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A Terra é azul (no tênis também)

May 14th, 2012 por | Categorias: Novak Djokovic, Rafael Nadal, Roger Federer, Tênis, Tomas Berdych.

Azul, a cor da discórdia

O torneio Masters 1000 de Madri foi disputado durante essa semana sob uma enxurrada de críticas dos tenistas à organização. E a frase épica de Yuri Gagarin foi repetida pelos tenistas do circuito profissional da ATP. Pois não é que os cartolas inventaram que o piso de saibro do complexo esportivo La Caja Mágica não teria a sua coloração natural, vermelho-telha, mas sim um exótico tom de azul? E se o problema fosse apenas a cor… Ao contrário da afirmação dos organizadores e dos responsáveis pela produção da terra azul de que o material heterodoxo utilizado é idêntico ao ortodoxo vermelhinho, os competidores se queixaram das várias alterações nas características da nova quadra, mais rápida e bem mais escorregadia do que o saibro normal.

Com um quadro desses, Rafael Nadal e o número 1 Novak Djokovic derraparam pelo caminho. O vencedor só poderia ser aquele que se adaptasse mais rápido às circunstâncias. Falou adaptação, lembrou o craque Roger Federer. Com a sua categoria habitual e a tradicional precisão suíça no seu saque, Federer superou de virada o tcheco Tomas Berdych. Com mais esse troféu na estante, o suíço acumulou pontos suficientes para ocupar a segunda posição no ranking,  deixando Nadal para trás.

Manolo Santana, ex-tenista espanhol e diretor do torneio, não deu a menor bola para as chorumelas dos tenistas depois que Nadal e Djokovic ameaçaram não participar do torneio no futuro. E ainda arrematou dizendo que, no ano que vem, a bolinha poderá ser fluorescente.

A crise está deixando os espanhóis muito esquisitos…

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36 Comentários para “A Terra é azul (no tênis também)”

  1. Victor
    14/05/12 - 1:18

    Não entendi se o processo é rigorosamente o mesmo mas com outra pintura, ou se para esse caso retiram óxido de ferro da argila descolorindo-a e repintando (e aí sim parece-me que o processo é o mesmo de cozimento e etcetera).

    De qualquer forma, não me parece que os pigmentos sejam responsáveis por alterações em propriedades geomecânicas do pavimento. Intuitivamente iria pela escolha de granulometria, espessura da camada de argila, espessura e CBR da base.

    Mas é um assunto bem interessante.

    Eu sei que em pistas de hipismo esse assunto é picaço. Já trabalhei no dimensionamento de uma pista de corridas escolhendo entre jazidas de areia próximas algumas para adotar a granulometria ideal através de misturas.
    É cheio de sacanagem que se tem de conhecer pois determinado tipo de granulometria é mais adequado para a corrida, outra é para os treinamentos. A parada tem de ser bem detalhada porque esses cavalos são bizarramente caros. Cada pista com seu propósito requer um projeto diferente.

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    Robinson

    Sabe que nunca me liguei nesse assunto sobre o hipismo? Deve ser interessante à vera a construção das pistas, dos obstáculos de salto…

    No tênis, eu posso dizer que assisti a algumas partidas e a coisa estava meio diferente mesmo. Os tenistas sempre escorregavam quando vinha uma bola no contrapé. A bolinha também não parecia quicar como no saibro normal, onde a bola dá uma freada quando bate na superfície. As meias dos jogadores ficavam borradas de azul (exceto o Federer, que é tão elegante que as meias dele nunca se sujam…).

    Pareceu estranho. Mas certamente, ficou bonito.

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    Andre L

    Robinson,

    Como estava falando com o Victor, tudo que Madrid nunca foi é “saibro normal”. O quique e a velocidade da bola sempre foram diferentes. Basta ver que é o único dos torneios de saibro que não é dominado pelo Nadal, coisa que o irrita profundamente, até por ser na Espanha.

