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O sentimento não pára, mas se despedaça

May 3rd, 2011 | 87 Comments | Filed in Campeonato Carioca 2011, Flamengo, Vasco

Começo este desabafo (idiotas vão encarar como choro) falando por mim e por uma imensidão de vascaínos: ninguém agüenta mais perder para o Flamengo em decisões!

Não vou me ater ao jogo, nem me agarrar a estatísticas e nem é preciso recorrer a elas quando se mistura mágoa, amor ferido e trauma. O vascaíno não agüenta mais ser motivo de chacota em quaisquer lugares que esteja por causa (não culpa) do Flamengo.

Ontem, num bar, antes mesmo do jogo decisivo da Taça Rio começar, já se ouvia o coro de vice, de freguês, entre outras provocações dos flamenguistas presentes. É saudável? Claro que é! Faz parte do folclore do futebol. O que não é normal, muito menos saudável, é a ausência de réplica dos vascaínos. Não se viu respostas à altura no entorno do bar – e a inferioridade numérica de torcedores não serve como desculpa. Tal fato resume bem a atual (e lamentável!) situação do Vasco, que muitos não reconhecem ou não querem enxergar pelo fanatismo: viramos coitados, penosos, vascaínos que não confiam no seu time – e isso nada tem a ver com o fato do nosso time ser superior ou inferior ao adversário.

Respeito muito o Lédio Carmona, um dos melhores comentaristas de futebol do país. Apesar de vascaíno, imagino que a imparcialidade dele tenha falado mais alto no seu texto sobre o clássico dos milhões. Mais alto que o sentimento, o que é admirável para um profissional de imprensa, que deve pregar sempre pela isenção nos comentários.

Porém, pouco importa (em minha opinião de torcedor sofrido) se o Vasco tem o melhor elenco montado desde 2002; pouco importa o fato de o Vasco ter tido um elenco mais ajustado que o do Flamengo no decorrer da própria Taça Rio; pouco importa o fato de o Vasco estar vivo na Copa do Brasil, onde as seqüelas da perda de ontem ficarão expostas nos jogos a seguir; importa menos ainda a possibilidade de o Vasco começar forte um Brasileiro, como há anos não se via. Certas coisas são muito grandiosas para o vascaíno – vencer o Flamengo, numa final, é ser bicampeão: prova de superação sobre os rivais e, acima deles, o Flamengo. Para o Vasco, todos são rivais. Mas o Flamengo é um rival elevado ao quadrado, está num patamar acima, invariavelmente. Não quero com isso incitar a violência e tampouco ver o Flamengo como inimigo. Apenas não ignoro a enorme rivalidade (sadia) entre os clubes, muito menos desmereço a grandeza do Rubro-negro.

Nos dias de hoje, lamentavelmente, ouço vascaínos torcendo para o Vasco não chegar a uma final com o Flamengo, com receio de final trágico, como têm acontecido nos longínquos últimos anos. Pode-se encarar tal comentário como covardia em se tratando de Vasco da Gama. Porém, o trauma das últimas finais torna isso compreensível.

Parece que, para ressurgir LITERALMENTE da fossa, do limbo, do ostracismo, é necessário vencer o Flamengo em uma final, seja ela qual for. Eu, honestamente, achava que isso poderia acontecer ontem – em finais anteriores, tinha pouca esperança, embora a paixão nos deixe cego às vezes.

O Vasco começou pessimamente o ano, ganhou reforços e um treinador aparentemente confiável. Ricardo Gomes começou a desenhar um time que vinha ganhando respeito, especialmente no cenário carioca. Não se pode dizer que tudo foi em vão. Mas a derrota de ontem foi mais dolorosa porque, embora o receio de finais contra o maior rival ainda exista fortemente no coração do vascaíno, parecia (pelo maior volume de chances perigosas criadas pelo Vasco) que o roteiro mudaria, que seria diferente, enfim. Amarga ilusão!

