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Aliciamento Tricolor?

March 28th, 2008 por | Categorias: Futebol.

Não é novidade que as discussões sobre tamanho da torcida tornam-se cada vez mais freqüentes. E acredito que esse é um tema normal de ocorrer em bate-papos sobre futebol.

A matéria do Esporte Espetacular de 2 domingos atrás veio bem a calhar pois eu queria escrever sobre isso desde o ano passado quando tive uma reunião com o pessoal lá de Sampa. Meus contatos do trabalho são quase todos de São Paulo. Escuto todos os dias muitos “meu” e frases iniciadas por “Então…”.

Como não poderia ser diferente, no final o papo acaba indo para o futebol. Eram 2 paulistas, 1 corinthiano e outro são-paulino (aliás, já conheci uns 50 caras de SP e nenhum palmeirense. Pelo menos nesse mercado que trabalho a disputa está completamente bi polarizada entre esses dois, com pequena vantagem para os curintia).

O papo transcorria bem, quando o são-paulino soltou a famosa: “daqui a alguns anos a torcida do São Paulo será maior que a do Corinthians”. O “mano” corinthiano contou então sobre a excursão que seu filho fez para conhecer o Morumbi. Sabe aquelas excursões que fazemos na 4ª série para conhecer o Maracanã? Conhecer os vestiários, o museu com a bola do gol 1000 do Pelé, entrar nas sociais, ir de elevador… Parece que em SP existe esse tipo de excursão para conhecer o Morumbi.

Só que essa “excursão” não é tão inocente assim, segundo o corinthiano. Quando seu filho retornou do “passeio”, ele contou que o moleque chegou cheio de brindes e bandeirinhas com as cores e o escudo tricolor. Ficou mais pasmo ainda quando seu filho indagou por que ele teria que ser Corinthians se é o São Paulo que “ganha tudo”. As histórias não param por aí, quando as crianças entram no ônibus já vão pelo caminho escutando o hino “Óh Tricolor ÔôÔô”, e o único tema que escutam na excursão é toda a super infra-estrutura do Clube com seu estádio, Centro de Treinamento, aparelhos de última geração e outros.

Parece que, ao contrário da excursão ao Maracanã, as crianças paulistas não têm uma tarde para conhecer mais sobre o futebol e o incentivo à prática do esporte. Os amigos colaboradores paulistas (os leitores que nos ajudam através dos comentários eu já considero como colaboradores) podem falar mais sobre o assunto se souberem de alguma coisa a mais, ou se é exagero do corinthiano.

Na matéria da Globo apareceu um diretor do Data Folha mostrando que desde o início da década de 90 (quando o São Paulo começou sua série incontestável de títulos) a proporção de torcida não mudou muito entre os principais times do Brasil. Penso que se quantidade de títulos e vitórias, ou um time cheio de craques ganhasse torcedores, teríamos hoje santistas e botafoguenses em maioria.

O são-paulino que também estava na reunião? Não desmentiu nada (parece que seu filho também foi), e achou completamente normal a atitude da diretoria do São Paulo de enaltecer os feitos e conquistas do Clube.

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22 Comentários para “Aliciamento Tricolor?”

  1. Glauco
    28/03/08 - 19:41

    Rafael, de fato existe uma iniciativa de marketing sãopaulino, que reverbera de forma acrítica na imprensa paulista, de que o Tricolor tem planos pra ser a maior torcida do Brasil daqui a dez anos. Questiono: e daí? Tenho planos de ganhar dez milhões de dólares, se alguém der crédito pra isso sem eu argumentar muito bem deve ser insano. Mas a mídia é sãopaulina, então…

    Uma das ações de marketing é o tal “batismo tricolor”, cantado em verso e prosa e que teve até agora, segundo so site do time, 12 batismos. Muito pouco pra quem quer ter a maior torcida do país. A novidade anunciada no fim do ano passado, dada a baixa procura pelo tal evento, foi a “conversão de torcedores”. O cidadão pode participar do batismo tricolor se declarar, de forma sigilosa, que torcia pra outro clube. Desta forma, ele não paga os 120 reais do batismo. Óbvio que qualquer tricolor que não quiser pagar a tal taxa – salgada – vai dizer que torcia pra outro. Enfim, farsa depois de farsa. Mas o marketing, convenhamos, é bem feito pra enganar a dócil mídia.

