocou uma verdadeira hecatombe nuclear para treinadores, comentaristas esportivos e pretensos herdeiros ao cetro e a coroa do rei. Valeu ver a entrevista do Pep Guardiola, sagaz nas rebatidas às perguntas dos atônitos repórteres brasileiros, que tentavam em vão fazê-lo admitir que existia por trás do time catalão algum segredo que explicasse a humilhação sofrida pelo Peixe. E lá foram as batatadas:
Repórter – “O Bacelona é uma nova Holanda de ’74, ou inventou uma nova forma de jogar futebol?”
Pep – “O Barcelona não faz nada além do que meus avós me diziam que o BRASIL sempre fez.”
A filosofia de jogar em conjunto, infelizmente é cada vez mais pontual no futebol brasileiro, principalmente em termos de seleção. Podemos citar como os pontos mais altos as seleções de 1970 e 1982. No mais, o Brasil sempre se escora mais no talento individual(ista). Mas a turma da caneta e do microfone gosta mesmo é do “futebol de resultado”. Ah! Eles gostam também dos “volantes de contenção”. E assim, eles influenciam a torcida, que influencia o departamento de marketing, que influencia a diretoria, que influencia a comissão técnica, que influencia os jogadores.
Repórter – “O poder financeiro dos clubes como o Barcelona tende a desequilibrar os mundiais de clube?”
Pep – “Não há nada de financeiro. Entramos com NOVE jogadores formados em nossa base, com os quais gastamos ZERO EURO.” (pequena correção: no time inicial havia nove jogadores formados no Barcelona, porém no caso único Cesc Fábregas, o clube desembolsou sim uma grana para repatriar o jogador. Mesmo assim, ele tem o ponto)
Enquanto o BCN forma seus jogadores desde o dente-de-leite até o time principal jogando no mesmo esquema tático – e vemos que os frutos são devidamente colhidos -, Fluminenses da vida usam suas razoáveis categorias de base para arrecadar um troco e deixam como encarregados pelas contratações os diretores de marketing do patrocinador. Quer dizer: a mentalidade errada já começa bem de cima.
Na semana que antecedeu o massacre, Muricy, o técnico-mor do Brasil, se digladia com as diferenças entre dirigir um time aqui e na Europa:
Muricy – “Para eles é bonitinho, mas se eu libero aqui e a gente perde, me arrebentam” (sobre “outra cultura” na qual as esposas dos jogadores barceloneses tiveram acesso aos seus maridos no hotel)
Mentalidade (de novo…), caro Muricy, e responsabilidade profissional. Permitir que os caras fiquem com suas esposas não é transformar a concentração em bundalelê. Um dia esse povo boleiro vai ter que aprender a se comportar como adulto. Mas também, se seus chefes e seus patrões são se comportam mais como babás do que como chefes e patrões, isso pode demorar um pouco.
Muricy – “O Barcelona joga num 3-7-0. Se escalo um time assim no Brasil, é caso de polícia, vão me prender” (teorizando sobre o esquema tático do BCN, porém sem nos dizer quantos volantes ele escalaria dentre esses sete jogadores de meio campo…)
Pois é, Muricy. Sim, o Barcelona entra em campo sem nenhum centroavante de ofício e ainda sim é ofensivo porque os caras do meio campo têm qualidade, sabem fazer gols, são craques, como Messi, Xavi, Iniesta, Fábregas. E onde estão os carregadores de piano? E os “volantes de contenção”?? Não há. Porque os mesmos craques Messi, Xavi, Iniesta e Fábregas têm a mentalidade (essa palavra é recorrente), a disposição e a aplicação de, eles mesmos, no momento em que perdem a bola, correrem atrás para recuperarem a posse. No Brasil, não queremos fazer isso nem na pelada, quanto mais os aclamados ‘craques’. Pois lá, mesmo o Ronaldinho Gaúcho, quando se tornou sanguessuga, foi mandado embora. No Barcelona, vencer o jogo é objetivo dos onze, e todos eles se sacrificam para tal. Isso é humildade, algo que os moleques de crista, Peter Pans da vida real, deslumbrados com a quantidade de zeros nos seus contracheques também devem levar um tempo para aprender…
Muricy – “Esses técnicos são muito bons, mas só vão tirar 10 mesmo se vierem trabalhar no Brasil”
Para quem não se lembra, Lothar Matthäus desembarcou certa vez no Brasil para treinar o Atlético-PR. Chegou dizendo que o time deveria treinar todos os dias em período integral e pela manhã nos dias dos jogos, inclusive no inverno. Pois para ele, craque de bola com duas finais de Copa e uma taça no currículo, sempre fora assim. Mas aqui, amigo, na terra do “treinar pra quê”? Durou nem um mês. Não deu para o cara trabalhar contra com a mentalidade vigente no futebol brasileiro.