Era temerário enfrentar o Flamengo nas penalidades. O rival, como escreveu o Rica Perrone, não perde nos pênaltis, pelo menos num passado MUITO distante. O Vasco, entretanto, tem histórico negativo neste quesito. Também por isso, parecia que o Gigante da Colina sairia por cima, mudaria o roteiro e faria um novo final, embora, conscientemente, o medo de uma nova derrota existisse nitidamente na face de muitos que me cercavam no bar.

O final todos já conhecem. Rubro-negros comemoram, vascaínos lamentam – alguns choraram copiosamente e ainda buscam a cura para mais uma cicatriz. Outros, como eu, buscaram o silêncio no quarto de casa. O sentimento, que nunca vai parar, é de desolação, de receio, de medo de decisão. Está em pedaços. Efeitos que não condizem com a opulência do Vasco, mas que, inevitavelmente, se apossaram da imensa legião de vascaínos por causa dos últimos históricos. Malditos pênaltis desperdiçados!

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Messi deu o tom, pra variar

April 27th, 2011 | 26 Comments | Filed in Futebol

Chamá-lo de craque é pleonasmo!?

O terceiro jogo da melhor de quatro entre Real Madrid e Barcelona foi amarrado, tenso, longe de parecer uma disputa de futebol e muito perto de se assemelhar a um duelo de pugilistas. Em alguns momentos do primeiro tempo, deu sono. No segundo tempo, tirando o bafafá, teve lampejos de um dos maiores clássicos do futebol mundial.

Fato é que os jogadores de Real e Barça, talvez respingados pelas alfinetadas extra-campo entre José Mourinho e Pep Guardiola no pré-jogo, pareciam mais preocupados em pôr algum adversário pra fora (pressionando o árbitro em qualquer falta assinalada) do que jogar bola.

Pepe (Felipe Melo é uma Sandy perto dele) deu seu cartão de visitas na perna de Daniel Alves. Falta desleal, maldosa, passível de cartão vermelho. O juiz não hesitou e o colocou pra fora, direto. Abria ali o espaço de que o Barcelona necessitava para fazer seu jogo.

E o melhor jogador do mundo, um tal de Messi, em meio a tanta picuinha e marcação, presenteou os amantes do futebol com dois gols: no primeiro mostrou faro de atacante, desviando um cruzamento; no segundo, um golaço, dando sua tradicional e letal arrancada, selando a vitória que deixa o Barcelona tranqüilo para o jogo de volta pela semifinal da Liga dos Campeões, no Camp Nou, na terça-feira que vem.

Resumo da ópera: não foi um jogão, não foi repleto de belos lances, não foi uma partida agradável de ver. Mas teve Messi em dois momentos de brilhantismo. Bastou!

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10 Razões para assistir Senna no Cinema

November 29th, 2010 | 54 Comments | Filed in Fórmula-1

Quando Senna nos deixou em maio de 94, eu tinha apenas 6 anos. Ainda muito garoto, não tinha noção do que ele representava para o mundo e, especialmente, para o Brasil.

Então, até antes de ver o documentário Senna, o que eu sabia sobre o ídolo de milhares de pessoas era básico: que Senna era tricampeão mundial de F-1; que ficava ainda mais veloz na pista quando chovia e que o francês Alain Prost invejava o fato do brasileiro ser o melhor.

Entusiasmado com o lançamento do documentário, me dirigi ao cinema dois dias após a sua estréia no Rio. 107 minutos depois, ao sair da sala, que, aliás, tinha pouco mais de 20 pessoas, lamentavelmente, me senti um cidadão minimamente mais completo, pois, ainda que tardiamente, eu saira da sessão com um inesquecível conhecimento sobre Ayrton Senna. Muito mais que um gênio do automobilismo, Senna era (e ainda é) uma referência do esporte.

Abaixo, exponho algumas observações e motivos para você assistir e se emocionar com a história de um dos maiores pilotos de um esporte que, como se constata a cada domingo, é repleto de manobras políticas, como o próprio Ayrton revela na obra.