    A quadra estava mesmo mais escorregadia esse ano. Mas nada de exagerado. Saibro é assim. Como diz a Sharapova, às vezes parece um show de “cows on ice”. Usar a escorregada a seu favor é uma arte, paralela a usar uma zebra pra atacar uma curva. Em ambos os casos, quem exagera perde o controle.

    E não vi ninguém reclamar daquele lodo maldito de Monte Carlo, que estava tão barrento, tão pesado, que era impossível escorregar. Tivemos inclusive duas contusões sérias de jogadores que tentaram escorregar (é saibro, ora!) e prenderam o pé, tendo que abandonar o torneio. Mas como eles se chamavam Benneteau e Monaco, ao invés de Djokovic e Nadal…

    (É, o tanto que eu adoro Monte Carlo na F1, odeio no tênis.)

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    Robinson

    Putz… o Benneteau vive se estabacando na quadra!!!

    Então você acha que pode ser um papo tipo jabulani dos caras (absolutamente tudo era culpa da pobre da bola…)?? Será que os caras usaram a quadra como justificativa para as derrotas??

    Ou será que a implicância deles foi só com a cor mesmo??

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    Victor

    Pelo que entendi, a implicância com a quadra pode ser até justificável. Com a cor, jamais (isso não quer dizer, claro, que eles não estejam implicando com a cor, um factóide).

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    Andre L

    Exato, Victor. E ótima a comparação com a jabulani.

    A quadra estava diferente, mais leve, mais escorregadia. Isso é fato. Somando à velocidade natural de Madrid, o saibro ficou voando. E, aí entra a jabulani, todo mundo chiou quando começou a jogar lá. Mas o que você faz com a jabulani? Pega mais leve no chute, dá um efeito diferente, vai aprendendo a mexer com ela. Aqui foi a mesma coisa.

    A cor foi o efeito visível. Djokovic e Nadal já reclamavam disso antes do torenio começar, achando que os jogadores deveriam ser consultados para qualquer mudança, e estão no meio de uma briga pelo aumento das premiações para os jogadores. Quando o torneio começou, e viram que a quadra estava mesmo diferente, aumentaram o tom. E agora estão na queda de braço, ameaçando não jogar lá em 2013.

    Eu não tenho como cravar se o azul teve ou não a ver com a quadra estar mais leve. Mas meu palpite é que não.

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    Andre L

    “Não entendi se o processo é rigorosamente o mesmo mas com outra pintura, ou se para esse caso retiram óxido de ferro da argila descolorindo-a e repintando (e aí sim parece-me que o processo é o mesmo de cozimento e etcetera).”

    Pelo que entendi, ambos. Em qualquer quadra de saibro de alta competição, o processo é de retirar o óxido de ferro, descolorir, repintar e cozer. A diferença é que ao invés de repintar de vermelho, repintaram de azul.

    “De qualquer forma, não me parece que os pigmentos sejam responsáveis por alterações em propriedades geomecânicas do pavimento. Intuitivamente iria pela escolha de granulometria, espessura da camada de argila, espessura e CBR da base.”

    Bingo.

    E Madrid já é (sempre foi) uma quadra de saibro sui generis. A compactação do piso é diferente, a cidade fica acima do nível do mar, o que influi muito nas propriedades do saibro e na velocidade da bola, a umidade do ar é diferente das outras cidades da gira européia do saibro, etc.

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    Robinson

    Informações relevantes sobre a geografia local… Mas você acha que isso explica as diferenças do misterioso saibro azul?? Porque em anos anteriores, por mais peculiares que sejam as características geográficas da capital espanhola, não lembro de qualquer reclamação por parte dos jogadores…

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  2. André Bona
    14/05/12 - 8:32

    Não entrando, nem tentando, na questão do piso, de sua composição física, nem tampouco de sua granulometria (me faz lembrar das aulas de edificações da escola técnica federal do espirito santo, hoje IFES), vi alguns jogos e o que posso dizer é que achei bonito pra caralho .