    Sobre tamanho de torcidas, fiz um post a respeito, pegando o tal mito de crescimento da torcida sãopaulina – que não se sustenta em nenhuma pesquisa – e analisando várias séries de amostragens. Curioso é que o marketing sãopaulino diz que títulos atraem torcedores (o que é uma verdade em parte, a família é fator preponderante, como todos nós já sabemos), mas porque o Tricolor já não apresentou um crescimetno substancial com os moleques que cresceram no início dos anos 1990, um período onde o clube venceu muito mais do que agora? Se hoje a tal torcida infantil é de maioria sãopaulina, como explicam os marqueteiros, porque aquela, que tinha ídolos como Zetti, Miller, Raí etc não era?

    Enfim, dá pano pra manga, mas Flamengo e Corinthians não serão ultrapassados de forma tão fácil…

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  2. Serginho Valente
    28/03/08 - 20:07

    Seria muito estranho se numa excursão ao estádio do São Paulo, fizessem propaganda de outro time. E seria muita idiotice do São Paulo, não aproveitar tal ocasião pra tentar captar novos consumidores.

    As torcidas de Flamengo e Corinthians serão sempre, nessa ordem, as maiores do Brasil. A única possibilidade de mudança é uma catástrofe, em que um dos dois fique 30 anos com times absolutamente desprezíveis. O que é pouco provável.

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  3. Serginho Valente
    28/03/08 - 20:13

    Existe uma outra possibilidade, que é mais demorada.
    Com a melhora da economia, as populações mais carentes tendo mais acesso a informação de qualidade, a educação e a métodos contraceptivos…

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  4. Vitor
    29/03/08 - 13:08

    Peraí: um corinthiano vai conhecer o estádio do são paulo e quer o que? Que toque o hino do Íbis???

    Se existe uma visita guiada ao Morumbi, nada mais lógico que no ônibus toque o hino do São Paulo, que distribuam brindes do São Paulo, que se visite o museu com as conquistas do São Paulo… Situação completamente diferente do Maracanã, que “pertence” a todos os times cariocas…

    E outra: você Bender, mandaria seu filho a uma visita guiada a São Januário? E se mandasse, o que acha que seu filho veria e ouviria? Conquistas do Vasco, hino do Vasco, cores do Vasco, etc… Por isso não entendi a crítica…

    E pra terminar, isso não é aliciamento coisa nenhuma!!! O filho do cara é quem voluntariamente foi ao Morumbi!!!

    A estratégia de marketing do São Paulo é interessante, com postos móveis de venda de material relacionado ao clube quando este joga no interior por exemplo (e não se obriga ninguém a comprar, vai até o trailer quem quiser)

    Mas esse lance de “batismo tricolor” pra mim é uma baita viadagem… Depois não querem ser conhecidos como bambis…

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  5. Robinson
    30/03/08 - 13:04

    Besteira, besteira, besteira.

    Os grandes times na Europa (todos eles) têm esse tipo de atividade, que é uma mistura de preservação do próprio patrimônio, história e marketing. Entrar no museu do Santiago Bernabéu por exemplo, é realmente emocionante para qualquer pessoa que gosta de futebol. É possível conhecer todos os detalhes da estrutura do estádio, toda a trajetória do clube, jogadores notáveis, troféus, camisas autografadas, naturalmente todos do próprio clube. Isso é óbvio, necessário, bacana, interessante.

    No final, como eles também têm que pagar as contas, megalojas de produtos licenciados, com a marca do clube. Três andares. Com qualquer coisa que se possa imaginar, de agasalhos de viagem a pijamas, chaveiros, miniaturas, brinquedos, mesas de totó… Todas as camisas personalizadas de cada jogador. Você pode inclusive comprar uma camisa – do clube – e imprimir o número e o nome que você quiser. Na hora. E vendem muito.

