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300 vezes Barrichello

September 2nd, 2010 por | Categorias: Fórmula-1, Fórmula-1 2010.

Vida longa e próspera. Não como ele sonhava, mas…

Em uma manhã de 1986, estava eu diante da TV assistindo a um GP da Grã-Bretanha em Brands Hatch. Seria uma corrida especial para Jacques Laffite, que tendo participado de 175 corridas na Fórmula 1, alcançaria naquele dia a marca histórica de Graham Hill (que perdurava havia 11 anos). Na primeira volta, o azarado francês sofreu um acidente que lhe quebrou as duas pernas.Como a largada foi cancelada (oficialmente não aconteceu), ele não alcançou aquele número mágico.  Brands Hatch nunca mais abrigou a F1, e Laffite encerrou ali sua carreira em monopostos.

Jordan 1993

Quase um quarto de século depois, sabemos que o recorde de Hill (dependendo da fonte, de Laffite também) já foi superada por diversos pilotos. Mas foi um brasileiro que ousou romper a barreira dos 300 Grandes Prêmios – e contando, pois ele já tem praticamente renovado seu contrato com a Williams por pelo menos mais uma temporada. Nem precisa mencionar que seu feito dificilmente será igualado por qualquer outro.

Muitos são os motivos que levam um piloto à aposentadoria. Falta de patrocínio, de vaga para correr, cansaço (seja em relação às constantes viagens e compromissos ou ao ambiente predatório dos paddocks), ou mesmo o fim do prazo de validade do piloto – quando a velocidade claramente diminui e o medo, aumenta. Ao contrário disso tudo, Rubens Barrichello foi mais longe do que todos os demais, e não dá mostras de que para tão cedo.

O Barrichello de hoje não é mais aquele Rubinho, moleque rápido e sonhador, deslumbrado por ter alcançado seu maior objetivo, recém promovido àquele seleto grupo pelas mãos de Eddie Jordan. Também não é o atormentado piloto que buscava um caminho após receber a pesada carga de substituir a ninguém menos que Ayrton Senna, seu tutor e amigo, nos corações dos (muito) pouco informados porém (extremamente) exigentes torcedores brasileiros. Tampouco ele é hoje o Rubens, rapaz novamente deslumbrado ao ter o privilégio de guiar por uma das equipes mais tradicionais da categoria, que sofreu a duras penas para entender que ele não era o número 1 na pista – muito menos o seria dentro do time. No meio dos leões, não se portou como gladiador, e sim como cordeiro. Mas aprendeu. O Barrichello de hoje coleciona lições adquiridas com gosto ou a contragosto, desde seu acidente no fatídico GP de San Marino de 1994 até a sua quase aposentadoria quando a Honda deu o seu sayonara. Ele pondera as palavras, trabalha quietinho, segue fazendo aquilo que gosta e ainda ganha uma boa grana para tal.

É muito fácil para a sua legião de críticos descerem a lenha no piloto, afinal de contas, ele os municia com bastante frequência. Difícil para eles é admitir as qualidades inegáveis que o levaram a atingir essa marca. Mesmo que seja pela insistência, Barrichello consegue assim escrever seu nome na história da F1, e muita gente vai ter que engolir.

Em Spa-Francorchamps, a corrida do Highlander acabou na primeira volta. Justo ele foi vítima dos caprichos meteorológicos da pista belga. Pode-se dizer que foi o fim de semana que separou os homens dos meninos. Mark Webber refugou na largada caindo para sétimo, porém manteve o sangue frio que o levou ao pódio. Lewis Hamilton foi sempre favorito e confirmou a sua condição de postulante ao título. Com a vitória, veio e a liderança do campeonato e o alívio. Depois de uma escapada nas voltas finais, quando a chuva deu às caras novamente, certamente o britânico cruzou a bandeirada prendendo a respiração.

Gongo no Tião

Pelo jeito que as coisas andam, provavelmente a disputa pelo título fica entre Hamilton e Webber. Porque Sebastian Vettel está alternando momentos, alguns mais Gilles Villeneuve e outros  mais Nigel Mansell, ou seja: muito talento e pouco cérebro. Após uma atuação desastrada – e desastrosa -, o alemão está em um limbo muito perigoso. Ele é jovem e ainda tem muito a amadurecer, mas por outro lado, ele já deveria demonstrar alguma experiência e não cometer erros como a bizarrice em que ele arruinou não apenas sua própria corrida, mas também a do campeão Jenson Button. Com o mau resultado dos dois, seus parceiros ganharam uma vantagem importante na reta final da temporada. Errando assim, não dá para ser campeão. Nem merece.