A pergunta que então fica no ar é: foi o Barcelona que reinventou a roda ou é A NOSSA RODA que está velha, empenada, enferrujada, carcomida pela prepotência dos treinadores pela “entendidologia” furada das resenhas esportivas e pela “popstarização” inapropriada de jogadores absolutamente imaturos, que mal saem das fraldas e já pensam que o mundo está a seus pés?
“Para quem não se lembra, Lothar Matthäus desembarcou certa vez no Brasil para treinar o Atlético-PR. Chegou dizendo que o time deveria treinar todos os dias em período integral e pela manhã nos dias dos jogos, inclusive no inverno. Pois para ele, craque de bola com duas finais de Copa e uma taça no currículo, sempre fora assim. Mas aqui, amigo, na terra do “treinar pra quê”? Durou nem um mês. Não deu para o cara trabalhar contra com a mentalidade vigente no futebol brasileiro.”
Diferente do Brasil, a Alemanha não tem essa quantidade exagerada de partidas e a pré-temporada dura cerca de dois meses. Não podemos generalizar todos os principais centros do futebol europeu. Os clubes espanhóis tem uma programação semelhante daqui, porque não tem um clima tão frio quanto o alemão. A fase pós pré-temporada é realizada apenas uma manutenção física durante o ano. Os treinos são realizados em períodos de uma hora e meia durante a semana. Treinos integrais, somente no meio da semana e constantemente durante as voltas das férias.
Não vejo problemas relativos a parte física, os preparadores daqui são uns verdadeiros heróis. Nosso calendário é uma zorra, os jogadores tem 15 dias de pré-temporada e os clubes jogam praticamente três vezes por semana interruptamente. Além disso, os jogos da seleção coincidem com os campeonatos locais. Fica realmente difícil um treinador mais qualificado mudar uma maneira de jogar sem tempo e a conhecida falta de paciência dos dirigentes amadores. O próprio Guardiola perdeu cinco partidas seguidas quando assumiu o Barcelona e o presidente do clube segurou as pontas.
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Isso mermo. O Van der Vart disse ano passado que no Tottenham quase não se treina, e o time anda bem como há muito não se via com essa metodologia. E isso é recorrente. Devido a pré-temporada fodona, se puxassem nos treinamentos durante temporada destruiriam os caras. Aqui é o contrário: pre-temporada curta, só pra tirar o peso que os jogadores ganham no Natal, e a temporada regular pra entrar em forma.
Óbvio que olhando por alto, cada treinador tem suas manias. O Felix Magath se baseia na tortura (?)
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us gandlas tivram + tmpu d poçi d bola q u santus
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depois que decifrei, vi que o comentário é interessante…
Mais posse que o Santos? Vixe…
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HUAHUHuhauHUAHUhauhUHAUhauhUAUHa…
Depois que a gente aprende o modus operandi do anderson paiva ele fica ainda mais divertido.
Grande alvinegro!