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    Victor

    Ah sim…
    Quando eu tinha o jogo de tênis no Master System, a quadra que mais gostava de jogar era a azul.

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  3. Bender
    14/05/12 - 15:00

    Torci contra Federer. A namorada do outro maluco era bem mais gata que a dele.

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    André Bona

    “O Prost é assim. Ele é o tipo de cara que é feio demais, por isso, quer ficar seu amigo pra comer sua mulher…” Nelson Piquet

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    Robinson

    Seu calhorda!!!!

    Agora você vê… O Federer é o oposto do desportista popstar. Ele conheceu a Miroslava na vila olímpica de Sidney/2000, namorou, noivou, casou e teve gêmeos com ela. A mulher acompanhou toda a caminhada dele ao topo do tênis e com ele está até hoje.

    Deve ser uma mulher do caramba. Melhor do que essas modeletes que aparecem de mão dada com os caras para ganhar presentinhos…

    Federer é o cara.

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    Bender

    HauahUA hauhaUAHuH HuhaUAhuhua… é o perfil de cada um. Federer casou-se então com 17 ou 18 anos e está satisfeito assim até hoje. Fico feliz por ele. Eu não casaria com 17 ou 18 anos. Muito menos sendo o melhor do mundo e com grana.

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    André Bona

    Bender, lembre-se:

    Ao lado de todo homem bem sucedido, existe uma mulher…

    Ao lado de todo homem fodido, existem duas…

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    Bender

    “Ao lado de toda grande mulher, existe sempre um idiota” (LENNON, John)

    Eu não disse que arrumaria várias mulheres ao mesmo tempo ou que iria para esbórnia, disse apenas que não casaria com 17 anos.

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    Robinson

    É muito difícil dizer o que nós faríamos na situação dos caras… mas a verdade é que o Federer é um cara diferenciado. Nem todos têm a cabeça dele na condução da vida, tanto profissional quanto pessoal, principalmente quando se ganha muito dinheiro.

    Outro cara que passa a imagem assim é o Schumacher.

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    Bender

    é véro

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    André Bona

    A lenda Ayrton Senna deu muita sorte… Nao fosse seu fim tráfico, ia dar ataque de fricote todo ano até finalmente abandonar a categoria.

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    Alexandre N.

    Não esqueçamos da rasteira do Schumacher no Frentzen… rs

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    Robinson

    Essa foi uma clássica furada de olho…

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  4. Andre L
    16/05/12 - 9:55

    Robinson,

    Antes de tudo, minha felicidade por ver algo sobre tênis no BBG. Desde que frequento, é a primeira vez, pelo menos que eu note. Já tinha até pensado em sugerir pauta algumas vezes…

    A questão do saibro azul de Madrid tem que ser vista em três ângulos diferentes.

    O primeiro é o do tradicionalismo. O Tênis é um esporte muito chato com isso. Wimbledon e suas roupas brancas é a prova viva. Então, um saibro azul é estranho. Mas só dá pra aceitar críticas sobre isso de quem critica, por exemplo, o saibro verde usado nos EUA.

    O segundo aspecto é o ideológico. O patrocinador do Madrid Open é azul. Se você acha absurdo misturar esporte e dinheiro, se você acha que patrocinadores não devem influir no esporte, e que saibro azul é equivalente a Grêmio de camisa vermelha patrocinado pela Coca-Cola, OK.

    O terceiro aspecto seria o técnico. Mas será que o saibro azul, amarelo, cor-de-rosa com bolinhas faz alguma diferença? À primeira vista, sim. Nenhum saibrista tradicional chegou sequer nas semi, que teve três especialistas de hard e um gênio all around. Será que isso é culpa do azul?

    Madrid virou saibro em 2009. Quem foram os semifinalistas desde então?

