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Aos Vascaínos

June 30th, 2008 por | Categorias: Futebol.

Aos Vascaínos,

Talvez tenha sido pouco. Na verdade, ao cruzar, como Presidente do Vasco, o portão de São Januário pela última vez, é esta a sensação. O que fiz foi pouco. Muito pouco. Considero assim porque nestes mais de 40 anos de serviços prestados ao clube, fiz de cada dia uma obsessão. Obsessão em tornar o Vasco maior, respeitado, intocável. Isso me guiou. Isso me motivou a acordar todos os dias. Quase sem perceber, por esta obsessão entreguei a minha vida. Agora, quando os dias derradeiros dessa trajetória vão passando com rapidez, noto que vivi em função desta paixão sem nenhum pudor em me doar. Sem limites. E o mais incrível: não consigo identificar um foco, sequer, de arrependimento. Faria tudo de novo, mesmo conhecendo os efeitos desta entrega. Mesmo sabendo que esta entrega me custaria, novamente, a destruição de minha imagem pública. O Vasco vale à pena, em qualquer circunstância.

Devo esclarecer que o processo que está determinando a minha saída começou há muito tempo. Talvez no primeiro dia do meu primeiro mandato como Presidente. Por esta instituição, em defesa deste clube, fiz inimigos muito antes de me tornar Presidente. Convivi, de janeiro de 2001 a junho de 2008, com todo tipo de ações orquestradas na intenção de inviabilizar o Vasco e minha administração. Valeram-se delas uma parcela da mídia e os inimigos internos, artífices de um cerco que atingiu o coração desta casa com 110 anos de existência.

Os últimos capítulos deste cerco todos devem ter acompanhado. Pressionados, cometemos o erro ansiosamente aguardado pelos inimigos, ao não recolher custas de 30 reais em um processo relativo às eleições de 2006. Foi decretada a revelia, nossa defesa foi desconsiderada e, dali por diante, o que se viu foi uma verdadeira avalanche, desencadeada do topo da montanha do poder deste estado. Resta-me a mágoa de ter constatado que, embora o alvo fosse eu, o Vasco foi pisoteado, massacrado, desrespeitado. Seu Estatuto rasgado. Feriram o meu sentimento vascaíno, não por este desrespeito ter decretado o meu afastamento, mas ao ignorar a História centenária do nosso clube.

Não é feitio meu fazer-me de vítima. Há os que sobrevivem disso, elegem-se para cargos políticos sob a estratégia da vitimização. É evidente que não é o meu caso. Tenho plena consciência dos inimigos que fiz, muitos na mídia. Alguns, de fato, merecedores da minha inimizade. Outros, nem tanto. Batalhas que venci e batalhas que perdi. Sempre em nome do Vasco. Sempre em defesa do Vasco. Reconheço, contudo, que há dois lados na moeda: assim como os enfrentei, esperaria naturalmente os contra-ataques, desde que eles fossem feitos de forma honesta. Acontece que a desonestidade e a mentira passaram a estar presentes em todas as matérias a meu respeito. Insurgir-me contra isso passou a ser mais um dever.

Ontem mesmo, em um editorial que supera todos os limites do bom-senso e que toca o ridículo, a editoria de esportes do jornal O Globo, numa demonstração medíocre de revanchismo, expôs toda a satisfação pela consumação do golpe que me afastará do Vasco. As inverdades e a desonestidade pautaram o texto, como de costume.

Foram capazes de ressuscitar, por exemplo, acusações da CPI do Futebol, sepultadas, recentemente, pelo Superior Tribunal de Justiça. Foram capazes de afirmar que no episódio lamentável ocorrido em São Januário na final da Copa João Havelange, mandei feridos se retirarem do gramado para que o jogo recomeçasse, quando o áudio da gravação original comprova que eu disse exatamente o oposto: o jogo só recomeçaria após o atendimento de todos os feridos. Também foram capazes de levantar alguns fatos isolados que eles colocam como insucessos esportivos.

