1ª do BR14: Fluminense derruba o primeiro Flamengo
April 21st, 2014 por Victor | Categorias: Campeonato Brasileiro 2014, Figueirense, Fluminense.
Saboreando a sola de sapato que Bender chamou de churrasco vi que o Fluminense venceu seu primeiro Flamengo, o de Florianópolis por 3×0. Melhor dizendo, vi nada porque eu fiquei de longe na piscina e somente me chamou a atenção foi ver todo o espaço usual da torcida do Fluminense preenchido, além da lateral inferior e algo atrás do outro gol (no lado que o Vasco costuma ficar). Trocando em miúdos, direção e torcida se acertaram para esse primeiro jogo.
Nos meandros torcidais de sócios e torcedores tricolores, existe a percepção que o time de 2013 foi o 17º em desempenho. E o argumento recorrente aos dirigentes atuais é a manutenção de um elenco rebaixado, colocando um tanto de pressão nesses jogadores. Pressão necessária, ressalte-se. Como o elenco do Fluminense está muito longe de ser péssimo e não parece demonstrar grandes problemas comportamentais, a impressão é que a falha do rebaixamento não sacramentado esteja no modelo como um todo, e quando oposicionistas acreditam piamente que zagueiros resolveriam algo que parece bem mais complexo, é sinal que oposicionistas são também parte do problema.
A galera aplaudindo de pé as tabelas
Não sendo diagnosticado problema tão crucial no elenco, é imperativo que o administrador não caia na tentação de enxugar gelo e faça somente alterações graduais no time para recolocá-lo no eixo enquanto resolve o verdadeiro problema estrutural, seja ele qual for. Algo me diz que o Presidente do Fluminense tem essa percepção de não haver maiores entraves nos jogadores em si e está correto.
Tendo a torcida comprou o barulho do time contra o primeiro dos 19 Flamengos, comprará também contra os outros 18 caso diretoria e time não roam a corda. Eu e Peter entendemos que o time não é de roê-la, então, resumindo, basta mesmo que os dirigentes não peidem na farofa, paguem as merdas dos salários e ajustem preços dos ingressos de acordo com a capacidade de sua torcida encher o Maracanã que teremos temporada de brigadeiro.
Saudações Tricolores (quem não gostar que recorra ao STJD)
FLUMINENSE 3 X 0 FIGUEIRENSE
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Público e Renda: 31.173 pagantes (35.020 presentes)/R$ 385.535,00
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Assistentes: Alessandro A Rocha de Matos (BA) e Luiz Carlos Silva Teixeira (BA)
Cartões Amarelos: Thiago Heleno e Paulo Roberto (FIG)
Gols: Rafael Sobis, aos 30 minutos, e Fred, aos 44 minutos do primeiro tempo; Nirley (contra), aos 13 minutos do segundo tempo
Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Elivélton e Carlinhos; Diguinho (Valencia), Jean, Wagner (Biro Biro) e Conca; Rafael Sobis (Walter) e Fred. Técnico: Cristóvão Borges.
Figueirense: Tiiago Volpi, Leandro Silva, Nirley, Thiago Heleno e Marquinhos Pedroso; Luan, Marcos Assunção (Paulo Roberto) e Giovanni Augusto; Dudu (Vitor Junior), Everton Santos e Lúcio Maranhão (Nem). Técnico: Vinicius Eutrópio.
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Segundo jogo do Fluminense sob a batuta de Cristóvão e percebe-se nesta atuação uma boa evolução tanto tática quanto individual dos jogadores, mesmo se levarmos em consideração a fragilidade dos adversários. O time vem jogando de forma tão compacta que as jogadas onde ocorrem tabelas entre jogadores apresentam, no mínimo, três jogadores do tricolor nestas jogadas.
Surpreende também a subida de produção de alguns jogadores que até tempos atrás eram alvos de críticas da torcida, como Diguinho (que mesmo errando alguns passes, vem apresentando uma ótima proteção à dupla de zaga), Wagner (muitas vezes criticado por mim, reconheço), Bruno e a dupla de zaga Gum e Elivélton. Elivélton ainda comete alguns pequenos erros, que podem ser creditados a falta de experiência. Algo que também pode ser percebido até o momento é que o Fluminense tem um time titular. Fica a preocupação sobre o que pode acontecer quando o time perder algum destes jogadores titulares por lesão ou suspensão.