Como de hábito, façamos reverência ao melhor piloto do ano: Robert Kubica. O feinho anda muito mais do que o seu carro e se intromete sem a menor cerimônia entre os caras que disputam o campeonato. Andou em segundo e ficou em terceiro. Pior para o seu companheiro Vitaly Petrov, novato, mas que mesmo assim, está sob constante pressão dentro da equipe. E considere que o russo saiu das profundezas da 23ª posição para chegar em nono.

Michael Schumacher também veio do fundão (em função da punição da Hungria) e pontuou. Para não abandonar a rotina, foi ultrapassado já no fim por Nico Rosberg, que tomou a sexta posição de um heptacampeão resignado. Até porque quando ele se defende, dá zebra.

Sobre aquela equipe, continuamos sem comentários até que saia alguma conclusão do julgamento. Só para lembrar que o Conselho Mundial da FIA se reunirá no dia 8, nas vésperas do GP da Itália (próximo dia 12). Será que o Conselho vai colocar jiló nessa pizza? Acho que eles vão todos de mozzarella mesmo…

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37 Comentários para “300 vezes Barrichello”

  1. Alexandre N.
    2/09/10 - 11:15

    Respeito muito o Rubens. Acho ele um ótimo piloto. Mesmo após o acidente em Imola, que o fez perder um pouco da sua velocidade (palavras de Nelson Piquet), ainda se manteve competitivo até os dias de hoje.

    Merece respeito por ter feito tudo o que fez. Por ter recusado uma proposta pra ser piloto de testes da McLaren pra participar do projeto do Jackie Stewart e se tornar piloto da Stewart. Por, mesmo sabendo que seria segundo piloto, ter ido ajudar a Ferrari a dar o seu salto de qualidade (quem vê a Ferrari hoje em dia se pergunta como as coisas podem ter chagado a este ponto). Por ter largado uma vida “confortavel” na mesma Ferrari e ter ido pra Honda, quando ninguém acreditava em ambos, transformando tempos depois, uma carroça num carro campeão. Merece mais respeito ainda por deixar esta mesma equipe campeã pra realizar um sonho de infância, que era correr pela Williams.

    Por isto tudo e muito mais. Erros ele cometeu como qualquer um de nós comete. E o que mais me decepciona é ver que só aqui, no seu país natal, quase ninguém tem respeito por um profissional desses.

    E pensar que gente de pior laia é muito mais respeitado que um cara desses….

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    Bender

    Respeito o Rubens. Qualquer ser humano de bem tem o meu respeito.

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    Victor

    Tivesse o mediano e longevo piloto optado por engenharia ou mecânica ao invés de pilotagem, poderia ter se tornardo um dos grandes da F1 e respeitado em seu país natal.

    Sendo piloto, poderia ter ao menos canalizado as energias para ser o melhor Piloto de Testes da história da F1

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    Alexandre N.

    Tivesse o mediano e longevo piloto optado por engenharia ou mecânica ao invés de pilotagem, poderia ter se tornardo um dos grandes da F1 e respeitado em seu país natal.

    Caso ele tivesse optado por esta sua sugestão, nós não estaríamos discutindo algo sobre ele. Tantos são os ótimos profissionais brasileiros que trabalham nos bastidores da F1 e ninguém faz idéia da existência deles.

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    Matheus

    Acho que o comentário do Victor tem mais a ver com o Schumi.

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    Alexandre N.

    Como então? Por que se foi, juro, eu não peguei a sutileza.

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    Victor

    É sobre o Barrichello mesmo.
    Ele só é discutido por ser brasileiro. Não fosse, nenhum de nós saberia o nome dele. Ou saberiamos como sabemos de Alboreto, Patrese, Boutsen, Johansen, Montoya, etc.

    Eu nem discutiria. Mas continuo afirmando, se o respeito que ele merece é pelas características de acertar e desenvolver carros, deveria ser engenheiro e não piloto.
    Eu quando quero me divertir, pago para ver música, esporte, filmes e afins.
    Se ver engenharia fosse legal, programa de sábado ia ser procurar obra.