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que maldade anderson paiva…
figuraça…
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Uma reflexão: http://www.lancenet.com.br/selecao/Mano-analise-profunda-futebol-brasileiro_0_611938820.html
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Se o mano quer refletir mesmo, vai pro tibet. ou entao, marca um amistoso contra o barcelona.
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Quem marca amistoso é a Nike e os outros patrocinadores da CBF. Mano Menezes é empregado e não manda p#*%&$orra nenhuma. Quando o Dunga esteve na seleção, enfrentam a poderosa Omã, Nova Zelândia… e outras bambalas.
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“O Barcelona não faz nada além do que meus avós me diziam que o BRASIL sempre fez.”
Grande Pep.
Os militantes podem parar de ler esse comentário aqui. Os demais podem continuar.
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Essa semana comprei o cabo VGA e liguei o computador na TV, estabelecendo assim o maior monitor do mundo de 32′ que já vi.
Fui no Youtube e digitei “Flamengo 3 x 0 Liverpool”. Assisti, pela primeira vez, o jogo na íntegra. Galvão narrando e um zunido ao fundo. Reparei o toque de bola, a técnica e agilidade dos caras, as jogadas de prima, tabelas, a raridade dos chutões e rifadas…
O esquema do Flamengo 1980’s era diferente do Barcelona 2010’s, mas a forma de jogar era parecida. Muito bom de ver. Porém, fiquei com a impressão que a velocidade dos toques do Barça 2010’s é maior.
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Faça o seguinte para saber a velocidade: CONTE os passes dados. Na final de domingo ja contaram. Só o Xavi deu 110, o Barça mais de 800. Vê quantos o Fla deu nesse jogo. Embora eu tenha visto várias fontes discrepantes sobre o número de passes, mas na média é isso. Qualquer coisa é fácil de verificar. Difícil é contar todos da final de 1981, haha
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Ja tinha ouvido o numero de 800 passes desse jogo. O jogo de 81 nao seria nenhum sacrificio ver de novo, mas contar os passes nao vai rolar. Se alguem achar essa cifra por ai na net coloca aqui.
E o proximo jogo que verei no ‘maior monitor do mundo’ eh um que ja vi UMA vez. Brasil 4 x 1 Italia em 70. Lembro da questao da inexistencia dos chutoes e erros de passes. Depois vennho traçar minhas impressoes.
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Retire amostras dentro do próprio jogo.
Sugestão: conte os passes do minutos 9′, 27′ e 45′ de cada tempo e multiplique por 15.
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hahaha… pior que pensei em contar durante um minuto qualquer e multiplicar por 90. Essa sua é melhor. De repente rola.
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Só advertindo que 800 eu arredondei prá baixo. É 880. Não falei 900 porque os acréscimos foram poucos, hehe.
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Bender,
O jogo típico CARIOCA é assim. O “brasileiro clássico” tende a ser mais agressivo, devido a maior objetividade do jogo paulista.
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Vc ve muita diferença entre as ‘escolas’ carioca e paulista?
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eu vejo. total.
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Vejo pouca.
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Não é muita, mas relevante. Pode ser bobagem, mas eis como vejo.
Quando falo em ‘jogo carioca’, me refiro a paciência. Toda a movimentação, todo o drible, todo o toque-de-bola têm como objetivo principal abrir espaço na defesa adversária. Uma vez aberto o espaço, procura-se o gol. A conseqüência é um jogo de passes mais curtos, de posse de bola, de aproximação.
O ‘jogo paulista’, diferentemente, busca o gol já por princípio. O jogo é mais rápido, a bola viaja menos de pé em pé, há mais arremates no gol e cruzamentos na área. Os espaços são abertos mais à força do que com jeito…
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O futebol carioca, assim como o gaúcho me parecem mais conservadores, pouco afeito a mudanças. Parecem-me inclusive bem reacionários aos treinadores que vem de outros Estados enquanto MG e SP parecem recebê-los muito melhor.
O futebol paulista se adapta perfeitamente ao treinador carioca ou gaúcho, por exemplo. Já não vejo tanto o oposto ocorrer, ou pelo menos esses clubes buscarem soluções de fora.