  1. Conhecer um pouco da história de Ayrton Senna é ter noção mínima do que é ser esportista;
  2. Senna era muito religioso. Impressionante a fé que ele tinha em Deus;
  3. Não menos impressionante era a preocupação de Senna quando algum piloto colidia na pista;
  4. De arrepiar sua influência política nos bastidores da F-1;
  5. Jamais aceitou ser segundo piloto quando fez dupla com Prost na mesma escuderia;
  6. Era educado, articulado, humano, humilde. Seu caráter, admirável;
  7. Algumas pessoas que conheço tem dúvidas sobre a sexualidade de Senna. Algo fútil diante de sua importância, mas, pelo pouco que vi neste documentário quando se envolvia mulher, achei Ayrton mulherengo. Um danado;
  8. Senna era muito audacioso na pista. Fazia ultrapassagens espetaculares;
  9. Apesar da aparente maturidade, Senna dizia que ainda tinha muito a evoluir, especificamente o lado do ser humano. Não estava satisfeito. Queria sempre mais;
  10. O que fazia Senna feliz? Ele disse, numa célebre frase: – Pilotar com garra numa corrida de verdade, isso é o que me faz feliz;

Há muito mais detalhes a se comentar e discutir sobre Senna. Bons detalhes, diga-se. Detalhes admiráveis. Detalhes de um sensacional ser humano, que carregou a bandeira do Brasil em todos os cantos do mundo.

Em resumo, o documentário Senna precisa e merece ser visto por você. Recomendo lenços. Acredite, serão necessários.

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Guarani 1×0 Vasco

September 26th, 2010 | 37 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2010, Vasco
De amarelo, o protagonista do jogo.

De amarelo, o protagonista do jogo.

Sobre o jogo, há pouco a comentar. Primeiro tempo bizarro do Vasco, que só fez algo efetivamente útil com seus zagueiros: primeiro com Titi, que mandou uma bola no travessão; depois com Dedé, que evitou heroicamente um gol certo do Bugre.

No segundo tempo, PC voltou com Carlos Alberto no lugar do inoperante Rafael Coelho. O camisa 19 deu um bom chute, tentou alguns passes, cavou algumas faltas, deu uns dois pontapés e, de novo!, sofreu uma lesão na coxa, a mesma que o tirara de jogos anteriores. Há algo muito errado com o Departamento Médico do Vasco.

O jogo, disputado embora horrendo, parecia caminhar para um 0x0 por falta de qualidade técnica dos dois times, até que Heber Roberto Lopes, árbitro reconhecidamente caseiro, chamou a responsabilidade. Como ele não deu um pênalti gritante de Jumar em Mazola, no final do 1º tempo, resolveu compensar na etapa derradeira, marcando falta inexistente de Dedé sobre Ricardo Xavier. Baiano cobrou e garantiu a vitória do Guarani, que ultrapassou o Vasco na tabela, subindo para a 10ª posição na tabela.

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Em um jogo tão ruim, fica difícil eleger o melhor. Do Vasco foi Fernando Prass, que fez duas defesas salvadoras quando jogo ainda estava empatado.

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Nada justifica a permanência de Rafael Coelho no time. Ainda mais preocupante é ver PC declarar que confia no potencial do atacante, que, ainda segundo o treinador, recebe propostas quase que diárias para deixar São Januário. Hã?

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Uma vergonha o logo da loja de esfiha voltar a ser usado na manga da camisa do Vasco. Não vou me estender, deixo a cargo do Serginho.

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Na próxima terça, em São Januário, desfalcado de Rafael Coelho, Carlos Alberto e, sobretudo, de Dedé, o Vasco recebe o Santos, com um Neymar endiabrado – o 3º gol do Peixe, ontem, foi uma obra-prima. Derrota à vista.

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Já que Felipão criticou enfaticamente o gramado do Engenhão, que tal pôr o do Brinco de Ouro no pacote? Um verdadeiro pasto.

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Edno é um bom reforço para o Botafogo?