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    Alexandre N.

    Bom Victor aí vai de cada um mesmo. Esta parte sobre a engenharia do carro está intimamente ligada a própria F1. Até por quê, muitas das coisas que vemos nos veículos que usamos começou lá.

    Quanto ao argumento sobre discutir sobre Alboreto, Patrese, entre outros, quem gosta mesmo do assunto F1 discute sem problemas. O que não vale é usar o argumento do “espectador Rede Globo” de F1 como base pra definir qualquer um que tente discutir sobre o assunto.

    Ok, respeito você não gostar de engenharia. Mas eu acho muito legal. Não a toa, um dos programas que mais gosto do Speed Channel é o que fala sobre carros históricos da F1.

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    Victor

    engenharia é coisa de nerd.

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    Alexandre N.

    Ok, mas há algum demérito nisso? rsrsrsrsrs…

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    Matheus

    Não.

    Até porque ele é engenheiro.

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    Robinson

    Peralá!!! Vamos mais devagar!!!

    O italiano que vocês estão se referindo deve ser o Andrea de Cesaris…

    A diferença é que pilotos como Riccardo Patrese e Michele Alboreto são pilotos com vitórias na F1, disputaram títulos e são lembrados como verdadeiros ‘gentlemen’ no mundo da velocidade. Fizeram parte de uma geração na qual para chegar lá e dirigir um carro daqueles tinha que ser muito macho mesmo. Foram bons pilotos sim, e se não foram campeões, foi porque alguém foi melhor do que eles. A vida é assim mesmo.

    Comparar o Barrichello com eles não é demérito nenhum. Até ele próprio deveria ficar feliz com a comparação. Não sei se o ego dele permitiria. Mas deveria.

    Isso é uma coisa grave no Brasil. Se o cara não é o melhor de todos, automaticamente se torna um merda. Por isso a iniciativa da equipe Fittipldi foi tão escorraçada.

    Alguém aí conhece o engenheiro Ricardo Divila? O cara é MEGA conhecido no mundo do automobilismo e ninguém sabe dele por aqui. Mas ele tem no currículo a construção dos “vergonhosos cospe açúcar”. Então não pode ser conhecido no Brasil.

    Barrichello fez o certo de ser piloto e não engenheiro. Ficou mais rico e bem mais famoso. Mesmo que muita gente não goste dele.

    Por causa dessa mentalidade, muita coisa boa cai no esquecimento. Por isso, quando me perguntam qual é meu piloto brasileiro favorito, respondo: José Carlos Pace. O infeliz me deixa em paz e vai procurar no google de quem se trata.

    Pace morreu antes de se tornar na F1 o vencedor que ele era em outras categorias. Ele venceu só uma corridinha. E olha que foi um GP do Brasil.

    Como foi uma só, o cara não merece ser lembrado?

    Se quiserem falar mal de pilotos, taí uma boa lista:

    Andrea de Cesaris
    Philippe Alliot
    Jan Magnussen
    Yuji Ide
    Gastón Mazzacane
    Ricardo Rosset
    Jean-Denis Deletraz
    Heikki Kovalainen
    (se fosse até 2008…) Mark Webber, mas isso é outra discussão
    Jarno Trulli (pura implicância mesmo, estou de mau humor)

    Escolhi só alguns de cabeça dentre aqueles que nossa geração viu pela tv, sem precisar nem de youtube para lembrar.

    Conheçam o Patrese:

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    Victor

    Mas eu quis comparar o Barrichello com esses pilotos medianos mesmo porque é o que ele é.
    Se fosse dizer que ele é uma bosta completa eu citaria Nakajima ou pior ainda, o filho do Andretti.
    Se bem que… nessa linha relativa, podemos dizer que qualquer um que chegou a F1 é muito acima de qualquer outro mortal, e não se deve falar mal de ninguém.
    Além de que quase todos atingem grana e fama.

    Por falar em grana e fama, não tenho a imagem de Ross Brown, John Barnard, Colin Chapman, Adrian Newey, Patrick Head e cia pobretões não. Não sei se mais ricos, mas todos eles mais “famosos” que Barrichello, sem ter entrado na pista.