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Pra mim, o esporte praticado em SP não é o futebol. É outra coisa completamente diferente. Meio que quase uma modalidade de atletismo, sei lá.
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Visão dos anos 30. Cheio de cariocas nos times paulistas, aprenderam onde?
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visao dos anos 80. futebol em sp era o mesmo que futebol do campeonato argentino pra mim. inexistia. aliás nem entendia porque no domingo no parque o silvio santos distribuia as crianças em palmeiras, santos corinthians e sao paulo. eu pensava: porque esse cara tá falando desses times aí?
parecia o chaves falar do Luis Pereira como cracásso do futebol… sei lá… muito doido!
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Isso você já me explicou… tu primeiro se apaixonou por F-1, hehe. No ES até hoje só televisionam campeonato carioca. Uma pena, pois os regulamentos dos anos 70 e 80 do Paulistão são meus favoritos até hoje (mas não peguei a época, só descobri com a internet) junto com os Goianões e Cearazões dessa mesma época. Sancho, fã de regulamentos como eu, devia estudá-los com afinco.
Luis Pereira até era identificável, jogou copa… agora BARBIROTTO era mais foda para alguém reconhecer, hahahahaha
Mas o Chaves também falou do PAULO VITOR, ídolo (?) do Victor que temos hoje como comandante dessa josta.
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Já tive chuteira do Paulo Victor.
O lance do ES só passar jogo do Rio pode ser visto de duas formas:
1- colonia – logico
2- colonia de quem? porque nao colonia de SP?
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o cabo VGA também coloquei. Compra um de aúdio, liga da TV no micro e poderá regular o som também pelo controle.
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Comprei junto. Irado.
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Aí vc expande a tela do micro e fica ainda mais gigante… loga no home broker. Pronto! Virou o mega-especulador!
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Formar times como esse é muito difícil, Robinson. Por isso são tão poucos ao longo da história. Impossível um novo beabá. Tem que pegar uma safra boa com caras versáteis e bons de passe. Isso não brota toda hora, se fosse fácil todos fariam. A eficácia de qualquer sistema depende da qualidade dos seus jogadores. Os mestres já invetaram todo tipo de tática sobre a relva, cabe aos treineiros aplicá-las, quem tiver melhores peças vence.
A história diz que toda “revolução” tática é arrebatadora: O Chapman lançou o WM e copou uma porrada de campeonatos e copas na Inglaterra, o Rappan, pai do Ferrolho, ganhou 18 taças na Suiça, seu sucessor de retranca, o franco-argento Helenio Herrera, inventou o Catenaccio e uma Internazionale grande na Europa e no Mundo. E por último o Rinus Michels, que lançou o futebol total e ganhou o Tri europeu com o Ajax. Cruijff é tipo um agente dele e o mediador histórico entre Ajax e Barça. Esses são os Pais desse Barcelona, Guardiola era jogador Cruyff em 92.
Ele pegou uma geração foda e aplicou o estilo de seu mestre. E esse Barça-total só sucumbiu diante da boa retranca do Mou na Champions do ano passado. Esse sim, um jogo grandioso. Duas escolas distintas se enfrentando, aquilo foi bonito. Quem sabe como usar o que foi passado se torna vencedor.
Vídeo sobre a geração 87 do Barça. Os moleques ganhavam de 32, 25…
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É exatamente esse o ponto do meu post, Rafael. Apesar da imprensa brasileira apregoar que o time do Barcelona é simplesmente “de outro planeta”, deveriam exaltar o planejamento de décadas de um clube que prospectou talentos desde meninos, tornou-os homens e profissionais.
Outro aspecto ignorado é que se os caras estão jogando do jeito que eles estão, não é apenas por talento nato. É porque além de talentosos, eles treinam demais estão todos comprometidos com o estilo de jogo.
Não é mágica nem outro esporte, é só futebol jogado com planejamento e seriedade.
