A traquinagem do moleque Vettel
September 16th, 2008 por Robinson | Categorias: Fórmula-1.
Nem ele acreditou
Se todo mundo pensou que a pole position já estava de bom tamanho para o garoto, ele mesmo provou que queria muito mais. Sebastian Vettel dominou o GP da Itália como se fosse gente grande e pincipalmente, como se tivesse um megacarro nas mãos. Ao mesmo tempo que a seu pacote pode ser considerado razoável – cópia do projeto de Adrian Newey para a matriz Red Bull, adaptado a um motor que é Ferrari – a Scuderia Toro Rosso é extremamente limitada. Basta lembrar que o time é a reencarnação da nossa saudosa Minardi. Nanica por vocação.
Quem sabe, se a pista secasse logo no início, sua sorte poderia ser diferente e os adversários partiriam para cima sem piedade. Mas sob o aguaceiro, ele provou que é um grande talento da Alemanha pós-Schumacher. Teve uma pilotagem brilhante, e entrou para a história novamente – ele já era o piloto mais jovem a pontuar, marca atingida pela BMW ano passado – como vencedor de grande prêmio mais jovem da F1. Palmas e todos os méritos para ele. “Welcome to the world of winning”, como disse Ron Dennis para Heikki Kovalainen na ocasião de sua primeira vitória, na Hungria.
Falalando em Kovalainen, todos os deméritos para ele. E isso está virando implicância mesmo. Porque ele largou em segundo lugar, a bordo de uma McLaren, e conseguiu passar a corrida inteira sem ao menos aparecer no retrovisor do vencedor – aquele, que guia a reencarnação da Minardi. Enquanto todos para trás se digladiavam com o piso molhado e disputavam posições freneticamente, ele correu o tempo todo sem ter sua segunda posição ameaçada. Mesmo assim, não teve inspiração para dar pelo menos uma pressionada no líder. Inoperante, passivo, terrível. No calor do momento, eu vocifero: é o pior piloto em atuação no Fórmula 1.
Na outra McLaren, Lewis Hamilton conseguiu sustentar a liderança do campeonato numa corrida kamikase e sem nenhuma gentileza. Alguns concorrentes o criticaram por algumas manobras de ultrapassagem, e em alguns momentos, me lembrou Ayrton Senna. Passou Kimi Räikkönen como quis, e superou todos os outros até topar com outro carro vermelho à sua frente. O sétimo lugar já era suficiente, e estava de bom tamanho após largar em décimo-quinto e as péssimas condições da prova.
Felipe Massa perdeu uma boa chance de voltar a liderar o mundial. Largou em sexto, chegou em sexto. Mesmo sendo bom de chuva e com Hamilton largando lá atrás, ele sofreu com os problemas já conhecidos de aquecimento dos pneus da Ferrari em baixas temperaturas. Agora tem um ponto de desvantagem para Hamilton e vinte de vantagem para Räikkönen – e essa outra mala finlandesa ainda teima em dizer que não “ajuda” o brasileiro, apesar do posicionamento da equipe. Não precisa ajudar, Bola-de-Neve, é só não atrapalhar. Depois de zerar em três corridas seguidas e ver o parceiro marcar 23 pontos, ele ainda teve a boa notícia de que estará empregado até 2010. Melhor abrir o olho, pois ele é quarto no campeonato e Heidfeld vem aí.
As conseqüências da punição a Lewis Hamilton em Spa-Francorchamps já apareceram. Muitos pilotos tiveram “remorso” em ultrapassagens, e com medo de sofrer da estúpida coerência dos fiscais, devolviam posiçôes. Vamos conferir quanto tempo essa lenga-lenga vai durar.
Nelson Piquet continua mais fora da pista do que dentro dela.
De resto, Robert Kubica fez apenas um pit e completou o pódio. Fernando Alonso chegou em quarto e como Jarno Trulli e Timo Glock não pontuaram, levou a Renault a empatar com a Toyota na disputa dos construtores. Ele está de namoro com a BMW para o ano que vem. Melhor descartar logo a Honda, porque se hoje ele reclama dos gauleses, não acredito que sua vida melhoraria muito no carro japonês.
Próxima parada, Cingapura dia 28. Primeiro GP noturno da F1.
Espero que Hamilton não trema de novo no fim.
Ele está merecendo levar essa bagaça.
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Robinson,
Meio que de cabeça, lembro que a F1 é dominada por 2,3 ou 4 pilotos juntos em uma mesma geração.
E a geração pós-Schumacher possui pilotos que são hoje os dos melhores carros, relativamente novos, além das promessas que surgem.
Naturalmente não há espaços para todos no Olimpo da F1. Alguns serão nomes que os que acompanham F1 saberão, serão reconhecidos como excelentes pilotos, mas não entrarão no Olimpo.
Até então, do meu modo de ver apenas Alonso confirmou presença. Outra vaga parece que será preenchida por Hamilton, uma vez que tem talento, carisma, é novo toda vida para os padrões da F1, tem carro e já vai para a segunda disputa efetiva de título.
O resto ainda é nebuloso. Já não imagino Massa, mesmo que ganhe título(s), lembrado como um piloto épico. Porém, ele pode acabar ocupando o espaço em carro de ponta de um piloto da geração subsequente, como Kubica e Vettel. E ser bom não é o suficiente na F1. Tem de ter carro para disputar título.
Você arrisca dizer outro nome ou mesmo tirar os de Alonso e Hamilton que eu coloquei?
