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A sustentável leveza de Jenson Button

August 3rd, 2011 por | Categorias: Fórmula-1.

Cheers!!!

Ao largar da terceira posição no Grand Prêmio da Hungria, Jenson Button alcançava uma marca pessoal importante: essa era sua corrida de número 200 na Fórmula 1. E a prova bem poderia ser considerada um grande resumo da carreira, com uma derrapadinha por aqui, demonstrações de arrojo acolá, precisão na estratégia e frieza para se manter na pista com tantas alterações das condições atmosféricas. Contou também com a sua sorte de campeão para poder comemorar a marca com mais uma vitória, sua segunda do ano.

Na Fórmula 1 atual, Button é o certamente o piloto mais indicado para se sentar em um bar, comer uma pizza e trocar uma ideia. Não apenas pela presença da sua hipnotizante companheira, mas porque ele foge à regra dos demais, sem preocupações de se mostrar super humano pelo trabalho que faz. O inglês é um cara de bem com a vida, com o ofício, com a imprensa, com os adversários e até com os companheiros de equipe; um competidor que depois de quase selar sua carreira como um quase vencedor, manteve sua habilidade e motivação intocáveis para que quando uma oportunidade surgisse como em 2009, ele estivesse pronto para agarrá-la. Chegar ao seu ducentésimo GP com um troféu é mais uma prova do quanto ele sabe, ao seu jeito, lidar com as coisas quando tudo dá a entender que vai dar errado. Malásia-2009 e Canadá-2011 estão aí para quem quiser ver.

A vitória de Jenson foi também a quarta da McLaren em 2011, a segunda seguida após Lewis Hamilton levar na marra e na categoria o caneco há uma semana, em Nurburgring. E essa parece ser a fórmula da equipe de Woking para a briga pelo vice-campeonato. No momento em que os carros da Red Bull não são mais dominantes como no início do ano, a manutenção seus dois pilotos em alto nível e liberados para disputarem entre si já deixam o pai biológico do time Bruce McLaren feliz com o seu legado, lá do seu pedacinho do céu. Sob o comando de Ron Dennis, várias duplas de alto nível, frequentemente campeões, já dividiram os boxes do time. Recordando: Lauda/Prost, Prost/Senna, Räikkönen/Montoya e Alonso/Hamilton se embateram no passado enquanto defendiam o time. Na dupla atual há rivalidade sim, esimulada por Dennis -hoje o chefe extraoficial, pois teoricamente, quem manda é Martin Wittmarsh -mas há respeito mútuo que não se abala nem nas situações em que amos já se esbarraram na pista. E não foram poucas vezes.

Na Red Bull, o vacilante Mark Webber se segura como pode em segundo lugar no campeonato, sem vitórias. Ele diz que para ser segundo piloto era preferível deixar o time, mas como os novos rumores dão conta de sua iminente renovação e seu desempenho não está grande coisa, ele pode estar revendo seus conceitos. Enquanto isso na Ferrari, Fernando Alonso tem uma única vitória, e Felipe Massa agora alterna bons e maus momentos. O que pode ser visto como evolução. Há pouco ele revezava maus e péssimos momentos… O brasileiro está separado por um abismo dos pilotos que disputam o segundo lugar. Talvez essas equipes tenham algo a aprender da McLaren.

Alcançar o Tiãozinho está cada vez mais difícil, pois com a vantagem ele não precisa se arriscar demais. Se nas últimas três corridas ele não venceu, ele não teve nenhum resultado pior do que um quarto lugar. E como as vitórias se dispersam entre seus perseguidores, o lastro obtido nas oito primeiras corridas do ano representam um bela caderneta de puopança. Mesmo que se diga que o alemão anda ‘apagadinho’, a cada corrida nesse passo ele fica mais perto do bi. Basta imitar a tática que Button aplicou para se consagrar em 2009.

As férias da F1 vão até o dia 28, em Spa-Francorchamps.

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8 Comentários para “A sustentável leveza de Jenson Button”

  1. Andre Bona
    3/08/11 - 21:23

    Button realmente é um cara maneiro. E pilota de forma limpa… Conduz a “barata” com maestria. Nao é aquele maluco que sai riscando tudo afobado. Um piloto técnico. Gosto de sua pilotagem.

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    Robinson

    O Button tem a mesma limpeza e segurança nas ações dentro da pista e fora dela.