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Como assim, ZERO euro?!
O problema no Brasil nunca foi formar (buenas, decaímos nisso, mas depois discuto, não é hora agora), mas manter. Quanto custa esse time do Barça por ano?!
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Ele se refere a gastos com contratações.
Salário tem que pagar, de qualquer jeito. Mas o Barcelona de hoje faz apenas contratações pontuais, porque o corpo do time é feito em casa.
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Robinson, isso é verdade, mas não é suficiente para negar a pergunta/afirmação do repórter sobre o desequilíbrio via poderio financeiro, como Sancho bem explicou.
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O custo com contratações é zero.
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Fico imaginando um clube publicando seus balanços conforme as novas práticas contábeis.
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Sancho, também sempre bati com a cabeça na parede com o famoso “Palmeiras foi o que mais investiu nessa temporada”.
Falácia pura porque levava-se em consideração que o “Palmeiras” desembolsou no ano Y para trazer jogadores no mesmo ano Y mas retira-se da equação tudo o que foi desembolsado por todos (“Palmeiras” incluso) nos anos Y-1, Y-2, Y-3 para o ano Y.
Logo, é um erro grosseiro rankear times pelo “investimento feito na temporada”.
A forma mais aproximada para um rankeamento é mesmo a faixa salarial dos jogadores.
E quanto mais tempo se mantém um time vencedor, os custos tendem a ficar maiores como você apontou em seu comentário.
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São duas coisas diferentes… A relação receita/despesa com tranferências é uma coisa; o gasto com salários, premiações, manutenção do gramado, ampliação de centros de treinamento, etc e tal, é outra.
Por exemplo: o Real Madrid, há alguns anos, investiu mais de 150 milhões de euros só para trazer Kaká e Cristiano Ronaldo para o Santiago Bernabéu. Além dessa despesa, o clube ainda teve que pagar o salário desses dois e dos outros.
150 milhões de euros certamente são alguns meses de salário para o elenco inteiro.
Concordo que o ranking de folha salarial também é uma informação muito relevante, mas são coisas diferentes.
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E tem que somar o custo da base, também; que não é pouco.
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‘Custo da base’ parece ser uma cifra muito infima se falamos de times grandes*.
Outro dia coloquei aqui uma pesquisa que fizeram sobre o valor de mercado dos times, na qual estava explicita que se tratava apenas da soma do valor de cada jogador do elenco. Bona esperneou por qq coisa la, mas eu mesmo levantei a bola de como avaliar algo que nao esta a venda? Ou algo que ninguem quer?
Minha suposiçao na ocasiao foi pelo valor do salario pago para cada jogador. Acho que eh por ai mesmo. Se estao te pagando determinado montante, eh isso que vc vale no mercado.
(*)A questao da folha salarial pode ate definir esse conceito.
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“Se estao te pagando determinado montante, eh isso que vc vale no mercado.”
Ou deveríamos levar em consideração o tempo de contrato também? No caso brasileiro, há enormes distorções, devido aos chupa-sangue.
Carlos Alberto ganha muito, DO VASCO, e ninguem quer.
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Distorções sempre existem. Vejo toda hora pessoas super ou sub-valorizadas. Mas na média geral a tendência se confirma.
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Eu acho que se fosse: salário mensal x meses restantes do contrato, a equação seria mais adequada. Porque é em cima disso que pode se fazer a conta da viabilidade de uma venda ou não.
Outro parâmetro seria a multa contratual de rescisão. Talvez muito mais importante.
E aí poderíamos calcular também a alavancagem de um clube… rapaz… vai ter clube mais alavancado do que banco americano especulando com derivativos de crédito…
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Fora o custo de recusar ofertas por esses jogadores quando estão no auge.
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Mas aí não é custo. É custo de oportunidade.
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Sim, mas imagina então se o Barcelona tivesse que ir às compras e colocar no mesmo carrinho de uma vez só Messi, Xavi e Iniesta?