    Madrid 2009: Federer, Nadal, Djokovic, Del Potro (top 3 mais um soltador de braço)
    Madrid 2010: Nadal, Federer, Ferrer, Almagro (três saibristas da armada espanhola)
    Madrid 2011: Djokovic, Nadal, Federer, Bellucci (top 3 mais um cara que só joga na altitude)
    Madrid 2012: Federer, Berdych, Tiparevic, Del Potro

    Ou seja, 2010 foi o ano fora da curva – ali sim, mexeram no saibro para deixá-lo mais pesado, o que favoreceu a armada e finalmente deu a Nadal um título no Masters espanhol.

    Se formos olhar até às quartas, vamos ver que em 2009 dois sacadores típicos chegaram lá (Roddick e Ljubicic), em 2011 tivemos Llodra, Soderling e Berdych. Nenhum deles nunca ganhou nada no saibro, tirando Soderling. Ou seja, Madrid, com exceção de 2010, sempre foi um saibro diferente do padrão.

    O que mudou então em 2012? A quadra mais escorregadia, que detonou o estilo “épico” de Djokovic e Nadal, seu poder físico de sempre chegar inteiro nas bolas pra devolver mais uma. Por isso a chiadeira dos dois. Ah, todo mundo reclamou. Verdade. Mas todos buscaram seu caminho. Federer perdeu o primeiro set, e quase foi eliminado na primeira rodada. Depois, achou um jogo e foi em frente. Para quem, como Djoko e, principalmente, Nadal, não tem Plano B…

    Além disso, tem um problema político por trás disso tudo, com um conflito que envolve inclusive a disputa pela presidência da ATP. Mas esse comment já está longo até demais pra entrar nisso.

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    Robinson

    Cara, eu vou te contar que já postei algumas vezes sobre tênis sim, mas com frequência muito menor do que a minha vontade…

    Eu adoro o esporte – apesar de não praticá-lo AINDA… – e quem leu as publicações sobre tênis aqui pode concluir sem a menor dificuldade que eu sou muito fã do Roger Federer. Um exemplo de como eu escrevi menos do que queria é um rascunho de uma homenagem ao Guga na ocasião de sua aposentadoria, mas ele está guardadinho e será publicado em ocasião propícia. Ainda mais sabendo que haverá feedback, mesmo sendo nosso blog majoritariamente futebolesco.

    O que você disse sobre o torneio desse ano foi exatamente o que eu vi. Quando a coisa aperta, o Federer sempre tem um recurso, sempre tem uma nova carta na manga. Tanto Nadal quanto Djokovic se sobrepõem muito mais pelo aspecto físico, então eles literalmente derraparam no saibro azul.

    Sua análise foi excelente e me cria a responsabilidade de, quando for escrever, que eu não escreva qualquer besteira. Tem amigos que entendem do riscado na área!!!

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    Andre L

    Então escreva mais mesmo!

    Também sou fã do Federer, dentro e fora das quadras. Acompanhei muito de perto os anos Federer x Nadal, com a dor de ver alguém muito superior sendo preso na teia de alguém que soube usar as armas limitadas de que dispõe, em um nível nunca visto antes. 2011 foi o ano dos confrontos Nadal x Djokovic, e Federer foi dado como acabado. Hoje, vemos o velhinho mostrando que ainda tem barbante pra vender. Já voltou ao número 2 e até julho vai retomar o seu posto no topo, pra cumprir a semaninha que falta. Conhece a história dessa semana, não?

    Ainda sobre Madrid ser um torneio atípico, estava dando uma olhada nas temporadas de saibro desde 2009. Dá pra ver um padrão interessante. Vou dar uma tabulada, depois posto aqui.

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    André Bona

    Vcs escrevem e falam demais e agem de menos…

    André Bona é que manja de saibro, de tenis e da porra toda… de dentro da quadra!