A política de valores de ingressos tem se mostrado um sucesso. E a torcida vem comprando o barulho do time, inclusive se comportando de maneira interessante em relação ao movimento torcidal contra os organizados. Percebi que, sem a ajuda financeira, a quantidade de organizados diminuiu bastante (mesmo com ingressos tão baratos) e que os não organizados mantiveram a festa na maior parte do tempo IGNORANDO SOLENEMENTE qualquer manifestação dos organizados.
Como eu disse, houve boa evolução do time neste segundo jogo. E esperamos que esta evolução continue crescente. E repetindo a assinatura final do texto:
Saudações Tricolores (quem não gostar que recorra ao STJD)!
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Cheguei cedo ao Maraca e fiquei atrás do gol do FLU na parte mais alta. Tinha muita gente de família perto de mim. Eu estava com meu filho. 15 minutos antes do jogo, entrou um monte da YOUNG FLU e os caras se colocaram em pé sobre as cadeiras e começaram a pular e gritar. Resultado, todo mundo que era família saiu dali correndo. Eu ainda fiquei boa parte do primeiro tempo, mas tive de sair, logo que eles começaram a vaiar o Fred antes do pênalti e gritando contra a Legião. Sai dali. Rápido. O estranho é que o que me parece é que quem vaiava eram os mesmos que perderam a boquinha!!! Bem feito!
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Sim, este tem sido o comportamento padrão dos “organizados”. Se você reparou bem, no momento do pênalti todos eles levantaram seus chinelos para sacanear o Fred. E o resto da torcida gritou muito o nome dele, da mesma forma como ocorreu no jogo contra o Horizonte-CE.
E sim, por terem perdido a boquinha, a quantidade de organizados diminuiu bastante no estádio. Se comparado com o jogo contra o Horizonte, a quantidade de “organizados” foi muito pequena no jogos deste sábado.
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Que siga sendo assim. Por mim, não existiriam mais as torcidas organizadas que, não raro, é composta de gente que vai para o estádio somente para arrumar confusão! É foda!
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É cruel a lógica que mantém as Organizadas que se baseia na presunção de organização salutar de pessoas em prol da atividade torcidal. O aspecto “inocente até que se prove o contrário” (que não vale quando me param em Lei Seca sem eu ter cometido qualquer malefício a qualquer pessoa. PQP) acaba por ser usado para manutenção da convivência daqueles de comportamento marginal com aqueles com propósitos torcidais puros.
Havemos (e aqui uso no plural porque me coloco institucionalmente dentre os de propósitos torcidais puros) que ser criativos. Eventualmente, estarmos dispostos a suprimir nosso direito à livre associação para estancar esse câncer que são as Organizadas.
Em querendo, existe um facilitador que chama-se Sócio-Torcedor. Sendo um problema sociológico, a única forma de erradicar as Organizadas é substituindo-a por outra espécie de Torcida que ocupe as funções que justificariam a existência dessas facções co-existindo com a torcida de puramente adeptos.
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Com este pensamento, foi criada a Legião Tricolor. E são sempre eles o alvo de todas as “organizadas”.
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A política é essa aí mesmo. Se não der ingressos de graça para eles, a tendência é termos cada vez menos vagabundos, marginais e arruaceiros fingindo que apoiam o nosso time, enquanto querem mesmo é molezinha, churrasco e outras benesses. E cobram um preço muito caro para isso, ao clube e aos torcedores-família.
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Victor, concordo com tudo, tudinho mesmo, mas ainda acho que um bom zagueiro viria bem a calhar… mas não me iludo, e sempre defendi que o problema crucial do clube passava longe do do campo; ele só refletia lá.
Foi só a primeira rodada, no meio do feriado, e já colocamos 35k. Meu pai estava lá, e viu muita gente que chegou em cima da hora desistir de entrar por causa de uma fila que ninguém imaginou que existiria. Se a diretoria fizer a parte dela (pagar os salários, cobrar ingressos justos e extirpar os organizados), eu diria que a nossa torcida já abraçou novamente o time.
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Chegou tarde pra caralho… comeu o resto.
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