Veja o que um diretor do Barcelona falou:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2011/12/com-enfase-em-la-masia-dirigente-do-barca-diz-custaria-caro-esse-time.html
E observe a foto com o Parreira…
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imagina então se o Barcelona tivesse que ir às compras e colocar no mesmo carrinho de uma vez só Messi, Xavi e Iniesta?
Seria o Real Madrid…
Não me entendas mal, eu prefiro um trabalho consistente de base. Porém, isso tem um custo relevante e para cada Xavi, Iniesta e Messi (eu falo UM deles, formar os TRÊS ao MESMO TEMPO é como ganhar na MEGA SENA) que se consegue, paga-se por um número astronômico de jogadores comuns.
Tem que ter bala na agulha para manter o investimento. Mais. Agora, coloca na balança que não se venderá os jogadores para manter a estrutura. E se tem que o poderio econômico do Barça é parte importantíssima para que o clube seja o que é.
Esse é o ponto.
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Sim, mas eu ainda acho que poder econônmico é ir no mercado e comprar o que deu vontade ou o que está na moda.
Investimento na base é pensar a longo prazo. Isso é chamado de gestão e planejamento.
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Acho que Mr. Robinson faz uma distinção entre gasto e investimento que concordo.
O “gasto” que foi exemplificado por Sancho, seria aquele play-boy cheio da grana que esbanja, compra carrão, desfila cheio de mulher, anda de iate, faz festa e o caralho.
O outro, é o empreendedor sagaz. Que perde noites e finais de semana trabalhando nas suas idéias e constrói as coisas no longo prazo.
É isso?
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Não. O ponto é exatamente que eu não acho que haja essa distinção. Para mim, são dois modelos de investimento diferentes.
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Mas eu falei da visao do Mr. Robinson, e não da sua. A sua, só usei de exemplo para diferenciá-las.
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Pois é, Bona, você entendeu o meu ponto de vista.
Mas só mesmo com opiniões divergentes é que se sustenta um debate…
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Eu não só entendi como entendo ser o método correto.
Outra analogia, no meu mercado, seria comparar o especulador grafista de curto prazo com o investidor fundamentalista.
Usei a frase do Sancho sobre o Real, pois ela explicitou bem a diferença das opções de gestão.
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A maravilhosa Lei Zico/Pelé, o resultado vai chegando agora…
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Visão burra e simplicada em atribuir as atuais mazelas do futebol a Lei Pelé. A atuação livre dos empresário se remete muito antes. Gosto muito de citar a passagem da desastrosa gestão Kléber Leite na presidente do Flamengo: foram 110 transações de jogadores e passagem nas mãos de vários empresários. O antigo mandatário saiu bem antes da atual legislação e era pública as críticas dos oposicionistas em relação ao balcão de negócios dentro do clube. As mudanças eram inevitáveis, o fim da lei do passe regularizou uma situação vivida na prática de 90% das categorias dos atletas profissionais. Seria atestado de incompetência um clube pequeno ter o passe de um jogador, porque geralmente disputa campeonato durante três meses do ano. Não mudou em nada, os empresários no começo da década de 90 já mandavam e desmandavam com a conivência dos dirigentes. Muitas vezes, são os próprios gestores são agenciadores dos atletas. Quem não se lembra do empresário Gilmar Rinaldo gerente do Flamengo na época do Edmundo Santos Silva??? Logo um empresário conhecido no meio do futebol. E assumiu muito antes da atual Lei Pelé.
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Há também um equívoco “ofensivista” no Brasil que acha que lugar de craque é só de armador pra frente. O Diego Souza fazia ótima dupla de marcação com o Arouca no Flu, mas foi posto pra frente no Flamengo e Palmeiras e até como atacante no Vasco. Os rudes, os Odvans da vida, são postos pra trás quando nem deveriam jogar. Fico pensando, por exemplo, se fosse o Mauro Galvão (exemplo do zagueiro habilidoso) marcando o Raul no segundo gol do Real Madrid em 98, em tempo, a final de clubes mais linda que vi: http://www.youtube.com/watch?v=nGKo0CQyG2w
Nasci em 87 e ainda não vi o Brasil jogar como em 82, prazer que tenho por DVDs.