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    Victor

    Para constar:
    Creio inclusive que Rubinho teve a vida facilitada pela morte de Senna. Era o brasileiro que sobrou para se investir neste mercado aqui.
    Quem comeu o pão que o diabo amassou foram Gugelmin e Roberto Moreno (dizem que esse era ultra-talentoso) que tinham como teto o piso de Senna e Piquet.
    Tiveram de dividir espaço na F1 e na mídia com esses gigantes já consagrados. Sucumbiram, claro.

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    Alexandre N.

    Bom, não sei se seria correto dizer que eles comeram o pão que o diabo amassou. É uma teoria muito relativa pois, de certa forma, podemos dizer que até Nelson Piquet passou pelo mesmo problema assim que saiu da Williams. E coincidentemente, esta foi a época onde os dois (Gugelmin e Moreno) passaram a aparecer mais.

    Enquanto teve um bom carro (o March desenvolvido pelo Adrian Newey), Gugelmin foi até muito bem. Porém, como acontece com qualquer piloto, foi só ter um carro (muito) ruim na mão que as oportunidades escassearam.

    Quanto a Roberto Pupo Moreno, esse é um dos maiores acertadores de carros que a categoria já viu. Tanto que devido a isto, geralmente ele sempre era procurado pelas equipes pequenas pra poder melhorar (de alguma forma) os carros deles. Podemos considerar que a Benetton campeã em 1994 e 1995 teve dedo dele e de Nelson Piquet, (que desenvolveram o “carro tubarão” como era chamado na época).

    Sobre o Barrichello ter a vida facilitada na F1 devido a morte do Senna, eu acho que o resultado foi outro. Acho que isso atrapalhou muito mais do que ajudou. Afinal de contas, não haveria tanta pressão pra descoberta de “um novo Senna” e ele poderia se desenvolver melhor sem essa pressão. Eu acredito muito mais que quem teve a vida facilitada pela morte do Senna foi o Massa.

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    Robinson

    O que facilitou mesmo a vida do Massa foi o direcionamento de toda a fúria do público para o Barrichello.

    O Massa fez algumas besteiras no começo, mas elas passaram batido porque ele não estava no foco.

    Obs.: Se bem me lembro, acho que teve até um episódio de desobediência a uma ordem para ceder posição para o companheiro de Sauber, na época devia ser o Nick Heidfeld. Ele foi “demitido” ao fim do ano e passou o seguinte testando para a Ferrari, com quem revelou ter um acordo desde antes da sua estreia. Já com apoio aberto de Maranello – fornecedor de motores da Sauber havia anos-, Massa reestreou no time suíço, aposentou o Villeneuve… o resto é história.

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    Alexandre N.

    Sim, esta passagem como piloto de testes e o futuro acordo com a Ferrari aconteceram devido ao fato do Massa ser agenciado por Nicholas Todt, filho de vocês sabem quem.

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    Robinson

    Mais ou menos. Sobre Gugelmin e especialmente Moreno, a situação foi exatamente essa. Eu torcia loucamente pelos dois e tenho o maior carinho por eles.

    Se as pessoas pensam que o Barrichello é azarado, melhor não ler a bio do Moreno. Tudo conspirou contra o cara. E definitivamente, ele é um cara muito gente boa para um ambiente como o da F1. Adoro a forma como o Téo José se referia a ele: “o operário da velocidade”. Tive o privilégio de assistir os seus dois maiores momentos: um segundo lugar em dobradinha com o Piquet pela Benetton no Japão e sua primeira vitória no automobilismo top (quando a Cart ainda era top…). Aliás, lá na Cart também o Gugelmin chegou a vencer corridas.

    Sobre o Barrichello em relação ao Senna, não acho não. O processo natural de aprendizado dele foi, digamos, abruptamente interrompido para que assumisse a posição de protagonismo. É como a síndrome do filho único.

    O erro dele foi a forma como ele encarou (e encarnou) o papel. O ódio-asco-desprezo que muita gente tem por ele é por causa disso, e é totalmente desproporcional.

    Tirando os nossos campeões, o Barrichello é o melhor piloto brasileiro entre os outros. Até mesmo o Massa tem que comer muito fubá para alcançá-lo.