    Isso é clube, estrutura, fazer dinheiro com a sua marca. se o São Paulo teve essa visão, ótimo. Por isso o São Paulo é o que é e tomara que outros clubes aprendam com o exemplo.

    Se todo mundo aceita propaganda de Coca-Cola, por que não de um time de futebol? Mas ninguém faz lavagem cerebral em ninguém. Ninguém vai lá amarrado. Você compra se quiser, e torce pro time se ele te emociona.

    O inocente Maracanã é um espaço público, que não deve fazer propaganda de ninguém a não ser do próprio futebol brasileiro. Mas no particular…

    Esse negócio de querer “ter a maior torcida que o Corinthians” é um marketing. Meio besta. E coisa de viado. Ou de quem tem outras coisas menores. A grandeza de um clube não é necessariamente o tamanho da sua torcida, mesmo que esta seja o seu maior patrimônio. Podem se 20, 100, 500 mis ou 40 milhões, o que mantém um clube vivo é o amor que se tem por eles. (Sem contar a parte financeira, também).

    Se os corintianos estão se sentindo ameaçados, que abram um museu e façam um tour maneiríssimo no SEU estádio. Quando eu passasse por lá, iria conhecer os dois, e continuaria torcendo pelo meu time.

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  6. Marcelão
    31/03/08 - 9:47

    O nome disso é marketing e a diretoria do São Paulo esta fazendo o papel que lhe cabe, incentivando as crianças a torcer para o São Paulo, com isso garanto que hoje o São Paulo deve ser a terceira marca mais vendida do Brasil, perdendo pra Flamengo e Corinthians, no entanto, se levarmos o poder aquisitivo dessas 3 torcidas, acredito que em numero de produtos licenciados, ou seja, oficiais do clube, o tricolor paulista pode levar a melhor nesse confronto.

    Um breve comparativo com o Tricolor Carioca: no outro dia fui na loja das Laranjeiras, a Fluboutique, com a intenção de comprar de presente pro filho de uma amiga, que é Tricolor, uma camisa do Flu. Nao precisava nem ser a oficial, somente uma camisa do time, adivinha a resposta? “Não tem, nao temos camisa infantil desde novembro” (fui la na semana passada). Perguntei se em outras lojas eu poderia encontrar, o cara me falou que seria muito dificil, já que a adidas não estava fabricando este tipo de material. Concluindo, ou eu comprava uma camisa piratão com os camelos do maracanã, ou entao o mulequinho ia ficar torcendo sem poder vestir a camisa do seu idolo (e olha que esse ano o Flu tinha tudo pra conseguir isso, inclusive colocando numeracao fixa) até que na escola, de tanto ver seus amigos com camisas de outros clubes, ele mudar de time.

    Isso é o marketing!

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  7. Rafael
    31/03/08 - 11:31

    Pois é Glauco, acho que a minha probabilidade de ficar rico daqui a 10 anos é mais alta que a do São Paulo ter a maior torcida do Brasil pois, no meu caso, existe a Mega-sena.

    Muito bom o seu post lá no futepoca sobre o folclore do incrível crescimento da torcida tricolor.

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  8. Marcos André Lessa
    31/03/08 - 11:34

    Caro Rafael, descobri teu blog na comunidade “Blogs de Futebol”, e gostei. Parabéns pela tentativa sensata. Já linkei no meu blog, ao qual já estás convidado a visitar. Abs, Lessa

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  9. Rafael
    31/03/08 - 11:42

    Serginho de novo foi muito infeliz no seu comentário se referindo à melhora na economia. Tenta ser engraçado, mas mostra sempre que é desinformado e não se preocupa em olhar números antes de falar sobre eles.

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  10. Rafael
    31/03/08 - 12:44

    Vitor,

    Vc não entendeu a crítica, pq não há crítica. Apenas há um relato que escutei e achei interessante escrever sobre.

    Pelo que me pareceu do papo, o propósito não era uma “visita guiada” para enaltecer os feitos são-paulinos, mas sim, uma excursão para conhecer o Morumbi.

    Quando criança, fui à diversas excursões pela escola, e nunca o ônibus era de propriedade do local ao qual estava indo visitar, sendo ele público ou privado.

