Falar de arbitragem é chato, e tem gente que defende que os erros dos homens de preto (que, faz tempo, a última cor que usam é preto). Dizem que faz parte do jogo.

Prometo ser breve, até porque nos comentários Bender e Saulo vão escrever mais que todo mundo. Não vou colocar link externo, mas o Globoesporte.com tem os vídeos para quem tem conexão e máquina razoáveis.

No jogo daquele time contra o Cienciano pela Libertadores:

1. Houve um pênalti a favor dos brasileiros. O juiz não deu. Não sabemos se o mesmo seria convertido.
2. Os caras marcaram um gol. O bandeira marcou impedimento.
3. O Marcinho (fica aqui o elogio: entra bem, tem estrela e invadiu a área velozmente) fez a bola correr pelo braço igual aos caras do Harlem Globe Trotters faziam. Sim, basquete, não é futebol.

Este post não terá conclusões. Colegas de blógue, divirtam-se. Prometo replicar treplicar nos comentários.

Uma das coisas boas aqui do Blá blá Gol é que podemos extravasar nossas paixões de torcedor e amantes do futebol, seja jogado, assistido pela TV ou no estádio. Fica aqui registrado para quem não me conhece como alguns, que torço pro Fluminense, e como tal, torci para o Botafogo na final da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca. Então deixo aqui minhas impressões, já contando com as pedras na minha cabeça grande que vão atirar nos comentários.

No primeiro tempo, vi o Botafogo tocar melhor a bola, mesmo sem criar muito. O gol do Wellington Paulista foi 50% raça e 50% técnica, pois ele foi disputando divididas no caminho, mas bateu cruzado e tirou do goleiro Bruno.

A história do jogo, a fundamental, aconteceu no segundo tempo.

O Kleberson entrou bem, dando categoria ao lado esquerdo do Fla. Que conseguiu seu gol mais uma vez em bola parada, e em cruzamento. Pelo que consegui ver do lance pela TV, o Fabio Luciano não conseguiria completar o cruzamento do Juan, que bate bem na bola. E o Souza foi bem marcado. Falha então do Ferrero.

A confusão em seguida é comum em jogos nervosos. Não entendi a expulsão do Zé Carlos. O árbitro Marcelo de Lima Henrique quis colocar ordem na casa e o expulsou junto com o atacante rubro-negro Souza, que começou toda a confusão querendo tirar a bola do goleiro Castillo para reiniciar o jogo rapidamente. Mas entendi o cartão amarelo no Lúcio Flávio, que reclamou do jeito errado. O mesmo Lúcio Flávio que, aí, já com o primeiro cartão no bolso, fez aquela falta para parar o contra-ataque do Fla aos 27 e foi expulso.

É este o ponto da minha visão desta final. O jogo foi decidido em erros de Ferrero e Lúcio Flávio. O Flamengo não jogou bem nem quando tinha dez jogadores contra nove do Botafogo. Mas, como tinha espaço, o Diego Tardelli pegou aquela bola livre e teve categoria para bater colocado.

O Botafogo não perdeu o jogo para a trave que beijou a bola no último lance do jogo. Perdeu antes. E final, é assim. Um lance pode definir tudo. Na semifinal contra o Fluminense, foi o primeiro gol, achado no desvio do escanteio/falha do Fernando Henrique. Na final, foram o pênalti e a expulsão do Lúcio Flávio. Jogador de time grande tem que ter sangue frio nestes momentos. Sangue quente para lutar, mas frio nos momentos importantes.

Registro final: mandaram mal de dar o brasão da Fifa para o árbitro. Errou em várias marcações de falta. Sentiu a pressão de apitar um jogo este tamanho.

Apesar do atraso, como ninguém postou nada sobre a contusão do Ronaldo, segue a cópia do que escrevi no www.nitideal.com.br.