A isso, respondo com currículo: desde que assumi o comando do futebol do Vasco, ajudei a conquistar 3 dos nossos 4 títulos brasileiros; 7 títulos estaduais; uma Taça Libertadores da América; 1 Copa Mercosul; 1 Rio-São Paulo. Foram diversas Taças Guanabara e Taças Rio. E mais: fazendo justiça ao nosso passado, busquei, junto à Conmebol, o reconhecimento oficial da entidade ao nosso título Sul-americano de 1948, tido pelos historiadores como a “primeira Libertadores”. Isso sem contar a minha participação na formação de equipes campeoníssimas nos esportes amadores. Posso citar o futsal, o remo, esporte de nossas origens, e o basquete, no qual nos sagramos bicampeões brasileiros, bicampeões da Liga Sul-americana e vice-campeões mundiais, perdendo apenas para o time campeão da NBA, o Santo Antônio Spurs. Assim, a editoria de esportes de O Globo até pode suprimir de seus editoriais os meus notáveis feitos à frente do Vasco. Mas jamais os suprimirá da história. Jamais manchará a minha trajetória.

Ainda no trilho das realizações, orgulho-me do crescimento patrimonial que esta diretoria proporcionou ao Vasco, mesmo sendo alvo de constantes agressões e sabotagens. E confesso a emoção ao me lembrar de que abracei a idéia do projeto do Colégio Vasco da Gama, que já formou diversas turmas de primeiro e segundo graus, verdadeiro projeto de cidadania. Apesar de todas as dificuldades, inerentes a todos os clubes, mas incrementadas no caso do Vasco comandado por um “vilão”, mantive os sonhos. Os meus sonhos e os sonhos de centenas de jovens e crianças pelos quais fui responsável.

Também sonhei os sonhos da nossa torcida. Assim como tenho plena noção de que a acostumei com títulos em profusão, assumo a responsabilidade por, neste período em que ocupei a presidência, só termos conquistado o Estadual de 2003. Longe de ser um jejum desesperador, ao contrário do que vende a mídia. Mas, gostaria muito de ter rompido o cerco que impediu nossas conquistas habituais. Estivemos muito próximos de conseguir. Agradeço a participação dos torcedores. Estejam certos de que nosso clube, caso seja mantido no seu rumo, ainda chegará ao topo, assim como quase chegou em 1998 e 2000.

Um agradecimento especial ao nosso quadro social. Pelo menos por três vezes ele demonstrou maturidade e responsabilidade, dizendo não às pressões externas: nas eleições de 2003, nas eleições de 2006 e ao repelir com veemência a remarcação desta eleição para o último dia 21 de junho.

E, finalmente, a minha sincera gratidão àqueles que não me abandonaram. Dirigentes, colaboradores, funcionários. Amigos próximos ou distantes. Muito obrigado por terem me ajudado a atravessar momentos tão críticos e dolorosos.

Apesar de acreditar que muito mais poderia ter sido feito, deixo a presidência com a consciência daqueles que cumpriram o seu dever. Um bom elenco no futebol, o nono lugar no Brasileiro de 2008, com boas perspectivas de melhora. Diversas promessas surgindo na base. Salários em dia, estrutura intocável, estádio bem cuidado, parcerias encaminhadas, como no caso da Lusoarenas. Nossas dívidas mais críticas equacionadas. O título estadual de remo em nossas mãos. Enfim, um cenário excelente, quando se leva em conta os obstáculos que nos foram impostos.

Por fim, lembro que, pelo Vasco, enfrentei de Senadores da República a traficantes colombianos. Pelo Vasco, abri mão dos prazeres sociais mais simples, principalmente quando a tentativa de desmoralização imposta a mim atingiu o seu nível mais alto. Pelo Vasco, renunciei até à minha saúde. O Vasco sempre esteve acima de tudo. E, sendo assim, despeço-me dizendo que estarei atuante como Grande-Benemérito que sou. Pelo Vasco e para o Vasco a experiência e o conhecimento que acumulei ao longo destes anos estarão sempre disponíveis. Jamais me furtarei a ajudar, se um dia for convocado. Pelo Vasco, as mágoas e cicatrizes são colocadas à margem. O sentimento sempre prevaleceu e assim permanecerá. A minha contribuição a esta instituição sustentou-se assim: no sentimento. Sentimento que não pode parar.