    Bona tênis

    ATITUDE GALERA!

    Essa foto aí é do ano passado. Mas hoje, já bati minha bolinha logo as 7 da manhã…

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    Robinson

    O homem é fera de kart e de raquete também!!!!

    Tirou onda!!!!!

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    André Bona

    Rapaz, eu só nao dou a bunda… o resto… vou ver se tenho umas fotos maneiras pegando onda em ubatuba pra te mostrar… rs… o pior é que é verdade…

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    Andre L

    “Essa foto aí é do ano passado.”

    Já ia perguntar se Aracaju tinha uma beleza de quadra dessas… Parece até a do Marapendi.

    Agora, ir pra quadra jogar tênis de agasalho é uma bichice completa (que eu já cometi também, admito).

    Quando aparecer aqui no RJ, avise. Só fique uns seis meses sem jogar antes, pra equilibrar o nível de ferrugem. :-)

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    André Bona

    Essa quadra aí é no Clube de Natação e Regatas Álvares Cabral, em Vitória.

    Aqui em Aracaju, as quadras não são tão bonitas. Mas tem uma vantagem: no lugar que tenho aulas, são TODAS cobertas. Isso é uma ENORME vantagem. Porque sempre tem aula. Além de ter boleiro em TODAS as aulas. O que garante 1 hora ininterrupta de atividades.

    O cara do agasalho é o professor. Eu sou o da direta na foto. O cara ia pra lá pra ficar o dia todo né velho. e esse lugar aí pega um vento ferrado as vezes… tava frio nesse dia…

    6 meses sem jogar? kkk… na real, fiquei todo o horário de verão sem jgoar, porque aqui não tem isso e o banco abria mais cedo no horario local. nao dava tempo de jogar. E eu só gosto de jogar pela manhã.

    Agora to voltando… rs…

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    Robinson

    Achei a rivalidade dos dois muito positiva, inclusive as poucas coisas que postei aqui sobre tênis foi justamente acerca dos dois. Vou dar uma busca no blog e ver se acho.

    O Federer já não tem mais nada a provar para ninguém mas ainda está aí esbanjando categoria… e falta uma semana para ele igualar o Sampras no tempo na liderança do ranking, não é?? Torço muito para ele conseguir.

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    Andre L

    O maior problema do Nadal são as nadaletes…

    A rivalidade é positiva, o problema foi trazer esse clima de Vasco e Flamengo para o tênis. Para a maioria da torcida do Nadal, vencer é o mais importante, não importa como. Para os federistas, é a beleza do jogo, a plasticidade, vencer é uma consequencia. Nadal não ganha sem suar muito, durante três horas, mesmo contra alguém inferior a ele. Federer ganha (ou perde) sem se sujar, joga uma hora e sai dali direto para uma festa black-tie. Um é clássico, mesmo que isso signifique perder, o outro guerreiro y peleador, ainda que contra uma galinha morta.

    O problema é que essa polarização contaminou muito as discussões. E a torcida do Nadal é a mais fanática que eu conheço. Gosta de brigar, não se contenta em apenas torcer, precisa provar a qualquer custo que “o meu é melhor que o seu”. E some quando ele perde. Lembra até uma outra torcida que a gente conhece…

    Sim, é essa semaninha bendita. O único record que falta, e que foi tirado de uma maneira que ainda dói na torcida. Virá esse ano.

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    Robinson

    Semana tirada??? Cara, essa eu não me lembro…

    Compartilha aí!!!!

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    Andre L

    Hmm. Não sei se dei a impressão de ter alguma trapaça no meio, nada disso. O que dói na torcida é ter feito contagem regressiva de quantas semanas faltavam, e perder o número 1 na última semana.

    Doeu mais ainda por ter sido na sequencia da final de Wimbledon’08, o jogo mais doído de se perder para o Nadal. A cabeça do Federer sumiu depois daquele jogo. Depois, viriam dois Masters 1000, Canadá (vice em 2007) e Cincinnati (campeão em 2007). Ou seja, eram 1600 pontos para defender.