March 1st, 2010 | 87 Comments | Filed in Botafogo

Recordar é viver: Bentinho

Bem, o Edno da Portuguesa de 2008, sim, muito embora aquele time tenha caído para a segunda divisão naquele ano. Contudo, ele fez grandes partidas em 2008, quando tinha Jonas e Diogo ao seu lado. Formavam um belo trio ofensivo e incomodaram muito.

o Edno do Corinthians não teve uma sequência de jogos com Mano Menezes e se mostrou irritado quando não viu seu nome na lista dos 25 inscritos para a disputa da Libertadores. Logo, não pôde ser avaliado no Timão.

Ainda assim, acho que é um bom reforço para o Glorioso, que carece de jogadores em muitas posições, principalmente no meio-campo.

Edno, sem dúvida, chega para ser titular.

Victor ou Victória?

Ficha técnica:

Nome completo: Edno Roberto Cunha

Nascimento: 31/05/1983, em Lages, Santa Catarina.

Altura: 1,82m

Peso: 80kg

Clubes: Avaí, PSV (Holanda), Viktoria Plzeñ (Polônia), Wisla Krakóv (Polônia), Cruzeiro, Figueirense, Novo Hamburgo, Noroeste, Atlético-PR, Portuguesa, Corinthians e Botafogo

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Bentinho? What a Hell?

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Vasco 0x0 Sousa: Guilhotina para Mancini

February 26th, 2010 | 38 Comments | Filed in Copa do Brasil 2010, Vasco

Mancini Antonieta

Você, provavelmente, já foi a uma grande festa de 15 anos. E, talvez, tenha reparado na quantidade de pessoas presentes. Nunca dá menos de 300 convidados. Algumas superam os 500. Pois então, ontem, em São Januário, o Vasco jogou para o número ridículo de 593 torcedores pagantes e poucos mais de 700 penetras. Os heróis enfrentaram a chuva, o trânsito e, dos males, o pior: assistiram ao futebol bizarro apresentado pelo time (hã?) do Vasco.

Tudo bem que a equipe de Vagner Mancini, que já tem sua cabeça a beira da guilhotina, jogou com novo esquema tático e com o regulamento na mão – no primeiro jogo, o Vasco venceu por 2×1 e, ontem, poderia até perder por 1×0 que sairia classificado. Mas nada justifica a má vontade, indisposição e displicência por parte dos jogadores do Vasco diante do Sousa, um adversário fraco, tão satisfeito com o empate sem gols que recuava bolas para seu goleiro, que por sua vez fazia uma ligeira cera. Sim, o time do Sousa estava satisfeito com a desclassificação. Veio à São Januário, tirou fotos, jogou uma pelada e voltou pro Nordeste feliz da vida. Mas o Sousa tem quase 20 anos de idade. Não é um clube centenário repleto de títulos.

No primeiro tempo, o Vasco até que esboçava uma vontade de vencer o jogo. Tentava criar alguma coisa, mesmo com as limitações de seus jogadores – Márcio Careca (muito mal), Robinho (esforçado e só), Fágner (sem ritmo e sintonia). Coutinho, o menos pior, tentou tabelas, deu alguns dribles, mas não tinha com quem jogar. Dodô, hostilizado pela torcida, mostrou a mesma inutilidade dos últimos jogos e foi sacado no intervalo. Veio o segundo tempo e, com ele, um marasmo tremendo. Se na etapa inicial o Vasco já estava mal, voltou sonolento e mais, digamos, cauteloso no segundo. Estaria temendo o fraquíssimo Sousa ou simplesmente se poupando? Abalo emocional após a perda do título para o Botafogo?

Em suma, o Vasco não entrou em campo (de novo!) e, mais uma vez, saiu sem marcar um gol que seja. Já são três jogos de jejum de bola na rede. O fato de ter perdido um único jogo no ano não significa paz, aplausos e comemoração. Pelo contrário. O Vasco perdeu vexatoriamente para o Botafogo. Não mostrou garra, coisa que há muito tempo não demonstra em finais. E, agora, quer se dar ao luxo de passear em campo diante de um fraco adversário fraco? Sinal de alerta na Colina.