Saudações Vascaínas,
Eurico Miranda

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33 Comentários para “Aos Vascaínos”

  1. Saulo
    1/07/08 - 0:28

    Se o Eurico tivesse esse suposto “amor” ao seu clube do coração… por que o Vasco está mergulhado em divídas calculadas em 250 milhões??? Aonde foi párar o dinheiro injetado do Bank of America??? Por que ficou cinco anos sem patrocinador na camisa??? Por que o dinheiro do novo patrocinador vai direto para o pagamento das dívidas???? São essas perguntas não respondidas do senhor Eurico. Mesmo derrotado nas urnas, mostrou sua arrogância e autoritarismo em não deixar os repórteres perguntarem sobre a eleição. Em relação aos fatos relatados sobre o episódios da CPI, foram todos provados e encaminhados pela justiça. Esses processos correm a passo de tartarugas com intermináveis recursos. Por causa de uma jogada política do então deputado Aécio Neves, Eurico foi salvo da cassação. Mas o povo foi sábio e o puniu nas urnas. Fora de propósito as suas afirmações sobre a edição da Globo na final da Copa João Havelange. Todos viram ao vivo sua insensibilidade diante de dezenas de torcedores pisoteados e gravemente feridas diante da sua irresponsabilidade em continuar aquela partida sob tais condições temerárias. Foi uma das poucas vezes que o então governador Garotinho teve o bom senso em ordenar o delegado da partida encerrar o jogo. E o intempestivo dirigente vascaíno xinga a torto e direito uma autoridade, quando cumpre o seu papel de representante do Estado em zelar pela segurança do cidadão. Suas afirmações sobre “ações orquestradas” são vazias e infundadas. A justiça apenas reconheceu a irregularidade do pleito e mandou marcar uma nova eleição. É triste pensar na justiça intervindo em um processo que deveria ser democrático e transparênte como em todas as agremiações. Diante de anos de desmandos, pode se comparar a vitória de Roberto Dinamite à “Revolução dos Cravos” ocasionada pela queda do regime Salazarista em Portugal. Espero que a nova diretoria encaminhe ao novo conselho a mudança do estatuto em barrar a eternidade das reeleições.

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    Rafael

    Na final da Copa João Havelange, Eurico queria continuar a partida de qualquer jeito pois sabia que uma interrupção daquele tipo provocada pelo Vasco, rederia o título ao São Caetano, como estava no regulamento (provavelmente feito pelo próprio Eurico).

    O Governador do RJ teve talvez seu único ato de bom senso durante o mandato e mandou cancelar a partida, por óbvia falta de condições. Eurico não conformado roubou a Taça e o Vasco se declarou campeão. Como a TV estava lá, essa palhaçada não teve continuidade.

    Com sua “habilidade” nos bastidores Eurico conseguiu marcar uma nova partida para o outro ano, na qual o Vasco conseguiu ganhar de um São Caetano desfigurado e numa partida que não era para existir.

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    Lincoln

    “Foram capazes de afirmar que no episódio lamentável ocorrido em São Januário na final da Copa João Havelange, mandei feridos se retirarem do gramado para que o jogo recomeçasse, quando o áudio da gravação original comprova que eu disse exatamente o oposto: o jogo só recomeçaria após o atendimento de todos os feridos. ”

    será que existe disponivel esse audio original? a disposiçao para conferirmos com certeza nao né!

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    Rafael

    Não perca seu tempo Lincoln. Eu vi, assisti e escutei tudo.

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    Victor

    Existe sim, Lincoln.
    E já foi postado no Blá blá Gol por Serginho.

    Aliás Serginho também postou a reportagem exibida com todo tempo de preparo do Mundo no Globo Esporte.

    É interessante confrontar as duas.

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    Lincoln

    o primeiro video nao tem nada d+ e a globo apóia o eurico. no segundo realmente parece como o Eurico estivesse expulsando os feridos. Considerando que nao existiu má fé na edição do vídeo, Eurico realmente foi desagradável e um grandíssimo fdp. Imagino um meio termo nessa história.. o video é tedencioso e Eurico é um fdp.

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    Rafael

    HUAhUAHUAHUhAUHAUA…

    A culpa é da Globo.