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Como não temos uma hegemonia – como a da era Schumacher, nem uma bipolaridade como foi Prost-Senna – o meu critério para escolher os melhores pilotos é apontar aqueles que, baseados no meu achismo, têm condições de vencer corridas e disputar títulos quando dispõem de um bom carro.
Hoje, além de Alonso e Hamilton, eu colocaria o Massa entre os top-drivers da categoria.
Kimi Räikkönen tenho sérias ressalvas por causa da temporada lastimável que ele vem tendo. Ele está parecendo o Neto (do futebol) em fim de carreira.
Kubica teve um excelente processo de amadurecimento e Vettel vem pelo mesmo caminho, apesar de muito mais precoce. Lembre-se que os dois chegaram à F1 pelas mãos de um certo Mario Theissen, chefe da BMW, que fora das pistas já está despontando como um novo Briatore.
Fora esses, o resto é resto. Os citados são os maiores candidatos a vencedores e campeões que temos.
Mas para virar lenda… não sei. Talvez o Hamilton e só.
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Essa questão que levantei não tem mesmo com ser definitiva. É mais uma pergunta lúdica que qualquer outra coisa.
É como você disse, tem de juntar tudo para se fazer história na F1.
Até mesmo Alonso, se não achar lugar (ou criar um carro) em uma equipe competitiva vai cair no ostracismo.
Para mim, o cara não tem de ser Schumacher e ganhar tudo, mas se ganhar 2 ou 3 e disputar outros tantos já está valendo.
Só que eu torço para que essa turma boa ache logo seu lugar ao Sol.
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O cara ganhou com uma Minardi. Não há como contestar. O bom disso é que hoje temos Hamilton, Kubica, Massa… e agora o Vettel.
Torço para o Alonso ir para a BMW. Será mais um na briga pelo título.
Não sei se o Kovalainen é o pior hoje, mas o cara é fraco. Incrível como não incomodou o Vettel nem um instante. E aquela sua 1ª vitória caiu no colo, depois da fantástica corrida que o Massa fez na Hungria.
Ficou meio escroto mesmo esse medo das punições. O Massa passou o cara com arrojo atacando a zebra, e depois devolveu a posição e teve que passar de novo, não entendi. Outros tb fizeram, mas acho que o Hamilton não se importou muito, até jogar o cara pra fora da pista ele jogou. Mandou bem.
Mérito do Massa ter chegado uma posição a frente do Hamilton e diminuido a diferença para apenas 1 ponto. Como disse no open bar, Hamilton veio igual à um louco e passou todo mundo, menos o Massa. E teve 20 voltas pra isso.
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Não achwi muito louváveis algumas ultrapassagens do Hamilton, como a Toyota que ele jogou para a grama (acho que foi o Glock) e a defesa contra o Webber (eles se tocaram e o canguru passou reto). Mas é sinal dos tempos.
Quando Hamilton encostou no Massa, eu até pensei que ele iria para cima. Mas o brasileiro não daria a moleza que Räikkönen deu. Poderia ser arriscado, e como ele continuaria líder, optou por não atacar.
Kovalainen não é o pior não. Mas o fato de ele estar na McLaren torna o meia-boca que ele é em algo insuportável de ver na pista. Se fosse piloto da Honda, de repente não me incomodaria tanto. Mas a disputa para o título de pior finlandês do ano está bombando.
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Resposta da McLaren às críticas apresentadas no Blablagol em relação ao piloto Heikki Kovalainen.
Whitmarsh defende 2ª posição de Kovalainen
Warm Up
16/09/2008 – 17:06
Martin Whitmarsh ― diretor-executivo da McLaren ― defendeu a performance de Heikki Kovalainen no GP da Itália, que foi disputado no último domingo (14), e descartou que a equipe inglesa tenha ficado insatisfeita com o fato do finlandês não ter conseguido confrontar Sebastian Vettel em Monza. Enquanto o jovem piloto da Toro Rosso venceu a etapa, Kovalainen fechou em segundo, mesma posição de largada.
“Heikki não tem razão alguma para se sentir frustrado”, afirmou o dirigente, nesta terça-feira (16). “A realidade é que ele não fez nada de errado e se mostrou rápido com pista seca e também foi muito bem no molhado. Com a quantidade certa de combustível, ele poderia ter feito a pole-position”, completou.
“Ele lutou contra a falta de visibilidade no começo da corrida, teve dificuldades com os pneus e com o aquecimento dos freios, mas não estamos desapontados com o resultado final da prova”, destacou.
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Ele largou em segundo. Tinha UM ÚNICO carro jogando água na cara dele.
O outro piloto da mesma equipe tinha 14 carros à frente (tudo bem… 13, o Bourdais empacou na largada).
Olha a corrida que um e outro fizeram.
Mas foi dado o direito de resposta.
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HUHAuhAUHAUhuahAU… boa Robinson.
Mas eu fico mesmo é com o duelo do pior finlandês do ano.
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[…] pela Toro Rosso e deu ao time (lembremos que a Toro Rosso é a finada Minardi vestida de azul) a primeira pole e vitória, subiu ao time principal e repetiu o feito. Ainda completou o serviço com o título de […]
[…] primeiras ações no final de semana, marcando a pole e vencendo de forma incontestável. Relembrou aquela tarde de 2008, quando lá mesmo em Monza ele entrou para o hall dos vencedores da F1, mesmo ao volante de uma […]