Falou-se muito na imprensa sobre o rodízio de posições e os passes curtos do Barça. Claro que isso aumenta o tempo de posse a impaciência do rival, o que diminui a margem de erro. Concordo que a parte física não seja problema no Brasil, mas fico pra infartar quando vejo brasileiros que ainda esperam a bola chegar de um passe. Muitas vezes o passe contabilizado como errado é culpa do receptor que não veio ao encontro da bola, fato recorrente no Barça! Isso se ensina pra um garoto de 8 aos 18 anos de idade: “meu filho, aqui neste time vc vai logo buscar a bola antes que o ladrão leve”, “sem chutão! zagueiros abrem nas laterais, algum meia vem buscar o tiro de meta rasteiro!”. Isso treinado por 14 anos fez efeito!
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a sensação que eu tenho, é que no Brasil, o fundamento não é tão trabalhado. O pensamento é: “o brasileiro tem habilidade no sangue”. Foda-se o trabalho e vamo levando.
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Também acho isso.
Eu sou músico, e pela quantidade de horas necessárias sentado aprimorando técnica, tanto no período de formação quanto na manutenção, posso afirmar com toda certeza que o esforçado acaba indo mais longe do que o talentoso descansado.
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Beleza de dica =)
E o esforçado descansado?
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porra, nao existe.
Eu gosto de enquadrar as pessoas em 4 características, na zoação:
Burro passivo – é o cara sem noção, que não faz porra nenhuma. Pelo menos não compromete.
Inteligente passivo – é o cara que volta e meia tem lapsos de brilhantismo. Volta e meia pode ser útil.
Inteligente ativo – esse é o cara. Esse é foda. Realiza o seu potencial.
Burro ativo – mermão, esse aqui é perigoso! É burro e sai fazendo merda a torto e a direito… rs… Esse destrói uma empresa!
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Enfim, se o cara e burro, melhor ser passivo!
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Pelo menos não sou uma Mula passiva que leva do burro ativo.
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Então, devemos presumir que você é uma mula ativa que leva do burro ativo?
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A mula já tem nome: Gamulah.
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kkkk…
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Meu pai chama essa última categoria de “imbecil prestativo”.
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Ponto que Telê sempre tocou por aqui.
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Certíssimo.
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A arrogância continua: http://www.lancenet.com.br/santos/Erro-escalacao-Muricy-ironiza-brincadeira_0_612538785.html
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Entedimento sobre o Barcelona: http://www.universidadedofutebol.com.br/2011/12/3,11670,O+TODO+E+MAIS+DO+QUE+A+SOMA+DAS+PARTES+OU+O+JOGO+BARCELONA-SANTOS.aspx
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Para os incautos que possam vir a imaginar que Saulo anda expandido os horizontes… http://blogdojuca.uol.com.br/2011/12/entendendo-o-barcelona-2/
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Recomendo a leitura, especialmente a Lincoln, mestre em educação e pedagogia:
http://www.procrie.com.br/2011/12/19/formacao-no-barcelona-13312?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+procrie+%28Procrie%29
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Lições: http://blogdojuca.uol.com.br/2011/12/licoes-de-bola-ainda-o-barcelona/
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Somos o Leste Europeu: http://blogs.lancenet.com.br/benja/2011/12/21/o-leste-europeu-e-aqui/
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Lição a ser aprendida: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/precisamos-aprender-a-licao/
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O barcelona é uma merda, são uns cabrões, e filhos da puta que os pariu, jogam só quando querem são mesmo uns filhos de uma grande vaca, putaaaaaaaaaaaaaaaa que os pariuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
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ya pois são eu aposto que levam no cu antes dos jogos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! cabrões do caralho!!!!!!!!!!!1
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