Os médicos já deixaram claro que Ronaldo terá condições clínicas de jogar futebol. Pela idade e pela força física, acredito mesmo que existe a chance de o craque voltar a jogar profissionalmente. E deve ser essa a atitude dele mesmo: voltar e sentir o tamanho da qualidade do seu futebol, que é enorme. E daí, sim, parar, o que pode levar dois meses ou dois anos.

O cara gosta de jogar futebol, é inegável. Mas, por já ter jogado tanto e tão bem, vai se render à queda de produção. Quem aprecia o bom futebol, como ele, só aprecia o bom futebol. Encerrar a carreira no Flamengo? Quem sabe. Vai depender mais dele do que dos patrocinadores multinacionais. Pode ser de interesse dessas empresas grandonas criar um jogo de despedida num estádio europeu superlotado, como em final da Copa dos Campeões ou, mal comparando, a final do Superbowl , do futebol jogado com as mãos pelos norte-americanos.

Resta lamentar que, antes da recuperação física de Ronaldinho – era assim que o chamávamos quando jogava no Cruzeiro – Romário já tenha parado e Edmundo não esteja mais em São Januário, quiçá nem no futebol. Para quem viveu de perto os anos 90, seria um piscar de saudosismo ver os três disputando um Campeonato Carioca. Venham as críticas, mas todo mundo viu: até perder o pênalti nos primeiros minutos de segundo tempo do clássico contra o Flamengo, o eterno vascaíno Edmundo estava dando aula de como se joga futebol.

Escalado como atacante, ia buscar a bola na intermediária e, quando parecia cercado por três marcadores, limpava o lance por um espaço que ninguém, a não ser ele, tinha visto. Equilíbrio emocional é que nunca fez parte do seu repertório, daí as discussões sobre o desperdício do pênalti.

Conclusão de analista especulador e torcedor visionário: Romário, Edmundo e Ronaldo no Carioca 2009!

O Botafogo venceu o Friburguense por 4 a 1 e poderia ter feito muito mais, se não perdesse tantos gols.

O Fluminense vai penar para arrumar um time tão ofensivo e com laterais que não marcam (concordo com o Victor, o Gustavo Nery não deve continuar titular se mantiver essas atuações). O Flamengo ainda não está formado e o Vasco dá sinais de limitações.

Nesse cenário, o time de Cuca pode surpreender, hipótese a ser avaliada melhor quando começarem os clássicos. Cuca sabe armar uma equipe. Jogando eficiente e vencendo, o Botafogo deve ir às semifinais da Taça Guanabara. Depois disso, sem ter começado como favorito, pode arrematar o caneco do Carioca deste ano.

Fábio Malta – Pelos jogos e trechos deles que andei vendo, pelo menos três times me pareceram fortes o bastante para ir até o fim. Fora o Brasil, que só vai dizer se está no páreo se melhorar (bastante).
Gostei já no início da Alemanha, que naquele estilo que não muda, é bem arrumado. Sempre que um alemão dominava a bola, podia escolher entre um ou dois para tocar rápido. Nada de genial, nenhuma jogada surpreendente. Mas é assim que eles vão colecionando finais de copa.
Vi o jogo da Inglaterra hoje, e julgo o elenco bem equilibrado e deistribuído em campo. A exceção é o Crouch, o centro-avante grandão. Pode até ser reserva, mas só jogar de cabeça é uma qualidade muito limitada para o time jogarem função dele. É só ver o gol que ele perdeu após um dos passes perfeitos do Beckham.
Bem, e a Itália, que assim como o Brasil, sem dar show é um time muito forte.
A Argentina levou pressão da Costa do Marfim por um único motivo: os africanos têm um bom time de futebol. Mas quando se impôs, deve ser a tal tradição, a Argentina mostrou qualidade. O Sorín continua jogando muito.
Vamos aguardando mais rodadas para equilibrar as análises.
E me convidem para assistir ao jogo no domingo, não estarei de plantão.