    Eu não tenho filho ainda, mas acho que não o privaria de uma excursão com os colegas (já com o pressuposto de eu ter condições financeiras para tal). O time que ele vai torcer, ele escolhe com certeza por volta dos 9 ou 10 anos. Antes disso é difícil, talvez por isso as pesquisas não contemplam as crianças.

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  11. Gaburah
    31/03/08 - 13:08

    Se é pra falar, deixa eu falar também.
    Muito embora reconheça o esforço da FogãoShop em ser uma loja completa, falta muito ainda pra que ela chegue lá.
    Quando fui procurar camisa, nada da alvinegra. A preta só alguns números e olhe lá. Tudo bem que estou reclamando de barriga cheia, porque queria uma preta número 5 e consegui. Mas procurei a alvinegra e não tinha.
    Posso reclamar porque hoje em dia usufruo do status de turista, tendo inclusive declinado da possibilidade de comprar a camisa por aqui pra comprar na loja oficial.
    Mais recentemente, de uns dois meses pra cá, venho infrutiferamente tentando comprar a camisa do Castillo (que hoje é sem dúvida uma das mais procuradas), e para a minha surpresa ao ligar para a FogãoShop, a atendente informou que a Kappa sequer está fabricando ainda.
    É bom que os clubes tratem deste assunto com seriedade se realmente desejam obter lucros com o material licenciado, o que realmente pode acontecer visto que ao meu ver os torcedores passam por um processo de conscientização sem precedentes, procurando ajudar seus clubes seja com programas sócio-torcedor ou comprando apenas produtos licenciados.
    O que não pode é a oferta não atender à procura, senão todo esse trabalho vai ter sido em vão.

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  12. Rafael
    31/03/08 - 13:08

    Robinson,

    Concordo. Os clubes europeus fazem isso muito bem. E devem fazer mesmo.

    ****

    Marcelão e Gaburah,

    Não só o Fluminense, Botafogo, mas acho que todos os clubes cariocas são deficientes no Marketing. O poder é muito pouco aproveitado. Particularmente já escrevi isso sobre o Flamengo.

    ****

    Em tempo, eu acho que o Clube tem que explorar mesmo o que tem. Ninguém é obrigado a nada. E quanto mais vender melhor.

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  13. Victor
    31/03/08 - 14:33

    Este artigo e os comentários estão muito bons. Finalmente está dando gosto de ler alguma coisa por aqui no Blá blá Gol.

    ****

    O Bender já tinha conversado comigo há muito tempo atrás sobre esse caso, e foi protelando a escrita do artigo por sempre ser atropelado pela pauta.

    Lendo o artigo, vi que faltou explicitar um pouco mais, que a questão é que a excursão é uma daquelas do colégio, que vai tudo quanto é criança da escola, e acaba que os pais deixam os filhos irem. O caso aí, é que por ser o grande estádio de São Paulo, e os demais times jogarem lá há identificação e justificativa para que os pais permitam que seus filhos palmeirenses, santistas ou corinthianos visitem o estádio.

    Pelo que o Bender me contou, é que há na excursão, uma total exaltação ao São Paulo, em restrição à história do estádio e do futebol paulista, que inclui muitas conquistas dos rivais do dono da casa.
    A questão que ele coloca, é que não é um passeio como quem vai à Espanha faz, que entra por vontade própria vai visitar o Bernabeu, e lá vai respirar Real Madrid.
    O Bender coloca que a questão do passeio, é vendida nas escolas como um passeio pelo Morumbi, para a criança se envolver mais com o futebol.

    No relato de Bender, consta que lá acontece uma pregação onde incentivam que o São Paulo é tudo e o resto é um lixo.
    Pelo estádio, pela história e pela própria situação atual do Tricolor, uma simples visita ao seu estádio, sem desrespeito aos rivais, já seriam suficientes para adquirir o respeito das crianças, porque na mais amena das hipóteses, as crianças no mínimo ficariam boladas do São Paulo ser o dono de um estádio foda.