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    Bender

    Essa dobradinha da “Benetton-Brasil” foi irada Mr. Robinson!!!
    Lembro que houve críticas: as Benetton de Piquet e Moreno só ganharam pois os melhores carros do ano (Ferrari e McLaren) abandonaram essa prova (o que efetivamente aconteceu). Na corrida seguinte, Piquet ganhou também, ganhando dos tais melhores carros, ultrapassando principalmente as Ferrari. Show! Tipo levantar o dedo médio pros babacas.

    ****

    Sobre os acontecimentos (quaisquer) que podem ter influenciado a carreira do Barrichello não acho muito determinante. Claro que tais acontecimentos criam expectativas e se cria um ambiente favorável ou não. Mas como tudo na vida estamos sujeitos à isso.
    Se o Barrichello fosse mesmo um dos grandes pilotos da história como ele acha, nenhum desses acontecimentos iria o impedir de ser campeão ou fazer várias boas corridas. Não foi isso que aconteceu.
    Minha opinião sobre o piloto Barrichello é a mesma do Piquet: “Rubens chegou na F1 e ganhou corridas. É sem dúvida um bom piloto e só. Sempre foi mais lento que seu companheiro de equipe”.

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    Alexandre N.

    Há um documentário chamado “A era dos campeões”, que até pouco tempo atrás ainda era fácil de achar no Youtube. Este documentário faz uma homenagem aos campeões brasileiros na F1. E neste documentário, o Piquet fala algo desse gênero sobre o Barrichello. Porém, ele dá uma justificativa para este comportamento do Barrichello. Ele diz que, depois da batida em Imola, o Barrichello perdeu muito da sua velocidade. E ainda disse que compreendia isso, pois o mesmo havia acontecido com ele em uma batida no mesmo circuito (se não me falha a memória, na mesma curva onde morreu o Di… perdão, o Senna).

    Neste mesmo documentário, ele disse ter feito este gesto (levantar o dedo médio) em duas situações. A primeira, na ultrapassagem sensacional sobre o Senna na Hungria. A segunda, em uma corrida pela Benetton em que o Mansell liderava com muita vantagem e nas últimas voltas, deixou o motor do carro morrer.

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    Bender

    Eu escutei o Piquet falando isso numa entrevista na ESPN-Brasil (acho que o nome do programa era algo como Bola da Vez), onde o entrevistado ficava no centro e tinha um monte de jornalista pra fazer as perguntas.

    Hahaha… a porrada comia entre Piquet e Mansell. Nessa corrida, a poucas curvas da vitória, quando o Piquet passou, Mansell já fora do carro, deu um tchauzinho do tipo “essa eu perdi”. HAhahauahUHAUUAHhAUHuhuhAaa…

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    Robinson

    Não foi na mesma curva, mas foi no mesmo final de semana em que morreram Roland Ratzenberger (dia seguinte) e o Senna (dois dias depois). O acidente do Barrichello foi bizarro. Vai aí uma foto, e o vídeo pode ser facilmente encontrado no youtube.

    http://www.atlasf1.com/99/dec15/races/1994_1.jpg

    Repare as mãozinhas no capacete.

    Esse documentário é sensacional.

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    Alexandre N.

    Esclarecendo a confusão: Falei que o Piquet ficou com o mesmo “trauma” que influenciou na velcidade na qual costumava dirigir.

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    Robinson

    Verdade. Foi uma pancada sinistra no GP de San Marino de 1987 (e essa sim…) na mesma Tamburello em que o Senna ficou.

    Piquet bateu a cabeça no muro.

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    Robinson

    Quero nem saber o que eles dizem. Eu sei que esse era o canto do cisne do Piquet na F1 e eu acordei os vizinhos berrando nas duas corridas (foram, obviamente, de madrugada).

    Há controvérsias sobre Barrichello x companheiros de equipe.

    O que importa é que nas duas situações mais propícias a se consagrar (na Ferrari e na Brawn), ele conseguia acompanhar seus parceiros. Em algumas situações, conjunções astrais e dias em que tudo dá certo, ele era melhor. Mas precisava de mais.

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    Bender

    Citei a opinião do Piquet somente pq é a mesma que a minha.

    Eu lembro dessas corridas de madruga. Foram as 2 últimas da temporada, Japão e Austrália. É incrível como eu ficava acordado facilmente para assistir. Hoje é praticamente impossível.