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O lado bom do Apagão

November 11th, 2009 | 20 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Vasco

É difícil falar da vitória do Vasco sobre o Campinense do ponto de vista técnico. Talvez pelo gramado inconstante do Amigão, talvez pela expulsão prematura do bom garoto Allan aos 15 minutos de jogo ou mesmo pela conivência do árbitro com a violência. Fato é que o primeiro tempo do jogo de ontem em Campina Grande foi tenso. O Vasco, ciente que, vencendo, poderia se sagrar campeão (dependendo de uma combinação de resultados alheios), foi para cima do time da casa, que, indiscutivelmente é fraco, horrendo, horroroso, vulnerável – marque um x no adjetivo que preferir.

Se Carlos Alberto, costumeiramente, era bem marcado, os alas tinham mais espaços para contra-atacar. E foi justamente pelas laterais que o Vasco criou suas melhores chances, em jogadas de Ramon e Fagner, que não eram aproveitadas por Élton (Europa lá vou eu) e Adriano (excessivamente fominha). O domínio vascaíno era tamanho que, mesmo depois de perder Allan, o time do Dorival Jr seguiu soberano na partida, sofrendo apenas uma cabeçada perigosa (sem trocadilho) de Edmundo.

E, se exigir técnica dos dois times era ousar demais, os jogadores, em uma espécie de pacto, resolveram rumar para as bordoadas, que foram distribuídas aos olhos do cúmplice goiano André Luiz de Freitas Castro. Até que, num lance isolado, Vilson (Vilson? Vilson?créditos a Gaburah) foi derrubado/empurrado/atirado (faça sua escolha) dentro da grande área. Carlos Alberto, que não aguenta mais fazer gol de pênalti, deixou Élton, com o pé direito no Velho Mundo, cobrar de canhota e assinalar o único gol da partida.

Como o primeiro tempo foi horripilante, eu e milhares de vascaínos fomos presenteados com o blecaute que, se não atingiu Pernambuco, martirizou o Rio de Janeiro e evitou que eu e muitos pudéssemos assistir o segundo tempo do jogo. É o lado bom do apagão.

Sexta-feira, dia de se esbaldar de cachaça, o Vasco enfrentará o poderosíssimo América-RN em São Januário, podendo, em caso de vitória, sagrar-se campeão da modestíssima e sem graça Série B. Que conquista! Que orgulho! O Vasco voltou, só esqueceu de avisar ao companheiro Serginho. Que brincadeira de mau gosto.

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Conversa ao pé do ouvido

September 30th, 2009 | 11 Comments | Filed in Botafogo, Campeonato Brasileiro 2009, Vitória

Não bastasse a agressão de um dirigente ao meia Jônatas no vestiário do Botafogo, eis que surge agora uma nova fanfarronice envolvendo jogador alvinegro.

Com a palavra, Roger, atacante do Vitória:

Como vocês descobrem isso (risos)? O Juninho deu um toque para a gente tocar um pouco a bola. Eu falei também: Vamos tocar. É claro que se sobrasse uma bola para mim, eu iria fazer o gol. Mas eu, no momento, me coloquei na posição deles. Sou um profissional (sic) e posso viver isso um dia. Pedi para os companheiros para tocar um pouco mais a bola. Já estava três (a zero), eles estavam com um homem a menos, o jogo estava ganho. Não tinha que tentar humilhar (hein?) mais eles do que já estavam humilhados

Deixa eu ver se entendi bem: Roger se intitula profissional, mas se abdica de jogar para atender a solicitação do adversário, que pediu-lhe carinhosamente que tocassem a bola? O pedido de Juninho é ridículo, mas o argumento do Roger é grotesco.

Sim, a vitória já estava garantida para o time baiano. Agora, e se, ao final da competição, o Vitória ficar de fora da Libertadores por ter um saldo de gols inferior ao do 4° colocado?