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    Victor

    Lincoln,
    O primeiro vídeo (ao vivo) mostra que a primeira preocupação e prioridade de Eurico foi em socorrer os feridos. Nada mais interessava. É muito claro isso.

    O segundo vídeo, não sei mas em que momento estava, a reportagem não deixa isso claro.
    Só que a reportagem só mostra o Eurico querendo tirar as pessoas do campo para que o jogo recomece.
    Não informa ali por exemplo, que a situação crítica já poderia ter sido normalizada, com o atendimento emergencial tendo sido feito.
    Que, neste momento, o presidente já pensasse no jogo, que por ele, resolvido o problema de atendimento aos feridos, tinha condições de jogo.

    Não há meio termo na história. É um erro julgar este episódio com base no caráter e passado safado do cara.
    Neste caso, Eurico agiu muito bem.
    Não poupou esforços para o atendimento prioritário aos feridos, e depois de contornada esta situação, tratou de trabalhar para a realizaação do jogo.

    ****

    Em tempo, não é para o primeiro vídeo ter alguma coisa demais. É apenas o que aconteceu.

    Mas a expressão comum é “vê aquilo que quer ver”. Aqui no Blá blá Gol o pessoal vem utilizando a sutil variação “não vê aquilo que não quer ver”.

    ****

    Se este episódio não faz de Eurico uma pessoa melhor, também não faz ele pior.

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    Rafael

    Óhhhh.. o Eurico atendeu os feridos no campo…

    Porra! Não fez mais que a obrigação.

    Esse episódio não diz nada do Eurico. Só que ele queria continuar um jogo sem a única divisão entre o campo e a arquibancada, depois de uma trajédia, simplesmente pq conhecia o regulamento e estava fudido.

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    Victor

    Você viu o vídeo?

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    Rafael

    Já, já vi o roubo da Taça sim.

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    Serginho Valente

    Mais uma opinião com o padrão Rafael de qualidade, brilhante.

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    Rafael

    Dessa vez não é opinião Serginho.

    Vc é realmente muuuuuuuuito cego. Mais cego que surdo.

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    Serginho Valente

    “Só que ele queria continuar um jogo sem a única divisão entre o campo e a arquibancada, depois de uma trajédia, simplesmente pq conhecia o regulamento e estava fudido.”

    É a sua opinião, que mais uma vez está fora da realidade, tanto que o STJD, o árbitro da partida, e o delegado do jogo, não acharam a mesma coisa que você.

    E, além disso, não sabia que você era tão íntimo do Eurico a ponto de saber o que passa pela CABEÇA dele.

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    Lincoln

    os comentarios de rafael sao uma TraJedia

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  2. Victor
    1/07/08 - 0:37

    O que você acha disso aí, Lincoln?
    Concorda? Discorda? Aprova? Reprova? 8? 80? Nem 8 nem 80?

    ****

    Eu acho um lixo.
    Só não tenho como criticar mais porque não consegui ler essa maçaroca. Aliás aposto que ninguém vai conseguir ler essa merda na íntegra.

    ****

    Essa carta cairia muito bem naquele blog de humor sobre o Vasco. Aliás, está lá.

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    Lincoln

    eu discordo. eu fiquei queto pq queria provocar o saulo e os que me chamam de euriquista!
    uuhaeuhaeuhauhe

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    Robinson

    Putz…

    Quando passei um pouco da metade, desci direto para os comentários!!!!!

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  3. Lincoln
    1/07/08 - 7:13

    pelo jeito liminar amaral vai sair tb.. paulo autuori mandou contratar ele por 2milhoes.
    primeiro iate pro dinamite chegando!

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  4. Dudu
    1/07/08 - 9:28

    Eurico é GDA! Olhem a última frase! Hahaha

    Brincadeiras à parte, eu imprimi isso aí pra ler no trem. E li. Claro que é parcial pra kct, mas há de se dizer que ele realmente viver pelo clube. Ele realmente teve participação importante na história do Vasco. Mas caiu no erro de achar que é insubstituível. E ninguém o é. Sua hora passou – há muito tempo – e só ele não percebeu. Aí, meu amigo… por mais que ele estivesse certo em algumas ocasiões, saia igualmente queimado.