    Pois é… os planetas tinham que estar alinhados pro Barrichello vencer o cara que tem o mesmo carro. Complica.

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    Robinson

    Sobre o Barrichello, a minha maior crítica a ele é justamente essa: quere passar a imagem de que fez mais do que ele fez, quando o que ele faz já era suficiente para se sentir bastante orgulhoso.

    O problema é que o que ele diz qe fez e o que ele faz não batem.

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    Bender

    Nem ligo muito pro que ele diz. Foi apenas mais uma citação, hehehe…

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    Robinson

    Eles não, mas o brasileiro é totalmente anônimo a despeito de sua importância.

    Curiosidades:

    Adrian Newey corre de vez em quando de turismo. Hobby caro e perigoso. Já destruiu alguns carros e por pouco não se machucou seriamente.

    Colin Chapman pilotou na década de 50, sem qualquer sucesso.

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  2. Victor
    2/09/10 - 15:41

    Li os 5 primeiros parágrafos substituindo onde aparecia “Rubens Barrichello” por “Paulo Baier”.
    Funcionou.

    Aplaudo-o pela ultrapassagem no APOSENTADO Michael Schumacher em uma disputa de 9º lugar.
    Fosse assim em 299 provas, e com a turma lá da frente, teria sido o maior piloto da história. Possivelmente viraria filme no Japão.

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    Alexandre N.

    Só espero que você não esteja comparando os pilotos…

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  3. Serginho Valente
    2/09/10 - 16:57

    O gigante Barrichelo superou, inacreditavelmente, o fantástico Patrese. Que feito! Nunca imaginei que alguém fosse conseguir.

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    Robinson

    Só não me fale mal dos meus italianos!!!!!

    hehehe…

    Caras como o Patrese e o Alboreto foram pilotos bem legais. O azar deles e de alguns outros foi ter que encarar gênios do esporte como Piquet, Prost, Lauda e pouco depois, Senna.

    É por terem batido adversários como esses que Piquet, Prost, Lauda e pouco depois, Senna podem ser considerados gênios do esporte.

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    Serginho Valente

    Hahaha…pô Robinson…seus italianos não, né? Pega mal…

    Não vou falar mal deles não, mas os considerar gênios do esporte não rola.

    E quando você diz “por terem batido adversários”, está querendo dizer “batido em adversários”, com bater no sentido de colidir? Só pode ser…rs.

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    Robinson

    rsrsrsrsrs…

    Não é gay não… é uma paráfrase do comentário mafioso do Roberto Marinho, que no auge da ditadura da qual ele próprio era aliado, mandou a pérola: “Com os meus comunistas, ninguém mexe”.

    Se não foram essas as palavras, foi algo nesse sentido…

    Entendeu?? Vê se não vai ficar falando mal de mim também!!!!!

    Bom, bater, no sentido de dar porrada, quem bateu mesmo foi o Piquet. Eliseo Salazar que o diga.

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    Alexandre N.

    Não só o Piquet. Senna também deu umas porradas no Eddie Irvine. Irvine apanhou só por que resolveu dificultar um pouco as coisas para o Senna em uma ultrapassagem.

    Houve também a vez (1998 pra ser exato) que o Schumacher resolveu ir dar umas porradas no David Coulthard, por causa de uma batida na chuva em Spa. Vejam o vídeo e depois digam: Quem foi o culpado?

    P.S: Rola um boato que diz que o Coulthard ficou um milhão de libras mais rico por causa dessa batida.

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  4. Alberto
    3/09/10 - 2:58

    Por que não corres na F-1 Vitor ? Deves ser um recalcado q só sabe falar mal das pessoas. Nada, nada o barrichelo tá milionario e permanece na maior categória do automobilísmo, então alguma qualidade ele deve ter. Porque não é fácil se manter na F1. É por causa desses brasileiros é q me envergonho as vezes do Brasil. Um país que não sabe reconhecer seus atletas… A Argentina perdeu de 4 pra Alemanhã e mesmo assim o povo foi receber a sua seleção, aqui são essas críticas imbecies q não leval a nada. Se o povo desse o verdadeiro reconhecimento pro esporte, o Brasil seria potência esportiva!

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