    O que talvez estejamos justificando por ação de marketing, seja uma fanfarronice mesmo. Um aliciamento como Bender classificou.
    Fata de fidalguia.
    Assemelha-se ao caso citado por Paulo Affonso de ir em uma festa de criança, onde além de se ter tudo do Flamengo, tocar músicas do Flamengo, terem também bandeiras do Fluminense e Vasco servindo de pano de chão nos banheiros. Se é demerecendo os rivais o marketing são-paulino, acho que não é uma iniciativa louvável não.

    Pelo que Bender me contou, os corinthianos reclamavam disso, e o são-paulino na conversa só ria sem se preocupar em desmentir os gambás, mei oque confirmando os relatos.

    O Robinson e Pablo, podem esclarecer um pouco mais sobre a visita ao Bernabeu. Fica claro que respira-se Real Madrid. Mas, o Barcelona e o Atlético de Madris são diminuido por lá? (esta pergunta não é retórica. Eu desejo de fato saber a resposta)
    Pelo que sei, o marketing dos grandes clubes da Europa é de fato agressivo, mas eles estão se espalhando pelo Mundo, investindo na Ásia e até por aqui (alguém se lembra que a Taça da UCL veio “passear” por aqui)

    Os relatos de Marcelão e Gaburah são escabrosos, o problema aí não é nem a falta de marketing. É falta de tudo. É de um amadorismo primário o time não ter camisa para vender na loja matriz com tudo quanto é número.

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  14. Gaburah
    31/03/08 - 14:47

    Eu parto do princípio que se tem um lugar que tem a OBRIGAÇÃO de ter todas as camisas, com todos os números, com todas as possibilidades, esse lugar é a loja oficial.
    Senão neguinho corre pro camelô mesmo.

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  15. Rafael
    31/03/08 - 18:42

    Victor pegou exatamente o sentimento do post. Foi perfeito nas colocações. Não sei, mas talvez até mesmo por já termos conversado sobre o assunto no bar com cerveja.

    Devido à minha correria, atropelamento pela pauta e falta de tempo, faltou explicitar um pouco mais mesmo. Mas Victor já o fez muito bem.

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  16. Rafael
    31/03/08 - 18:52

    Eu acho que ter que ter camisas com TODOS os números é exagero. Por ex.: para quê o Flamengo teria a camisa do Angelim? As principais com certeza devem estar a disposição, mas o foda mesmo, e inacreditável, é não ter nenhuma camisa (oficial ou genérica) em nenhuma loja oficial nem em genéricas.

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  17. Robinson
    1/04/08 - 17:30

    Em hipótese alguma os seus adversários podem ser desmerecidos.

    Quem faz isso, simplesmente assina um atestado de que suas conquistas não valem tanto assim, já que os rivais não têm qualquer mérito…

    No Bernabéu passam em telões grandes jogos, finais de Champions League vencidas pelo Madrid, e também vitórias dramáticas em clássicos contra o Barcelona. Há de se ressaltar que a rivalidade ultrapassa o futebol, uma vez que a Comunidade da Catalunha (cuja capital é Barcelona) tem grandes divergências políticas com a capital Madrid. Mas em nenhum momento há um desmerecimento, no Camp Nou ou no Bernabéu, em relação ao adversário histórico.

    Que valor teria o Batman se o Curinga fosse um Zé Roela??

    ******************

    Ainda não vi nada alarmante no caso de levar as crianças no Morumbi. Provavelmente o cara que propôs a excursão deve ser são-paulino, né… Mas eu acho que na verdade, esse fator não vai influenciar tanto a decisão da criança pelo seu time favorito. Eu NUNCA torceria por um time que não fosse o mesmo do meu pai, pois é mais uma ligação, uma herança.

    ******************
    O marketing europeu é sim agressivo, e tem conseqüências ruins também, que poderemos discutir em outro momento. Nos atendo às boas, é esse marketing que justifica tanto investimento dos patrocinadores e fornecedores de material esportivo. Quando um David Beckham chega em um clube, custando uma fábula, ao beijar aquele escudo, já foi detonado o processo, e antes de ele fazer as primeiras embaixadinhas no seu novo estádio, a quantidade de camisas vendidas no mundo já praticamente paga o investimento na transferência. Hoje a situação está diferente, mas quando o Ronaldinho Gaúcho ainda jogava bola (provocação), o presidente do Barça recusava qualquer fortuna pelo brasileiro. Por quê? “Teríamos dinheiro, mas não teríamos Ronaldinho.” Era a resposta. Não apenas pelo futebol, mas pela sua capacidade de lotar os estádios em rentosas pré-temporadas pelo oriente e pela quantidade de produtos licenciados do clube e dos patrocinadores que ele é capaz de vender.