    Resultado: eliminado na primeira rodada no Canadá e quartas em Cincinnati. 160 pontos. 1440 foram para o ralo. Nadal foi campeão em um e semi no outro.

    E assim chegamos às Olimpíadas de Pequim. Um torneio extra, que daria 800 pontos de bônus ao campeão. Nessa hora, Federer estava 200 pontos à frente de Nadal. Nenhum dos dois tinha o ouro olímpico. Valia muito aquele torneio.

    Federer perdeu pra Blake nas quartas. Nadal levou o ouro. E o número 1. E Federer ficou a uma semana do record de Sampras.

    Com 27 anos, vendo como número 1 um cara cinco anos mais novo, e que era o único para quem ele perdia regularmente… Cenário negro. E todos os fãs pensando “se ao menos Pequim tivesse sido uma semana mais tarde”…

    Hoje, quase quatro anos depois, a Fênix renasce. O Número 1 deixou de ser uma utopia de um bando de fanáticos e virou algo possível. Já dá pra fazer contas.

    Pode ser em Wimbledon. Seria muito bom, vindo com o hepta na grama sagrada. A melhor casa possível para se ver história acontecendo.

    Mas eu prefiro que seja a alguns km dali, em Londres. Com o ouro no peito. Pra fechar um ciclo de maneira correta.

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  5. Victor
    16/05/12 - 10:14

    http://halfen-mktsport.blogspot.com.br/2012/05/o-poder-das-cores.html

    […]Por fim, um caso bastante emblemático ocorreu no Mutua Madrid Open de Tênis, disputado tradicionalmente em quadras de saibro, uma espécie de pó de tijolo que deixa a quadra num tom avermelhado, mas que nesse torneio teve a cor alterada para azul através de processo químico.
    Essa mudança sofreu inúmeras críticas dos jogadores, que julgaram o terreno inapropriado por ser muito escorregadio, já o organizador defendeu a medida argumentando que melhora a visibilidade da bola amarela graças ao melhor contraste, o que também é verdade.
    Entretanto, comenta-se que a principal causa dessa mudança foi reforçar a associação do torneio ao patrocinador, a Mutua Madrileña, empresa espanhola de seguros, cuja marca é azul.
    Talvez nunca seja possível ter certeza acerca dessa suspeita, entretanto a exposição gerada pelo fato certamente trouxe um retorno de imagem à Mutua bem superior à expectativa.

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  6. Andre L
    18/05/12 - 9:46

    http://globoesporte.globo.com/platb/saqueevoleio/2012/05/17/salgou/

    “Carlos Moyá, em texto publicado no jornal espanhol “El País”, finalmente explica o motivo dos escorregões nas quadras azuis de Madri: sal. O ex-número 1 do mundo explica que testou pessoalmente as “pistas” da Caja Mágica antes do torneio e avaliou que as condições de jogo não seriam muito diferentes das oferecidas pelo saibro vermelho. A variação mais notória era o quique de bola mais baixo. Segundo Moyá, era até algo bom, levando em consideração a altitude da capital espanhola.

    O problema aconteceu alguns dias antes do torneio, quando a equipe encarregada da manutenção colocou sal nas quadras. Sal, explica Moyá, é usado para manter a umidade do piso e a uniformidade da cor nas quadras. Roland Garros, segundo o ex-tenista, faz o mesmo. Em Madri, o resultado foi diferente. Moyá, co-diretor do torneio, admite a falha e reconhece o quão foi ruim para o torneio o descontentamento de Rafael Nadal, “provavelmente o maior atleta espanhol de todos os tempos”.”

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    Robinson

    Ahn…

    Alguém tinha que soltar alguma informação esclarecedora. Tinha alguma peça faltando nesse quebra-cabeças…

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