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  5. Marcelão
    1/07/08 - 11:11

    eu perdi meu tempo pra ler tudo… que peninha do Eurico né. Queria que ele ficasse mais 10 anos no comando, assim Fla x Flu poderiam de fato brigar por quem teria mais titulos estaduais sem ser atrapalhado pelos coadjuvantes.

    Mas uma coisa é certa, o Vasco vai ter que ralar muito pra se reerguer, como o Flu fez em 99. O passivo que o Eurico deixou pode ser irrecuperavel

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  6. Rodrigo Ramos
    1/07/08 - 14:06

    Tb lí a babos… carta toda… quase chorei, snif… Tb queria que ele ficasse, os outros times do Rio agradeceriam…
    Só espero que por outro político na direção do vasco não seja trocar 6 por meia dúzia.
    O Eurico realmente era devotado ao vasco… Pelo vasco ele cometeu as maiores atrocidades do futebol!

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  7. Serginho Valente
    1/07/08 - 15:13

    Rei posto, rei morto.

    Roberto Dinamite tem, além de melhorar a situação atual do clube, que apresentar um projeto a médio prazo.

    Espero também, que paralelamente a isso, seja realizada uma auditoria nas contas do clube. Depois de todas as acusações feitas pela oposição, é obrigatório que esta investigue e recupere o que por ventura tenha sido roubado do Vasco.

    Deixar como está, é um péssimo começo.

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  8. Serginho Valente
    1/07/08 - 20:06

    Eurico renunciou ao cargo no Clube dos 13.

    http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Vasco/0,,MUL632322-9877,00.html

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    Saulo

    Fez um bem ao futebol sair de cena. Agora é melhor tratar da sua doença e entrar no ostracismo.

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  9. Victor
    1/07/08 - 21:25

    Aos vascaínos (dessa vez o conselho é meu):

    Lembrem-se que Roberto é um gigante no Vasco.
    Como presidente, o tempo dirá o que será.
    Mas pelo menos enquanto está na expectativa, não reduzam-no apenas a um contraponto ao Eurico.
    Roberto é muito mais que isso.

    Meu conselho é que esqueçam (força de expressão, coisas como auditoria, consertar as merdas, etc tem de ser feitas) a administração anterior.

    Roberto não tem de ser o oposto do Eurico. Roberto tem de ser um grande ídolo do Vasco na presidência. Para muitos vascaínos (acho que para a maioria viva), o maior da história do clube.

    Eurico não é 1/10 do que é Roberto.

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    Serginho Valente

    Eu acho que uma coisa não exclui outra.

    É justamente a falta de punição que incentiva dirigentes a meterem “a mão” no clube. Muda a diretoria, e se “esquece” a administração passada.

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    Lincoln

    Outro dia eu vi uma entrevista com o Zico e com o Roberto e nesse vídeo o Zico exclui qualquer possibilidade de treinar o Flamengo (nao lembro sobre ser presidente) porque confundir o que ele foi como Jogador e como seria como Treinador/Presidente, poderia ser constrangedor.

    Eu coloco a mesma idéia pro Roberto. É difícil, mas o ideal seria excluir a imagem do Roberto como ídolo vascaíno do Roberto atual presidente. Não podemos manchar a imagem dele, caso algo aconteça de errado.

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    Serginho Valente

    Eu já acho que o Roberto foi corajoso, e assumiu o risco. Poderia viver apenas das glórias do passado, mas chamou a responsabilidade pra si.

    Agora, se fizer besteira, sua imagem será manchada sim, e não teria porque ser diferente. O respeito que todos sentem pelo Roberto se manterá de acordo com a sua conduta.

    Essa é uma escolha de todos que se mantém na vida pública e assumem responsabilidades. Estão sempre sob avaliação.

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    Victor

    Roberto só é presidente do Vasco porque é um ídolo.
    Impossível utilizar o pragmatismo de querer vê-lo apenas como um “dirigente” e dissociar de sua imagem de ídolo.

    Ninguém faz isso com Branco, Beckenbauer ou Platini.

    Pelo visto, nesses casos, ter sido um ídolo só ajudou.

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