Duvido que algum dos jogadores tenha pensado nisso.

Café com Leite

Zaga do Botafogo

Somente mais um capítulo da implosão.

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Expirou a data de validade?

September 25th, 2009 | 26 Comments | Filed in Futebol
Sorriso no rosto para acertar um passe

Sorriso no rosto para acertar um passe

O que aconteceu com o futebol de Ronaldinho Gaúcho? Claro que não sumiu (em definitivo). Talvez esteja dormindo. Engraçado é que leio que ele diz estar feliz no Milan.

Óbvio que eu não sei o conceito que Ronaldinho dá ao substantivo alegria. Não sou amigo dele, nem o conheço. Não dá também pra se basear muito no sorriso, visto que seus dentes estão sempre visíveis. Fato é que aquele futebol que ele mostrou ao mundo no Barcelona não está, hoje, nem perto de ser lembrado. Aqueles dribles desconcertantes e passes mirabolantes sumiram.

Muita gente diz que Ronaldinho Gaúcho precisa voltar ao futebol brasileiro para recuperar a alegria de jogar futebol. Na boa, eu não consigo defender essa tese. Na Itália, ele recebe uma montanha de dinheiro em dia, tem bons jogadores ao seu lado e belos gramados para atuar, ainda que, no momento, ele apenas passeie em campo. Aqui, caso venha, duvido que receba o mesmo que ganha lá, vai jogar com vários brucutus e em gramados conhecidos como pastos. Ou seja, a diferença é colossal (negativamente).

Será que Ronaldinho se deslumbrou com tanto dinheiro ou será que o carnê atrasado das Casas Bahia o atormenta e, consequentemente, o impede de se concentrar e jogar bem? Freud tem a resposta, mas ele não está entre nós. Cabe a você me explicar.

Trilhando os passos do irmão

Trilhando os passos do irmão

Ronaldinho Gaúcho tem salvação?
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Revolta desnecessária

September 22nd, 2009 | 31 Comments | Filed in Campeonato Brasileiro 2009, Cruzeiro, Palmeiras
Marias fricoteiras

Marias fricoteiras

O Brasil é o país do futebol. É clichê, mas é uma verdade comprovada. Então, por isso, certas coisas pequenas ganham dimensões absurdas na terra tupiniquim. Umas são sadias. Outras, nem tanto.

Ontem, por exemplo, saiu na mídia que o cruzeirense Kleber participou de uma festa organizada por membros da Mancha Verde, torcida organizada do Palmeiras. O jogador, que estava de folga, confirmou sua ida à tal confraternização palmeirense.

Poucas horas depois destas notícias serem divulgadas, começou a chuva de tolices proferidas por torcedores e afins. Aquele velho julgamento, tão constante no meio da nossa sociedade rodeada de hipócritas e ignorantes.

E como se não bastasse a vozearia epidêmica de ontem, cerca de 60 membros da Máfia Azul, torcida organizada cruzeirense, hoje, se dirigiram à Toca da Raposa, exigindo a saída de Kleber e, pasmem, alegando que o Gladiador teria desrespeitado o Cruzeiro e sua torcida com tal atitude.

Acho isso tudo um exagero. Jogador de futebol também tem vida social. Ir pra boate, mesmo de folga, não é legal para um atleta. Agora, ir à uma festa rever amigos/torcedores de outro time é motivo para tanto protesto e cobrança? Não dá nem pra afirmar que a extensa torcida do Cruzeiro pede a saída do jogador, visto que somente 60 protestantes estiveram no local.

Aliás, por que membro de torcida organizada se intitula mais torcedor, mais macho, mais importante que os outros? O que os difere? Se temos tanta violência em estádios brasileiros, isso se dá ao Ibope fornecido pelos clubes às organizadas. Ganham ingresso, desconto e outras regalias. Por quê?

Aqui, se faz muito barulho pra pouco e dão muito Ibope pra nada.

Palhaçada.

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