    O cara tem estilo.

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  2. Alexandre N.
    4/08/11 - 8:18

    Dizer que o Button é um grande piloto é chover no molhado. Ele sempre deu provas disso, mesmo quando estava iniciando carreira na F1. E o mais incrível é pensar que ele já teve o seu filme queimado por ninguém menos que Flavio Briatore (como muitos outros pilotos por aí) e, coseguiu dar a volta por cima.

    Button é, sem a menor sombra de dúvidas, um daqueles pilotos que ninguém consegue encontrar um detalhe que seja pra não gostar ou mesmo, falar mal. Tanto profissionalmente quanto pessoalmente.

    Quanto a corrida, pensei que este ano seria mais uma vez como os outros: Com poucas ultrapassagens, posições conseguidas no boxes, tudo mais do mesmo. Porém, este ano tivemos o grande diferencial: A chuva.

    Foi muito bom ver o Alonso tentando domar a sua Ferrari no início da corrida, as rodadas causadas pelas condições da pista. Há de se congratular também o bom desempenho de algums pilotos, como a dulpa da Toro Rosso (Buemi e Alguersuari), Paul di Resta e do prodígio Kamui Kobashow.

    Quanto ao desempenho dos brasileiros, não há muito o que se comentar. A Barrichello, ao menos ainda se pode usar a justificativa (que muitos não aceitam) do carro ruim. Agora, em relação a Massa…

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    Robinson

    O Briatore deu uma queimada legal no Button, dizendo que o piloto estava meio deslumbrado com a F1, mulheres, carros, iates e tudo mais, e na pista, nada. Sacanagem, porque os resultados não confirmavam a tese. A intenção do dirigente era substituí-lo por Fernando Alonso, que na época estava na Minardi e era empresariado por Briatore.

    O único porém da carreira do Button foi um imbróglio de contratos e pré-contratos no triângulo que envolveu o piloto, a Williams e a BAR-Honda, uma situação meio parecida com Thiago Neves, Fluminense e Palmeiras.

    Mas isso são ossos do ofício.

    Já dizem por aí que a proposta da Williams para o Barrichello em 2012 seria uma nada excitante posição como piloto de testes. A má fase da equipe e a eterna necessidade de grana pelas equipes privadas pode dar um fim à carreira do brasileiro ao fim de 2011.

    Já o Massa, ai, ai, ai… Sei lá.

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    Alexandre N.

    Como falei, o cara é tão bom que conseguiu não sucumbir ao fator Briatore. E sim, podemos dizer que em toda a carreira dele, o lance do imbróglio foi a única coisa que poderia manchar a carreira. Mas, como ele mesmo deixou claro na época, aquilo aconteceu por influência do agente dele. E mesmo com isso, pediu desculpas a ambas as escuderias pelo acontecido.

    Eu ainda acho que o Barrichello tem bala na agulha pra se manter bem por mais um ano na F1. Obviamente, com um carro minimamente competitivo nas mãos.

    Quanto ao Massa, 2007 foi o ano da comprovação de que ele é um piloto superestimado. E na minha opinião, ele só se mantém ainda na Ferrari por certa influência do Schummacher.

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    Robinson

    O Barrichello já não é um piloto muito caro, está bem física e tecnicamente e tem uma experiência na F1 que 95% dos novatos não chegarão nem à metade. Mas a necessidade de dinheiro pode fazer a Williams rifar a sua vaga, e tentar convencê-lo de desenvolver o carro como reserva. É plausível.

    Sobre o Massa, eu acreditaria mais na influência dos Todt: Jean, ex-chefe da equipe e atual presidente da FIA , e Nicholas, empresário do Felipe e de mais uma penca de pilotos promissores, incluindo Jules Bianchi, já contratado como reserva em Maranello e atuando na GP2. Esse, a hora que mostrar serviço, pode levar a vaga de Massa.

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  3. Andre Bona
    4/08/11 - 17:51

    O que é interessante no caso do Button, é que ele nao parece ser um bom moço para parecer um bom moço. Ele de fato (ao que parece) é um bom moço. Além disso é humilde, nao me lembro de reclamações suas contra os times em que trabalhou e nenhuma inimizade.

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    Robinson

    Perceba algo muito raro na F1: não há um parceiro de equipe que fale mal dele.

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