    Saber explorar a própria marca é fundamental para que nossos clubes possam fazer uma tentativa no mínimo digna de segurar nossos jogadores por aqui por pelo menos mais alguns anos. Mas para isso os dirigentes têm que deixar de pensar pequeno, de achar que o dinheiro da Globo é tudo no mundo, e principalmente, roubar menos. Fazer um campeonato forte, com bons jogadores, estádios com infra-estrutura e segurança, para que ver seu time jogar volte a ser um prazer e não aventura, e vender camisas, chaveiros, bonés, agasalhos, roupas de cama, brinquedos, relógios, bicicletas, DVDs, mesas e times de botão, roupas e acessórios para cachorros, aventais, barracas de praia… tudo “no lojinha”. É possível. Mas tem que querer fazer.

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  18. Rafael
    2/04/08 - 14:31

    É… Prof. Robinson não entendeu muito bem não…

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  19. Gaburah
    2/04/08 - 14:50

    Eu NUNCA torceria por um time que não fosse o mesmo do meu pai, pois é mais uma ligação, uma herança.

    Não concordo não, talentoso baixista.
    Meu pai até que torce o nariz, mas no fundo se orgulha por ver que pelo menos um filho dele evoluiu e não ficou na latência sem-cérebro rubro-negra.
    O que não me impediu de tirar foto com o Zico.
    *****
    Acho que ele entendeu sim, Bender, de onde tiro:

    Quando um David Beckham chega em um clube, custando uma fábula, ao beijar aquele escudo, já foi detonado o processo, e antes de ele fazer as primeiras embaixadinhas no seu novo estádio, a quantidade de camisas vendidas no mundo já praticamente paga o investimento na transferência.

    O nome disso é estruturação, investimento, profissionalismo relacionado ao marketing do clube.
    O clube se prepara para receber tudo o que sabe que vai ter de retorno pelo investimento, e não corre atrás do dinheiro.
    A antecipação faz com que o dinheiro venha “naturalmente”.
    É tipo o Botafogo: “Caralho, o Castillo virou ídolo. Fudeu, tamo perdendo uma grana… ah, se tivesse camisa dele pra vender na loja! Liga pra Kappa aí, Severino…” O certo seria: “Bem, vamos fabricar um lote de camisas com os todos números – pelo menos os titulares – e à medida que a gente sentir a demanda, aumenta ou diminui a fabricação de determinada”.
    Nem adianta dizer que a Kappa não vai fazer isso porque não justifica o custo de fabricação de umas poucas unidades. Na Europa ela fabrica assim mesmo.

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  20. anderson paiva
    2/04/08 - 14:57

    U meu pai eh seminalfbto mais c orgulia du flho t feito mstrdo i tah nu fim du dotorado. ele vai dxar d eranssa a aero uilis meia dois p mim

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  21. Rafael
    2/04/08 - 15:43

    Professor Robinson mandou mal mesmo.

    Meu avô era América, meu pai é tricolor e eu sou “sem cérebro” rubro-negro. (Momento infeliz de Gaburah).

    ****

    Eu queria ver os madrilenhos deixarem seus filhos de 8, 9 anos irem à uma excursão para conhecer Barcelona, a cidade, o time, o Camp Nou… ou vice-versa.

    ****

    Por que botafoguense tem tanto prazer em dizer que fez Faculdade, Mestrado, que é PhD…??? Me parece um natural sentimento de inferioridade… sei lá…

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  22. O porquê não comprei a camisa do Thiago Silva at Blá blá Gol
    3/04/08 - 3:14

    […] eu não desfruto de status de turista como Gaburah. Aliás, sabia que se não comprasse logo após o jogo, voltaria a minha condição normal e […]

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